Volvo e Ericsson lançam sistema de gestão de transporte urbano

O tema conectividade avança a passos largos também para os lados dos veículos comerciais e, em particular, para os ônibus.  Com base nesta premissa a Volvo Bus Latin America e a Ericsson do Brasil, a quinta maior empresa de desenvolvimento de softwares do mundo, apresentaram na terça-feira, 1º., em Goiânia, GO, o ITS4Mobility América Latina, um completo sistema de gestão de tráfego e informações aos passageiros que surge com o objetivo de contribuir com a melhoria da qualidade de vida no transporte urbano e, ao mesmo tempo,  aumentar a eficiência das operadoras no que se refere à gestão de suas frotas.

O ITS4Mobility é uma solução global da Volvo Bus que já é utilizada com sucesso em várias cidades da Europa, Canadá e África do Sul. É o sistema que gerencia, por exemplo, o transporte urbano da cidade de Gotemburgo, na Suécia.  No Brasil o sistema vinha sendo estudado já há alguns anos pela Volvo e pela Ericsson, em trabalho conjunto desenvolvido com o consórcio de empresas RMTC que opera o transporte coletivo de Goiânia, objetivando sua adaptação às condições da América Latina.

O sistema é uma ferramenta que surge para auxiliar os operadores do transporte a melhorar sua eficiência, oferecendo inteligência à gestão do tráfego e, ao mesmo tempo, informação ao passageiro em tempo real, características que podem aumentar a produtividade dos veículos, a regularidade da operação e, ao mesmo tempo, a satisfação dos usuários do transporte.

“É importante observar que não se trata de um simples sistema de monitoramento de frota, pois agrega inteligência à gestão e permite tomada de decisões gerenciais com maior eficácia e de forma bem embasada”, explicou Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America.  

Segundo a Volvo o ITS4Mobility é o único sistema hoje na América Latina que pode possibilitar a conectividade de 100% da frota de forma estável. A partir de um avançado dispositivo eletrônico instalado nos ônibus, os operadores tem acesso a dados como tempo de percurso, pontualidade, quantidade de veículos no trajeto e velocidade média por linha e viagem em tempo real.

Para os passageiros a vantagem é o acesso, também em tempo real, aos horários de chegada dos ônibus nos pontos de parada, com informações sobre o horário do próximo ônibus e do seguinte. Estas informações podem ser acessadas pelo internet, em aplicativos para smartphones, em totens nos terminais ou em pontos estratégicos ou por contato telefônico via call Center.

Em Goiânia, onde foi testado, o sistema já monitora um sistema de transporte público que interliga 18 municípios e beneficia 2,3 milhões de habitantes. Ao todo são 283 linhas, 1 mil 467 ônibus e 21 terminais com 16 milhões de viagens por mês que são atualmente monitorados pelo ITS4Mobility.

Agora que já está definitivamente adaptado às condições locais de operação, o sistema está disponível para outras cidades e será oferecido comercialmente tanto pela Volvo como pela Ericsson, que será a empresa responsável por sua instalação, suporte e manutenção.

Ford festeja 2015

Steven Armstrong, o presidente da Ford para a América do Sul, só falou em inglês. Preferiu não incorrer em erro e ser mal interpretado. Mesmo em inglês, contudo, era notória sua alegria na hora do almoço da terça-feira, 1º. de dezembro, reunido com jornalistas para analisar o ano que passa e colocar 2016 em perspectiva. Por que? Porque, diante de um ambiente difícil de negócios, a companhia cresceu 1,3 ponto porcentual em participação em seus negócios no Brasil, chegando a 10,6% do mercado total, e 0,8 ponto porcentual na Argentina. Em caminhões, aqui, o resultado chegou a 18,4% de participação de mercado, quatro pontos acima do mesmo período no ano anterior.

Armstrong recordou que, em janeiro, não se projetava ano tão difícil, “tão dramático” – “Mas nós conseguimos fazer o melhor nas horas difíceis. Ao fim 2015 será um ano excelente para a Ford no Brasil e na América do Sul”.

Ele destacou, obviamente, o acerto da estratégia adotada ao longo do ano para vencer as dificuldades.

Rogelio Golfarb, vice-presidente de relações governamentais, comunicação e estratégia de negócios para a Ford na América do Sul, já antecipara a alegria de Armstrong. Se de um lado considerou desafiador o ambiente de negócios em 2015 e ainda mais desafiador seu planejamento, enfatizou os resultados:

“Tivemos muitos lançamentos este ano, sempre com foco em tecnologia e em inventividade, no conforto e na segurança. Na conectividade. Crescemos no mercado, nossa imagem fortaleceu-se, recebemos prêmios. E, principalmente, crescemos num ambiente difícil, de quedas, quase hostil”.

O que mais festeja a Ford? O lugar de destaque do Ka 1.0 nas vendas, o desempenho do Fusion, o primeiro milhão de unidades produzidas do Ecosport em Camaçari, BA, os quinze anos de Focus e suas mais de 350 mil unidades produzidas, os vinte anos de Fiesta e suas mais de 1,8 milhão de unidades produzidas.

Disse Gui Rodrigues, responsável por vendas, marketing e serviços no Brasil, que a receita adotada pela companhia para chegar a tão bons resultados foi estar atenta àquilo que o cliente quer e precisa, “em estreita ligação com a nossa rede de concessionários e sempre de olho nesse nosso cliente, a cada dia mais exigente”.

2016 e Edge – O presidente Steven Armstrong projetou, para 2016, mercado de 2 milhões a 2,5 milhões de veículos de passeio e de comerciais leves. Para o segmento de caminhões sua projeção foi igualmente conservadora, coisa de 60 mil a 65 mil unidades no ano que vem.

E aproveitou para pré-apresentar o Ford Edge 2016, que estará nas concessionárias ao longo do primeiro semestre do ano que vem – um dos dezesseis lançamentos previstos para o ano.

Déficit da balança de autopeças cai 37% em 2015

O déficit da balança comercial de autopeças está apresentando forte retração neste 2015: o valor calculado pelo Sindipeças até outubro, de acordo com dados divulgados na terça-feira, 1º., é de US$ 5,12 bilhões, valor 36,9% menor do que o registrado há um ano. Apenas em outubro a redução foi de 43% e, nos últimos doze meses, de 37,2%.

O quadro é resultado de uma redução mais pronunciada nas importações de autopeças, de 23,6%, enquanto que as exportações brasileiras do segmento caíram bem menos, 8,3%. Nos dez primeiros meses de 2015 as vendas no setor de autopeças para 182 países totalizaram US$ 6,46 bilhões, ao passo que as aquisições, oriundas de 157 países, chegaram a US$ 11,58 bilhões.

Em outubro, especificamente, as importações registraram a segunda maior retração do ano, de 31,3%, praticamente empatadas com agosto, em queda de 31,5%. Mas as exportações não ajudaram tanto assim o saldo do mês, pois fecharam o período com a maior retração mensal do ano, de 21%. Em março e junho o índice chegou a ser positivo.

No ano a Argentina é a maior compradora de autopeças Made in Brazil, com 33,5% de participação e queda de 8%. Em segundo lugar estão Estados Unidos, 16% do total e baixa de redução de 3%, e logo atrás o México, 9,4% do bolo e queda de 5%.

Na outra ponta os Estados Unidos são os maiores vendedores de autopeças para o Brasil, com 12,5% do total e redução de 18%. A China vem na segunda colocação, 10,5% de participação e baixa de 13,6%, e o Japão em terceiro, com fatia de 10% e retração de 16%.

Para conferir os resultados completos elaborados pelo Sindipeças acesse o link http://www.sindipecas.org.br/sindinews/Economia/BCANOV15.pdf.

 

Vendas em novembro superam as de outubro

As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus fecharam novembro com aumento de 1,6% com relação a outubro, embora com uma retração de 33,7% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados pela Fenabrave na tarde da terça-feira, 1º.

Foram licenciados 195,2 mil veículos, ante 192,2 mil unidades em outubro. Em novembro do ano passado, quando o mercado estava sendo impulsionado pela aproximação do fim do desconto no IPI para automóveis e comerciais leves, que acabou em 31 de dezembro, foram emplacadas 294,6 mil unidades.

Além do crescimento em volume, novembro registrou números melhores também na média diária dos licenciamentos. O índice chegou a 9,8 mil unidades no mês passado, ante 9,1 mil – a pior média do ano – em outubro.

Em nota o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, entretanto, afirmou que essa alta não é significativa, uma vez que a retração se manteve no acumulado do ano para todos os segmentos. De janeiro a novembro os emplacamentos alcançaram 2 milhões 341 mil unidades, queda de 25,2% com relação às 3 milhões 127 mil unidades comercializadas nos primeiros onze meses do ano passado.

No segmento de automóveis e comerciais leves a queda acumulada chegou a 24,2%, para 2 milhões 256 mil veículos. Em novembro foram licenciadas 189,4 mil unidades, queda de 32,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado mas avanço de 2,2% com relação a outubro.

Outro segmento a apresentar crescimento na comparação mensal foi o de chassis de ônibus: 2,6%, para 1 mil 119 unidades. Com relação a novembro do ano passado, porém, registrou queda de 57,9% e na comparação dos acumulados de 2014 e 2015 a retração chega a 36%.

Em caminhões houve queda em todos os comparativos: 18,1% no mensal e 61% no anual, para 4 mil 735 unidades, e 46,3% no acumulado, com 66,2 mil caminhões licenciados.

As vendas de motocicletas também cresceram de outubro para novembro: saltaram de 89 mil para 105,4 mil unidades, avanço de 18,3%. Na comparação com novembro de 2014, porém, o setor encolheu 6% e no acumulado a queda chega a 12,3%, com  1 milhão 142 mil motocicletas licenciadas.

Em novembro, assim como ocorrera em outubro, a General Motors ficou na liderança das vendas de automóveis e comerciais leves, com 30,7 mil unidades, ou 16,2% do mercado. A Fiat ficou na vice-liderança, com 30,1 mil veículos vendidos e 15,9% de participação, seguida pela Volkswagen, 13,1% de participação com 24,9 mil unidades comercializadas.

Brasil repete oitava colocação do ranking global em outubro

O Brasil repetiu em outubro o fraco desempenho colhido em setembro e fechou o mês novamente na oitava colocação do ranking global de vendas de veículos leves, segundo dados da consultoria Jato Dynamics divulgados na terça-feira, 1º.

Com baixa de 36,4% no mês o resultado só foi melhor, considerando os quinze primeiros da lista, que o da Rússia, que caiu ainda mais no comparativo anual, 38,5%. De qualquer forma, com 185 mil emplacamentos, o País ficou somente dez mil unidades atrás do sétimo colocado, a França, e a vinte mil do sexto, a Grã-Bretanha.

No acumulado do ano o Brasil é o sétimo, duas posições abaixo daquela registrada há um ano, com quase 2,7 milhões de emplacamentos, queda de 23%. O sexto colocado no ano é a Índia, já mais de 500 mil unidades à frente e alta de 4%.

O ranking vê na primeira posição do ano a China, ainda que no seu caso específico considerando apenas automóveis, com 17,6 milhões de unidades, em alta de 4,5%, seguida por Estados Unidos, 14,5 milhões e crescimento de 5,8%, e Japão, 4,2 milhões e redução de 9,3%.

Por grupos de montadoras a Volkswagen liderou em outubro, mas com a maior queda do ranking, de 4,7%, para 732,6 mil, com a Toyota em segundo, com 699 mil, resultado estável, e GM em terceiro, 591 mil e alta de 5,2%. No acumulado do ano a ordem é a mesma, mas as três registram baixa próxima de 2% – a Toyota está quatrocentas mil unidades atrás da VW.

 

A3 Sedan Ambition: preço menor, potência maior

Em dezembro a rede de concessionárias Audi começará a vender a versão nacional Ambition do A3 Sedan, topo de linha na gama. Produzido em São José dos Pinhais, PR, o modelo ganhou motor 2 litros TFSI, importado, e amplo pacote de itens de série que são oferecidos apenas como opcionais nos catálogos Attraction e Ambiente, que trazem motor 1,4 litro flex.

Comparado com a antiga versão Ambition importada, equipada com motor 1,8 litro, o A3 Sedan nacional ficou mais em conta e mais potente. O motor TFSI 2 litros gera até 220cv, ante os 180cv do propulsor anterior, que custava R$ 140,2 mil – agora a versão topo de linha tem preço sugerido a partir de R$ 138 mil.

Traz, de série ar-condicionado digital, bancos em couro sintéticos com ajuste elétrico, controle de cruzeiro convencional, volantes em couro, dez alto-falantes e teto solar, dentre outros itens. De opcionais oferece um controle de cruzeiro adaptativo, com recursos extras como o assistente de manutenção de faixa, e um sistema de entretenimento que une rádio, DVD e navegação, controlado pelo toque do dedo na tela.

Poucos pormenores diferenciam a Ambition das demais versões: além do teto solar de série, friso decorativo brilhante e conjunto de farol e lanterna traseira em led – além, é claro, do motor 1 litros, mas que também alcançou nota A nas medições do Inmetro.

O A3 Sedan Ambition é oferecido nas cores azul, branco, cinza, prata, preto, vermelho e, internamente, possui opções de tonalidade escura e clara.

Toyota inaugura seu centro de distribuição no Nordeste

A Toyota inaugura na segunda-feira, 30, seu primeiro centro de distribuição na região Nordeste do Brasil, próximo à área do porto de Suape, em Cabo de Santo Agostinho, PE, a cerca de 40 quilômetros da Capital Recife. Com investimento de R$ 2,4 milhões, o complexo ocupa 23 mil m² e pode receber até 40 mil veículos por ano.

Em comunicado a montadora afirma que a unidade distribuirá veículos Corolla e Etios, produzidos no Brasil, e Hilux e SW4, fabricados na Argentina, para todos os concessionários da região Nordeste. Segundo a Toyota 20% das vendas da marca no mercado nacional são para os estados da região – de janeiro a outubro foram 30,2 mil unidades, 8,5% de participação no Nordeste.

O complexo gerará 40 postos de trabalho diretos e indiretos e reduzirá em 24% as emissões de CO2 na atmosfera, segundo cálculos da companhia – o correspondente a uma floresta de 160 mil árvores.

O centro de distribuição de Suape é o terceiro de veículos da Toyota no País: há outro em Guaíba, RS, e Vitória, ES, além do centro de distribuição de peças em Votorantim, SP.

Subaru: mais dois modelos no front.

Nem tudo é lamento no mercado automotivo brasileiro. Algumas marcas – a maioria de veículos premium –  chegarão ao  último dia de 2015 com números a comemorar. É o caso da Subaru, que já tem como certo que encerrará o ano com cerca de 1,7 mil veículos vendidos aqui, um verdadeiro salto de cerca de 60% ante o que negociou no ano passado. 

Em 2014 a marca vendeu pouco mais de 1, 1 mil veículos, e no ano anterior registrara bem menos: perto de oitocentas unidades. A evolução, em dois anos, assim, pode superar os 100%, enquanto o mercado inteiro encolheu 7,2% no ano passado e de janeiro a outubro recuou mais de 20%.

Flávio Padovan, diretor geral da Subaru no Brasil, lembra ainda que o dólar disparou em 2015, tornando os preços dos carros importados bem mais salgados.  Se o real desvalorizou e o mercado interno encolheu, qual a mágica da Subaru então? Padovan é objetivo: “Nenhuma. Abrimos mais ponto de vendas e, sobretudo, temos mais produtos para oferecer”.

É certo que os volumes negociados pelo Grupo Caoa, representante da marca, ainda são tímidos e qualquer novo produto pode alterar drasticamente o desempenho. E a Subaru apresentou neste ano três: o modelo de entrada Impreza, e os top WRX e WRX STI. Nesta segunda-feira, 30, mais dois lançamentos, os renovados Outback e Legacy, vendidos, respectivamente, por R$ 159,9 mil e R$ 152,9 mil – ambos em versão única de acabamento, com motor boxer 3,6 litros de 256 cavalos, transmissão CVT e tração integral.

E exatamente pela chegada desses dois veículos que Padovan acredita em mais um pulo em 2016. O executivo, mesmo ponderando a instabilidade cambial e a incerteza do quadro macroeconômico, fala em até 2,4 mil veículos: “É o que informamos à fábrica no Japão e esperamos cumprir”.

Além dos dois modelos, que devem responder por algo como 12% do mix de venda, a rede deve ajudar nesse objetivo aos japoneses. A rede Subaru chegará neste mês a doze casas, contra as nove que tinha em 2014. Para o ano que vem Padovan projeta a abertura de mais quatro – “e precisaremos de produtos para remunerar os investimentos nessas revendas”. E já tem a linha completa com os novos Legacy e Outback.

Novembro terá pouco mais de 190 mil emplacamentos

A um dia do fechamento das vendas de veículos o mercado brasileiro registrou pouco mais de 181 mil licenciamentos em novembro, de acordo com dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. Em média foram emplacados 9,5 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus por dia útil.

Essa média diária retorna ao patamar de setembro, quando os brasileiros consumiram 9,5 mil veículos por dia útil. Em outubro o índice alcançou o nível mais baixo do ano, com 9,1 mil unidades comercializadas por dia útil. Nos demais meses do ano a média oscilou de 10 mil a 11 mil unidades.

Segundo uma fonte do varejo consultada pela reportagem a expectativa dos concessionários é fechar novembro com pouco mais de 190 mil emplacamentos, somados os licenciamentos da segunda-feira, 30, último dia útil do mês. Na sexta-feira, 27, foram registrados 11 mil veículos 0k, de acordo com a fonte, que não acredita em volume superior a este no último dia pelo fato de tradicionalmente as segundas-feiras registrarem poucos emplacamentos.

Caso a projeção se confirme, novembro ficará pouco abaixo de outubro, quando 192,2 mil unidades foram comercializadas no mercado brasileiro – em 21 dias úteis, um dia útil a mais do que os vinte de novembro.

Na comparação com novembro do ano passado a retração chegaria a 36%, mas naquele mês o segmento de automóveis e comerciais leves, o de maior volume do mercado, estava sob o efeito de antecipação de compra por causa do fim da redução do IPI, que vigorou até 31 de dezembro.

Na comparação dos acumulados do ano de 2015 e 2014 o mercado chegou a uma retração de 25%. De janeiro a novembro de 2014 foram licenciados 3,1 milhões de veículos, enquanto no mesmo período deste ano o volume acumulado chegou a 2,3 milhões de unidades – a Anfavea projeta fechar o ano com retração de 27,4%.

Termina greve nas fábricas do Grupo Antolin

A greve em duas fábricas do Grupo Antolin em Caçapava, no Vale do Paraíba, Interior de São Paulo, a Intertrim e Trimtec, terminou. Os trabalhadores retornaram às suas funções na segunda-feira, 30.

Com isso deve retornar aos poucos à normalidade a produção nas duas fábricas da Toyota, Indaiatuba e Sorocaba, SP, GM em Gravataí, RS, Volkswagen em Taubaté, SP, Renault em São José dos Pinhais, PR, e Ford em São Bernardo do Campo, por falta do forro de teto da Intertrim, e Hyundai em Piracicaba, SP, sem entregas de acabamento plástico interno da coluna da Trimtec.

Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos a paralisação terminou com o aceite da empresa em pagar reajuste de 11% para salários de até R$ 2,5 mil – acima desse valor será aplicado 10,33% –, abono de R$ 1,4 mil, vale-alimentação de R$ 200, estabilidade no emprego de 100 dias e reversão de 19 demissões ocorridas durante a greve.

Pelo acordo aprovado, ainda segundo o sindicato, os trabalhadores compensarão metade dos dias parados e os salários serão pagos na íntegra. Ao todo são pouco mais de setecentos funcionários nas duas fábricas, instaladas no mesmo complexo.

O movimento envolveu uma forte disputa sindical. O Sindicato dos Metalúrgicos da região, afiliado à Conlutas, quer representar os trabalhadores, hoje alocados no Sindicato dos Têxteis local, ligado à Força Sindical – a alegação é que a empresa produz autopeças e o sindicato argumenta que a paralisação de diversas montadoras por conta da greve é prova disso. A direção da empresa já havia negociado reajuste de 10,33% com os têxteis, mas o sindicato dos metalúrgicos interveio, tentando chegar aos 11%, algo negado inicialmente pela direção da empresa e origem paralisação.

A Justiça do Trabalho da região decidiu que o caso deveria ser analisado por um colegiado, o que deverá ocorrer apenas na segunda semana da dezembro – e daí temor das fabricantes de veículos que o movimento se estendesse até lá.

Durante a paralisação houve troca de acusações: a empresa alegava que os metalúrgicos estavam acampados em local privado e que impediam a entrada daqueles que queriam trabalhar. A Antolin chegou a utilizar pessoal da área administrativa para rodar a produção em 30%, mas a prática foi cancelada a pedido do Ministério do Trabalho. Já o Sindicato afirma que um grupo de pessoas ligado à Força Sindical tentou agredir os funcionários, obrigando-os a voltar ao trabalho.