Veículos autônomos, carro compartilhado, IoT, que é Internet das Coisas, IoE, que vem a ser Internet de Todas as Coisas, Augmented Reality, que não é nada além de Realidade Aumentada, Big Data, Data Mining, veículos elétricos, HEV, que não ultrapassa Elétricos e Híbridos. Qual será futuro da mobilidade? Pois as possibilidades são infinitas quando olhamos para a tecnologia veicular propriamente dita e para as embarcadas nos veículos para satisfazer as novas necessidades geradas pela conectividade do mundo moderno.
A engenharia é uma ciência exata capaz de desenvolver e se adaptar aos novos anseios da sociedade. Sempre foi tarefa das engenharias de desenvolvimento do produto e das áreas de marketing definir as tendências do mercado e o conteúdo dos veículos, tanto do ponto de vista tecnológico como visual, estilo/design. Desde a popularização do smartphone conectividade passou a ser palavra de ordem e migrou rapidamente para o veículo, transformando-se em uma tendência na indústria automotiva em âmbito global, evidenciada nas campanhas publicitárias na TV das marcas aqui no Brasil. Com isto mais um player de peso entrou no desenvolvimento, a Tecnologia da Informação, TI.
Há um mundo novo de tecnologias sobre rodas em construção, cheio de possibilidades, onde o céu não é mais o limite mas participante. O momento é espetacular para a engenharia, tanto em desafios quanto em inovação. Nessa onda todas as engenharias, integradas, aderem à TI para dar ao consumidor um veículo capaz de transmitir e receber informação em tempo real, a ponto de selecionar rotas, localizar a vaga mais próxima e estacionar sozinho, com recursos disponíveis no tablet ou no smartphone integrado ao sistema de navegação a bordo.
Uma nova fase dessa revolução está em curso. Iniciamos no Brasil com a melhoria contínua dos motores a combustão, seguidos pela eletrônica, com controle eletrônico do motor e injeção eletrônica, ABS e computadores de bordo. Mais tarde com a mecatrônica, que integra essas duas áreas da engenharia, com o carro conectado, veículos autônomos e a integração de elétricos-autônomos, aplicada no carro concito Tesla S. Com tudo isso o que esperar, então, do carro do futuro? Este será o foco do Congresso SAE Brasil 2016, o maior fórum de engenharia da mobilidade do hemisfério Sul, em outubro.
Tecnologia avançada e conectividade à parte a qualidade do produto é sempre prioritária. E assegurar a integridade e a privacidade do usuário é, para a indústria automobilística, parte fundamental desse pacote, algo que reflete suas grandes preocupações. A IoT permitirá que toda a conexão esteja na nuvem e essa interligação será infinita. A limitação ainda está na segurança do sistema. Se algum aplicativo de celular falhar o impacto será diretamente sobre o usuário, sem maiores danos, mas se a falha ocorrer em um sistema viário que trabalha na plataforma IoT com a base de dados na nuvem, pode representar um risco para todas as pessoas que utilizam o sistema. A nuvem pode ser forte tendência, mas a proteção de dados é mandatória.
O que isso significa na implementação do veículo autônomo no Brasil? O veículo autônomo depende de uma infraestrutura que não é somente a da rede mas também a da via, que fornece informações importantes para que o software decida como vai controlar e conduzir o veículo. Essas informações serão enviadas pelos sistemas atuais de sinalização física das vias e pelos sistemas de conectividade eletrônica em tempo real.
No Brasil a qualidade da infraestrutura viária está longe de se equiparar aos padrões de países europeus e estadunidenses, o que impede o reconhecimento seguro dos sinais básicos da regulamentação de trânsito pelo sistema e a tomada de decisão. Esse é um investimento público. Acredito que, definidas as regras para utilização dos veículos autônomos nas vias, os projetos não demorem a sair do conceito para aplicações em nichos especiais, como acontece com os híbridos e elétricos.
Mudanças culturais devem ser consideradas na análise do futuro por aqueles que querem participar dele. A nova geração vem para o mercado consumidor acostumada a tecnologias inovadoras e conectividade. O sonho do primeiro carro já não é tão sonhado assim. Essa geração, que prefere eficiência energética e conectividade à potência e ao ronco do motor e curte a ideia de carro compartilhado, é o futuro. Entretanto a longevidade e o envelhecimento das populações sinalizam para as necessidades – e gostos – das pessoas mais velhas também. O design e apelo emocional não podem ser esquecidos.
Não faltam especialistas para medir o grau de maturidade do modelo de consumo como uma tendência do mercado. Alguns destacam o modelo dos Estados Unidos, em que o leasing é dominante, como predisposição da sociedade em adotar a modalidade. Mas esse é assunto para outro artigo. Uma coisa é certa: o diferencial de produto, agora, também é avaliado pelo conteúdo de TI.
Frank Sowade é presidente da SAE Brasil
Veículos autônomos, carro compartilhado, IoT, que é Internet das Coisas, IoE, que vem a ser Internet de Todas as Coisas, Augmented Reality, que não é nada além de Realidade Aumentada, Big Data, Data Mining, veículos elétricos, HEV, que não ultrapassa Elétricos e Híbridos. Qual será futuro da mobilidade? Pois as possibilidades são infinitas quando olhamos para a tecnologia veicular propriamente dita e para as embarcadas nos veículos para satisfazer as novas necessidades geradas pela conectividade do mundo moderno.
A engenharia é uma ciência exata capaz de desenvolver e se adaptar aos novos anseios da sociedade. Sempre foi tarefa das engenharias de desenvolvimento do produto e das áreas de marketing definir as tendências do mercado e o conteúdo dos veículos, tanto do ponto de vista tecnológico como visual, estilo/design. Desde a popularização do smartphone conectividade passou a ser palavra de ordem e migrou rapidamente para o veículo, transformando-se em uma tendência na indústria automotiva em âmbito global, evidenciada nas campanhas publicitárias na TV das marcas aqui no Brasil. Com isto mais um player de peso entrou no desenvolvimento, a Tecnologia da Informação, TI.
Há um mundo novo de tecnologias sobre rodas em construção, cheio de possibilidades, onde o céu não é mais o limite mas participante. O momento é espetacular para a engenharia, tanto em desafios quanto em inovação. Nessa onda todas as engenharias, integradas, aderem à TI para dar ao consumidor um veículo capaz de transmitir e receber informação em tempo real, a ponto de selecionar rotas, localizar a vaga mais próxima e estacionar sozinho, com recursos disponíveis no tablet ou no smartphone integrado ao sistema de navegação a bordo.
Uma nova fase dessa revolução está em curso. Iniciamos no Brasil com a melhoria contínua dos motores a combustão, seguidos pela eletrônica, com controle eletrônico do motor e injeção eletrônica, ABS e computadores de bordo. Mais tarde com a mecatrônica, que integra essas duas áreas da engenharia, com o carro conectado, veículos autônomos e a integração de elétricos-autônomos, aplicada no carro concito Tesla S. Com tudo isso o que esperar, então, do carro do futuro? Este será o foco do Congresso SAE Brasil 2016, o maior fórum de engenharia da mobilidade do hemisfério Sul, em outubro.
Tecnologia avançada e conectividade à parte a qualidade do produto é sempre prioritária. E assegurar a integridade e a privacidade do usuário é, para a indústria automobilística, parte fundamental desse pacote, algo que reflete suas grandes preocupações. A IoT permitirá que toda a conexão esteja na nuvem e essa interligação será infinita. A limitação ainda está na segurança do sistema. Se algum aplicativo de celular falhar o impacto será diretamente sobre o usuário, sem maiores danos, mas se a falha ocorrer em um sistema viário que trabalha na plataforma IoT com a base de dados na nuvem, pode representar um risco para todas as pessoas que utilizam o sistema. A nuvem pode ser forte tendência, mas a proteção de dados é mandatória.
O que isso significa na implementação do veículo autônomo no Brasil? O veículo autônomo depende de uma infraestrutura que não é somente a da rede mas também a da via, que fornece informações importantes para que o software decida como vai controlar e conduzir o veículo. Essas informações serão enviadas pelos sistemas atuais de sinalização física das vias e pelos sistemas de conectividade eletrônica em tempo real.
No Brasil a qualidade da infraestrutura viária está longe de se equiparar aos padrões de países europeus e estadunidenses, o que impede o reconhecimento seguro dos sinais básicos da regulamentação de trânsito pelo sistema e a tomada de decisão. Esse é um investimento público. Acredito que, definidas as regras para utilização dos veículos autônomos nas vias, os projetos não demorem a sair do conceito para aplicações em nichos especiais, como acontece com os híbridos e elétricos.
Mudanças culturais devem ser consideradas na análise do futuro por aqueles que querem participar dele. A nova geração vem para o mercado consumidor acostumada a tecnologias inovadoras e conectividade. O sonho do primeiro carro já não é tão sonhado assim. Essa geração, que prefere eficiência energética e conectividade à potência e ao ronco do motor e curte a ideia de carro compartilhado, é o futuro. Entretanto a longevidade e o envelhecimento das populações sinalizam para as necessidades – e gostos – das pessoas mais velhas também. O design e apelo emocional não podem ser esquecidos.
Não faltam especialistas para medir o grau de maturidade do modelo de consumo como uma tendência do mercado. Alguns destacam o modelo dos Estados Unidos, em que o leasing é dominante, como predisposição da sociedade em adotar a modalidade. Mas esse é assunto para outro artigo. Uma coisa é certa: o diferencial de produto, agora, também é avaliado pelo conteúdo de TI.
Frank Sowade é presidente da SAE Brasil