Mudanças na BMW e Volkswagen

BMW e Volkswagen anunciaram na quinta-feira, 18, mudanças nos quadros de executivos das suas operações brasileiras.

Na BMW o alemão Carsten Stoecker assumiu a vice-presidência sênior da fábrica da companhia em Araquari, SC, em substituição ao também alemão Gerald Degen, que ocupou o cargo nos últimos três anos e agora assumiu a vice-presidência de controle de produção e logística da fábrica de Spartanburg, na Carolina do Sul, Estados Unidos.

Engenheiro industrial formado pela Universidade de Siegen, na Alemanha, Stoecker iniciou a carreira no Grupo BMW em 1998, na fábrica de Munique. Desempenhou diversas funções em diferentes áreas da produção, como planejamento estratégico, compras e qualidade.

Em nota, o executivo afirmou ser um grande desafio liderar a primeira fábrica de automóveis brasileira do Grupo: “Meu principal objetivo é consolidar nossas atividades produtivas em Araquari, dando continuidade ao crescimento sustentável da empresa no país”.

Já a Volkswagen trocou um alemão por um brasileiro: Holger Rust deu lugar a Nilton Junior, novo vice-presidente de recursos humanos da subsidiária brasileira. Ele já desempenhava funções na área, porém na sede mundial da empresa, em Wolfsburg, na Alemanha.

Antes de se transferir para a sede, o executivo passou por diversos cargos na Volkswagen do Brasil – já são 29 anos de companhia: começou como mensageiro em 1986, quanto tinha apenas 14 anos. É graduado em Direito, com MBA em gerenciamento de projetos pela Universidade George Washington e especialização em recursos humanos pela Universidade de Michigan.

Centrais sindicais brasileiras protestam contra a Nissan estadunidense

A Nissan foi alvo de um curioso protesto de centrais sindicais brasileiras na quinta-feira, 18. Não foi na porta de sua fábrica em Resende, RJ, tampouco em sua sede no centro do Rio de Janeiro: os trabalhadores se reuniram na frente ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, competição da qual a montadora é uma das principais patrocinadoras.

Também não se relacionava às atividades da Nissan no Brasil. O protesto, na verdade, foi contra as atitudes da Nissan em Canton, no estado do Mississipi, nos Estados Unidos, onde os metalúrgicos alegam sofrer uma agressiva e sistemática campanha antissindical e são impedidos de se organizar em sindicatos.

Segundo o UAW, central sindical dos trabalhadores estadunidenses, a fábrica de Canton tem 6 mil trabalhadores, dos quais metades são terceirizados e temporários com salários inferiores e sem garantias trabalhistas. Como são impedidos de se organizar em sindicato, não conseguem reivindicar melhores salários, segurança e saúde no trabalho, dentro outros direitos. O UAW alega que a Nissan intimida os trabalhadores com ameaças de fechamento de fábrica.

Como é patrocinadora do Rio 2016 a Nissan deve seguir o Guia da Cadeia de Suprimentos Sustentáveis dos Jogos Olímpicos e, segundo os sindicatos, essa atitude em Canton fere o Código Básico da Iniciativa Ética Comercial desse guia. Por isso o protesto em frente ao Comitê.

O embaixador Agemar Sanctos, diretor de relações institucionais do Comitê, recebeu uma carta-denúncia contra a Nissan. Os trabalhadores pedem uma ação corretiva imediata da montadora em Canton, ou que perca o status de patrocinador oficial da competição.

Volare montará ônibus em São Mateus

A Volare apresentou o Cinco, seu novo conceito de ônibus, incomum ao mercado brasileiro. Em vez de montar a carroceria sobre o chassi, como tradicionalmente as encarroçadoras de ônibus nacionais fazem, a empresa desenvolveu a carroceria para, a partir dela, fazer o chassi.

Com isso a Volare passa a ser também uma fabricante de chassis de ônibus: ele será produzido na fábrica de São Mateus, ES, recentemente inaugurada. Ocupará uma linha de montagem separada das demais, que continuarão como são: receberão o chassi Agrale ou Mercedes-Benz para o encarroçamento.

A Cinco foi dimensionada de modo a aproveitar ao máximo o espaço interno, com redução das espessuras e tolerância da carroceria, mas mantendo a robustez e segurança necessária para o transporte de passageiros. O engenheiro Renato Mastrobuono, com passagem por Iveco e Volkswagen, atuou como consultor no desenvolvimento

De porte semelhante a uma Fiat Ducato, Iveco Daily, Mercedes-Benz Sprinter e Renault Master, a Cinco é colocada sobre um chassi de 5 toneladas e pode transportar de 13 a 20 passageiros, dependendo de sua configuração.

México começa o ano com novos recordes

Os recordes continuam acompanhando o mercado mexicano, que em 2015 registrou os maiores volumes da história para produção, vendas e exportações. De acordo com dados da Amia, associação que representa as montadoras daquele país, o mês passado foi o maior dentre todos os janeiros da indústria automotiva do México, que começa 2016 com expectativa de superar os resultados do ano passado.

Durante janeiro os mexicanos adquiriram 119,7 mil veículos, volume 15,4% superior ao do primeiro mês do ano passado. A maior parte desses automóveis, 56% do total, foi importada, segundo a Amia – os nacionais representaram 44% do volume comercializado no mercado doméstico.

A produção alcançou 267,5 mil unidades, um avanço de 0,4% com relação ao mesmo período de 2015. Boa parte foi para fora: as exportações somaram 213,2 mil unidades no mês, alta de 4,1% com relação ao primeiro mês do ano passado.

Outrora terceiro principal comprador dos veículos mexicanos, o Brasil sequer figurou no ranking dos dez maiores destinos de exportação no mês passado. Segundo a Amia os embarques para o País reduziram 84,1% na comparação com janeiro de 2015, o que colocou o Brasil na décima-primeira colocação, atrás inclusive do Peru – que importou 1 mil 8 unidades.

O principal cliente segue sendo os Estados Unidos, com 77,4% do total das exportações mexicanas. O Canadá aparece na segunda colocação, seguido pela Alemanha. A Argentina, que havia sumido do ranking nos últimos meses, voltou a aparecer: 1,6 mil unidades foram enviadas para lá, colocando o país como sétimo maior destino dos veículos mexicanos.

Chery tenta fazer do New QQ o nacional mais barato

A Chery está fazendo os cálculos para tentar tornar o New QQ o modelo nacional mais barato em breve.

Não sem um certo atraso – uma vez que o cronograma original previa setembro – o modelo começou a ser produzido neste mês em escala comercial na unidade de Jacareí, no Vale do Paraíba, Interior do Estado de São Paulo, e passou assim a ser o terceiro produto a sair da linha de montagem, ao lados dos Celer hatch e sedã.

A fabricante de origem chinesa agora se debruça sobre planilhas e mais planilhas para equalizar os custos do modelo nacional e fazer com que ele chegue às concessionárias como o veículo nacional mais barato. Este objetivo, entretanto, não será tarefa fácil e pode até mesmo não se concretizar: “Faremos todo o possível”, assegura Luis Curi, vice-presidente da Chery Brasil, em entrevista exclusiva à Agência AutoData.

O New QQ está nas concessionárias desde o primeiro semestre do ano passado, em lote importado da China, com preço de tabela abrindo em R$ 31 mil. Mas o objetivo de Curi é levar o preço do modelo nacional para valor imediatamente abaixo da barreira psicológica dos R$ 30 mil, cobrando algo como R$ 29 mil 990.

Mesmo este valor, entretanto, hoje não seria suficiente para fazer do New QQ o modelo nacional mais barato. Isso porque o Fiat Palio Fire 2P tem tabela abrindo em R$ 28,8 mil, enquanto que por um Uno Vivace, sem as recentes evoluções visuais aplicadas a partir da versão Attractive, com duas portas, a mesma Fiat pede R$ 29,6 mil.

Ocorre que estes dois sairão de linha muito em breve para dar lugar ao novo subcompacto da Fiat, que atuará na mesma faixa do VW Up!, de lançamento previsto para as próximas semanas, e que dificilmente terá o mesmo preço dos modelos que substituirá. “Esta será nossa chance de então passar a responder pelo nacional mais barato com o New QQ”, aposta Curi.

Em 2015, segundo dados da Abeifa, o QQ obteve volume de vendas de 1 mil 430 unidades no País, de um total de 4 mil Chery comercializados ao longo de todo o ano passado. A versão nacional começa a chegar às concessionárias dentro de algumas semanas sem qualquer diferença com relação ao modelo chinês, à exceção da tecnologia flex para o motor 1.0 três cilindros.

Até o barbeiro paga a conta

Caso as novas projeções da Anfavea, de nova queda de vendas de veículos este ano, se confirmarem, o que parece cada vez mais provável, cerca de 2,3 milhões de automóveis e comerciais leves serão comercializados em 2016, 35,7% a menos do que os 3,6 milhões registrados em 2012, o pico das vendas no mercado doméstico. Em termos concretos o setor venderá este ano 1,3 milhão de unidades a menos do que conseguia comercializar em doze meses há quatro anos.

Quando se considera que nenhum carro é vendido hoje, no Brasil, por menos de R$ 30 mil isto significa que o faturamento deste ano ficará no mínimo R$ 39 bilhões abaixo do potencial que o mercado já mostrou ter.

E como cerca de 30% do preço de venda de qualquer automóvel refere-se a impostos federais, estaduais ou municipais na prática isto significará R$ 11,7 bilhões a menos nos cofres públicos. Provavelmente mais, bem mais, na medida em que este cálculo foi feito partir do preço mínimo e, não, do valor real médio de venda dos veículos.

Trata-se, sem dúvida, de renúncia fiscal indireta de muito bom tamanho. A titulo de comparação é valor que equivale a quase 40% de tudo o que o governo projeta conseguir de arrecadação adicional caso consiga aprovar a volta da desgastante CPMF.
Este é, na verdade, apenas um dos vários pontos que geralmente são esquecidos por aqueles que se apressam a criticar qualquer iniciativa governamental que objetive aumentar, ou no mínimo preservar, as vendas da indústria automobilística.

Num País como o Brasil, que tem, de longe, a maior carga tributária do mundo sobre a produção e a venda de automóveis e comerciais leves, quem mais perde com qualquer queda na comercialização de veículos é sempre o governo, que fica com a parte do leão deste bolo.

O resultado operacional final de qualquer dos outros elos da cadeia de produção e comercialização de veículos não chega nem perto destes 30%.

E mais: é dinheiro certo, na mão. E de recolhimento centralizado. Afinal, dentro do sistema de contribuinte substituto, as montadoras são responsáveis por reter e repassar ao governo a maior parte dos impostos referentes à produção e à comercialização dos veículos.

Outro importante ponto normalmente esquecido é o de que os automóveis e comerciais leves são, na prática, verdadeiras maquinas geradoras de impostos, cujo recolhimento vai bem além do momento da produção e da venda originaisl.
É o caso, por exemplo, dentre outros tantos, do IOF cobrado no financiamento, do ISS pago pelo despachante, do IPVA e DPVA – que, aliás, têm de ser renovados todo ano. Até quando morre um carro gera tributo: há uma taxa a ser paga ao Detran no momento da baixa.

Há também o fato de que, em razão da forma como o setor automotivo se estrutura, nada que afete as vendas do setor automotivo tem seus reflexos restritos ao mundo específico das montadoras. Vai sempre além, muito além. Na área da produção afeta sistemistas, fabricantes de componentes isolados, fundições e estamparias, quase sempre de capital nacional, e produtores de matérias primas. No limite até o dono da barbearia que tinha como cliente aquele metalúrgico que perdeu o emprego acaba sendo chamado a pagar parte desta conta.

Na outra ponta, a da comercialização, os efeitos chegam às financeiras, seguradoras, empresas especializadas na instalação de som automotivo e, no limite, às borracharias e aos postos de combustível e às trocas de óleo expressas.

É mais e mais renúncia fiscal indireta. Neste caso dupla. São milhares e milhares de demitidos que deixam de recolher INSS e, na outra ponta, passam a receber seguro desemprego.

Em síntese é bom jamais deixar de levar em consideração que os reflexos de tudo o que envolve o setor automotivo é sempre grande e tem muita repercussão.

Quando as vendas vão bem cada nova fabrica inaugurada tem o poder de mudar completamente a vida e o futuro da população de uma cidade inteira, como aconteceu, por exemplo, no ano passado, pelas mãos da FCA, em Goiana, PE. Em compensação, quando as vendas vão mal, ao menor sinal de simples férias coletivas sempre haverá um muito bem organizado sindicato pronto para cerrar fileiras na porta da fábrica e, assim, colocar o tema nos noticiários noturnos das principais emissoras de televisão.

E para coroar o cenário há, ainda, o fato de as entidades representativas do setor automotivo serem, todas, muito bem estruturadas. No primeiro dia útil de cada mês já é possível saber, em todos os seus pormenores, como foram as vendas de todos os tipos de veículos no mês anterior. É a garantia de que, para o bem ou para o mal, os reflexos de qualquer coisa que venha a afetar a vida do mundo automotivo são e serão sempre imediatos.

Que tal, então, começar a pensar em preservar a clientela da barbearia?

FCA retoma lucratividade no País após Renegade

O presidente da FCA, Fiat Chrysler Automobiles, para a América Latina, Stefan Ketter, informou na terça-feira, 16, durante o lançamento da picape Fiat Toro em Campinas, SP, que a empresa fechou a segunda metade de 2015 com resultados financeiros positivos. “Se não ganharmos dinheiro, não investimos. E não vamos parar de investir, pois essa é a melhor forma de estarmos preparados para quando o mercado brasileiro retomar.”

Ketter reconheceu que o setor vive hoje a maior crise dos últimos anos no País, mas destacou ser fundamental continuar acreditando no Brasil: “Quando a retomada vier será mais rápida do que pensamos”. Ele admitiu ser difícil no momento fazer previsões, até porque o ano de 2016 começou em níveis abaixo dos registrados no final de 2015, porém ainda acredita que as vendas poderão melhorar a partir do segundo semestre.

Na avaliação do executivo as empresas que investiram em produtos de maior valor agregado, oferecendo inovações em qualidade e conectividade, estão se saindo melhor: “Os carros mais caros estão vendendo bem. Precisamos jogar de acordo com o jogo; se ele é diferente temos de ser diferentes”.

O presidente da FCA deixou claro, assim, que o lançamento do Jeep Renegade, em abril do ano passado, foi decisivo para a reversão dos resultados financeiros da empresa. E nessa mesma linha enquadra-se agora a apresentação da picape Fiat Toro, que inaugura um novo ciclo de lançamentos da marca no País.

Com a produção da picape em Goiana o complexo pernambucano ampliou seu quadro de mão de obra para 7,5 mil funcionários e mais 1 mil estão sendo contratados pelos fornecedores instalados no local. A projeção por lá é produzir no prazo de um ano 80 mil Jeep Renegade, mais 50 mil Toro para o mercado interno e outras 10 mil picapes para exportação.

Após altos investimentos no Polo Automotivo Jeep de Goiana, PE, a prioridade agora será a fábrica de Minas Gerais. “É a vez de Betim. Trata-se da maior fábrica do Grupo no mundo e vamos investir em processos e produtos para oferecer uma nova linha de veículos Fiat na América Latina.”

A FCA encerra este ano ciclo de investimento de R$ 15 bilhões iniciado em 2011, dos quais metade foi aplicada em Pernambuco.

Dentre as novidades em Betim há criação de área de comunicação, com conceito similar ao do Communication Center do complexo industrial de Goiana. O objetivo, segundo o executivo, é unificar o pessoal de manufatura, qualidade, desenvolvimento, compras e de outros departamentos em um mesmo espaço – “para ganhar maior agilidade nas tomadas de decisão”.

Revista AutoData de março destaca exportações

Em período de tantas incertezas nas áreas econômica e política, sem qualquer clareza quanto aos rumos do País até mesmo no curto prazo, uma das poucas áreas que destoa favoravelmente no cenário automotivo é a das exportações, tema de capa da edição 319 da revista AutoData, do mês de março, que já está disponível para acesso completo via internet.

Tanto montadoras quanto fornecedores montaram uma verdadeira força-tarefa em busca da ampliação das vendas na região e, principalmente, em novos mercados, sendo África do Sul, Oriente Médio e Rússia alguns dos novos destinos de nossos veículos, peças e motores.

A edição mostra ainda as dificuldades no segmento de máquinas agrícolas e de construção, as estratégias da Volkswagen para recuperar ao menos em parte a participação perdida nos últimos anos e o novo mapa da indústria automobilística com as recentes fábricas que serão inauguradas no País muito em breve, como as da Jaguar Land Rover e da Mercedes-Benz.

Esta, que abre as portas ainda neste mês de março em Iracemápolis, SP, teve seus pormenores revelados no From the Top pelo próprio presidente da empresa no Brasil, Philipp Schiemer, que não esconde a decepção com o momento pelo qual passa o País. Para ele, “quanto mais cedo vierem as reformas menor será a dor”.

Para ler a edição em smartphones e tablets, tanto os com sistema iOS quanto Android, basta entrar no app da revista AutoData. Quem ainda não tiver o aplicativo instalado pode encontrá-lo gratuitamente na AppStore ou na Play Store. Em computadores tradicionais utilize diretamente o link arquivos/autodatadigital/319-2016-03/.

 

Fiat prevê vendas anuais de 50 mil Toro no Brasil

A FCA, Fiat Chrysler Automobiles, programa vender 50 mil unidades da nova picape Fiat Toro no Brasil ao longo de um ano, o equivalente a pouco mais de 4 mil por mês. O modelo já está disponível nas concessionárias da marca para test-drive, mas suas vendas só serão iniciadas no final do mês. Em meados do ano a Toro começa a ser embarcada para países da América do Sul e a previsão da empresa é exportar pelo menos 10 mil unidades/ano.

As informações foram divulgadas na terça-feira, 16, pelo novo diretor comercial da FCA, Sérgio Ferreira, que adiantou haver interesse pela nova picape no Nafta, em particular o México, e também na Europa.

Produzida em Goiana, PE, onde também é feito o Jeep Renegade, a Toro tem preço na faixa de R$ 76,5 mil a R$ 116,5 mil. A mais barata é a versão Freedom 1.8 Flex AT6 4×2 e a mais cara a Volcano 2.0 Turbodiesel AT9 4×4. Há mais duas versões intermediárias, a Freedom 2.0 Turbodiesel MT6 4×2 e a Freedom 2.0 Turbodiesel MT6 4×4, além da série especial Opening Edition.

Totalmente desenvolvida no Brasil a nova picape Fiat, de acordo com o presidente da FCA para a América Latina, Stefan Ketter, representa o início da renovação da linha Fiat no País. Ele não descartou a possibilidade de o modelo vir a ser produzido em outro lugar mas deixou claro que a estratégia prioritária é abastecer o mundo a partir daqui.

“É um carro brasileiro, desenvolvido por brasileiros, o que nos dá muito orgulho e representa um novo marco para a Fiat aqui.” O modelo, segundo Ketter, consumiu investimento de R$ 1 bilhão.

O diretor de produto da FCA e diretor da marca Fiat para a América Latina, Carlos Eugênio Dutra, destacou no lançamento do produto que sua proposta é “conciliar os atrativos de um SUV com o conforto de um sedã, aliando-se a isso uma capacidade de carga de uma tonelada”. Segundo ele é um veículo para trabalho e lazer, que atende tanto o uso na cidade como no campo ou mesmo off-road: “Acreditamos que as versões com motor flex responderão por 35% do total. Dos 65% restantes de versões diesel, cerca de 20% deverão ser da Volcano, a topo de linha”.

A picape tem controle de estabilidade, direção com assistência elétrica, Remote Start, que permite abrir e ligar o carro a uma distância de até 50 metros, e monitoramento da pressão dos pneus, dentre uma série de outros equipamentos de segurança e conforto.

A caçamba tem abertura tipo bipartida – é dividida no meio e abre para as laterais – e pode vir com um extensor que amplia sua capacidade em mais 407 litros. São duas as opções de motor: 2.0 JTD Turbodiesel, com potência máxima de 170 cv, e 1.8 E.torQ Evo Vis gasolina/etanol, com potência máxima de  135 e 139 cv, respectivamente.

Primeira quinzena fecha com 63,5 mil emplacamentos

O mercado brasileiro de veículos está registrando em fevereiro ritmo de vendas parecido com aquele de janeiro, com média diária de vendas pouco além das sete mil unidades.

De acordo com fonte consultada pela Agência AutoData até a segunda-feira, 15, foram emplacados 63,5 mil autoveículos – automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus. O período corresponde a dez dias se descontado apenas o feriado da terça-feira de carnaval, mas se retirados do cálculo também a segunda-feira e a quarta-feira de cinzas, dias de movimento reduzido, os oito dias restantes apontam média diária de 7,9 mil, volume próximo ao registrado em janeiro, 7,7 mil.

Como este fevereiro terá 29 dias, serão 18 dias úteis descontando-se o período completo do carnaval. A expectativa da fonte é do mês fechar com volume total de 135 mil a 140 mil unidades comercializadas.

Se confirmado, este resultado representaria baixa de aproximadamente 26% ante os 186 mil licenciamentos de fevereiro do ano passado, ainda estimulado pelo estoque de modelos com IPI reduzido disponível na rede, além de redução em torno de 11% ante as 155,3 mil de janeiro. O primeiro bimestre fecharia próximo de 293 mil unidades vendidas, queda de 33% ante o acumulado dos dois primeiros meses de 2015.

O Onix está disparado na frente como o modelo mais vendido nas duas primeiras semanas de fevereiro, com pouco mais de 5 mil emplacamentos para 3,5 mil do vice HB20 e 3 mil do terceiro colocado, o Palio. Os números são da Fenabrave.