Em 48 horas Volkswagen recebeu 1 mil pedidos de Certificado de Veículos Clássicos

São Paulo – 48 horas após lançar o seu Certificado de Veículos Clássicos a Volkswagen registrou 22 mil acessos ao site oficial e 1 mil pedidos abertos por clientes que querem a sua “certidão de nascimento” de um clássico da marca.

O valor arrecadado com os certificados será usado para manter financeiramente a Garagem VW, que preserva e restaura veículos do acervo da empresa. 

Para lançar o certificado a VW digitalizou mais de 6,5 milhões de registros de veículos produzidos de 1950 a 1980.

Defender expande portfólio com híbrido plug-in

São Paulo – A Defender, da JLR, apresentou dois novos modelos para o mercado brasileiro: o 110 PHEV e o 130 Outbound.

O primeiro Defender híbrido plug-in é a grande novidade da linha e chega ao Brasil com um motor elétrico de 104 cv de potência e um 2.0 movido a gasolina de 300 cv, gerando no total 404 cv de potência com autonomia de 51 quilômetros no modo elétrico.

O Defender 130 Outbound tem motor D300 Ingenium movido a diesel com 300 cv de potência, do qual a empresa importará apenas dez unidades. A versão diesel e a versão híbrida serão vendidas apenas na configuração de cinco lugares e já podem ser encomendadas em todas as concessionárias da JLR.

Veja abaixo o preço de cada versão:

Defender 110 PHVE – R$ 760,2 mil
Defender 130 Outbound – R$ 848,7 mil

Vendas na Argentina crescem em mês de eleição presidencial

São Paulo – Mesmo com as eleições presidenciais em novembro o mercado automotivo da Argentina manteve o ritmo de crescimento, com alta de 5,8% nas vendas na comparação com novembro de 2022, somando 35,7 mil veículos. Com relação a outubro, porém, o resultado foi 15% menor, segundo dados da Acara, que representa o setor de distribuição no país.

O avanço na comparação anual foi puxado pelo segmento de comerciais leves, que registraram alta de 21,1% na demanda, enquanto os automóveis recuaram 0,1%. A venda de caminhões se manteve estável. 

De janeiro a novembro o mercado argentino soma crescimento de 10,9% sobre o mesmo período do ano passado, com 430,6 mil unidades. Mais uma vez os comerciais leves registraram a maior alta, com expansão de 37,5% ante 2022. Os automóveis cresceram 6,5% e os caminhões recuaram 3,7%.

No ano a Toyota lidera as vendas, muito à frente do segundo colocado, com 89,4 mil unidades. Na segunda posição ficou a Fiat com 54,3 mil unidades, seguida de perto pela Volkswagen com 53,4 mil.

Horse, da Renault, investe R$ 100 milhões para produzir motor turbo no Paraná

São Paulo – A Horse, divisão do Grupo Renault dedicada ao desenvolvimento de motores a combustão e sistemas híbridos, investirá R$ 100 milhões para produzir o motor TCe 1.3 turbo flex em São José dos Pinhais, PR. Ele atualmente equipa algumas versões do Duster e da Oroch, importado de Valladolid, Espanha.

O anúncio foi feito pelo CEO Patrice Heattel ao governador do Estado do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior. Segundo divulgou a agência de notícias do Paraná o motor está apto para ser usado em modelos híbridos e será exportado também para Argentina e Colômbia “com perspectiva de ampliação de mercados internacionais no futuro”.

A nova divisão foi criada em julho, resultado de uma reorganização da Renault que criou a Horse, para focar em veículos a combustão, e a Ampere, dedicada à elétricos. No Brasil emprega setecentas pessoas, de um total de 1,1 mil na América do Sul – também mantém operação na Argentina e no Chile.

Segundo Wesley Palma, diretor de operações da Horse Brasil, a linha começa a ser estabelecida imediatamente: “O motor 1.3 turbo é extremamente focado em eficiência energética e na baixa emissão de carbono, e está preparado para a transição para o modelo híbrido no futuro. O investimento será aplicado na fabricação do motor e de peças que vão servir para futuros projetos da Horse no Brasil”.

Também começou a ser produzido em São José dos Pinhais um inédito motor 1.0 turbo, que estreará no SUV Kardian, que deverá chegar às lojas em março.

Na segunda-feira, 4, a Renault organiza cerimônia para celebrar seus 25 anos de produção no Brasil. O vice-presidente Geraldo Alckmin, na condição de presidente em exercício, confirmou presença e a expectativa é que investimentos na unidade paranaense sejam anunciados.

Trabalhadores aprovam PDV nas fábricas paulistas da GM

São Paulo – Os trabalhadores da General Motors de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, SP, aprovaram a abertura de PDV, programa de demissão voluntária, nas fábricas destas cidades. A ideia, segundo relataram os sindicatos dos metalúrgicos que representam as unidades, é dar alternativa às demissões que a GM tentou fazer em outubro e que foram vetadas pela Justiça.

Em nota a GM confirmou a abertura do PDV: “Os trabalhadores da General Motors das fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes aceitaram a proposta da empresa de um programa de desligamento voluntário, após assembleias realizadas pelos sindicatos dos metalúrgicos das respectivas unidades”.

Para cada trabalhador desligado um que está atualmente em layoff será reintegrado, disseram as entidades, mas funcionários em licença remunerada também poderão aderir ao plano, que vigora de 5 a 12 de dezembro. Em São José dos Campos a meta é cortar 830 postos de trabalho, em São Caetano do Sul a meta é 290 e em Mogi das Cruzes 95.

Em outubro foram demitidos 839 trabalhadores em São José, trezentos em São Caetano e 105 em Mogi das Cruzes. 

O pacote do PDV oferece de cinco a seis meses de salário, extensão do plano médico de três a seis meses e adicional em dinheiro, de R$ 15 mil a R$ 85 mil, ou um Onix LS, a depender do tempo de casa.

Os que seguirem na fábrica terão estabilidade até 31 de maio de 2024. Na negociação ficou acordado também que a GM poderá compensar os dezessete dias parados durante a greve de acordo com a necessidade de produção.

Em outubro a GM comunicou, por telegrama e e-mail, a demissão de 1,2 mil trabalhadores das três fábricas paulistas sem negociar previamente com os sindicatos – antes tentou um PDV, sem sucesso. Os trabalhadores entraram em greve e conseguiram na Justiça reverter as demissões, pois havia acordo de estabilidade feito durante as negociações do layoff. A greve foi encerrada e sindicatos e companhia voltaram a negociar, finalizando com este PDV.

99 investirá R$ 38 milhões para dobrar o número de elétricos em sua frota

São Paulo – A plataforma de mobilidade 99 anunciou investimento de R$ 38 milhões para dobrar o número de veículos elétricos em sua frota atual e habilitar novos negócios. Em evento organizado pela Aliança pela Mobilidade Sustentável, iniciativa que lidera e compartilha com empresas que visam a contribuir para o desenvolvimento do futuro do transporte urbano eletrificado, o diretor de inovação Thiago Hipólito anunciou que a frota crescerá dos atuais 1,7 mil para 3,5 mil eletrificados em 2024.

Até 2025 a plataforma pretende contar com 10 mil eletrificados em sua frota.

Os 1,7 mil em circulação representam volume 70% superior ao estabelecido no início do ano, garantiu a empresa. Mais de 830 mil viagens foram realizadas somente em São Paulo com veículos elétricos, somando 6,4 milhões de quilômetros.

No evento ainda foram anunciados três novos integrantes da Aliança: Mercado Livre, Dahruj Rent a Car e IturanMob. Juntam-se à 99, Banco BV, Banco Santander, BYD, Caoa Chery, Movida, Unidas, Raízen, Enel X, Ipiranga, EZ Volt, Tupinambá Energia, Vibra e Zletric.

Herlander Zola assume operação comercial de todas as marcas da Stellantis

São Paulo – Sob nova direção na América do Sul, após Emanuele Cappellano assumir a presidência sucedendo a Antonio Filosa, novo CEO global da Jeep, a Stellantis anunciou que Herlander Zola assume em 1º de dezembro a vice-presidência sênior de operações comerciais para o Brasil e de LCV, veículos comerciais leves, para a América do Sul. Sob sua responsabilidade juntam-se as marcas Peugeot e Citroën, além de Fiat, Abarth, Jeep e Ram.

Responderão à Zola, na divisão brasileira de operações comerciais, André Moltavão, por Fiat e Abarth, Ricardo Gouveia, por Jeep, Gustavo Azambuja, por Peugeot e Citroën, e Raquel Ribeiro, por Ram. Fábio Meira responderá pela área de LCV na América do Sul, agregando-a às suas atuais funções de vendas diretas.

Mais mudanças

Houve mudanças também nas chefia das marcas para a América do Sul: Alexandre Aquino, que era Jeep, passa a ser Fiat e Abarth. Hugo Domingues troca o marketing das marcas italianas pelo da Jeep e Juliano Machado ficará com a Ram.

Frederico Fialho assume a área de planejamento de programas e produtos para a América do Sul, sucedendo a Breno Kamei, novo responsável global pelos produtos da Jeep.

Todos eles se reportam diretamente ao presidente Capellano.

Em compras, respondendo a Juliano Almeida, vice-presidente sênior de compras e supply chain, Érica Schwambach será a responsável pelo desenvolvimento de negócios e sinergias para a região, sucedendo a Fabiano Augusto, responsável agora por desempenho e governança global da Jeep.

FPT Industrial tenta levar conceito flex fuel para veículos comerciais

São Paulo – Desde o começo do ano a FPT Industrial, em parceria com a Mahle Metal Leve e três universidades, avança com o projeto de desenvolvimento do motor F1C. Ele poder ser movido a gás natural, a biometano e a etanol, a grande aposta que a companhia faz para a descarbonização no médio prazo. Segundo seu diretor de engenharia para a América Latina, Alexandre Xavier, o motor, que integra um projeto do Rota 2030, está em fase de simulações e calibrações na empresa e nas universidades parceiras.

A expectativa é que até o fim de 2025 esteja pronto, mas há há discussões sobre possíveis futuras aplicações: “Pode ser usado em máquinas e veículos comerciais, mas vemos duas aplicações muito prováveis: a primeira seria a troca do motor movido a diesel pelo F1C que pode rodar com gás natural, biometano e etanol. Seria possível porque o etanol já está presente no Brasil todo e o gás tende a avançar”.

A segunda aplicação seria usar o novo motor de forma estacionária em ônibus urbanos de 12 metros, fornecendo a energia necessária para carregar as baterias por meio do gás ou do etanol, e um eixo eletrificado faria a tração do veículo. Uma espécie de veículo comercial híbrido. 

Com estes dois cenários bem claros a FPT pretende começar, em breve, a trabalhar este motor comercialmente: “Nada impede que em paralelo a gente acelere o trabalho por demandas do mercado, como também pode ser que o projeto final seja apresentado só em 2025”. 

O motor F1C a gás natural, biometano e etanol será parecido com um flex, mas não tem o mesmo conceito. Cada combustível terá o seu tanque, até porque gás não é líquido. A FPT ainda não encontrou a solução final e trabalha com duas opções: selecionar com qual combustível o veículo rodará a partir de um controle no painel, por exemplo, ou pré-definir com o cliente qual combustível será o principal e, desta forma, reduzir o tanque de combustível do outro, deixando o veículo programado para rodar com o combustível número um – caso acabe, com o tanque do combustível dois cheio, a fonte seria alterada de forma automática.

Com relação à emissão de gases poluentes, em que o NOx é o principal desafio, o grande avanço na comparação com um motor similar a diesel é a possibilidade de usar um sistema de emissão mais simples mas com o mesmo efeito. Já com relação aos gases de efeito estufa, onde se enquadra o CO2, a vantagem seria muito grande, por trocar um combustível fóssil por duas opções verdes. O número final de redução ainda está em estudo pela FPT.

Esta é uma das grandes apostas da FPT para o futuro a curto e médio prazo, mas sem deixar de olhar para outras soluções. Xavier disse acreditar em um futuro eclético e com diversos combustíveis verdes em operação: “Olharemos para a eletrificação também, assim como seguiremos aprimorando os motores diesel, nos quais o HVO pode ser uma opção para um futuro mais sustentável. Ofereceremos uma série de soluções aos nossos clientes”.

Volkswagen lança Certificado de Veículos Clássicos

São Paulo – No ano em que completa 70 anos de Brasil a Volkswagen lançou o Certificado de Veículos Clássicos, documento que reconhece as características originais de fabricação de seus veículos, assim como a data em que saiu das suas linhas de produção. A intenção é oferecer um item exclusivo para os apaixonados por modelos antigos da marca.

Os primeiros estão disponíveis para Kombi Corujinha, TL e Gol 1300. O Certificado de Veículos Clássicos da Volkswagen será emitido no nome do atual proprietário do veículo e terá um número de série exclusivo, para evitar possíveis fraudes e falsificações no futuro.

A VW oferece este certificado no Canadá e nos Estados Unidos e na Europa.

BMW X7, a versão SUV do superluxo, por R$ 1,1 milhão

Indaiatuba, SP – Até que ponto pode chegar a expressão superluxo em um automóvel? No caso da BMW o máximo da sofisticação em conforto e tecnologia são expressados por todos os modelos cujo nome termina com o número 7. É o caso do X7, seu mais luxuoso e caro SUV com motor a gasolina e sistema híbrido leve, que começa a ser vendido este mês no Brasil por R$ 1 milhão 155 mil – é o segundo BMW mais caro à venda no País: só perde para o sedã elétrico i7, que custa quase R$ 1,3 milhão.

Foi encomendado inicialmente um lote de cinquenta unidades do X7 para o mercado brasileiro, que vem importado dos Estados Unidos, onde o SUV é produzido em Spartanburg, Carolina do Sul.

“Alguns já chegaram para iniciarmos a distribuição aos concessionários e um lote maior deve chegar até 27 de dezembro”, contou a diretora de vendas Michele Menchini. “Portanto são carros que só serão emplacados em 2024.”

O X7 faz parte da ofensiva de lançamentos de modelos superpremium da BMW no mercado brasileiro. O avantajado SUV de sete lugares chega na esteira dos elétricos iX e i7, os outros dois BMW com preços acima de R$ 1 milhão.

Foto: Rodrigo Aguiar Ruiz/RR Media.

Vanguarda tecnológica

Tiago Yoshitake, gerente de produto e preço, destacou que o X7 está na fronteira tecnológica da marca: “A linha 7 representa a vanguarda de inovações e avanços tecnológicos da BMW, que depois de adotados no topo da gama vão descendo para os demais modelos”.

Yoshitake disse que a BMW ficou alguns anos sem vender o modelo no Brasil, que agora volta completamente renovado. A empresa optou por importar apenas uma versão topo de linha M60i, com pegada esportiva, equipada com motor a gasolina turbo V8 de 530 cv e cavalar torque máximo de 750 Nm com transmissão automática de oito velocidades, que leva o carro à velocidade máxima de 250 km/h.

O X7 tem tração integral automática e sistema start-stop híbrido leve MHEV, que substitui o alternador por um pequeno motor elétrico que impulsiona o veículo nas arrancadas, para economizar combustível. Completa o conjunto a suspensão ajustável, que regula a altura de acordo com a necessidade e modo de condução do veículo.

Pelas medições do Inmetro o SUV foi classificado com a letra E, a pior eficiência energética possível, mas apesar de seu tamanho e peso avantajados, graças a hibridização leve, o consumo urbano é de 15 km/l, melhor do que muitos modelos compactos, e na estrada, com menos ajuda do sistema MHEV, a aferição apontou 12 km/l.

Foto: Rodrigo Aguiar Ruiz/RR Media.

No exterior o X7 expressa a nova identidade visual da BMW, com a grade frontal do tradicional duplo-rim iluminada e luzes auxiliares afiladas como pestanas sobre os faróis, para transmitir esportividade. As lanternas traseiras trazem a assinatura luminosa com o nome BMW. Nas laterais o SUV estende um tapete luminoso [carpet lights] para os ocupantes entrarem. Complementam o visual robusto as todas de liga leve de 22 polegadas.

Superluxo interior

Com elementos que lembram o superluxo inglês dos Rolls-Royce – também uma marca do Grupo BMW – no interior há profusão de revestimentos em couro e todos os bancos têm ajuste elétrico, incluindo até o rebatimento dos dois assentos da terceira fileira que podem ser acionados para levar mais dois passageiros. O ar-condicionado é independente para garantir refresco a todos os ocupantes. O teto panorâmico é iluminado por LEDs.

O painel de fibra de carbono acomoda em uma única peça duas telas TFT de ultra-alta-definição, uma em frente ao motorista com o quadro de instrumentos 100% digital e outra ao centro, sensível ao toque, que reúne todos os controles e comandos do X7.

O sistema operacional 8.5 da BMW já foi atualizado duas vezes este ano e pode rodar aplicativos de terceiros, como o navegador Waze, por exemplo. E para aqueles que quiserem ouvir música com alta fidelidade o sistema de som Bowers&Wilkins de 1,5 mil watts tem vinte alto-falantes.

Na pista

Foto: Rodrigo Aguiar Ruiz/RR Media.

A BMW apresentou o novo X7 na pista do Autódromo Capuava, em Indaiatuba, SP. Apesar de grande e alto o motor V8 assegura potência na medida para garantir acelerações muito rápidas, pois existem sob o capô bem-dispostos 530 cavalos, mas todos eles bastante silenciosos e quase não se ouve seu ruído na cabine.

O SUV acelera tão rápido quanto freia e tem comportamento bastante estável nas curvas fechadas. A suspensão ajustável e a tração integral ajudam a garantir estabilidade, a direção elétrica é precisa, mas o centro de gravidade alto torna inescapável o balanço lateral acentuado do motorista e ocupantes nas curvas mais rápidas.

Contudo, sem abusos ao volante, o comportamento dinâmico do X7 é dócil, de carro de patrão para ser conduzido por um motorista cuidadoso, mas se quiser acelerar a resposta é rápida. Os assentos são confortáveis, há espaço interno de sobra, dá para passar algumas horas lá dentro sem incômodo.

Foto: Rodrigo Aguiar Ruiz/RR Media

Ainda que não faça grande diferença para clientes deste nível de caixa, a BMW, o X7 será entregue com um par de malas Rimowa e plano de manutenção, que cobre os gastos nas revisões programadas por três anos ou 40 mil quilômetros. Este último benefício será estendido a toda linha de novos produtos BMW.