Não fossem as vendas diretas, aquelas realizadas a frotistas onde usualmente são negociados grandes volumes com generosos descontos, o desempenho do mercado brasileiro de veículos teria sido ainda mais decepcionante nesse primeiro trimestre.
Segundo um levantamento da Agência AutoData com base nos dados divulgados pela Fenabrave na sexta-feira, 1º, as vendas ao varejo caíram 30,5% nos primeiros três meses do ano, recuo maior do que o do mercado de automóveis e comerciais leves em geral, 28,3% inferior no período.
Os consumidores brasileiros compraram nas concessionárias 340,4 mil veículos, ante 489,7 mil unidades um ano atrás. As vendas diretas caíram 21,6% no mesmo período, para 124,6 mil unidades, comparado com 158,9 mil unidades no primeiro trimestre de 2015.
Em proporção, o varejo representou 73,2% do total dos licenciamentos no primeiro trimestre, ante 75,5% no mesmo período de 2015. Ganharam relevância, portanto, as vendas diretas, cuja fatia subiu de 24,5% no ano passado para 26,8% neste ano.
A dependência das vendas diretas aumentou em março. Segundo a Fenabrave, o varejo representou 70,5% dos licenciamentos do mês passado, ou 122,2 mil veículos. Em março de 2015, das 226 mil unidades comercializadas, 72% foram para o varejo – ou 162,7 mil veículos.
De março de 2015 para março de 2016, portanto, o varejo caiu 27,2%. Na mesma comparação, as vendas diretas cederam 19,2%, para 63,3 mil unidades.