Volkswagen aposta na realidade vitual

A Volkswagen lançou na terça-feira, 28, nova ferramenta digital que colabora na pesquisa do consumidor e, por consequência, na decisão de compra. O que a empresa chamou de VirtualExperience são vídeos com tecnologia que permite visão de 360º dos automóveis interna e externamente em um showroom virtual com acesso pelo computador, tablet ou smartphone.

“É uma iniciativa no mundo digital que faz parte de uma estratégia mais consistente de distribuição de conteúdo”, define Leandro Ramiro, gerente executivo de marketing comunicação da Volkswagen do Brasil. “A experiência traz mais informações para o consumidor, contribuindo na decisão de compra.”

A nova ferramenta de venda da Volkswagen é baseada no universo cada vez maior de pessoas conectadas. De acordo com dados do Ibope Nielsen, atualmente no Brasil são 120 milhões de pessoas conectadas à internet, como também boa parte delas, 74,2 milhões, recorre o acesso à web dispositivos móveis. “A tecnologia muda o mundo e todo o mundo quer estar conectado”, exalta Fábio Rabelo, gerente de marketing digital da fabricante. “A Volkswagen quer acompanhar as mudanças e fazer parte do pioneirismo digital.”

A empresa justifica sua iniciativa pelo tanto de oportunidades que podem surgir. No ano passado a fabricante contabilizou 50 milhões de acesso aos sites que possui. Depois descobriu que especialmente na área de automóveis, o usuário da internet gastou em 2014, em média, 20 minutos por mês navegando em informações automotivas. Um depois, a média de tempo saltou para 26 minutos. “O volume de vendas de carro caiu, mas a procura por informações continua em crescimento, o que indica interesse pelas próximas compras”, julga Rabelo.

Outra boa justificativa para reforçar a atenção no mundo digital vem do Google que, segundo pesquisa encabeçada pelo gigante da tecnologia, 81% das pessoas interessadas em adquirir um automóvel começam o processo sem saber exatamente o que vão comprar e, até a concretização do negócio, a internet serve de apoio às pesquisas. “Navegação para obter informação de carros também cresce no formato de vídeo”, garante o gerente de marketing digital. “67% das pessoas assistem a um vídeo de automóvel, 44% delas no canal de montadoras.”

Inicialmente a fabricante dispôs em vídeo cinco modelos: up! TSI, novo Gol, Fox, Golf GTI e Jetta. Expostos em um showroom virtual, um narrador informa as características de cada carro. As imagens levem o usuário ao redor do modelo e por dentro dele. O internauta, por sua vez, pode interagir com a tecnologia escolhendo pontos de vista do carro para observar.

Os planos da montadora, no entanto, são de levar a iniciativa para outros modelos, como também produzir material com focos específicos. “Vamos monitorar consumidor para depois realizar vídeos dirigidos, de acordo com as informações desejadas por eles”, adianta Fábio Souza, supervisor de propaganda da Volkswagen. “O material precisa ser útil.”

O VirtualExperience começa a ser divulgado por campanha no youtube e no facebook. O vídeo de lançamento e a tecnologia empregada poder ser visto pelo https://www.youtube.com/watch?v=rv1klcdTQ7Y&feature=youtu.be

Proteste cobra Volkswagen por acordo no Brasil

A Proteste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, informa em comunicado que está enviando ofício na segunda-feira, 4, à Volkswagen e ao Ministério Público cobrando que a montadora estenda ao Brasil o acordo firmado nos Estados Unidos dos danos causados pela fraude de emissões de poluentes de veículos movidos a diesel.

O acordo nos Estados Unidos, anunciado na terça-feira, 28, totaliza US$ 15 bilhões, incluindo o Departamento de Justiça e agência de proteção ambiental estadunidense. Somente em compensações aos compradores de modelos afetados, a fabricantes poderá desembolsar US$ 10 bilhões para recompra do modelo, além de pagamento de indenizações por volta de US$ 10 mil.

No comunicado a Proteste avalia que os consumidores podem acionar a montadora na Justiça e solicitar ressarcimento, como já vem ocorrendo em diversos países. “E o Ministério Público pode atuar para pedir reparação dos danos ao meio ambiente em decorrência da manobra para burlar o teste de emissão de poluentes.”

No Brasil caso envolve 17 mil picapes Amarok, como já confirmado pela própria montadora no ano passado. São modelos produzidos em 2011 e 2012 equipados com softwares que manipulam os testes de emissão. Ibama e Procon-SP aplicaram multas de R$ 58,3 milhões pelos eventuais danos, mas a montadora recorre.

A legislação ambiental brasileira é menos rigorosa do que nos Estados Unidos, mas de qualquer maneira é proibido o uso de tecnologias que permitem reconhecer e manipular procedimentos padronizados de laboratórios para alterar o funcionamento do motor.

A denúncia da fraude nos motores da Volkswagen movidos a diesel partiu das autoridades dos Estados Unidos em setembro do ano passado, afirmando que a fabricante havia instalado software nos veículos a diesel para burlar os valores de emissão de poluentes. Além do mercado estadunidense, a fraude envolve milhões de veículos em todo o mundo.

Lirmann assume a presidência do Grupo Volvo na América Latina

O Grupo Volvo na América Latina tem novo presidente oficialmente a partir de primeiro de julho: Wilson Lirmann substitui a Carlos Morassutti, primeiro brasileiro que ocupar o cargo depois que sueco Claes Nilson, retornou para a Europa no fim do ano passado. Com 46 anos, Lirmann é o mais novo executivo a comandar a operação latino-americana da Volvo.

O executivo conhece bem o conglomerado sueco. Ele trabalha na companhia há 21 anos e vinha dirigindo o Grupo Lapônia, a rede de oito concessionárias de caminhões e ônibus da marca em São Paulo. Antes, porém, passou por diversas funções, desde serviços e outras soluções de transporte, passando por suporte técnico e garantia, até no planejamento de produto e no pós-venda.

Graduado em engenharia mecânica pela UFPR, Universidade Federal do Paraná, com MBA em administração estratégica pela Universidade Positivo, iniciou sua carreira na fábrica da Volvo em Curitiba como estagiário em 1990, onde permaneceu por dois anos. Depois de breve passagem por empresa do setor florestal, voltou para o Grupo Volvo em 1995 para trabalhar como engenheiro de qualidade do produto. Atuou também internacionalmente, assumindo em duas ocasiões posições de chefia na Suécia, onde passou cinco anos.

“É uma grande responsabilidade assumir uma empresa do porte da Volvo na América Latina. Mas venho me preparando durante toda minha profissional para me aperfeiçoar e assumir novas posições”, afirma o novo presidente,paranaense de Telêmaco Borba.

Lirmann assume a presidência do Grupo Volvo Latin America num dos mais difíceis momentos do setor de transportes comerciais, com uma grande redução do volume de vendas nos últimos dois anos.

O recuo nas vendas internas de caminhões foi de 31,2% de janeiro a maio, enquanto no segmento de ônibus bateu em 42,8%. Já a Volvo registra, no período, respectivamente, quedas de 29,8% e 49%. “É um enorme desafio. Mas estou confiante que a situação econômica do Brasil, o maior mercado da América Latina, gradativamente vai melhorar”, afimra Lirmann.

Para ele, a conjuntura brasileira atual é de austeridade para toda a cadeia de transporte. “É fundamental mantermos uma mentalidade enxuta, focando nossos recursos nas prioridades corretas e trabalharmos com o máximo de eficiência para atender o transportador com agilidade, qualidade e transparência. Temos uma marca forte e a melhor linha de produtos e soluções do mercado. Este momento mais agudo vai passar”, conclui.

Do medo à esperança

Mas, afinal, o que se pode esperar do segundo semestre? E de 2017? Colocados diante de tais perguntas empresários e executivos debatem-se, hoje, em dois extremos: o medo e a esperança. No setor automotivo, conforme ficou evidenciado no Seminário Revisão das Perspectivas 2016, promovido, há duas semanas, pela AutoData Editora, há certo consenso de que a relativa estabilidade das vendas domésticas nos últimos três meses autoriza acreditar que chegamos, enfim, ao fundo do poço.

Ninguém, todavia, atreve-se, ainda, a apostar todas as fichas na tese de que o pior definitivamente já passou. E existem boas e sólidas razões para esta prudência com relação ao futuro. Gato escaldado, afinal, tem medo até de água fria. E se há algo que não falta hoje na direção das empresas é gato escaldado. E bem escaldado.

De forma geral, no ano passado, ao explicar para as matrizes os fracos resultados que estavam sendo alcançados, a maioria garantiu que, neste ano, tudo seria diferente. Melhor e mais animado. E, agora, ninguém parece querer correr o risco de errar mais uma vez.

No meio das incertezas há o fato, concreto, de que o novo governo ainda é interino. E assim permanecerá até agosto, data da votação final pelo Senado do processo de impeachment. Ninguém parece acreditar na possiblidade do retorno ao cargo da presidente afastada. Mas, mesmo assim, ao menos por enquanto, a maior parte das empresas ainda prefere trabalhar com dois cenários à frente, um mais negativo, para a hipótese de uma eventual volta, e outro positivo, ainda que pouco.

Na base deste conservadorismo e desta prudência há, também, a convicção de que esta crise tem suas raízes bem mais no mundo da política do que, propriamente, na economia e nos negócios. E esta, a política, é ainda vista como variável com desfecho absolutamente imprevisível.

Seja no que se refere ao tempo, seja no que diz respeito à forma.

Na média das opiniões, de qualquer forma, a partir das medidas econômicas já propostas e/ou adotadas pelo governo interino, prevalece a aposta mais positiva: alguma estabilidade no segundo semestre deste ano e PIB novamente positivo em 2017, levando junto as vendas de automóveis e também as de comerciais leves, caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e de construção.

Nada de muito significativo: tudo com índices de 1% a 3%. Mas o suficiente, pelo menos, para indicar mudança, para cima, da curva de tendência. Seria o provável início de um novo ciclo positivo.

Ninguém tem dúvida de que, mais dia menos dia, o setor buscará de volta o patamar recorde de 3,6 milhões de unidades vendidas que chegou a registrar há quatro anos. Não há consenso, todavia, sobre o tempo necessário para se chegar até lá. Os mais conservadores cravam aposta em 2023. Mas há também quem acredite que isto acontecerá ainda antes de 2020.

Na verdade tudo dependerá de uma resposta que só o passar do tempo conseguirá dar a duas questões que ainda permanecem em aberto:
– das vendas recordes registradas há quatro anos quantas só aconteceram em função das medidas anticíclicas que tornaram o crédito farto e, no caso de caminhões e ônibus, até subsidiados? Quantas representaram apenas e tão somente antecipações de compra?; e
– das centenas de milhares de vendas que estão deixando de ser realizadas neste ano, quantas estão gerando demanda reprimida pronta para brotar assim que as demissões forem interrompidas e o crédito se tornar mais barato e menos seletivo?

De concreto a única certeza que se pode ter é a de que a verdade não deve estar nem no volume recorde registrado há quatro anos e nem no desastre que se verifica agora. Ela está em um ponto qualquer de um polo a outro. Qual o ponto exato? Vale a aposta.

Abeifa pede IPI não majorado para carros vindos do México

Mesmo ciente de que dificilmente alguma medida será tomada antes das definições na área política previstas para agosto, o presidente da Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos, José Luiz Gandini, encaminhou pedido ao governo solicitando que os carros vindos do México não sejam penalizados com o IPI majorado em 30 pontos porcentuais.

“Nós já vínhamos brigando pela revisão do sistema de cotas, hoje limitado a 4,8 mil unidades/ano sem a majoração extra do IPI, e agora estamos pleiteando também um tratamento diferenciado para os carros que os importadores trazem do México”, explicou Gandini na quarta-feira, 22, durante o lançamento do novo Kia Sportage.

O executivo, que também preside a Kia do Brasil, disse que já conversou com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre as dificuldades enfrentadas hoje pelos importadores: “Também protocolamos no MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo, os pedidos para revisão das cotas, IPI não majorado para veículos importados do México e esse mesmo tratamento para carros híbridos”.

Na avaliação de Gandini, a cota que foi estabelecida por ocasião da implantação do Inovar-Auto, de 4,8 mil unidades sem IPI majorado, é muito baixa e não condiz com a atual situação do mercado.

“Queremos que a definição da cota seja feita com base na média das vendas de cada marca nos três anos anteriores à sua implantação, que foi em 2012. A Kia, por exemplo, chegou a vender 77 mil carros em 2011 e na média de três anos ficou em 52 mil. O reflexo da cota de 4,8 mil é o fechamento de concessionárias e a redução do número de empregos no País”.

Fábrica mexicana – A Kia inicia em setembro a venda no Brasil de produtos da marca produzidos na nova fábrica do grupo no México. “As operações lá já começaram e dentro de três meses deveremos lançar o Cerato mexicano no mercado brasileiro. Também vamos trazer de lá o compacto premium Rio, mas isso só no ano que vem”, informou Gandini.

Mesmo sem pagar Imposto de Importação de 35% por causa do acordo bilateral Brasil-México, os carros vindos daquele país, segundo o empresário, têm preços menos competitivos do que os produtos vindos da Coréia. “Como as operações são novas, os custos ainda estão sendo diluídos”, comentou o presidente da Kia do Brasil.

Ele informou ainda que o grupo retomará as operações relativas à produção do caminhão Bongo no Uruguai. “Como tínhamos estoque alto do produto no Brasil decidimos suspender a produção lá em janeiro. Agora vamos voltar a montar o Bongo no Uruguai, a partir de kits vindos da Coreia. As primeiras unidades chegarão aqui em setembro”

Librelato projeta faturamento 28% maior

Como qualquer outro segmento do setor automotivo, o de implementos rodoviários também passa por um momento difícil. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o mercado registrou uma queda nos emplacamentos de 30,64% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com os dados da Anfir. Neste cenário desolador, no entanto, há os que projetam crescimento nos negócios.

A Librelato é uma delas. A fabricante de Santa Catarina esperar faturar R$ 400 milhões em 2016, receita 28% maior do que a registrada no ano passado. “Estamos fazendo um crescimento importante neste primeiro semestre, de 14%”, revela José Carlos Sprícigo, CEO da empresa. “Ainda há muitas desconfianças com relação ao segundo semestre, mas apostamos nas oportunidades de temos.”

Sprícigo conta a empresa apostou na produção de equipamentos capazes de entregar mais carga líquida ao transportador e, portanto, maior rentabilidade. “Os segmentos canavieiro e florestal estão indo bem e, no ano passado, desenvolvemos um produto com tara de 1 tonelada menor, o que nos levou a liderança do mercado deste segmento.”

O CEO adianta ainda que para o mercado de grãos, segmento de equipamentos que representa 30% das vendas da empresa, terá no segundo semestre oferta de uma nova carreta graneleira também mais leve, “em vez do compensado, desenvolvemos a caixa de carga com PVC”.

O entusiasmo do executivo também se sustenta no aporte realizado pela empresa de R$ 3,5 milhões na unidade de Criciúma para uma nova linha de produção. Com a ela a empresa passou a produzir baús de alumínio para furgões leves, segmento no qual não atuava. “Estamos confiantes. Detectamos uma fatia de mercado que podemos atacar, além dos nossos próprios clientes solicitaram este tipo de produto. A expectativa é de vender cerca de oitenta furgões mensais.”

Spricígo lembra ainda que a nova linha também coloca em marcha um movimento da empresa para entrar mais fortemente no segmento de bebidas.

Déficit comercial das autopeças segue em queda

A balança comercial do setor de autopeças registrou déficit de US$ 1,42 bilhão no primeiro quadrimestre de 2016, de acordo com relatório do Sindipeças elaborado com dados do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O resultado negativo, porém, é 41% menor ao registrado no mesmo período de um ano antes.

De acordo com os dados do relatório, tanto as exportações quanto as importações recuaram nos quatro primeiros meses na comparação com os mesmos meses do ano passado, 16,22% e 28,4%, respectivamente.

As vendas do setor de autopeças para 163 países somaram US$ 2,09 bilhões, enquanto as compras vindas de 139 países alcançaram US$ 3,51 bilhões.

Somente em abril o déficit foi de US$ 326,9 milhões, valor 48,5% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado. No mês passado as exportações somaram US$572,3 milhões, recuo de 9,81% ante abril de 2015, enquanto as exportações chegaram a US$ 899,3 milhões, 29,1% menor do que as compras de um ano antes.

No acumulado dos quatro primeiros meses a Argentina foi a maior compradora das autopeças brasileiras, totalizando US$ 592,1 milhões no período, recuo de 31,64% e participação no bolo total das exportações de 28,32%. Em segundo lugar aparece os Estados Unidos, com fatia de 16,7% e, em terceiro os Países Baixos, com 10,2% de participação.

Já nas importações são os Estados Unidos o país que mais vende autopeças ao Brasil. No acumulado do ano, o Brasil comprou US$ 456 milhões, em queda de 24,45% na comparação com o valor obtido um ano antes. Sua participação no valor das importações foi de 12,98% no período. Depois aparece a Alemanha com fatia de 11,1% e a China, com 9,8%.

Produção das autopeças cai 26% e faturamento 9,9%

A produção industrial nacional de autopeças recuou 26,09% no primeiro quadrimestre do ano na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Relatório da Pesquisa Conjuntural do Sindipeças. Na mesma análise de comparação, o faturamento líquido nominal consolidado também registrou retração de 9,9%.

Ainda que em queda, o resultado do faturamento é o melhor comparativo no acumulado anual dos últimos doze meses. A maior queda registrada no período foi em maio de 2015, de 14,9%.

Em abril, de maneira isolada, a produção caiu 17,55% e o faturamento 3,32%, ambos em relação ao mesmo mês de 2015. No confronto com março mais variações negativas, de 7,12% e 5,07%, respectivamente.

No primeiro quadrimestre, o faturamento das vendas para as montadoras registrou queda de 20,22% na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a participar com 55,2% da composição total do faturamento. Na mesma análise de comparação anual, a receita proveniente das vendas para a reposição ficou estável, com leve queda 0,19%, enquanto o faturamento das vendas intrassetorias cresceram 3,94%. Outra alta registrada no período vem da receita das exportações em reais, de 11,68%.

O número de empregos na indústria brasileira de autopeças caiu 16,15% na comparação com o mesmo mês do ano passado, como também ficou mais pronunciada o tamanho da capacidade ociosa das empresas, de 50,2% em abril contra 46,3% em março.

Ford remaneja gerência de vendas e marketing

Em tempos mais desafiadores, como os atuais do mercado automotivo brasileiro, aglutinar e ao mesmo tempo compartilhar conhecimentos e melhores práticas tem sido quase uma norma nas grandes corporações, como montadoras de veículos. Não à toa é grande a movimentação e alternância em postos-chave, mesmo entre áreas, com profissionais hoje reconhecidos em uma determinada função assumindo outras bem distintas.

Nesta semana foi a vez da Ford reforçar essa tendência já verificada em outras fabricantes de veículos que nos últimos dois anos promoveram um carrossel entre seus executivos – Fiat e Mercedes-Benz são dois bons exemplos. A empresa anunciou na quarta-feira, 22, o remanejamento de três destacados profissionais e justificou: “Essas mudanças gerenciais fazem parte dos objetivos corporativos de crescimento da empresa e visam a integrar a experiência dos profissionais desses setores nas variadas operações da Ford no mercado”.

Essa movimentação – uma reestruturação das gerências nas áreas de vendas e marketing de veículos, como prefere chamar a Ford – colocou Antonio Baltar Jr. na liderança nacional de vendas no segmento de automóveis, picapes e utilitários esportivos. Sob sua tutela estão as operações de vendas e distribuição, os escritórios regionais e as relações com os distribuidores da marca.

Já Maurício Greco assumiu a gerência geral de marketing e já responde pelas áreas de gestão de produtos, propaganda, publicidade e promoção de vendas. Ambos, Baltar e Maurício, se reportam a Guy Rodriguez, diretor de vendas, marketing e serviço da Ford Brasil, ele mesmo recente no cargo – desde março do ano passado –, onde chegou depois de emigrar da diretoria da operação de caminhões da montadora, cargo que ocupava desde 2013.

E é exatamente no setor de caminhões semileves, leves, médios, pesados e extrapesados, que Oswaldo Ramos tem nova atribuição. Ele passou a gerente geral de vendas e marketing, função que abrange também o relacionamento com os distribuidores exclusivos da área. Oswaldo reporta-se a João Pimentel, diretor da Ford Caminhões, que assumiu a operação no ano passado, em substituição ao próprio Guy Rodriguez.

Maxion Wheels inaugura mais uma fábrica de rodas de alumino

Em meio ao nevoeiro que tanto atormenta o setor automotivo nos dias de hoje, um sopro de alento. A Maxion Wheels, empresa parte integrante do Grupo Iochpe-Maxion, inaugurou na terça-feira, 21, uma fábrica de rodas de alumínio em Limeira, no Interior de São Paulo.

Resultado de investimento de R$ 120 milhões, a nova unidade, localizada no mesmo terreno onde já se encontra a fábrica de rodas de aço para veículos leves, será dedicada à produção de rodas de alumínio, também para abastecer o segmento de leves. As instalações começaram a ser construídas em 2014 e, agora, deve gerar em torno de quinhentos empregos na região.

Em uma primeira fase a unidade terá capacidade terá capacidade para produzir 800 mil rodas de alumínio/ano. Até 2018, no entanto, quando uma segunda fase estiver totalmente introduzida alcançará capacidade para 2 milhões de unidades/ano, praticamente dobrando sua capacidade atual de produção para este tipo de produto.

Não faz muito tempo a Maxion Weels aumentou em 50% a capacidade de sua fábrica de Santo André, no ABC paulista, onde também produz rodas de alumínio e capacidade para 2 milhões de unidades/ano.

Marcos de Oliveira, CEO da Iochpe-Maxion, disse que a decisão de construir uma nova fábrica e assim ampliar a oferta de rodas de alumínio, se deve principalmente ao fato de o mercado brasileiro seguir tendência global de buscar veículos mais sofisticados e completos. “As rodas de alumínio fazem parte desse contexto e estarão cada vez mais presentes, principalmente nos novos modelos que serão lançados de agora em diante.”

Oliveira também destacou que a escolha por Limeira para a nova planta ocorreu de forma natural. “Além de já acolher uma fábrica da marca, com toda a logística já conhecida e preparada, esta região do Interior de São Paulo está se transformando em um polo automotivo competitivo, com extensa cadeia de fornecedores e presença cada vez maior de grandes montadoras globais com novas plantas.”

Dan Iochpe, presidente do conselho da Iochpe-Maxion e atual dirigente do Sindipeças, também presente à festa de inauguração da fábrica, enfatizou a importância do empreendimento. “Todos sabemos das dificuldades que estamos enfrentando no Brasil, principalmente no setor automotivo. Dessa forma a inauguração de uma nova planta e a confirmação deste investimento de R$ 120 milhões constituem boas notícias que devem ser ressaltadas.”

A Maxion Wheels é a líder na produção de rodas para automóveis, caminhões e trailer, além de rodas de aço para veículos agrícolas e militares. Em todo o mundo a empresa produz, em média, 60 milhões de rodas por ano, atendendo montadoras globais em doze países nos cinco continentes. No Brasil fornece para praticamente todas as montadoras locais.