Marcopolo: receita cai mas participação de mercado sobe.

A Marcopolo divulgou na terça-feira, 23, balanço final de seu desempenho em 2015. A receita líquida consolidada chegou a R$ 2 bilhões 739 milhões, redução de 19,4% na comparação com os valores de 2014, R$ 3,4 bilhões.

O principal destaque foi crescimento de 28,5% nos negócios no Exterior e exportações, que alcançaram R$ 1 bilhão 475 milhões ante R$ 1 bilhão 148 milhões registrado no ano anterior.

Segundo comunicado da empresa “a significativa retração da demanda brasileira por ônibus foi o principal motivo para a queda da receita” – o mercado nacional caiu 38,4%, para 17 mil 511 unidades produzidas ante 28 mil 429 em 2014. Mas mesmo neste cenário a Marcopolo conseguiu elevar seu índice de participação de mercado para 40,7% em 2015, mais de um ponto porcentual acima dos 39,6% de 2014.

A empresa exportou a partir do Brasil, 1 mil 766 ônibus no ano passado, sem contar os kits desmontados, aumento de 8,5% ante 2014. Nas fábricas em outros países foram 2 mil 254 ônibus produzidos, na soma de África do Sul, Austrália e México – África do Sul registrou crescimento de 3,7% para 334 ônibus, Austrália foi estável com 428 e México caiu quase 8%, para 1 mil 492.

Nesta fábrica da América do Norte a Marcopolo anunciou que, apesar da parceria com a Mercedes-Benz, passará a encarroçar veículos de outras marcas.

Segundo nota, para 2016 a companhia segue engajada na adoção de três forças-tarefa para acelerar as atividades críticas que colaborem para superar as dificuldades advindas de um mercado interno ainda estagnado em um nível bem abaixo do histórico”.

Uma das ações será o fortalecimento da atuação nos mercados de exportação. Segundo a empresa “as exportações a partir do Brasil seguem aquecidas, impulsionadas principalmente pela taxa de câmbio mais competitiva” e “as ações da companhia visando a cobertura de novos mercados e a ampliação do portfólio de clientes no Exterior já trazem reflexo nos negócios fechados e naqueles em andamento”.

Para a Marcopolo “a retração da demanda em 2015 e nesse início de 2016 representa um represamento de pedidos que deverá se reverter em novos negócios assim que as condições econômicas e políticas do País permitirem”.

 

Mudanças foram internas

As pequenas alterações no design das partes dianteira e traseira da carroceria do Volkswagen Gol e Saveiro são coadjuvantes perto das outras modificações promovidas pela montadora, invisíveis quando vistas de fora. Dentro do capô, por exemplo, o sedã e o hatch em suas versões de entrada agora acomodam o EA211, motor de 1 litro com três cilindros que debutou no Fox e também está disponível na linha up!.  Mas a grande mudança ocorreu na parte interna, tanto em seu design quanto no conteúdo oferecido.

Desde 2013, último dos 27 anos que o Gol foi líder de mercado, o modelo vem perdendo espaço no mercado brasileiro. Naquele ano foram emplacados 255 mil unidades, de acordo com dados da Fenabrave. No ano passado o Gol foi apenas o sexto modelo mais vendido do Brasil, com 82,7 mil emplacamentos.

Jorge Portugal, vice-presidente de vendas e marketing da VW do Brasil, divide a culpa entre o fortalecimento da concorrência – muitos modelos chegaram para competir no segmento, especialmente Chevrolet Onix e Hyundai HB20 – e a própria estratégia da marca, que colocou em seu portfólio o up!, modelo que concorre também com o Gol.

Os três modelos citados acima – e outros competidores do segmento – trazem, além de um design mais moderno e contemporâneo, amplo pacote de itens, de série ou opcionais, que passaram a fazer parte da lista obrigatória do consumidor brasileiro na hora de escolher seu carro zero. Lista essa que agora, com certo atraso, chegou com tudo ao Gol e ao Voyage.

O sistema de infotainment AppConnect, já disponível em outros modelos da companhia, agora compõe o leque de opções dos clientes do Gol e Voyage. Desde a versão mais simples, a Trendline – a VW aposentou, ao menor por enquanto, o Gol Special – é possível turbinar o automóvel com uma das quatro opções de rádio com conectividade.

São elas: Media, mais simples, mas que traz entrada de SD Card e permite conexão com celulares por meio de bluetooth; Media Plus, que acrescenta CD Player e entrada USB; Composition Touch, com tela colorida de 5 polegadas e espelhamento de celulares Android por meio do sistema MirrorLink; e a Discover Media, com tudo que o consumidor tem direito – navegação por GPS, tela de 6,3 polegadas sensível ao toque, visualizador de SMS e comando por voz.

Comfortline e Highline, versões intermediária e topo de linha, oferecem até o Discover Media. O consumidor da Trendline, porém, só poderá acrescentar até o Composition Touch em seu modelo.

Para acomodar esse aparato tecnológico a VW promoveu mudanças internas nos modelos, talvez as mais visíveis aos olhos do consumidor. O painel é totalmente novo, com aumento de 30% no tamanho do cluster, um volante inspirado no Golf GTI com possibilidade de instalação de botões e borboletas para troca de marchas para os carros equipados com o câmbio I-Motion, e um painel central com arquitetura capaz de acomodar os sistemas de infotainment. Os bancos também ganharam novos materiais e design, mais caprichados.

Não bastavam essas mudanças – que consumiram R$ 363 milhões em investimento em desenvolvimento e adaptações nas fábricas da Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, e Taubaté, SP – para elevar a competitividade dos dois modelos no mercado. Foi preciso também mexer no preço, ao custo de parcela da margem, segundo Portugal.

Pois a linha Gol teve uma redução média de 2,5% em seu preço, somadas todas as versões. A Trendline 1.0 manual, de entrada, parte de R$ 34,9 mil, sem ar-condicionado ou sistema de infotainment – são opcionais. “O pacote mais vendido do Gol, Trendline com ar e rádio, sai por R$ 37,7 mil. Reduzimos em R$ 1,9 mil com relação à versão anterior”.

No Voyage a média foi de 5,7%, com seu modelo de entrada saindo por R$ 41 mil – também sem ar e som. Portugal diz que a versão mais vendida, também Trendline 1.0 com os opcionais mais procurados, teve redução de R$ 3,5 mil no preço, para R$ 46,1 mil.

A versão mais completa do Gol, Highline 1.6 com transmissão automatizada, sai por R$ 55,3 mil. Na linha Voyage a mesma versão tem preço sugerido de R$ 58,6 mil.

Reforço na imagem – O lançamento do Gol e Voyage marca a entrada de uma nova era no marketing da Volkswagen do Brasil. A assinatura Das Auto, que acompanha o logo da companhia nas campanhas nacionais desde 2007, foi abandonada.

“O Das Auto não era bem visto pelo brasileiro”, confessa Portugal, que sente a necessidade de uma maior aproximação da marca com o consumidor local. “Vamos adotar simplesmente Volkswagen, que significa o carro das pessoas. As pessoas estão em primeiro lugar”.

Segundo o vice-presidente de vendas e marketing a marca Volkswagen se afastou do consumidor brasileiro, para quem sempre foi sinônimo de pioneirismo, foco no cliente e agilidade para responder às mudanças.

“A marca Volkswagen precisa voltar a ser referência no mercado brasileiro”.

Sem citar metas, Portugal afirmou que o objetivo da companhia em 2016 é recuperar participação do mercado. De 2014 para 2015 a marca perdeu 2,8 pontos de participação, vendo seu share cair de 17,3% para 14,4%. “Por isso precisamos ser mais competitivos. E para isso, tivemos que mexer também no preço do Gol e do Voyage, mesmo com todos os itens adicionais”.

VW é chamada a depor na CPI dos crimes cibernéticos

O diretor de Assuntos Governamentais da Volkswagen do Brasil, Antônio Megale, representará a montadora em audiência pública agendada para a quinta-feira, 25, na CPI dos Crimes Cibernéticos na Câmara dos Deputados em Brasília, DF. O executivo também é o primeiro vice-presidente da Anfavea, na qual sucederá Luiz Moan como presidente na condição de líder da chapa única que concorre às eleições da associação, com posse prevista para abril.

A audiência foi solicitada pelo deputado João Holanda Caldas, mais conhecido como JHC, de Alagoas. As informações são da Agência Câmara.

De acordo com o autor do pedido a audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito “visa esclarecer a utilização de chips que impedem a fiscalização ambiental nos automóveis vendidos pela marca no Brasil”.

No fim do ano passado o Grupo VW admitiu que milhões de seus veículos utilizavam chip que engana os testes oficiais de emissão em diversos países, reconhecendo este momento e dando ao motor parâmetros dentro das normas – em uso real, porém, os valores de emissão de poluentes são mais elevados. A subsidiária brasileira, algum tempo depois, revelou que 17 mil Amarok fabricadas na Argentina e vendidas no Brasil carregam o dispositivo.

Para o deputado “é preciso se debruçar sobre os mecanismos utilizados pela Volkswagen com vistas ao aprimoramento do aparato fiscalizador do Estado, assim como estudar a possibilidade de que mecanismo semelhante seja utilizado por outras montadoras”.
A audiência está prevista para ocorrer às 10 horas, no plenário oito da casa.

Construção: ajustes necessários já foram feitos.

A indústria brasileira de máquinas de construção viveu um momento muito difícil em 2015, mas os ajustes necessários já foram feitos e as empresas terão neste 2016 um quadro mais equilibrado à frente. A opinião foi unânime pelos participantes de painel do Workshop AutoData Máquinas Agrícolas e de Construção, realizado pela AutoData Editora na segunda-feira, 22, no Milenium Centro de Convenções, na zona sul de São Paulo.

Dividiram o palco Roque Reis, vice-presidente para América Latina da Case CE, Alisson Brandes, diretor de vendas e marketing da JCB, Roberto Marques, líder da divisão construção e florestal Brasil da John Deere e Alexandre Flatschart, diretor costumer solutions para a América Latina da Volvo CE.

Reis relembrou que de 27,5 mil máquinas em 2014 o mercado caiu para 11,5 mil em 2015, retração de 54%. Flatschart considerou que o cenário foi agravado por uma “queda rápida associada a uma lentidão do segmento em entender a dimensão do quadro”. Mas, para ele, neste momento as empresas “entenderam a realidade como um todo e se ajustaram”. Brandes vê o resultado de 2015 como “catastrófico e fora de qualquer previsão”.

Para 2016 as vendas continuarão a cair, concordaram todos os participantes, ainda que em índices mais comedidos. Mas o ano começou bem difícil, relatou Marques: “em janeiro foram cerca de 450 máquinas vendidas para 1,2 mil no mesmo mês de 2015”. Ele ponderou que 2016 poderá se comportar de maneira inversa à do ano passado – enquanto que há um ano o patamar foi declinando cada vez mais, neste poderá apresentar leve melhora mês-a-mês, possivelmente a partir de maio. “Mas é uma grande interrogação.”

Os participantes lembraram ainda que se o ritmo de janeiro se repetir ao longo dos meses à frente o ano seria de mercado próximo a 6 mil máquinas, repetindo o resultado de 2004.

Para os representantes das empresas o final do ano deverá se configurar, na média, em baixa de 5% a 15%. E todos creem em uma leve reação para 2017, com retomada mais efetiva e consistente nos anos seguintes.

Para o cenário de longo prazo os quatro executivos são otimistas. O Brasil tem potencial para responder por mercado de 40 mil máquinas de construção ao ano, calcularam, ainda que há algum tempo se calculasse este número como o atual, lembrou Reis.

Há boas perspectivas para os mercados de minério de ferro e para a indústria de cimento, afirmaram os painelistas. A pavimentação de estradas, bem como obras de infraestrutura em geral, acrescentaram, são, além de oportunidades importantes, necessárias ao País.

Os participantes do painel também consideram que o mercado de máquinas de construção apresenta comportamento cíclico, o que reforça a expectativa de recuperação – que, na opinião de Brandes, quando ocorrer, será rápida.

 

Agrícolas: expectativa por um ano igual a 2015.

Depois de registrar resultados crescentes de 2009 a 2013, o mercado brasileiro de máquinas agrícolas terminou 2015 em queda na faixa de 35% ante 2014. Para 2016 o prognóstico é um pouco mais acalentador, com expectativa de repetir os números de venda do ano passado. A projeção foi compartilhada pelos participantes de painel que abordou o segmento no Workshop Máquinas Agrícolas e de Construção, realizado pela AutoData Editora no Milenium Centro de Convenções, na zona sul de São Paulo, na segunda-feira, 22: Rafael Miotto, diretor de portfólio de produto da CNH Industrial América Latina, e João Pontes, Diretor de planejamento estratégico América Latina da John Deere.

Para Pontes este cenário poderá se concretizar devido à boa situação dos clientes, em sua maioria saudáveis do ponto de vista financeiro, sem grandes dívidas. Miotto lembrou que mesmo com a expectativa de uma nova safra recorde adiante as vendas não tendem a evoluir no mesmo ritmo pois há diversos casos em que os produtores adquiriram muito maquinário em 2012 e 2013 e sendo assim têm suas necessidades deste momento atendidas.

Mas, de qualquer forma, adicionou que “estes são alguns casos específicos, e no geral a idade da frota é avançada, oferecendo ainda muito espaço” para trabalhar.

Pontes revelou que em alguns segmentos os negócios estão começando a apresentar índices mais animadores, como o florestal e a cana: “o começo do ano apresentou um volume razoável para estas faixas, melhor que o da mesma época em 2015”. Ele reconheceu que algumas usinas que processam cana estão em situação difícil, com diversos casos de pedidos de recuperação judicial, mas entende que esta é reflexo de problemas anteriores, que nos últimos anos acabaram mascarados por juros subsidiados e alto preço de commodities.

Miotto considerou que a confirmação de um ano estável para as vendas de máquinas agrícolas dependerá de elementos externos à agricultura, como o cenário macroeconômico e a oferta de linhas de crédito, no que seu colega de painel concordou.

Outro fator externo poderá, entretanto, ajudar os volumes deste ano: o início efetivo do cronograma de nova lei de emissões para o segmento, o MAR-1, a partir de janeiro do ano que vem. Como os equipamentos deverão ter acréscimo nos preços, pela evolução tecnológica que apresentarão, poderá haver antecipação de compra, concordaram. Mas este cenário, se poderá ajudar este ano, se de fato ocorrer pode prejudicar o desempenho de 2017.

De qualquer forma este já é um desafio certo para o período à frente: Miotto recorda que será uma evolução tecnológica representantiva: “em algumas faixas a motorização passará de mecânica para eletrônica, algo que o cliente não está acostumado”. Haverá casos em que os equipamentos, assim como os caminhões, passarão a usar Arla 32.

As exportações também estão no radar, mas os representantes de CNH e John Deere não acreditam em resultados a curto prazo no mercado externo: o Brasil perdeu muitos clientes e agora está havendo um processo de retomada dos contatos, o que leva algum tempo – em especial na América do Sul. E outros mercados, como África e Ásia, dependem de infraestrutura de rede de concessionárias e outros.

Agronegócio fatura em dólar, mas também deve em dólar

O alto nível de alavancagem de uma parcela dos produtores dos setores de grãos e cana-de-açúcar ajuda a explicar a baixa demanda por máquinas agrícolas no mercado brasileiro, a despeito dos bons resultados de produção e cotações favoráveis das commodities. Em sua apresentação que abriu o Workshop AutoData Máquinas Agrícolas e Construção a sócia da KPMG, Ana Firmato, explicou que o efeito do câmbio pode até ser positivo, mas é limitado.

“Alguns produtores estão com nível alto de endividamento, devido a aquisições de terras e outros investimentos feitos nos tempos de cenário positivo no País. Como é comum os bancos oferecerem linhas atreladas ao dólar, essas dívidas estão nessa moeda. Ou seja, elas praticamente dobraram em um ano, mesmo sem que este produtor não tenha adquirido novas linhas de crédito”.

A explicação da consultora ajuda a compreender porque o setor de máquinas agrícolas e de construção caiu 53,2% em janeiro, na comparação com igual mês do ano passado, mesmo com o cenário de expectativa de safra recorde, preços elevados das commodities agrícolas e forte exportação, puxadas pelo mesmo dólar que é o vilão nas dívidas.

Segundo Firmato o agronegócio passa por dificuldades de gestão que deverá provocar uma onda de consolidação nos próximos anos.

“Empresas que estão capitalizadas deverão comprar outras e haverá uma forte busca de investidores estrangeiros, até porque o câmbio colabora. Isso pode ser ruim no curto prazo, mas é muito positivo no longo, pois os clientes das máquinas estarão financeiramente mais preparados”.

Em sua apresentação, Firmato abordou também alguns temas macroeconômicos. Segundo ela, o Brasil passa por um ciclo muito complicado, com a junção de recessão, inflação em alta e aumento do desemprego. “É difícil enxergar a luz no fim do túnel”.

Para a consultora 2016 e 2017 serão anos complicados para o País. “Precisamos de um remédio amargo para consertar essa situação”.

GM abre segundo turno para S10 em SJC

Desde a segunda-feira, 15, a picape S10 voltou a ser produzida em dois turnos na fábrica da General Motors em São José dos Campos, SP. Segundo informações do sindicato dos metalúrgicos local, a reabertura do segundo turno ocorreu para que a montadora consiga atender à demanda pelo modelo no mercado nacional e de exportação.

Cerca de 250 trabalhadores foram transferidos da fábrica de motores do mesmo complexo para a linha da S10. São produzidos 30 veículos por dia – o sindicato afirma que a produção em um turno estava no limite desde que o segundo turno foi encerrado, em maio do ano passado.

“O fechamento do segundo turno sobrecarregou o primeiro”, afirmou Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. “A produção em alta também comprova que não há necessidade de demissões na fábrica”.

No fim de janeiro cerca de 500 trabalhadores da GM SJC não retornaram de um lay off e foram dispensados pela montadora, que alega ter que adequar a sua capacidade de produção à atual demanda do mercado brasileiro.

Além da S10, são produzidos em São José dos Campos a Traiblazer, motores, transmissões e kits CKD para exportação.

Volkswagen já substituiu software de mais da metade das Amarok

Mais de 50% das Volkswagen Amarok 2.0 afetadas pela fraude nas emissões do motor diesel EA 189 na Alemanha já tiveram software substituído, de acordo com comunicado divulgado pela montadora na sexta-feira, 19. Em torno de 4,3 mil picapes passaram pelas concessionárias alemãs e agora atendem aos requisitos exigidos pela União Europeia.

Os motores 2.0 fazem parte da primeira onda de recalls da Volkswagen para correção das configurações fraudadas, assunto que foi revelado no fim de setembro. Apenas em dezembro a companhia apresentou as especificações técnicas ao órgão alemão e firmou acordo para o recall, que começou no fim de janeiro.

Os donos de VW Passat com o mesmo motor 2 litros serão convocados para substituir os softwares em março. O cronograma prevê para depois a convocação dos proprietários de modelos com motores 1,2 litro e 1,6 litro. As modificações nos menores estão agendadas para o fim do segundo trimestre, enquanto as dos propulsores de 1,6 litro ocorrerão no terceiro trimestre – para estes, haverá a necessidade também de substituir alguns componentes.

Segundo a companhia o tempo para a manutenção é inferior a meia hora, exceto para os motores de 1,6 litro, cuja parada deverá durar em torno de 45 minutos.

Aqui no Brasil o recall das 17 mil Amarok com adulterações ainda não foi convocado, apesar de a montadora admitir o problema. Procurada pela reportagem, a companhia não se manifestou até o fim da tarde de sexta-feira, 19.

Dívida de R$ 70 milhões levou Arteb à recuperação judicial

Uma dívida de pelo menos R$ 70 milhões levou a Arteb ao pedido de recuperação judicial ocorrido na semana passada. A informação foi divulgada pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, na quinta-feira, 18, durante evento promovido pela entidade.

Segundo Marques a Arteb procurou bancos para levantar empréstimo neste valor e, ao receber negativa das instituições bancárias, optou pelo pedido de recuperação judicial. Os recursos seriam utilizados para saldar dívidas com fornecedores, pagar impostos e outros financiamentos anteriormente assumidos com bancos.

Também de acordo com o sindicato 370 dos 1,4 mil funcionários foram demitidos. Em assembleia realizada na porta da empresa na quinta-feira,18, os metalúrgicos decidiram interromper as atividades pelo menos até a segunda-feira, 22. Os representantes dos trabalhadores afirmam que a empresa pretende pagar os diretos dos demitidos apenas após a aprovação do plano de recuperação judicial.

Para José Paulo da Silva Nogueira, diretor executivo do sindicato, considerou em comunicado que “isso deixa o trabalhador completamente sem previsão de quando vai receber. Um processo como esse pode durar até um ano, um ano e meio, o que é inaceitável”.

Marques complementou, no comunicado, que “até agora a empresa não deu, sequer, garantias de como vai indenizar os companheiros. Não podemos aceitar isso. Nosso movimento é muito importante para fortalecer a representação dos trabalhadores na mesa de negociação”.

Arteb não fala – Durante uma semana a Agência AutoData tentou contato com a Arteb para averiguar as informações com relação ao pedido de recuperação judicial. A empresa não possui um responsável por comunicação com a imprensa.

Na segunda-feira, 15, profissional da área financeira afirmou que a empresa se manifestaria a respeito na terça-feira, 16; incomunicável nesta data, na quarta-feira, 17, a mesma pessoa informou então que apenas o escritório de advocacia contratado para cuidar da recuperação judicial, o De Luizi Advogados, poderia falar em nome da empresa; na mesma data o escritório pediu dois dias para se manifestar; na sexta-feira, 19, disse que a área de compras da Arteb fora a escolhida para distribuir comunicado com as informações da empresa sobre a recuperação judicial; e na mesma data profissional deste departamento afirmou à reportagem que somente a área jurídica teria autorização para enviar a citada nota.

Versão digital da Revista AutoData de fevereiro já está disponível

O início de uma nova fase da Fiat do Brasil é o tema da reportagem de capa da edição 318 da Revista AutoData, já disponível para acesso via computador, smartphone ou tablets. O lançamento da picape Toro marcou o pontapé inicial da reformulação de todo o portfólio da montadora no mercado brasileiro.

Para conhecer todos os pormenores via smartphones e tablets, tanto os com sistema iOS quanto Android, basta entrar no app da revista AutoData. Quem ainda não tiver o aplicativo instalado pode encontrá-lo gratuitamente na AppStore ou na Play Store. Em computadores tradicionais utilize diretamente o link arquivos/autodatadigital/318-2016-02/, via Portal AutoData.

A edição de fevereiro traz ainda o From the Top com Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, que espera um 2016 um pouco melhor do que foi o ano passado. Ainda é destaque a reportagem que conta como sistemistas ajudam seus fornecedores estratégicos, com programas de apoio e desenvolvimento a esses parceiros.

O Salão de Detroit, investimentos da Nissan e o sobe e desce das marcas nos rankings de automóveis e comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus também são destaques da revista. Confira!