BorgWarner nacionaliza componente para caminhões extrapesados

A BorgWarner começou a produzir a embreagem viscosa eletrônica de velocidade variável para veículos extrapesados em sua fábrica de Itatiba, SP. Antes importada da Alemanha, a Visctronic, como é chamado o produto, é voltada para caminhões usados nos setores de distribuição, construção e para longas viagens.

Desde 2012 a Visctronic é produzida no Brasil para veículos pesados, mas ainda não havia chegado aos extrapesados.

Segundo a companhia, em nota, o produto foi nacionalizado para se enquadrar nos “esforços para que seus clientes, as montadoras, cumpram as normas do Inovar-Auto, por meio de tecnologias eficientes de consumo de combustível produzidas localmente para as mais variadas aplicações”.

A Visctronic usa um software calibrado para se comunicar com a unidade eletrônica do motor e responde continuamente às exigências do veículo com base em temperatura, velocidade ou carga. Como resultado o motor funciona de forma mais eficiente, oferecendo mais potência com menor consumo de combustível, emitindo menos poluentes.

VW moderniza a fábrica de São José dos Pinhais

Os modelos da família Fox e o novo Golf saem da mesma linha de montagem na fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais, PR. O que era difícil de imaginar dadas as diferenças dos modelos – inclusive de épocas de desenvolvimento – foi possível graças aos investimentos aplicados pela companhia na unidade, que ganhou, além de uma nova área de solda, tecnologia inovadora na montagem.

O novo Golf é fabricado dentro do conceito de estratégia modular MQB, Matriz Modular Transversal na tradução para português. Desenvolvido pelo Grupo VW na década passada, é uma arquitetura de produção de veículos que padroniza o processo de manufatura das fábricas da companhia, estabelecendo, por exemplo, uma sequência de montagem comum, e proporciona redução no tempo de passagem dos modelos nas linhas e economia de escala.

O MQB é o que existe de mais moderno dentro do Grupo VW. Ele permite também compartilhar a base estrutural para o desenvolvimento de veículos de diferentes segmentos, seguindo preceitos de baixo peso e usa materiais mais específicos, como aços de alta resistência.

Para que Golf e Fox compartilhassem a linha, a companhia mudou a área de Fahrwerk, que fica na etapa da montagem. Lá é feita a união do motor, transmissão e suspensão com a carroceria. São José dos Pinhais ganhou um novo Fahrwerk que, além de permitir a entrada dos dois modelos, confere ainda mais precisão ao processo e faz a rastreabilidade dos apertos de todos os parafusos usados na etapa – dando mais confiabilidade à qualidade do processo.

A área tem três processos principais: primeiro a montagem do motor com câmbio todos os periféricos do conjunto motriz. Depois o chassi é pré-montado para, a partir daí, começa a união dos conjuntos com a carroceria.

Segundo a Volkswagen, em comunicado, vieram da Alemanha mais de 60 contêineres com equipamentos como robôs de parafusamento, parafusadeiras, fusos, placas de montagem do conjunto motriz, elevadores de placas, mesas de transferência, manipuladores e sistemas de controles eletrônicos – tudo para ser usado no novo Fahrwerk.

Outras renovações – As mudanças e modernizações não ocorreram apenas na área de montagem. O setor de Armação recebeu equipamentos que proporcionam uma economia de até 30% no consumo de energia, comparado a processos anteriores. São 168 robôs de última geração, soldas a laser, um Eco Framer – equipamento capaz de fazer a geometria da carroceria com precisão de décimos de milímetro – e 145 pinças servo-pneumáticas para o processo de solda.

A pintura ganhou uma nova linha com robôs mais modernos para aplicação de PVC, Primer e Verniz, que garantem a excelência de qualidade do processo produtivo.

“A fabricação do Novo Golf é mais um sinal do compromisso de longo prazo que a Volkswagen tem com o País. Mesmo nesse cenário econômico desafiador, mantivemos nossos investimentos no desenvolvimento de novos produtos”, afirmou, em nota, David Powels, CEO e Presidente da Volkswagen do Brasil.

FCA foi a montadora que mais convocou recalls em 2015

Relatório da Senacon, Secretaria Nacional do Consumidor, órgão ligado ao Ministério da Justiça, divulgado na quarta-feira, 20, aponta que FCA Fiat Chrysler Automobiles foi a montadora que mais convocou recalls em 2015 no Brasil: 16. Neste cálculo entram as ações realizadas pelas marcas Chrysler, Dodge, Fiat e Jeep.

No ranking vêm a seguir a Mercedes-Benz, com dez chamados, Volkswagen e Jaguar Land Rover, oito cada, BMW e Honda Automóveis, empatadas com sete, e Ford e Toyota, com seis.

A General Motors fez cinco recalls no ano passado. A Mitsubishi aparece na lista com três, assim como o Grupo Caoa, considerando as marcas Hyundai e Subaru. E Audi, Nissan, Porsche, PSA Peugeot Citröen e Volvo realizaram dois recalls cada uma.

Convocaram apenas um recall em 2015, segundo o levantamento da Senacon, Bentley, Ferrari, Lifan, Renault e Suzuki.

Ao todo foram chamados de volta às oficinais, segundo o relatório, 2,7 milhões de automóveis e comerciais leves em 89 recalls. Os caminhões foram 1,7 mil, em dois chamados, e 102,5 mil motocicletas em 23 recalls.

Considerando-se todos os recalls convocados no Brasil em 2015, de todos os segmentos, os automóveis responderam por pouco mais de 68% do total e as motocicletas quase 18%.

Quando avaliados os automóveis, isoladamente, segundo o MJ, quase 2,5 milhões de unidades, ou 91,5%, foram chamados por riscos de lesões ou lacerações. Os outros 200 mil, ou 8,5%, passaram por recall por risco de incêndio.

Em comunicado, o órgão afirmou que o número total de recalls no Brasil bateu recorde em 2015 – foram no total 130 ante 120 em 2014 e 109 em 2013. De acordo com Juliana Pereira, secretária nacional do consumidor, 26 recalls foram determinados pela Senacon – quando os fabricantes não realizam o chamado de forma voluntária. “A proteção à saúde e à segurança dos consumidores é uma questão de Estado, e, portanto, prioritária nas ações da Secretaria, que monitora diariamente redes nacionais e internacionais de notícias, além dos sistemas internacionais sobre recalls e segurança de produtos.”

Para ela, ainda na nota, o aumento no número de convocações registrado “se deu em razão do monitoramento mais estratégico do mercado e da maior articulação dos órgãos de defesa do consumidor com as autoridades de Metrologia e Vigilância Sanitária, além da parceria desenvolvida com agências e órgãos reguladores”. A secretária complementou considerando que “é importante conscientizar a sociedade para o fato de que o recall é realizado porque há um risco concreto de dano a integridade física do consumidor”.

O relatório completo dos recalls convocados no Brasil em 2015 pode ser acessado clicando-se neste link: http://justica.gov.br/BoletimRecall2015.pdf.

GM: acordo por PLR em SCS, mas greve continua em SJC

Os trabalhadores da fábrica da General Motors em São Caetano do Sul, do ABCD Paulista, saíram do estado de greve: aceitaram a proposta de R$ 4 250 da montadora para o pagamento da segunda parcela da PLR em assembleia realizada na manhã de quarta-feira, 20, em frente ao portão principal da unidade.

Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul o acordo foi positivo, uma vez que o momento não é considerado oportuno para greve pelo presidente Aparecido Inácio da Silva, o Cidão. “A fábrica está com oitenta dias de estoque. Se entrássemos em greve seria prejudicial para nós e benéfico para a empresa”.

No começo da semana GM propôs R$ 3,5 mil para a segunda parcela da PLR, valor recusado pelos trabalhadores. A proposta aprovada será depositada na conta dos trabalhadores na sexta-feira, 22.

Em São José dos Campos, SP, a greve seguiu pelo terceiro dia. Os trabalhadores reivindicam R$ 6 405 para a segunda parcela da PLR, mas a última proposta da montadora foi de R$ 5 mil – e não houve nova proposta. Segundo Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, a mobilização continua: “Os trabalhadores sabem o que produzem e que a empresa tem condições de melhorar essa proposta”.

Em nota a GM lamentou que as propostas não foram aceitas pelos trabalhadores e a posterior paralisação. A companhia sinalizou também a possibilidade de demitir, caso não haja acordo.

“A GM reforça sua disposição de um diálogo construtivo para encontrarmos alternativas de nos mantermos competitivos nesse contexto de grande transformação do mercado brasileiro, e, assim, evitarmos a adoção de outras medidas de corte de custos que podem causar maiores prejuízos aos funcionários”.

Câmara aprova obrigatoriedade de sistema antiesmagamento nos vidros

A CCJ, Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados em Brasília, DF, aprovou o Projeto de Lei 5125/09, de autoria do deputado Jefferson Campos, que inclui na lista de os equipamentos obrigatórios dos veículos um dispositivo antiesmagamento nas janelas dotadas de vidros elétricos – presentes na enorme maioria dos modelos produzidos atualmente no País.

A aprovação do PL ocorreu em caráter conclusivo, sem passagem pelo plenário, e agora segue para o Senado federal.

As informações foram publicadas pela Agência Câmara.

A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro e objetiva evitar que a mão ou o braço de algum ocupante do automóvel seja comprimido pelo vidro contra a janela. Em seus argumentos o deputado autor do PL afirmou que “o movimento de vidros elétricos não é automaticamente interrompido quando algo se interpõe à sua trajetória ascendente, o que gera frequentes acidentes, especialmente em crianças e bebês”.

O parecer do relator na CCJ foi favorável à proposta, que também fora aprovada em 2013 pela CVT, a Comissão de Viação e Transportes da Câmara. À época outros dois PLs apensados, que obrigavam ao uso de sistema de emergência manual em caso de pane nos vidros elétricos dos veículos, foram rejeitados. Estes dois, entretanto, foram igualmente aprovados pela CCJ.

 

Rede MAN valoriza o caminhão usado na troca por um novo

Com o objetivo de atrair seus clientes para as concessionárias da marca e movimentar um mercado que no ano passado caiu quase pela metade, a MAN Latin America preparou medidas especiais para valorizar o caminhão usado na troca por um novo e planos de financiamento a taxas reduzidas, com apoio do Banco Volkswagen.

A intenção principal, de acordo com o vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas Ricardo Alouche, é mostrar ao cliente que é possível trocar o caminhão sem se descapitalizar. “Todas as nossas concessionárias estão aptas a receber usados como parte de pagamento, pagando preço na média ou pouco acima da tabela”.

Segundo Alouche a prática de aceitar um usado na troca por um novo rareou no mercado brasileiro nos últimos meses. Nesse plano, vigente até junho de 2016, a MAN subsidiará parte do valor pago pela revenda no caminhão com até vinte anos de uso e em boas condições, garantindo, assim, valores até um pouco superiores à tabela Molicar, citada pelo executivo como referência.

Os planos de financiamento também têm taxas mais baixas que o usual: de acordo com o vice-presidente, para pequenas e médias empresas e taxa média chega a 1,23% ao mês – sendo 80% financiada pelo Finame TJLP e 20% pelo banco – e para grandes empresas, 100% por meio de CDC, a 1,39% ao mês.

“Os sistemas dos bancos ainda não foram atualizados para fazer o financiamento integral do Finame TJLP para as grandes empresas”, justificou o executivo, que ainda completou: “Acredito que em 2016 os clientes não encontrarão preços e condições melhores do que as vigentes”.

Isso porque a MAN reajustou o preço de toda a sua tabela de produtos de 5% a 7%, em média, a partir de 1º de janeiro e novas correções deverão ser aplicadas no decorrer do ano. Mas ainda há em estoque caminhões com preço do ano passado disponível em algumas concessionárias, o que garante ainda possibilidade de encontrar produtos com preços inferiores ao valor da tabela.

Começa a temporada 2016 de eventos de informação da AutoData Editora

A AutoData Editora está abrindo sua temporada 2016 de eventos de informação econômica e realizará, em São Paulo, dois workshops segmentados já em fevereiro. O primeiro deles analisará a atual necessidade do setor automotivo brasileiro como um todo aumentar suas exportações. O segundo discutirá as perspectivas de curto prazo do segmento de máquinas agrícolas e de construção para produção e de vendas.

O Workshop que discutirá a necessidade de ampliação das exportações, além de analisar as novas possibilidades que estão sendo abertas no mercado internacional em função da nova paridade cambial brasileira, é uma iniciativa conjunta da AutoData com a consultoria KPMG e será realizado, inclusive, na nova sede desta empresa em São Paulo.

“Organizamos um evento bastante prático e que, ao mesmo tempo em que analisará as possibilidades de crescimento de negócios via exportação, mostrará os obstáculos que terão que ser vencidos pelas empresas que quiserem incrementar seus negócios internacionais e, ainda mais importante, ensinará como ultrapassá-los”, conta Paulo Fagundes, editor de seminários da AutoData Editora.

 Para alcançar este objetivo o workshop será dividido em três blocos. No primeiro Anfavea e as montadoras MAN e Volkswagen analisarão o potencial e as possibilidades do setor automotivo brasileiro ver seus negócios crescerem no mercado internacional. No segundo, três empresas que já atuam com sucesso no exterior – MWM, Grupo Randon/Fras-le e Scania – mostrarão seus cases práticos. E no terceiro os técnicos da KPMG falarão sobre estratégias para criação e ações de uma política de exportação.

Personalidades importantes serão os palestrantes e debatedores deste evento de exportação, a começar pelo atual presidente da Anfavea, Luiz Moan. Pelas montadoras participarão Marcos Forgioni, vice-presidente de vendas e marketing internacional da MAN; Max Frik, gerente de exportação da Volkswagen do Brasil; e Fábio Castello, vice-presidente de logística e exportação da Scania. Os cases práticos de autopeças serão apresentados por Thomas Puschel, diretor de vendas e marketing da MWM Motores; e por Ricardo Reimer, CEO da Fras-le. Pela KPMG participarão Augusto Sales, Marcus Vinicius e Júlio Baldin, respectivamente especialistas em estratégia, taxas e logística.

Máquinas – Entender o princípio deste ano passou a ser prioritário para o futuro do segmento de maquinário agrícola e de construção. O Brasil já é hoje um dos principais produtores mundiais deste tipo de equipamento. Só que, infelizmente, o futuro de curto prazo permanece nebuloso.

Justamente com este objetivo, de levar para as empresas do setor – sejam elas montadoras, fabricantes de autopeças ou concessionárias – o maior conjunto possível de informações sobre este futuro de curto prazo do mercado de máquinas é que AutoData reunirá em São Paulo, no final de fevereiro, os executivos das principais montadoras de máquinas agrícolas e de construção instaladas no Brasil, para pormenorizar e discutir suas novas perspectivas comerciais e de produção para os próximos meses.

Vários executivos importantes já confirmaram suas presenças como debatedores neste workshop, dentre os quais Roberto Marques e João Pontes, da John Deere Construction e Máquinas Agrícolas; Afrânio Chueire, da Volvo CE; Rafael Miotto, da CNHi e José Luis Gonçalves, da JCB . Representantes da John Deere Agricola, da AGCO e da Anfavea também foram convidados.

Como participação especial, o evento contará também com a presença de Alan Riddell, sócio da consultoria KPMG especializado no setor agrícola, que analisará as tendências de curto prazo do agronegócio brasileiro.

Informações sobre inscrições para estes dois eventos poderão ser obtidos via Portal AutoData, no www.autodata.com.br , pelo telefone 5511 5189.8900 ou ainda pelo e-mail seminários@autodata.com.br.

MDIC diz que vai cobrar o imposto devido pela Jac Motors

A Jac Motors deverá pagar a diferença de 30 pontos porcentuais do IPI de todos os veículos que importou na condição de montadora habilitada ao Inovar-Auto como investidora, no período de janeiro de 2013 a maio de 2014, além de multa. Este é o entendimento do MDIC, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, segundo declarações de seu coordenador-geral das indústrias do complexo automotivo, Rodrigo Bolina, concedidas com exclusividade à Agência AutoData.

O representante do ministério participou de evento promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na quinta-feira, 18, em São Bernardo do Campo.

De acordo com Bolina o MDIC não conduz, hoje, nenhuma negociação com a montadora de origem chinesa, presidida pelo empresário Sérgio Habib. Ele afirmou que a nova mudança nos planos da fábrica da empresa no Brasil, que agora seriam de montar em CKD o SUV T5 sem participação dos sócios chineses no negócio, com investimento de R$ 200 milhões, não foram comunicados ao ministério: “Soubemos por meio da imprensa”.

Desta forma, explicou o coordenador-geral, para o MDIC a Jac Motors apenas não cumpriu as exigências a que se comprometeu ao solicitar habilitação ao regime automotivo como investidora, quando recebeu benefício fiscal para importar até 20 mil unidades dos modelos J2, J3 e J3 Turin sem a incidência IPI majorado em 30 pontos porcentuais. Naquela época o plano da fabricante previa a construção de uma fábrica em Camaçari, na Bahia, com capacidade para 100 mil unidades, com investimento de R$ 900 milhões, para fabricação de uma nova geração do J3. A empresa realizara cerimônia de assentamento de pedra fundamental no local em novembro de 2012, com previsão de inauguração no fim de 2014.

Ainda segundo Bolina findo o prazo para construção da unidade fabril prevista na habilitação, de 24 meses, o caso foi enviado à área jurídica do MDIC. Ele afirma que “o processo [para iniciar a cobrança do débito junto à Jac Motors] já está bem avançado”.

Quanto à atual situação da habilitação da empresa, o coordenador-geral assegura que esta se encontra na condição de “cancelada” e não há planos para concessão de uma nova, algo que a própria legislação do Inovar-Auto proíbe. A Jac Motors foi a única empresa das habilitadas no MDIC a não ter sua renovação anual concedida – uma fórmula criada pelo governo para evitar uma repetição do caso Asia Motors, que nos anos 90 importou veículos com benefícios fiscais com a promessa de construir uma fábrica que ficou pelo caminho e cujo valor dos tributos nunca foi recuperado. Coincidentemente esta fábrica seria também construída em Camaçari, na Bahia, em terreno que depois foi ocupado pela fábrica da Ford.

Pelas regras do Inovar-Auto a multa a ser aplicada em caso de descumprimento das regras é de 10% do valor do crédito recebido.

Procurado pela reportagem, Sérgio Habib afirmou, em nota, que “conforme expusemos há alguns dias, as tratativas com o MDIC, que davam conta das alterações no projeto de implantação de uma fábrica da Jac Motors no Brasil, tiveram caráter informal até então, mesmo porque havia a necessidade de que todo o cronograma fosse reformatado para, enfim, ser reapresentado oficialmente ao governo”.

Ainda de acordo com o empresário, no comunicado, “esse novo cronograma foi reapresentado há poucos dias, a exemplo das alterações aplicadas ao projeto original, sendo submetido à apreciação jurídica do Ministério. Reiteramos nosso compromisso com a implantação de uma fábrica da Jac Motors no Brasil, plano esse que sofreu alterações em razão de diversas contingências mercadológicas, mas que jamais deixou de ser uma das prioridades da marca no País”.

 

 

Renault também fará recall de motor diesel por emissões

O Grupo Renault fará recall de 15 mil veículos equipados com motor diesel dCi110 do modelo Captur para “recalibrar a unidade de controle”, segundo comunicado da empresa.

O caso pode representar um novo desdobramento na Europa do escândalo de emissões envolvendo o Grupo Volkswagen, com veículos que possuíam software que enganava os testes de emissão, dando aos modelos índices dentro do exigido em testes de laboratório porém muito mais elevados durante a condução pelos consumidores.

Segundo informações de agências internacionais a montadora poderia promover uma campanha voluntária para 700 mil veículos movidos a diesel, para ajustes de emissão de poluentes via software. Na nota a montadora nega esta necessidade, mas diz que “a Renault pretende oferecer uma proposta aos consumidores para melhorar o sistema de emissão de NOx”.

Na semana passada a montadora também divulgara um comunicado em que afirmava que o governo francês conduzia testes de emissão com diversos veículos, dentre eles alguns da marca Renault, e que nenhum indício do uso de software malicioso, como no caso da VW, fora encontrado.

De acordo com um jornal francês o grupo governamental teria encontrado valores distintos de emissões dos testes de laboratório para o uso real em veículos Renault, Ford e Mercedes-Benz.

Land Rover inaugura fábrica no início do segundo trimestre

A Jaguar Land Rover fará a cerimônia de inauguração de sua unidade instalada em Itatiaia, no Rio de Janeiro, no início do segundo trimestre: abril ou maio, a depender de como serão acomodadas as agendas dos executivos e autoridades envolvidas.

O fato é que o cronograma e os investimentos da montadora de origem britânica no Brasil estão intocados: R$ 750 milhões para produzir até 24 mil veículos por ano, começando pelo Evoque e logo depois o Discovery Sport – as primeiras unidades pré-série já deixam a linha de montagem sul-fluminense.

Tudo devidamente testemunhado por Frank Wittemann, nomeado novo presidente da empresa para a operação na América Latina e Caribe, em sucessão a Terry Hill, de malas prontas para a China. Os dois estiveram em São Paulo na terça-feira, 19, reunidos em um hotel na Zona Sul para tratar dos planos futuros da empresa por aqui, com direito à presença de Dmitry Kolchanov, chefe de ambos na função de diretor de mercados internacionais.

Mas Wittemann ainda está no País só de passagem: logo depois embarcaria de volta a Moscou, Rússia, onde ainda mora, para assumir definitivamente o cargo apenas daqui duas semanas, já fevereiro e período pré-carnavalesco, ainda contando com o auxílio de Hill.

O executivo confessa que por enquanto tem pouco, quase nenhum conhecimento das particularidades do mercado brasileiro. Mas experiência em mercados emergentes não lhe falta: ele está há 8 anos na Rússia, sendo três pelo Grupo Volkswagen e 5 pela Jaguar Land Rover. E de setembro a dezembro coordenou grupo de trabalho que reestrutura os negócios da fabricante na China.

De antemão ele afirma que “o potencial do mercado brasileiro é enorme, e é por isso que estamos aqui” – a fábrica de Itatiaia será a primeira da Jaguar Land Rover fora da Europa.

A unidade, antecipa Kolchanov, não terá todas as fases produtivas logo na inauguração. “Atenderemos todas as etapas legais previstas pela legislação brasileira, mas o processo produtivo da fábrica passará por uma evolução ao longo do tempo”. A JLR, assim, percorrerá o mesmo caminho daquele utilizado pela BMW em Araquari, SC, mas diferente do escolhido pela Mercedes-Benz em Iracemápolis, no Interior Paulista, de inauguração prevista para março, com operação completa, inclusive estamparia e pintura.

E mais uma vez os executivos da JLR não escondem a produção de um automóvel Jaguar em Itatiaia, o XE, ainda que não o confirmem: “Primeiramente nosso objetivo é cumprir a produção dos dois SUVs. Depois, em um plano de expansão produtiva, esta é uma das possibilidades que poderemos adotar”, afirma Kolchanov.