Revista AutoData de dezembro chega à internet

A edição de número 316 da história da Revista AutoData, do mês de dezembro de 2015, chegou à internet e pode ser acessada pelo sistema vira-página antes mesmo da distribuição da publicação tradicional, em papel. Basta usar, em computadores, diretamente o link arquivos/autodatadigital/316-2015-12/#, dentro do Portal AutoData.

A nova edição pode ser lida também em smartphones e tablets: neste caso basta entrar no app da revista AutoData. Quem ainda não tiver o aplicativo instalado em seu dispositivo pode encontrá-lo gratuitamente na AppStore, para aparelhos com sistema iOs como iPhones e iPads, e na Play Store, para dispositivos dotados do sistema Android.

O destaque de capa desta edição está nas ações da PSA Peugeot Citroën para recuperar a lucratividade na América Latina. Ainda na cobertura de inciativas diferenciadas de gestão, confira matéria sobre a união da Toyota com o Hospital Santa Cruz para aplicar o sistema de produção da montadora no atendimento aos pacientes.

A revista deste mês traz também uma cobertura especial sobre o atual momento do Polo Automotivo do Rio Grande do Sul, os lançamentos do Audi A3 Sedan brasileiro e dos renovados Peugeot 308 e Chevrolet Cobalt, a estratégia agressiva para crescimento da BMW Motorrad – direto da Alemanha –, a inauguração da nova fábrica de componentes da Thyssenkrupp em Poços de Caldas, MG, e muito mais.

Abrilhanta as páginas do From the Top Luiz Adelar Scheuer, conhecido executivo do setor automotivo nacional que hoje é o responsável pela Pesquisa Fenabrave, que avalia a atuação das fabricantes sob o ponto de vista de suas próprias redes.

MWM Motores reconhece melhores fornecedores

A MWM Motores reconheceu seus melhores fornecedores pelo desempenho registrado no ano passado. A cerimônia de premiação aconteceu na sexta-feira, 11, na fábrica da empresa no bairro de Santo Amaro, em São Paulo, Capital.

Foi a terceira edição do Supplier Award da MWM, que avaliou os fornecedores pelo processo GSRS, de Global Supplier Rating System, que elencou aqueles com melhores resultados em indicadores como postura comercial e contribuição, redução de custo, qualidade, desempenho de entrega e flexibilidade, capacidade tecnológica e desempenho no desenvolvimento de novos produtos.

Em comunicado Paulo Rolin, diretor de Supply Chain, considerou o evento como oportunidade para fortalecer as parcerias. “Contar com uma cadeia de suprimentos que busca a melhoria contínua do processo é fundamental para garantir a qualidade dos nossos motores.”

Também na nota José Eduardo Luzzi, Presidente e CEO da Navistar Mercosul, reforçou a importância do reconhecimento aos fornecedores: “É uma honra premiarmos os parceiros que buscaram as melhores práticas de mercado e forneceram não somente produtos e serviços, mas também diferenciais competitivos”.

Foram premiadas nove empresas.

Revista AutoData de janeiro já está disponível on-line

A cobertura completa dos vencedores do Prêmio AutoData 2015 chegaram às telas de computadores, tablets e smartphones por meio da Revista AutoData de número 317, que já está disponível para acesso nestes dispositivos – antes mesmo da circulação da versão impressa da publicação.

Para smartphones e tablets, tanto os com sistema iOs quanto Android, basta entrar no app da revista AutoData. Quem ainda não tiver o aplicativo instalado pode encontrá-lo gratuitamente na AppStore ou na Play Store. Em computadores tradicionais utilize diretamente o link arquivos/autodatadigital/317-2016-01/, via Portal AutoData.

A capa traz Stefan Ketter, o Personalidade do Ano do reconhecimento, que no From the Top concedeu sua primeira entrevista na condição de presidente da Fiat Chrysler Automobiles para América Latina, sucedendo a Cledorvino Belini. Ele afirmou que é alérgico à vida fechada em escritórios e assegurou que “o setor automotivo precisa ter cuidado para não virar um dinossauro, pois todo mundo sabe o que aconteceu aos dinossauros”.

Todos os demais vencedores do Prêmio AutoData, nas categorias empresariais e de veículos, estão retratadas na publicação. Mas há ainda espaço para mostrar um especial sobre a indústria de pneus, que trouxe muitas novidades nos últimos tempos apesar da desaceleração do mercado, além da boa fase da PST Electronics, detentora da marca Pósitron, que conquistou novos clientes como Toyota e Honda no Brasil e na Argentina, e muito mais. Confira.

Chery antecipa os planos do Tiggo nacional

Antes prevista para o segundo semestre deste ano, a produção do utilitário esportivo Tiggo, que tinha sido adiada para 2017, foi antecipada pela Chery e deverá começar no ano que vem em Jacareí, SP, onde a companhia chinesa instalou sua fábrica brasileira. Todas essas mudanças de planejamento são apenas algumas das adotadas pela montadora, que, segundo seu vice-presidente, passa por uma curva de aprendizado do mercado brasileiro.

Segundo o executivo a companhia paga o preço pelo pioneirismo, uma vez que a fábrica brasileira é a primeira com gestão completa da Chery fora da China – existe uma joint-venture, no Irã, que é controlada pelos locais. Junte a isso o fato de a produção ter começado em um ano difícil, com forte queda nas vendas e alta volatilidade do dólar.

“É muito diferente do que acontece na China. Nesse ano revisamos projeções a cada três ou quatro meses. Fica difícil traçar e manter um plano de longo prazo”.

A única certeza no longo prazo, segundo Curi, é a manutenção da fábrica. O vice-presidente contou que os chineses querem transformar a região em um polo automotivo chinês – em julho anunciaram investimento de US$ 700 milhões para atrair ao menos 25 fornecedores, em sua grande maioria do país de origem da Chery, para Jacareí.

“O mercado voltará a crescer, com destaque para o segmento de entrada, que é onde competimos. Mas vamos mais devagar, com calma, para alcançar nossa meta. Em cinco ou seis anos queremos ter 3% das vendas”.

Em março, antes de o Tiggo entrar em produção a Chery começará, finalmente, a montar o QQ nacional, modelo de entrada da companhia, na faixa dos R$ 30 mil. O utilitário esportivo deverá sair das linhas de montagem somente a partir do segundo semestre, na primeira das três versões – a chamada Tiggo 5, com porte semelhante ao Renagade e HR-V. Depois a companhia pretende montar o Tiggo 1, feito em cima da base do Celer, e o Tiggo 3, de tamanho intermediário.

Segundo Curi a decisão de antecipar a produção do Tiggo tem a ver com o atual momento do mercado. Os utilitários esportivos passam por situação distinta, com crescimento nas vendas. “Se soubéssemos disso quando decidimos produzir aqui, teríamos começado com o Tiggo”.

Serão, portanto, cinco os modelos produzidos em Jacareí – ou seis, se diferenciarmos as carrocerias sedã e hatch do Celer. A fábrica se tornará base de fornecimento da companhia na América Latina, que já tem conversas adiantadas para começar a exportar para Argentina, Colômbia, Peru, Uruguai e Venezuela. “Na Argentina estamos na fase de homologação do produto”.

Como o mercado brasileiro retraiu, exportar ajudará a justificar o investimento de R$ 1,5 bilhão, com a cotação atualizada, que a Chery fez em Jacareí. Com capacidade para 50 mil veículos, a fábrica produzirá apenas 5 mil no primeiro ano de operação.

As linhas começaram a funcionar em fevereiro e, nestes dez meses, a montadora sofreu alguns contratempos. Logo que a produção começou, o sindicato organizou a primeira greve, só resolvida após julgamento no TRT de Campinas, SP. Quando eles retornaram ao trabalho, um raio acertou a cabine de força da fábrica, provocando nova paralisação. O sindicato ainda provocou novos contratempos aos chineses, desacostumados a lidar com questões trabalhistas. “Dos dez meses de operação, a fábrica ficou parada quatro”.

Para 2016, ano em que projeta 15% de queda nas vendas do mercado de automóveis e comerciais leves, a Chery acredita que conseguirá produzir de 8 mil a 10 mil unidades, com 1 mil a 2 mil destinadas ao Exterior. Por aqui a meta é vender 8 mil veículos – e todos com produção nacional: a Chery, originalmente chinesa, agora só vende aqui carros feitos em Jacareí.

BMW do Brasil terá novo presidente

A BMW do Brasil terá novo presidente a partir de fevereiro do ano que vem. Helder Boavida, executivo português, sucederá a Arturo Piñeiro, transferido para os Estados Unidos na condição de presidente da BMW of Manhattan.

Boavida atualmente é o diretor-geral da BMW no México. Nascido em Lisboa, é formado em administração de empresas pela Universidade local e foi Managing Director do BMW Group Portugal de 2008 a 2014, quando assumiu a operação mexicana. No Brasil ele será o responsável por todas as operações do BMW Group, incluindo as marcas BMW, Mini e BMW Motorrad.

Piñeiro assumiu o posto em 1º. de abril de 2013, em lugar de  Jörg Henning Dorbunsch, vindo justamente dos Estados Unidos. Cerca de um ano e meio depois vivenciou a iniciativa mais importante da história da empresa no País, a inauguração da fábrica de Araquari, em Santa Catarina. Desde então a unidade já produziu mais de dez mil unidades.

GM Argentina – Enquanto isso a General Motors definiu o sucessor de Isela Costantini na presidência das operações na Argentina, Uruguai e Paraguai: é Carlos Zarlenga, atual CFO da GM América do Sul, baseado no Brasil – cargo que manterá, acumulando as novas atividades. Ele foi o representante da montadora em palestra do Congresso AutoData Perspectivas 2016, em outubro.

Zarlenga é nascido na Argentina e fez carreira na General Electric, pela qual já desempenhou diversas posições, sempre na área financeira, em diversas unidades no mundo.

Costantini, brasileira filha de argentinos, assumirá a presidência da Aerolineas Argentinas, empresa estatal, a convite do novo presidente da Argentina, recém-empossado.

 

Autopeças: internacionalização e inovação como base do crescimento.

Em ano em que o setor de autopeças nacional acumula perdas, até setembro, de 13,5% no faturamento líquido, a Fras-le comemora alta de 11%, para R$ 637 milhões. Deste total, 50% têm origem em exportações diretas a partir do Brasil e vendas pelas operações localizadas em outros países. O mercado de reposição, essencialmente de materiais de fricção para veículos pesados, representa 80% da receita. Os dados foram expostos por Pedro Ferro, diretor corporativo de autopeças das Empresas Randon, em painel no Fórum Regional Automotivo do Rio Grande do Sul, realizado pela AutoData Editora na quarta-feira, 9, em Caxias do Sul.

Já as demais marcas do Grupo no segmento de autopeças acumulam perdas de 38%. Como forma de ajustar a produção ao mercado foram fechados em torno de 2 mil postos de trabalho em dois anos, com redução de três para um turno. “Não sabemos se chegamos ao fundo do poço, mas o fundo do poço parece enlameado”, disse o executivo. Também garantiu que há estudos em andamento para que as demais fabricantes de autopeças – Master, Suspensys e Jost – sigam o exemplo da Fras-le, com foco na internacionalização e reposição. “Nossa meta é dobrar estas empresas de tamanho em cinco anos.”

O painel de autopeças também teve a presença de Juliano Mantovani, diretor da Keko Acessórios, que deve fechar o ano com queda de 5% na receita líquida ante uma expectativa inicial de crescimento e de expansão média histórica de 15% a 20%. O recuo deve-se, basicamente, à queda de 27% do mercado de picapes, seu maior comprador.

Ele destacou como fatos positivos do ano o crescimento de 25% em novos projetos no segmento de OEM e o ingresso efetivo em veículos de passeio. Dentre os novos projetos estão acessórios para modelos Fiat, Renault e Honda. Mantovani também explicou que a Keko investe no mercado externo, que ajuda na consolidação de números melhores. A expansão projetada para o ano neste segmento é de 30%.

Outro aspecto em comum é o investimento em produtos inovadores. Na Keko a participação do desenvolvimento de novos produtos na receita é de 30%. A Fras-le, que tem forte presença em mercados desenvolvidos como Estados Unidos e a Europa, investe em inovações de forma permanente. Outra ação adotada nas Empresas Randon foi a concentração da base de fornecedores, que caiu de 550 para 100, assim como a centralização da área de compras.

Em relação a 2016 Mantovani assegura que a Keko está preparada para enfrentar situação ainda pior que a atual se ela vier. Tem como projeção a produção de 2 milhões de unidades, mas acredita em leve crescimento na empresa em razão dos novos projetos.

Ferro antecipa que se a situação piorar medidas ainda mais drásticas se tornarão necessárias. Mantendo-se o quadro atual, as empresas já estão preparadas – mas o diretor vê sinais de melhora em razão dos estoques estarem mais baixos.

AGCO investe em plataformas globais

A crise de confiança instalada no País será fator determinante para que a economia se mantenha, em 2016, em situação semelhante à atual. O entendimento é de Eduardo Souza, gerente de produto tratores da AGCO, em palestra no Fórum Automotivo Regional do Rio Grande do Sul, realizado pela AutoData Editora na quarta-feira, 9, em Caxias do Sul.

Para o executivo, em tratores os números devem se manter, mas em colheitadeiras a tendência é de declínio. Os segmentos canavieiro e florestal mostram capacidade para uma reação tímida.

Souza, no entanto, acredita que a crise pode criar oportunidades para o Brasil participar mais ativamente do mercado mundial. Citou o caso da AGCO, que está desenvolvendo plataformas globais para seus produtos. Segundo ele, a estratégia pode criar oportunidades de exportação para os fornecedores e ganhos de espaço na cadeia de suprimentos. Mas para alcançar os resultados é preciso adequação às demandas globais, competitividade sustentável e estar preparado para a retomada do mercado brasileiro.  “Em algum momento a reação virá.”

O palestrante destacou que, atualmente, o índice de nacionalização dos produtos da marca é de 80%. Com plataformas globais deverá cair para 65%, criando oportunidades aos fornecedores.

Dentre as razões para o incremento da mecanização no campo citou o crescimento da população e migração para os centros urbanos, a escassez de mão de obra na zona rural, a demanda por alimentos e bioenergia, maior uso de fertilizantes e defensivos por meio de máquinas específicas e necessidade de renovação da frota, que tem 60% dos tratores e colheitadeiras com mais de 10 anos de uso.

Apesar dos problemas de mercado, a AGCO manteve por meio de suas duas principais marcas – Massey Ferguson e Valtra – participação de 45% no Brasil e 42% na América do Sul. No entanto, perdeu representação no faturamento global: de 17%, em 2014, para 14% até setembro de 2015. No ano passado o grupo faturou US$ 9,7 bilhões e, até setembro passado, US$ 5,5 bilhões.

Neste ano a montadora priorizou investimentos de R$ 18 milhões na expansão da GSI, de silos para armazenagem, e de R$ 35 milhões em novo laboratório para controle de emissões em Mogi das Cruzes, SP. A rede é formada por 685 concessionárias, sendo 399 no Brasil, 105 na Argentina e 190 em outros países.

Crise reduz faturamento da cadeia em R$ 38 bilhões

A cadeia de suprimentos do setor automotivo terá perdas estimadas em R$ 38 bilhões neste ano em função da queda na produção de veículos. O número foi indicado por Christian Murayama, sócio da KPMG, em palestra no Fórum Automotivo Regional do Rio Grande do Sul, realizado pela AutoData Editora na quarta-feira, 9, em Caxias do Sul.

Ele destacou que empresas do segmento, que historicamente tinham Ebitda positivo na casa de 5% a 7%, apresentarão índice negativo de 7%. Mas assinalou que existem ações capazes de reverter esta situação e alcançar margem positiva de até 8%. Não podem, no entanto, ficar restritas a aspectos operacionais, financeiros e de planejamento: “É preciso tratar questões estruturais e, inclusive, discutir o modelo de negócio. Se trabalha pouco a maximização do valor, que pode levar a resultados positivos”.

Também destacou como fundamental a adoção da governança como forma de transmitir mais transparência e estar mais próximo ao mercado.

Para Murayama, o gestor precisa visualizar a cadeia de suprimentos e, até mesmo, imaginar os próprios concorrentes como possíveis parceiros – ele entende que o momento é adequado para a organização da força de trabalho na empresa com vistas a uma possível e necessária reestruturação.

Em sua apresentação, Murayama considerou que “a crise desafia a pensar o modelo da organização”.

O sócio da KPMG salientou que a maior dificuldade existente é o tempo demandado entre a crise e a tomada de decisão. Segundo ele a decisão, costumeiramente, é adotada depois do tempo devido.

Agrale estima novas quedas em 2016

“Manter o navio flutuando até 2017. De um jeito ou de outro.” A manifestação foi feita em palestra no Fórum Regional Automotivo do Rio Grande do Sul, realizado pela AutoData Editora na quarta-feira, 9, em Caxias do Sul, por Edson Martins, diretor de suprimentos e vendas da Agrale, que aguarda mares menos hostis em 2017.

O executivo projeta um 2016 parecido com este 2015 no mercado interno: vendas de 38 mil tratores de rodas, 65 mil caminhões e 10 mil a 15 mil ônibus, volume dependente das licitações públicas das prefeituras. Ainda há fatores externos que podem agravar a situação: possível aumento de juros nos Estados Unidos, com reflexos na variação cambial, que poderia chegar a R$ 4,50, e novo rebaixamento da nota do Brasil por agências internacionais.

Martins destacou que o mês de novembro tornou-se um fosso para o segmento automotivo brasileiro, com recuos próximos a 50% sobre igual mês do ano passado e também com relação a outubro. O fato, de acordo com executivo, tem relação direta com a falta de liberação de recursos públicos e privados para o financiamento dos veículos. “Com taxa Selic na casa dos 15% os bancos, que não querem assumir riscos, preferem emprestar para o governo. No BNDES está difícil aprovar contratos.”

Há, no entendimento de Martins, um ambiente de crise política e ética, que gera incertezas no mercado. “Não se sabe o que fazer no futuro.”

O resultado está na queda das vendas e no faturamento das empresas em 2015. O da Agrale, segundo o palestrante, recuará cinco anos, a valores de 2010. Mesmo com o uso sistemático da redução de jornada, a empresa reduziu seu quadro para 1 mil 326 funcionários – em 2011 empregava 2,4 mil pessoas.

Nem por isso a Agrale deixou de investir em lançamentos neste ano. Dentre eles a linha de caminhões A, que trouxe como uma das novidades a cabine de aço, de peso menor, que permite elevar a capacidade de carga. Também lançou a segunda geração do utilitário Marruá e novos tratores.

A montadora tem capacidade instalada para 6 mil tratores, 24 mil motores e 23,7 mil veículos, dentre caminhões e chassis de ônibus. Desde sua fundação entregou 114 mil 789 veículos, 86 mil tratores, 98 mil motos, hoje fora de linha, e 395 mil motores.

Inadimplência começa a preocupar a Anef

A inadimplência nos financiamentos de veículos subiu em outubro, fato que preocupa o presidente da Anef, Décio Carbonari. Segundo dados da associação os atrasos superiores a noventa dias por pessoas físicas cresceram 0,2 ponto porcentual em outubro, comparado com o mesmo mês do ano passado alcançando 5,8% do total da carteira do setor. Para pessoas jurídicas o aumento foi mais expressivo, de 0,7 ponto porcentual, representando 4,3% dos contratos.

Em comunicado o executivo afirmou que o índice demorou a subir, com base nas projeções da Anef do começo do ano, mas agora é uma realidade. “Infelizmente a realidade macroeconômica é pior do que os economistas previam e o impacto é ainda pior no setor automotivo. A inadimplência demorou, mas veio, de forma que não é possível projetar uma retomada até que o desemprego estabilize e o mercado volte a ter poder de compra”.

Até outubro recursos liberados pelos bancos das montadoras caíram 20% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 77 bilhões. Carbonari culpa a recessão da economia e acredita que o cenário tende a se agravar, uma vez que a taxa de desemprego tem tendência de alta e a renda média do brasileiro de baixa. “Esses dois índices não devem se estabilizar antes de meados de 2016”.

Em outubro o saldo da carteira chegou a R$ 188,1 bilhões, queda de 1,1% na comparação com setembro e de 7,2% com relação ao mesmo mês de 2014.

A Anef projeta queda de 19,5% no saldo das carteiras de financiamento e de 20% na liberação de recursos, para R$ 89,1 bilhões.