David Powels assumirá comando regional da Volkswagen

David Powels, presidente e CEO da Volkswagen do Brasil, assumirá também o comando das operações da companhia para América do Sul, América Central e Caribe. De acordo com comunicado da empresa, a decisão faz parte de estratégia de regionalização da fabricante e, assim, está criando uma nova estrutura regional na América do Sul.

Com a nova organização corporativa, Thomas Owsianki será vice-presidente de vendas e mar­keting para a região América do Sul, como também membro do Comitê Executivo da Volkswagen do Brasil.

David Powels é sul-africano, formando pelo British Institute of Cost and Management Accountants. Começou carreira na Volkswagen em seu país natal em 1989 como responsável pela contabilidade de impostos na divisão de finanças. Após passagem pela Audi, na Alemanha, em 1998 retornou para a África do Sul para assumir a diretoria de finanças da companhia. De 2002 a 2007 atuou no Brasil como vice-presidente de finanças e estratégia corporativa e, daí, partiu mais uma vez para a África do Sul nomeado como diretor geral da Volkswagen daquele país. Em 2015 foi escalado novamente para o Brasil para ocupar a presidência da companhia.

Como vice-presidente de vendas e marketing para a região América do Sul, Thomas Owsianski responderá a Powels. Funcionalmente, Owsianski torna-se um membro da equipe de liderança de vendas e marketing global do Board Member da Volkswagen, Jürgen Stackmann. Owsianski, atualmente diretor executivo de vendas da Skoda e negócios de marketing na SVW na China, possui extensa experiência internacional em funções sênior de vendas e marketing na indústria automotiva e ocupará o novo cargo até 1º de outubro.

Jorge Portugal, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen do Brasil, manterá todas as suas funções, dentre elas a responsabilidade pelo relacionamento com a rede de concessionárias do País e o desenvolvimento de estratégias para o fortalecimento da marca no Brasil.

Tenneco investe em nova linha de conversores catalíticos

A Tenneco decidiu produzir no Brasil, em sua fábrica de Mogi Mirim, no Interior paulista, conversores catalíticos para o aftermarket. São diversos modelos do equipamento com a marca Walker que estão chegando ao mercado local agora em junho para atender, inicialmente, 240 aplicações. Os produtos são destinados a veículos leves com motorização flex, gasolina e etanol.

Sem revelar números de investimento e nem volume de produção para este ano, o diretor de engenharia e vendas da Tenneco Sistemas de Exaustão, Rafael Rampazzo, comenta que a nova linha representa a entrada da companhia no mercado de reposição de sistemas de exaustão:
“Temos presença forte em OEM, mas não tínhamos produtos de exaustão no aftermaket. O investimento não foi muito representativo porque aproveitamos parte da ociosidade da linha de conversores catalíticos que fornecemos para as montadoras para produzir a linha Walker para reposição”.

Com essa iniciativa a empresa quer ampliar em 20% as suas vendas de conversores catalíticos no Brasil e começar a atuar no mercado de reposição de outros países da América do Sul, principalmente Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai. Internamente a empresa utilizará a estrutura de aftermaket da Monroe, marca também pertencente a Tenneco, para divulgar a vender os conversores catalíticos Walker.

Apesar de mais conhecidos como catalisadores, Rampazzo explica que o nome correto do equipamento é conversor catalítico: “O catalisador é a peça cerâmica que vai dentro dele”. De acordo com o diretor de engenharia e vendas, os produtos que já estão sendo feitos em Mogi Mirim com a marca Walker têm os mesmos padrões de qualidade dos originais, aqueles que são fornecidos diretamente à indústria automobilística: “O lançamento é fruto da expertise adquirida em anos de fornecimento a montadoras de todo o mundo. Os nossos clientes podem esperar um produto com tecnologia de ponta e alto desempenho”.

Exigência legal – O uso do catalisador nos veículos que saem das linhas de montagem das montadoras é obrigatório no Brasil por lei desde 1997, mas não há regulamentação no varejo em relação ao equipamento. Rampazzo explica que o mercado de reposição do produto manteve-se mais aquecido no período em que havia inspeção veicular em São Paulo.

“Não definimos volume porque é um mercado não regulamentado e é difícil neste momento fazer previsão de venda. De qualquer forma é grande a frota de veículos que já saíram de fábrica com o conversor catalítico e certamente é um mercado promissor principalmente se a inspeção veicular for retomada em São Paulo e vier a ser implantada em outros Estados brasileiros. Queremos estar preparados para o futuro.”

A função do conversor catalítico é transformar os gases tóxicos, resultantes da combustão do motor, em gases inofensivos, reduzindo a emissão de poluentes na atmosfera. De acordo com a Tenneco, o equipamento também é uma importante peça do sistema de exaustão, por garantir a taxa de compressão do motor. Além de passível de multa, sua retirada do veículo afeta o módulo de injeção eletrônica e principalmente o consumo de combustível. Mas como o mercado não está regulamentado não há números sobre o número de veículos com o equipamento danificado ou mesmo sem ele.

Hyundai Caoa estuda novos centros de serviços

O Caoa Hyundai Premium Service, gigantesco centro de serviços da Hyundai Caoa erguido na Zona Sul de São Paulo, completa um ano. O complexo de 10 mil m² e quatro pavimentos realizou mais 20 mil atendimentos nesse período, dos quais 12,6 mil revisões. Mais importante do que o número, porém, avalia a empresa, é o conceito que o empreendimento, que consumiu R$ 25 milhões em estrutura e equipamentos, irradia para a rede de mais de cem lojas do grupo.

Rogério Gonzaga, diretor de pós-venda da Caoa, enfatiza exatamente esse aspecto: o papel multiplicador que o centro proporciona à rede. A ideia é que ele dissemine boas práticas e padrões de atendimento e serviços. “Nosso propósito com esse projeto era introduzir padrões e processos em toda nossa rede. Se fizéssemos isso uma a uma, levaríamos uns sete anos.”

Para reduzir esse prazo, de quando em quando, grupo de gerentes é submetido a uma imersão nos procedimentos e tomam contato com os indicadores que revelam a eficiência dos processos e prática. A operação alcançou 958 pontos no Índice de Satisfação do Cliente, dezoito acima da meta proposta pela Hyundai. “E queremos ser, até 2017, o primeiro lugar em serviços de pós-venda pelos critérios da JD Power”, afirma Gonzaga, há pouco mais de dois anos no cargo.

O Caoa Hyundai Premium Service, de fato, tem clima e instalações muito distintos das áreas de oficinas das concessionárias convencionais, está mais para um shopping de serviços. Tanto que o público feminino, afirma a empresa, forma a maioria dos clientes. Além de café e snacks servidos gratuitamente, possui rede wi-fi, espaço para crianças, além de o carro ser entregue com mimos, como água mineral com o logotipo da empresa. A companhia compra mensalmente 45 mil garrafas.

Para uma avaliação rápida do cliente, um tablet foi instalado junto ao caixa. Nele o proprietário do veículo encontra três alternativas para manifestar sua satisfação, ou não, com o atendimento. Caso indique estar insatisfeito, imediatamente o gerente do centro recebe em seu celular mensagem SMS e, caso o cliente assim autorize, poderá abordá-lo para descobrir o motivo da desaprovação. E Gonzaga já antecipa seu próximo passo em poucos dias: o lançamento de aplicativo dedicado. Por ele o consumidor poderá agendar serviços e, por meio de chat, sanar dúvidas.

A fórmula adotada em São Paulo – que não substituiu as oficinas de concessionárias próximas, mas ajudou a desafogá-las –, deu tão certo que o grupo já estuda outras unidades do gênero, ainda que com menores proporções. Todas, porém, em regiões metropolitanas. Gonzaga e equipe analisam oportunidades no Rio de Janeiro, RJ, Recife, PE, e Porto Alegre, RS.

“E uma segunda unidade em São Paulo”, acrescenta o executivo. A Grande São Paulo sozinha, justifica Gonzaga, responde por algo acima de 35% das vendas de carros novos do grupo. E o Estado, por mais de 50%.
Equilíbrio – O Caoa Hyundai Premium Service, localizado no bairro de Moema, já atingiu seu ponto de equilíbrio financeiro, mesmo bem longe de sua capacidade mensal de atendimento, da ordem de 3 mil passagens. “Hoje trabalhamos com um teto de 2 mil atendimentos. Isso para que possamos atingir todos os índices que nos propusemos e somente depois aumentar essa capacidade. Em nosso planejamento chegaremos ao total somente no fim do ano que vem.”

Pós-venda em momento de mercado de veículo em baixa é alternativa segura para equilibrar contas e absorver parte dos custos fixos. Gonzaga calcula que serviços, vendas de autopeças e acessórios garantem rentabilidade muito superior à obtida no showroom de carros novos, algo entre 8% a 12%.

Ontário, no Canadá, atrai investimentos automotivos

FCA e General Motors preparam expansão dos negócios e de seus centros de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia automotiva sediados na principal província do Canadá, Ontário. A primeira anuncia investimento por volta de US$ 1 bilhão para sua unidade da cidade de Windsor com objetivo sustentar a produção da primeira minivan elétrica híbrida plug-in a ser construída na América do Norte.

A fabricante também receberá subsídios do governo de Ontário equivalente a US$ 81 milhões. A Fiat Chrysler Automobiles Canada emprega mais de 11 mil pessoas nas três unidades de negócio presentes na região e no centro de pesquisa e desenvolvimento em parceira com a Universidade de Windsor. Com o investimento anunciado projeta ainda contratar mais 1,2 mil profissionais.

A GM, por sua vez, escolheu Ontário para ampliar o desenvolvimento tecnológico da empresa com a construção de um centro de desenvolvimento de softwares na cidade de Markham, além de expandir sua instalação de testes em clima frio no município de Kapuskasing. O aporte da fabricante permitirá que o Canadian Technical Centre desempenhe papel de liderança no desenvolvimento da próxima geração de veículos conectados. A expectativa é de que setecentas novas vagas de emprego sejam criadas ao longo dos próximos anos.

Ontário é um dos mais importantes produtores de veículos da América do Norte, responsável por 15% da produção nos últimos cinco anos, empregando em torno de 100 mil pessoas. A província já investiu mais de US$ 12 bilhões no desenvolvimento do setor automotivo e no início deste ano passou ser a primeira a permitir testes com veículos conectados e automatizados em estradas, além de aportar US$ 20 milhões para criação de uma rede de estações de carregamento rápido para veículos elétricos.

Na Colômbia em busca de novos negócios

Um grupo de catorze fabricantes de implementos rodoviários seguirá para a Colômbia para a primeira missão de exportação do segmento. As tratativas que poderão abrir mais uma via comercial ocorrerão nos dias 21 e 22 de junho. A missão é resultado de uma parceria firmada pela Anfir com a Apex-Brasil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. “Esta primeira ação vai abrir as portas do mercado internacional para mais empresas do setor”, afirmou em nota Alcides Braga, presidente da Anfir.

Em janeiro as entidades assinaram convênio e, em março, criaram comitê gestor do Projeto Anfir/Apex-Brasil com o objetivo de incrementar as exportações das fabricantes de implementos rodoviários.

Segundo a Anfir o foco inicial são os mercados latino-americanos. A missão à Colômbia é a primeira do projeto Vendedor, um das duas linhas de atuação com a Apex-Brasil. A outra é o Comprador, quando serão realizadas rodadas de negócios no Brasil. Estão nos planos seguir para o Peru para um feira de implementos, em setembro, e uma rodada de negócios nesse mesmo país.

As empresas que participam desta primeira ação são Facchini, Grimaldi, HC Labor Eireli, Hübner, Ibiporã, Librelato, Metalesp, Mirassol, Randon, Rossetti, Sergomel, Takarada, Truckvan e Vitta.

Ford incrementa família de caminhões médios 4×2 e vocacionais 6×4

Para entregar mais rentabilidade ao transportador de carga, a Ford Caminhões introduziu novos modelos de caminhões médios com maior capacidade de carga e veículos vocacionais 6×4 com versão pronta de fábrica para instalação de betoneira.
Os médios C1419 e C1519, veículos marcados pela versatilidade de aplicações, tanto no rodoviário de curtas e médias distâncias quanto na distribuição urbana receberam atenção especial da engenharia da marca para poder operar com PBT maior. As novidades fazem parte da linha 2017 da marca.

O C1419 substitui na linha da Ford o C1319. O novo veículo, com PBT de 14,5 mil kg, passou a ter capacidade adicional de 1,3 toneladas. Segundo a fabricante, a maior da categoria. Para alcançar o objetivo desejado o caminhão recebeu novos eixos dianteiro e traseiro, freio melhor dimensionado, novo conjunto de rodas e pneu, além de um quadro de chassi mais robusto, com travessas duplas para um acerto de suspensão mais adequado às novas capacidades.

O C1519 também chega para entregar mais: 1 tonelada a mais de PBT em relação ao modelo anterior, para 15,4 mil kg. Da mesma maneira que o irmão menor, a fabricante garante que o veículo tem a maior capacidade de carga da categoria. A novidade também recebeu novo quadro de chassi mais robusto, novo eixo traseiro e novas suspensões dianteira e traseira. Segundo Flávio Costa, gerente de marketing da Ford Caminhões, “a suspensão é mais simples e durável, o que contribui para tornar a manutenção mais econômica. Junto com o aumento da capacidade, esse foi um dos principais pontos buscados no desenvolvimento do veículo”.

Os novos caminhões médios trazem motor Cummins de 189 cv e torque de 61,2 kgfm acoplado a uma caixa de transmissão Eaton de seis velocidades. O C1419 parte de R$ 165,9 mil, enquanto o C1519, a partir de R$ 171,9 mil.

Completam os lançamentos a introdução na linha do C3129. O modelo é destinado às operações severas de fora de estrada, em segmentos como canavieiro, madeireiro e da mineração. O lançamento chega para aumentar a família de veículos 6×4 da Ford que, assim, passa a oferecer a maior linha de caminhões da categoria. O veículo parte de R$ 253,9 mil.

Baseado no C3133, o novo caminhão possui PBT de 30,5 mil kg e capacidade máxima de tração de 42 mil kg. Traz motor Cummins de 290 cv e torque de 96,9 kgfm e caixa de transmissão Eaton de 10 marchas. Compõem a linha ainda uma versão chamada Mixer, pronta para receber betoneiras. Sai de fábrica com escapamento vertical e tomada de força traseira. “Como vem do 3133, o veículo é mais robusto”, conta João Filho, chefe de engenharia da Ford Caminhões. “Depois o C3129 recebeu uma relação de marchas melhor escalonada, como também maior torque. Acredito ser a melhor alternativa do mercado.”

Mercado – A fabricante prefere não revelar planos de venda dos novos caminhões 2017. João Pimentel, diretor de operação da Ford Caminhões, já vê pelo menos uma parada na queda das vendas, com o empresariado com mais vontade de comprar. “Não quer dizer que o mercado voltou a comprar, mas já se vê aumento de consultas e maior pedido de financiamentos. Isso indica, como já planejado por nós, que o segundo semestre será melhor.”

A expectativa de Pimentel é de que o mercado de caminhões encerre 2016 com volume de vendas na ordem de 55 mil unidades, “embora o desempenho mostrado até agora esteja mais para 50 mil caminhões. Volumes que vimos em passado recente, acima dos 100 mil, somente a partir de 2020. Pode acontecer antes, tudo é provável. Mas não vejo nada nos próximos cincos anos que mostre o contrário.”

Embarques devem superar meio milhão de veículos no ano

Não é ainda o melhor dos mundos, e está bem longe de ser, mas a indústria automobilística brasileira, que pena com o mercado interno decliante, tem encontrado algum alento nas exportações. Nos primeiros cinco meses de 2016 fabricantes de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus embarcaram 183,2 mil veículos, 21,8% a mais do que registraram em igual período do ano passado.  

Só em maio foram exportados 46,9 mil veículos, 23,9% a mais do que no mês anterior e 15% acima do resultado obtido em maio de 2015. Antônio Megale, presidente da Anfavea, justifica a curva ascendente dois embarques com o câmbio favorável e o movimento contínuo de esforços individuais das empresas associadas em busca de oportunidades de negócios fora do País.  

Essa conjunção de fatores fez com que a entidade revisse suas projeções de exportações para 2016.  Se em janeiro a entidade estimava aumento da ordem de 8% nos embarques de automóveis, caminhões e ônibus, que chegaram a 417 mil no ano passado, agora o cálculo é de que ao menos 507 mil veículos sigam para outros mercados este ano, ou 21,5% a mais do que em 2015.

Desse meio milhão, perto de 478 mil serão automóveis e comerciais leves, 23% a mais. A entidade calcula que os fabricantes de veículos pesados, produtos mais dependentes de vendas técnicas, devem exportar cerca de 28,6 mil caminhões e ônibus, ligeira evolução anual de 1%. Contraponto são máquinas agrícolas e rodoviárias, cuja previsão é de recuo dos embaruqes da ordem de 18,6% em 2016, ou 8,2 mil  unidades negociadas lá fora contra as 10,21 mil de 2015.

Ainda que em unidades a expectativa seja de elevação,  com os embarques de produtos de maior valor agregado não crescendo significativamente, caso dos de caminhões e ônibus, ou encolhendo bastante, como os de máquinas autopropulsoras, a Anfavea já considera que o resultado final em valores pode ser inferior ao do ano passado.  A entidade aponta faturamento da de US$ 10,4 bilhões em 2016, US$ 100 milhões a menos do que em 2015. É preciso considerar, enfatiza Megale, que a desvalorização do real ao longo dos últimos meses mudou os resultados em dólar.

Principal canal de exportação dos veículos brasileiro, o acordo com a Argentina se encerrará no fim deste mês.  Uma importante rodada de negociações entre os governos dos dois países, além da participação da iniciativa privada, acontecerá nos próximos dias 9 e 10 em Buenos Aires. O presidente da Anfavea acredita que não haverá dificuldades para um acordo que, pelos menos,  garanta a continuidade do fluxo de negócios entre os dois países. “ Isso é mais importante neste momento.”

Mão de obra – Outra boa notícia das exportações em ascensão em 2016 é que os embarques refletirão também no quadro de na mão de obra do setor. O presidente da Anfavea revelou que ao menos três associadas da entidade já informaram que pretendem contratar  em função de programas de exportação já acertados para os próximos meses.

É uma boa notícia diante da anunciada disposição de algumas empresas de não renovarem acordos de lay-off e PPE em vigor, que ainda envolvem ao menos 27 mil trabalhadores – 6 mil em lay off e 21 mil enquadrados no programa de proteção de empregos.

As fabricantes associadas da Anfavea encerraram maio com 128 mil empregados – um mês antes tinham 129,3 mil. Em maio do ano passado o contingente de funcionários   era bem maior:  138,2 mil pessoas. “Apesar desse encolhimento, temos hoje um quadro de funcionários equivalente ao de 2010 para uma produção semelhante a de 2004!”, afirmou Megale.

 

Anfavea revisa projeções para o setor

A Anfavea divulgou novas projeções para o desempenho do setor automotivo em 2016, ratificando os números apresentados no fim do ano passado. Se antes a expectativa da entidade era de estabilidade com viés de ligeira alta de meio ponto porcentual na produção, agora a associação espera uma variação negativa de 5,5% em comparação com 2015, para 2 milhões 429 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

A expectativa de queda na produção considera até mesmo a nova ponderação de importante crescimento nos volumes de exportação, de 21,5% contra os 8,1% esperados anteriormente. “A fragilidade do mercado interno contribuiu para as empresas dar maior atenção ao comércio exterior”, observou Antônio Megale, presidente da Anfavea, durante divulgação dos dados do setor na segunda-feira, 6. “Essa percepção permite enxergar um horizonte melhor para as exportações até o fim do ano.”

Mas sem nenhuma indicação de melhora no cenário econômico em curto prazo para o mercado interno, a Anfavea espera mais um ano de queda, da ordem de 19% nos volumes de vendas de autoveículos em 2016, para 2 milhões e 80 mil unidades, contra queda de 7,5% aguardada anteriormente.

No segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias a associação abandonou qualquer esperança de alta em 2016 como prevista anteriormente, de 2,3% na produção, 2% nas vendas internas e de 7% nas exportações. Agora, as quedas deverão ser de 16,4%, 15,5% e de 18,6%, respectivamente.

Balanço até maio – As novas projeções da Anfavea seguem as dificuldades do ambiente atual do setor automotivo. De janeiro a maio as vendas de automóveis e comerciais leves somaram 811 mil 739 unidades, retração de 26,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram emplacadas 1 milhão 106 mil 425.

Somente em maio o mercado absorveu 167 mil 489 unidades, queda de 21,3% em relação ao mesmo mês de 2015. O volume, no entanto, registrou alta de 2,8% sobre abril. “Apesar do leve aquecimento nas vendas, o acumulado ainda preocupa.”

O aquecimento das vendas em maio contribuiu, porém, para reduzir o estoque para 236,4 mil unidades, suficiente para 42 dias. “Ainda é muito elevado e as empresas devem seguir com esforços para mais uma redução”, acredita Megale.

O pequeno aumento nas vendas de abril para maio também foi observado nas fábricas, com o crescimento de 3,2% na produção. Mas também traz pouco alento para os resultados obtidos nas análises anuais. No acumulado dos cinco primeiros meses a produção de veículos soma 834 mil 54 unidades, retração de 24,3% em relação ao mesmo período de 2015, quando a produção alcançou 1 milhão 101 mil 686 unidades.

Em maio as fábricas produziram 175 mil 309 unidades, volume 18% menor do que o obtido no mesmo mês do ano passado.

 

Pesados a espera de melhora na economia

Sem nenhuma mudança no cenário econômico capaz de fazer com que o consumidor volte a comprar, o desempenho do mercado de pesados segue com quedas acentuadas. No acumulado do ano até maio foram negociados 21 mil 389 caminhões, retração de 31,2% na comparação com mesmo período do ano passado.

Apenas em maio o mercado absorveu 4 mil 76 unidades, volume 32,2% menor do que o negociado no mesmo mês há um ano, quando foram emplacados 6 mil 16 caminhões.

“Com vendas médias de 4 mil unidades por mês, vemos um retorno do mercado de caminhões aos níveis da década de 90”, lamentou Antônio Megale, presidente da Anfavea, durante divulgação dos resultados do setor automotivo na segunda-feira, 6. “Para vender caminhão precisa de PIB e não temos nenhuma indicação de melhora na expectativa dele.”

O ritmo das fábricas refletiu o desempenho do mercado. De janeiro a maio foram produzidos 25 mil 729 caminhões, baixa de 29,2% na comparação com o mesmo período de 2015, quando saíram das linhas 36 mil 346 unidades.

A produção isolada do mês de maio somou 5 mil 332 caminhões, baixa de 13,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O resultado, no entanto, mostrou um pequeno avanço de 2,6% em relação a abril.

Nas exportações de caminhões, ao contrário do que vê em outros segmentos, os resultados também são negativos. No acumulado do ano de janeiro a maio, o volume foi 6,7% menor do que os embarques do mesmo período do ano anterior. Apenas em maio, a queda das remessas é ainda maior, de 13,8%, com 1 mil 857 unidades embarcadas.

Ônibus Dramática também é a situação do segmento de chassi de ônibus. As vendas de janeiro a maio encolheram 42,8% na comparação anual. Foram apenas 4 mil 701 unidades negociadas contra 8 mil 213 chassis licenciados no mesmo período do ano passado.

Em maio o mercado absorveu 1 mil 65 chassis, queda de 26,3% na comparação com o mesmo mês de 2015. O volume, no entanto, foi melhor do que as 916 unidades negociadas em abril, representando alta de 16,3%.

Diferentemente de caminhões, o segmento de chassi pelo menos registrou resultado positivo nas exportações. Os embarques de janeiro a maio somaram 2 mil 906 unidades, alta de 11,1% sobre o mesmo período do ano passado.

PSA divulga relação dos melhores parceiros

O Grupo PSA realizou na segunda-feira, 6, em São Paulo, solenidade de premiação dos seus melhores fornecedores na quinta edição do Supplier Awards Latin America, evento organizado pela diretoria de compras América Latina e que tem por objetivo reconhecer e incentivar os seus parceiros na região.

O evento contou com a presença do presidente Brasil e América Latina do Grupo PSA, Carlos Gomes, do diretor mundial de compras, Yannick Bézard, e do diretor de compras na América Latina, Antônio Carlos Vischi, dentre outros executivos da própria empresa e também dos fornecedores.

A premiação foi dividida em seis categorias e contou ainda, como nas edições anteriores, com um Prêmio Especial do Júri, concedido este ano à empresa Aethra. Os critérios avaliados no Supplier Awards Latin America 2016 seguem o padrão mundial do Grupo PSA. Na edição deste ano foram premiadas dezesseis empresas, que receberam troféus das mãos dos principais executivos do grupo na região. Na categoria Melhores Plantas foram premiadas seis unidades de produção na América Latina, das quais quatro no Brasil e duas na Argentina

“Apresentamos recentemente o novo plano de desenvolvimento do Grupo PSA, o Push to Pass, que tem como um dos pilares de desenvolvimento na América Latina o aumento da Integração e adaptação local dos nossos veículos. Temos uma meta ousada, o que também significa uma grande oportunidade para os fornecedores da região”, disse Carlos Gomes.

Antônio Carlos Vischi, por sua vez, ressaltou que a parceria com os fornecedores permitiu que a empresa mantivesse um alto nível de qualidade, inovação, competitividade e custos, “alcançando assim uma maior satisfação do nosso cliente final”.