Novo X1 começa a ser produzido em Araquari

A BMW iniciou na quinta-feira, 10, a produção da nova geração do SUV compacto X1 na unidade de Araquari, em Santa Catarina. O modelo anterior já era produzido na unidade desde novembro de 2014 – na época foi o segundo produto da fábrica brasileira, fazendo companhia ao Série 3.

Carsten Stöcker, vice-presidente sênior da fábrica, considerou, em comunicado, que “a estreia da nova geração do X1 na linha de produção de Araquari é o resultado do comprometimento com os padrões de qualidade, que estão em total sintonia com as demais unidades fabris da BMW espalhadas pelo mundo”. Ele ainda acrescentou que “a produção nacional do novo X1, um dos veículos mais desejados da marca, demonstra a representatividade do mercado brasileiro para os negócios do Grupo”.

O novo X1 produzido no Brasil traz motor TwinPower Turbo 2 litros flex e transmissão automática de oito marchas, e os preços vão de R$ 167 mil a R$ 200 mil, dependendo da versão – sDrive20i GP, sDrive20i X-Line e xDrive25i Sport.

Araquari, que conta com capacidade para 32 mil unidades/ano, produz também os modelos BMW Série 1, Série 3 e X3 e ainda o Mini Countryman. Trata-se da trigésima unidade fabril da fabricante no mundo, instaladas em 14 países.

HB20 é o mais vendido do País no começo de março

O HB20 não para de conquistar glórias. Depois de fechar o ano passado em um honroso terceiro lugar, o hatch compacto da Hyundai não se deu por satisfeito com uma sólida vice-colocação no primeiro bimestre deste 2016, ultrapassando o Fiat Palio: no começo de março, considerando-se as vendas até a quarta-feira, 9, o que equivale a sete dias úteis, atreveu-se a tomar a liderança do ranking de vendas por modelo no País.

Segundo dados da Fenabrave o HB20 conta no período com quase 3,6 mil emplacamentos ante 3,1 mil do Onix.

É difícil precisar se o Hyundai conseguirá manter o posto de líder até o fim do mês, que será longo, com 22 dias úteis, mas dada a distância não será surpresa se fechar ao menos a primeira quinzena na frente. Vale lembrar que a Chevrolet está realizando ampla campanha de varejo no início deste mês, o que deverá ajudar os números do Onix na segunda metade do período.

Os volumes são fruto direto de leve renovação da gama HB20, que em setembro do ano passado ganhou retoques visuais, técnicos e de catálogo, após três anos do lançamento.

Os números do HB20 são de fato tão bons que puxam para cima os da Hyundai, que já está guardando cadeira na primeira fileira das maiores do País. Não só a marca derrubou a Ford do tradicionalíssimo quarto posto do ranking de veículos leves por montadora no bimestre como, observando-se mais a fundo, detém resultados ainda mais expressivos.

Em São Paulo e Minas Gerais, os dois maiores mercados de veículos no País, a Hyundai já é a terceira marca mais vendida no acumulado do ano até os primeiros dias de março, segundo dados da Fenabrave.

Em São Paulo a coreana domina fatia de 11,5%, tendo à sua frente apenas a GM com 18% e a VW com 12,6%. Ultrapassou Fiat, com 10,3%, Honda, 10,1%, Toyota, 8,3%, e Ford, 7,9%.

E em Minas Gerais soma igualmente 11,5% do total, com Fiat em primeiro, 23,7%, e VW em segundo, 15,5%. Deixa para trás GM, com 11,3%, Renault, 9,2%, e Ford, 8,1%.

Não à toa a fábrica da Hyundai em Piracicaba, no Interior paulista, que produz exclusivamente a gama HB20, nas versões hatch e sedã, é a única do País atualmente a operar em três turnos.

 

Mauro Marcondes nega venda de MPs para favorecer setor automotivo

Mauro Marcondes Machado, ex-vice-presidente da Anfavea e réu na Operação Zelotes, que investiga possíveis irregularidades em Medidas Provisórias que concederam e prorrogaram benefícios a montadoras instaladas nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, prestou depoimento à Justiça Federal na quarta-feira, 9, em Brasília, DF. Ele, bem como sua esposa e sócia, Cristina, estão presos a pedido da justiça desde outubro.

Em seu depoimento, de acordo com informações do portal G1, Marcondes negou que a aprovação das MPs tenha ocorrido por meio de pagamento a parlamentares, um dos braços da investigação da Operação Zelotes pela Polícia Federal. “É impossível comprar uma medida provisória”. Ele acrescentou: “Tenho 56 anos de atividade pública. Nunca precisei corromper ninguém. Nunca cometi um ato ilícito. Nunca um colaborador meu cometeu”.

Ele confirmou que trabalhou pela aprovação das MPs, mas de forma limitada à realização de estudos técnicos que apontavam vantagens das aprovações, bem como apresentação destes a agentes públicos. No depoimento Machado afirmou que entregou a Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete da Presidência da República, um estudo e dois pareceres de juristas sobre os incentivos, que, segundo ele, trouxeram investimentos de US$ 70 bilhões e 30 mil empregos para o Brasil e foram aprovados sem maiores controvérsias no Congresso. Ele confirmou ainda encontro com o atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, com o mesmo intuito.

Ainda no depoimento, conforme o jornal O Estado de S Paulo, Machado afirmou que havia “vontade política” para concessão dos benefícios à indústria automotiva.

Questionado sobre planilha apreendida em seu escritório na qual Gilberto Carvalho e Lytha Spíndola, ex-assessora da Casa Civil, apareceriam como colaboradores de sua empresa, Marcondes afirmou que esta foi elaborada por uma babá promovida a secretária, que se atrapalhou ao produzir o documento, segundo O Estado de S Paulo. “Ela andou fazendo algumas planilhas e incorreu em vários erros. Gosto de poder ajudar as pessoas.”

Também de acordo com o jornal Machado chorou ao término do depoimento, de mais de três horas, ao abordar o impacto das investigações e da prisão. Segundo a publicação ele alegou que seu trabalho foi sempre de lobby técnico e que a denúncia do MPF, baseada em relatórios da Receita Federal e da Polícia Federal, se baseia em distorções e preconceito contra a atividade. “Me sinto deprimido, não reconhecido. Está sendo visto só o lado negativo [da atividade de lobby].”

A publicação afirmou ainda que Machado reiterou denúncia feita por sua defesa há alguma semanas de que, em visita à Penitenciária da Papuda, representantes do MPF e da PF o pressionaram a fazer delação premiada. Referindo-se ao procurador José Alfredo de Paula, da força-tarefa responsável pela Operação Zelotes, disse que a colaboração foi proposta em troca de evitar que Cristina, sua esposa e sócia, também ré no processo, fosse transferida da prisão domiciliar para o regime fechado. Presente à audiência, segundo a reportagem, o procurador Frederico Paiva, da equipe da Zelotes, disse que algumas abordagens aos réus são “técnica de investigação”.

Advogados – Foram tomados ainda os depoimentos de outros dois investigados, os advogados José Ricardo da Silva, ex-membro do Carf, e Eduardo Valadão.

Silva, segundo a Agência Brasil, admitiu que sua empresa, a SGR Consultoria, recebeu R$ 4,7 milhões pela prestação de serviços à Mitsubishi no Brasil, e que ele se reuniu com diretores da empresa, que teria sido beneficiada com redução de multa em julgamento do órgão. O pagamento teria sido realizado pela empresa de Mauro Marcondes Machado e ele negou ter repassado parte do dinheiro a terceiros.

Questionado pelo juiz quanto a e-mail enviado em dezembro de 2009, no qual pedia a seu antigo sócio, Eduardo Valadão, que “acalmasse” parlamentares que lhe faziam cobranças, respondeu que “a história por trás desse e-mail não tem nada, absolutamente nada a ver com nenhuma medida provisória, nem com a tramitação de qualquer coisa no Congresso Nacional”. Ele disse que a mensagem é referente ao pagamento de comissões a parlamentares pela indicação para serviços de advocacia junto aos seus pares.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo Silva confirmou ter se associado a Mauro Marcondes Machado para atuar pela prorrogação dos incentivos fiscais a montadoras. “Esse trabalho em nenhum momento se afastou de assessoramento técnico”, afirmou, acrescentando ter feito levantamento de informações.

Também de acordo com o periódico em seu depoimento o advogado afirrnou que não houve, “de sua parte”, encontro com autoridades públicas para tratar das MPs ou de caso relacionado ao Carf.

Por sua vez Valadão negou qualquer envolvimento com o caso. Segundo a Agência Brasil, ele afirmou: “Eu não tenho nenhum tipo de envolvimento político. Nunca tive relacionamento dentro da política que pudesse me dar qualquer tipo de possibilidade de tratar qualquer assunto relativo à medida provisória objeto da denúncia”. De acordo com o O Estado de São Paulo, ele também disse que se o esquema existiu ele não tinha nenhuma capacidade de influenciar congressistas a tomar qualquer decisão. “Não tenho envolvimento político. Como eu seria capaz de induzir deputados e senadores? Quem sou eu para vender MP: ‘Tá aqui, custa tanto’?. É isso que me deixa revoltado. A denúncia sequer atentou para como funciona o processo legislativo”.

Agenda – As audiências na Justiça Federal prosseguirão nos próximos dias. Para a quinta-feira, 10, está agendado depoimento de Francisco Mirto, que atuou pela Anfavea no escritório de Brasília, DF, e Paulo Ferraz, ex-presidente da MMC. Na segunda-feira, 14, será a vez de Eduardo Souza Ramos e Robert Rittscher, também da MMC.

E enquanto isso a CPI do Carf, instaurada na Câmara dos Deputados em Brasília, DF, no início de fevereiro, foram apresentados três requerimentos para convocação de depoimento de Mauro Marcondes Machado, para tratar dos mesmos temas já investigados pela Polícia Federal e atualmente pela Justiça Federal. Há ainda uma CPI em andamento sobre o mesmo caso no Senado Federal.

FCA centraliza diretoria comercial em São Paulo

A área comercial da Fiat viajou quase 600 quilômetros, de Betim para a Zona Sul de São Paulo. Desde o começo do mês a Capital paulista é a sede da diretoria comercial da marca, agora instalada no prédio localizado na Avenida Luiz Carlos Berrini, onde também fica a FCA América Latina.

Sob a direção de Sérgio Ferreira, que sucedeu Lélio Ramos – agora responsável por novos projetos estratégicos –, a área comercial da FCA passou também por uma reorganização estrutural. Seguem as oito regionais de vendas – Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo –, mas agora divididas em diretorias-adjuntas, que agrupam as regionais em três macrorregiões.

Roger Santos é o diretor-adjunto da região de vendas Norte, Nordeste e Centro; Tania Silvestri é a diretora-adjunta da divisão Sudeste; e Edivaldo Reche é o diretor-adjunto da regional de vendas Sul. Os três respondem a Sergio Ferreira, assim como outros dois diretores-adjuntos – Fábio Meira, de vendas diretas, e Renato Giovannini, responsável por operações de vendas.

O objetivo, explica a companhia em comunicado, “é aproximar as concessionárias da empresa, estimular o aprimoramento da gestão, incentivar o profissionalismo e ganhar competitividade regional e nacionalmente”.

Volkswagen renova PPE em Taubaté

A Volkswagen e o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté acertaram a prorrogação do PPE, Programa de Proteção ao Emprego, na fábrica que produz o up!, Gol e Voyage. As duas partes se anteciparam: o acordo assinado em novembro do ano passado está em vigor até o fim de abril, mas a ausência de possibilidade de reação do mercado nos próximos meses fez com que as negociações se adiantassem.

O novo acordo entra em vigor em 1º de maio, com validade de 180 dias. Neste período a VW fica impossibilitada de demitir sem justa causa em Taubaté, enquanto os 4 mil trabalhadores têm sua jornada e salários reduzidos em 20% e 10%, respectivamente, com parte da redução dos vencimentos paga com recursos do FAT, Fundo de Amparo ao Trabalhador – acordo idêntico ao atualmente em vigor.

Em nota, o sindicato explica a antecedência na renovação: “O sindicato avaliou a necessidade de continuidade do PPE e é preciso cumprir prazos no Ministério do Trabalho, para aprovação em Brasília”.

Durante este mês a fábrica suspendeu provisoriamente o PPE para ampliar a produção do facelift do Gol e Voyage, recentemente lançados. O mês terá apenas uma semana com redução na jornada, com corte de apenas 2,5% nos salários dos trabalhadores – nas outras três semanas a operação será normal nas linhas. A expectativa é que a unidade produza 2 mil 550 veículos a mais em março.

“Esperamos que o projeto do Gol e Voyage facelift alavanquem as vendas da Volkswagen e que a montadora volte ao patamar de produção de antes da crise”, afirmou, em nota, o presidente do sindicato, Hernani Lobato. “Queremos que a empresa retome a liderança de mercado”.

Atualmente a VW é a terceira no ranking brasileiro de automóveis e comerciais leves. Em janeiro e fevereiro comercializou 40,6 mil veículos, volume 42,4% inferior ao do primeiro bimestre do ano passado.

Parcela-balão chega à linha popular da VW

A Volkswagen Financial Services lançou novo plano de financiamento com parcela-balão para os novos Gol, Voyage e Saveiro, denominado Plano Sempre Novo, disponível na rede de concessionárias da marca em todo o País. O maior argumento é a chance do consumidor trocar de carro 0 KM a cada três anos.

A entrada mínima é de 30%, podendo ir a 50%, enquanto que as parcelas são até 25% menores do que as de um financiamento comum, segundo a instituição, divididas em 35 meses. Ao final é possível utilizar o próprio veículo para quitar o valor residual, que corresponde a 30%, e dar entrada em um novo veículo, ou refinanciar o próprio veículo.

Há oferta ainda de inclusão no pacote das revisões no mesmo contrato por R$ 1 mil, contemplando as quatro primeiras revisões – o equivalente a 24 meses ou 40 mil quilômetros. Em caso de contratação de seguro da mesma instituição, há desconto de R$ 750.

A divisão de financiamento da montadora criou um site para simular o plano e o valor das parcelas, incluindo comparação com plano tradicional de financiamento: http://www.volkswagensemprenovo.com.br/.

Agrale agora produz caminhões também no Espírito Santo

A Agrale iniciou neste mês a montagem de caminhões leves da Linha A na nova unidade industrial de São Mateus, no Espírito Santo. Os modelos fabricados ali são os A10000 e A8700, destinados aos mercados das regiões Sudeste e Nordeste.

Em setembro de 2015 a Agrale iniciou a fabricação dos chassis de ônibus do modelo W9 urbano, para fornecimento à vizinha Volare, ali. A montadora já previa produzir caminhões no Espírito Santo, complementando a fabricação dos veículos em Caxias do Sul, RS, e se manteve fiel ao plano.

Em comunicado Hugo Zattera, diretor-presidente, considerou que o início da produção dos caminhões da Linha A em São Mateus está dentro dos objetivos de competitividade da empresa. “Somos penalizados com os custos de frete para enviar os produtos do Rio Grande do Sul para o resto do País, sobretudo o Leste e o Nordeste, e a produção nessa nova fábrica nos proporcionará ganhos de logística, que nos permitirá reduzir os custos de distribuição no Brasil e também nas exportações.”

A empresa esclarece que os caminhões da Linha A continuarão a ser fabricados também na unidade 2 da Agrale, em Caxias do Sul, para atendimento aos clientes das regiões Sul e Centro-Oeste.

 A nova linha de caminhões Agrale foi lançada em novembro do ano passado e conta com três modelos, os A7500, A8700 e A10000, com oferta de inédita cabine de aço estampado.

Produção de motocicletas cai 36% em fevereiro

A fabricação de motocicletas recuou 6,5% em fevereiro, totalizando 71 mil 57 unidades ante 75 mil 959 registradas em janeiro. No comparativo com o mesmo mês do ano passado, quando saíram das linhas de produção 110 mil 823 motocicletas, a queda é de 35,9%, apontam dados da Abraciclo divulgados na terça-feira, 8.

Nas vendas no atacado, aquelas registradas das fábricas para as concessionárias, fevereiro viu 73 mil 79 unidades, queda de 32,7% ante as 108 mil 637 comercializadas há um ano. Ante janeiro e suas 58 mil 801 motocicletas vendidas, alta de 24,3%.

Em comunicado Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, lembrou que “em fevereiro aconteceu o carnaval, o que explica a queda na produção em relação ao mês de janeiro. Porém o mercado de motocicletas, assim como outros setores da economia, é impactado pelo atual cenário de instabilidade política e econômica do País, atrelada à falta de confiança do consumidor. Desta forma, não descartamos a necessidade de uma revisão nas projeções do setor para 2016”.

No varejo foram vendidas 74 mil 404 motocicletas no mês passado, o que representa recuo de 20,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, 93,8 mil, e de 5,3% ante janeiro, de 78,5 mil.

A média diária de vendas, aponta a Abraciclo, apresentou queda de 24,6%, passando de 4 mil 937 para 3 mil 720 motocicletas – menor índice desde março de 2005, de 3 mil 729 unidades/dia.

Já as exportações estão apresentando reação importante. Em fevereiro foram 5 mil 692 motocicletas embarcadas, crescimento de 128,5% ante mesmo mês de 2015 e de 70,6% no comparativo com janeiro, resultados ligado “principalmente a viabilização de mais negócios na Argentina”, segundo a associação.

VW quer desenvolver pequenos e médios fornecedores

A VW lançou programa para desenvolver fornecedores de porte pequeno e médio – empresas que geralmente fornecem a outros fornecedores e não diretamente à montadora – no Brasil. A fabricante oferecerá suporte por meio de consultorias, treinamentos e iniciativas de relações institucionais.

A primeira iniciativa do programa, realizado em parceria com o Conselho Superior de Pequenas e Médias Empresas do Sindipeças, reuniu cerca de uma centena de participantes na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo. O evento, organizado pelas áreas de compras e qualidade assegurada, envolveu palestras, visitas a áreas produtivas e atividades com os temas Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores e Peças, Otimização de Custos do Produto, Certificação Veicular e Testes Veiculares e Serviços Técnicos/Satisfação do Cliente.

Em comunicado a VW afirmou que “o programa permitirá às empresas parceiras de pequeno e médio portes conhecerem os novos processos e a alta tecnologia da Volkswagen do Brasil, para que possam se desenvolver e se tornar ainda mais competitivas”.

Na nota o vice-presidente de Compras Josef Baumann reforçou a importância de priorizar fornecedores e subfornecedores locais, considerando que a iniciativa também contribui com a sustentabilidade, ao gerar negócios e empregos localmente. “O novo programa tem a meta de fortalecer ainda mais o relacionamento entre a Volkswagen do Brasil e sua cadeia de fornecimento. Pretendemos compartilhar nosso conhecimento e tecnologias com essas pequenas e médias empresas parceiras, para ajudá-las a se desenvolver e se tornar cada vez mais competitivas.”

O coordenador do Grupo das PMEs do Sindipeças, Cláudio Sahad, considera a iniciativa inovadora: “Esse programa proporcionará às pequenas e médias empresas oportunidades de negócios com a Volkswagen, abrindo um canal direto de comunicação. Os visitantes conheceram os processos modernos e boas práticas da montadora, inclusive de gerenciamento. Ao receber esse conhecimento, as empresas tornam-se mais fortes e, consequentemente, fortalecerem toda cadeia de fornecimento”.

O evento, denominado Volkswagen/Sindipeças PME Experience Day, também contou com a participação do diretor de assuntos jurídicos e superintendente da Fundação Volkswagen, Eduardo Barros. Para ele, no comunicado, “qualidade é fundamental para o desenvolvimento e a sustentabilidade dos produtos. As empresas do século 21 não devem visar apenas lucro. O cliente está observando, além da qualidade, se a empresa é socialmente responsável e se está preocupada com a sustentabilidade”.

Setor de implementos cai 36% no bimestre

As fabricantes de implementos rodoviários apresentaram nova queda nas vendas no primeiro bimestre. De acordo com dados divulgados pela Anfir na terça-feira, 8, foram entregues ao mercado 9,4 mil implementos, volume 36,2% inferior ao do período de janeiro e fevereiro do ano passado, quando foram comercializadas 14,8 mil unidades.

Deste volume, 3,5 mil foram do segmento pesado, recuo de 16,5%, e 5,9 mil do segmento leve, queda de 44,1%.

A associação calcula que, mantida essa média mensal atual de emplacamentos de 4,7 mil unidades, a indústria fecharia o ano com 56,6 ml implementos comercializados – 21,2 mil reboques e semirreboques e 35,5 mil carrocerias sobre chassis. O resultado seria 36% inferior ao do ano passado, um dos piores da história do segmento.

“Não se trata de uma previsão, mas uma constatação matemática”, explica, em nota, Alcides Braga, presidente da Anfir. “Se nada for feito teremos mais um ano de retração forte”.

O empresário pede incentivos do governo – e não benefícios. Ele cita como exemplo leilões de concessões, como os para energias renováveis e infraestrutura logística, e linhas mais atrativas de crédito do Finame.

De todo modo, permanece a estimativa de manter o desempenho do ano passado, projetada no fim de 2015 pela Anfir. Porém, essa média mensal baixa do início do ano poderá mudar o quadro. “Ainda não há previsão definitiva. Depende do que poderá ser feito pelo governo para reativar a economia”.