A Subaru preparou uma ação inusitada para, a princípio, este primeiro trimestre: montou dentro do lobby do Sheraton Hotel WTC, na Zona Sul de São Paulo, um espaço que funcionará como uma mini-concessionária. A cada dia um dos modelos da marca estará exposto ao lado de uma cabine decorada com a identidade visual da Subaru, onde ficarão dois vendedores e um gerente para atender os interessados.
Vai um pouco além do que estamos acostumados a ver em shoppings, eventos e cinemas, onde as montadoras colocam no espaço um automóvel e uma recepcionista, apenas para passar as informações do modelo, sem vendas efetivas. Neste espaço as vendas poderão se concretizar, embora o faturamento seja feito em alguma concessionária próxima.
“Montamos um ponto de vendas dentro do WTC”, contou Flávio Padovan, diretor-geral da Subaru no Brasil. “O comportamento do consumidor brasileiro mudou. Ele não tem mais tempo de se deslocar até uma concessionária. Por isso é importante estarmos onde ele está”.
E o público-alvo da Subaru está no WTC. O caro leitor que acompanha os Seminários, Workshops e Congressos AutoData conhece o complexo, composto pelo Sheraton Hotel, a torre de escritórios e o centro de eventos WTC e D&D Shopping. Por lá ocorrem cerca de novecentos eventos por ano e circulam 450 mil pessoas. Segundo cálculos da diretoria do WTC, 54 mil executivos trabalham em escritórios próximos ao local.
A ação foi costurada em parceria com a diretoria do complexo e o valor do investimento Padovan manteve em segredo, assim como a sua meta de vendas. “É importante estar aqui, não só vender. Nesse cenário atual de mercado é importante estar próximo ao consumidor, e o público que frequenta o WTC é compatível ao do nosso consumidor”.
O espaço começou a funcionar na segunda-feira, 18, e ficará ativo pelo menos por noventa dias – mas Padovan acredita que será renovado.
Desempenho – No ano passado as vendas da Subaru cresceram 46% com relação a 2014, somando 1 mil 639 unidades, na contramão do mercado que recuou 26,6%. Embora esteja otimista com o desempenho da marca, Padovan não quis revelar suas projeções. “Vamos crescer. Não sei quanto, mas vamos”.
Com relação ao mercado no geral, o executivo seguiu as projeções divulgadas pela Anfavea, de queda de 7,3% nas vendas.