Renault desvenda a Alaskan

A Renault colocou na vitrine o doce com o qual pretende seduzir os brasileiros que, por necessidade ou por gosto, buscarão mais uma alternativa no concorrido segmento de picapes grandes. A empresa apresentou na Colômbia, na semana passada, a Alaskan, modelo capaz de carregar 1 tonelada e a primeira investida mundial da montadora nesse tipo de produto.

O consumidor brasileiro, contudo, terá que esperar um tanto mais para vê-la de perto, cerca de um ano e meio. O modelo começa a ser produzido agora no México e, na Argentina, em 2018, de onde, aí sim, seguirá exportada para o Brasil. 

A peculiaridade neste caso é que a linha de montagem de Córdoba será compartilhada com Nissan e Mercedes-Benz, parceiras na plataforma e que terão, cada um delas, sua própria versão para o veículo agora apresentado pela Renault como Alaskan, cujas primeiras unidades ganharão as ruas colombianas no transcorrer deste segundo semestre.

A Alaskan, apresentada no Salão de Paris do ano passado como conceito, foi desenvolvida simultaneamente na França, Japão e América Latina, e contempla cabine simples, cabine dupla e chassi-cabine, com caçamba curta ou alongada e carroceria estreita ou larga.

Depois da Colômbia a picape será vendida em outros países latino-americanos logo na sequência, diz a montadora, que, no entanto, não revela necessariamente uma ordem. Dependendo do mercado poderá dispor de motores 2.3 turbodiesel, 2.5 a gasolina e 2.5 diesel, transmissões manual de seis velocidades ou automática de sete velocidades, com tração em duas ou quatro rodas.

A Renault calcula que o segmento de picapes com essa capacidade de carga corresponda a 5 milhões de unidades anuais em todo o mundo, mais de um terço das vendas de comerciais leves. Não por outro motivo a empresa já confirmou, além de México e Argentina, a produção da nova picape também em Barcelona, Espanha.

A montadora projeta que o mercado mundial de veículos comerciais leves deve crescer nos próximos anos, muito em função das picapes, que evoluirão da seguinte forma: as de meia tonelada representam 3% do mercado mundial, com projeção de crescimento de 35% de 2014 a 2019, as de 1 tonelada, 17% do mercado mundial, com projeção de crescimento de 19% de 2014 a 2019, e as grandes, algo como 18% das vendas globais, mas com 90% delas negociadas nos Estados Unidos e Canadá.

O Grupo Renault vendeu 387 mil comerciais leves no ano passado, crescimento de 12,4%. De janeiro a maio de 2016 já são 167 mil veículos, 15% a mais do que em igual período do ano passado, em um mercado que recuou 4%.

Em 2015 a empresa negociou 38,4 mil comerciais leves na América Latina e obteve 5,1% de participação. Só as picapes de 1 tonelada representaram 45% desse total e, projeta a Renault, devem crescer 15% nos próximos três anos.

Junho deve ter leve alta em relação a maio

Os números oficiais da Fenabrave, baseados em dados do Renavan, só sairão nesta sexta-feira, 1, mas fontes ligadas ao varejo adiantam que os números das vendas de veículos em junho devem indicar pequena alta com relação a maio, persistindo, no entanto, queda de volume em relação ao mesmo mês de 2015.

No acumulado até a quarta-feira, 29, foram emplacados no País cerca de 160 mil veículos e a expectativa, no final da tarde de quinta-feira, 30, era alcançar algo na faixa de 170 mil a 172 mil unidades, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Se confirmado o resultado, o crescimento em relação a maio, quando foram comercializadas internamente 167,5 mil veículos, será da ordem de 1,5% a 2,5%. E indica um processo, mesmo que lento, de alta mês a mês considerando que em abril as vendas limitaram-se a 163 mil veículos.

Já no comparativo com maio do ano passado, quando foram emplacados 212,7 mil veículos, verifica-se queda na faixa de 20%. Fonte do mercado garante que boa parte do movimento em junho baseou-se nas chamadas vendas diretas, aquelas feitas para frotistas e afins. O varejo ainda está difícil e depende de uma série de promoções para atrair consumidores.

Segundo essa mesma fonte teve montadora que no penúltimo dia do mês teve 60% dos seus negócios baseados em vendas diretas. E das 170 mil ou pouco mais a serem emplacadas em maio, perto de 40% serão para frotistas e pessoas jurídicas em geral. Tal dado, se consolidado no fechamento do mês, indica tendência de alta mensal na participação das vendas diretas no total do mercado.

Em abril, por exemplo, as vendas diretas responderam por 32,3% dos emplacamentos feitos no País, índice que subiu para 34,7% em maio. No acumulado dos primeiros cinco meses do ano as vendas diretas responderam por 28,8% dos 812 mil veículos vendidos no mercado brasileiro, ou seja, perto de 234 mil unidades. Se considerado o segmento de comerciais leves em separado, as vendas diretas responderam por praticamente a metade – exatos 49,2% – do total comercializado no acumulado até maio: 56 mil de 113,7 mil unidades.

Se confirmado o total de pelo menos 170 mil veículos emplacados em junho, as vendas no acumulado chegarão a algo próximo de 982 mil unidades, queda próxima de 25% no comparativo com o total de 1 milhão 314 mil unidades comercializadas no primeiro semestre do ano passado.

Grupo PSA investe em serviços de mobilidade

Os principais executivos e analistas da indústria automobilística mundial já acusaram o golpe e sabem que o passado do setor tem bem pouco a ver com o futuro, onde o automóvel não será a estrela maior, mas um dos muitos elos que garantirão a mobilidade mundo afora.

A preocupação em garantir um lugar ao sol nesse futuro cada vez mais próximo tem levado os grandes conglomerados automotivos a aquisições e parcerias com empresas que possam viabilizar suas futuras estratégias e desenvolvimentos de produtos.

Nesta quinta-feira, 30, foi a vez do Grupo PSA anunciar que comprou participação na TravelerCar, start-up francesa que trabalha em novas soluções de estacionamento e locação de veículos, tornar o automóvel “um recurso otimizado e raramente imobilizado”.

O conglomerado automotivo que reúne as marcas Peugeot, Citroën e DS chega mesmo a afirmar que “o investimento na TravelerCar é uma nova etapa para o Grupo PSA” e dá prosseguimento ao plano estratégico para 2016-2021, o Push to Pass, para tornar-se um fornecedor de serviços de mobilidade mundialmente reconhecido pelos clientes.

Os movimentos da PSA, no entanto, vão muito além da aquisição da strat-up. Em abril, a empresa anunciou que pretende desembolsar cerca de € 100 milhões em capital de risco para investir em empresas da área da mobilidade e atender futuras expectativas de consumo.

A TravelerCar já tem três tipos de serviços disponíveis nos aeroportos, estações ferroviárias e no centro das cidades para facilitar o dia a dia dos proprietários e locatários de veículos: oferece estacionamento gratuito para os proprietários que disponibilizarem seus veículos para a locação – e que receberão por isso –, estacionamento com preço preferencial para os proprietários que não desejarem compartilhar seus veículos e locação de veículos entre pessoas com preços reduzidos.

A empresa, assim, desenvolve um modelo híbrido entre os serviços de uma agência de locação convencional e uma plataforma de contatos entre as pessoas. Criada em 2012, possui atualmente oitenta agências e mais de 100 mil usuários na França, Espanha, Países Baixos, Alemanha, Suíça e Bélgica.

“Graças a esta parceria com o Grupo PSA, poderemos atingir mais rapidamente uma próxima etapa de desenvolvimento e implantar nossos serviços em outros países europeus”, antecipa Ahmed Mhiri, fundador da TravelerCar.

“Trata-se de uma nova experiência de mobilidade à qual o Grupo PSA se associa e dá seguimento à implementação da estratégia que adotou para ser um importante player nesse novo ecossistema”, afirma Brigitte Courtehoux, diretora da unidade batizada de Serviços Conectados e Novas Mobilidades do Grupo PSA.

Volvo Penta inicia produção de motor industrial no País

A divisão do Grupo Volvo responsável pelo negócio de motores marítimos e industrial começou produção de motores industriais TAD-1344GE e TAD-1345GR, ambos de 13 litros. De acordo com Ron Huibers, presidente da Volvo Penta Americas, o plano é alavancar produção dos produtos da divisão nos mercado onde a empresa tem fábricas estabelecidas. “Uma das ambições da Volvo Penta é criar uma cadeia global de fornecimento de nossos produtos com prazos de entrega competitivos, a um custo também competitivo”, disse em nota. “Com a produção dos motores industriais no Brasil, este é mais um benefício que oferecemos anos nossos clientes na América do Sul.”

Segundo a empresa, a nacionalização dos motores industriais faz parte de estratégia de crescimento da marca na América Sul. Como revelou Gabriel Barsalini, head da Volvo Penta South America, a empresa está expandindo atuação no setor industrial, no segmento de geração de energia, pois “É um mercado com enorme potencial”.

De acordo com o comunicado da empresa, o segmento de geração própria de energia cresce em importância, especialmente no Brasil, à medida que a demanda por energia é maior que a oferta. Dados da EPE, Empresa de Pesquisa Energética, do Ministério de Minas e Energia, o atual déficit energético brasileiro é de aproximadamente 50TWh.

A situação, portanto, entende a empresa, oferece oportunidades para fornecedores de grupos gerados, uma vez que indústrias, complexos agropecuários, hospitais, comércio e serviço apostam cada vez mais na geração da própria energia.

De acordo com a companhia, nos últimos dois anos a Volvo Penta estruturou atendimento de pós-vendas aos clientes, hoje com cobertura de 70% do território nacional. “Antes de iniciar a produção dos motores no Brasil, fizemos um trabalho para formar uma rede de suporte aos nossos clientes, fundamental para um atendimento de qualidade e para o sucesso do negócio”, conta João Zarpelão, diretor de motores industriais da Volvo Penta South America. “As distribuidoras da Volvo Construction Equipment, possuem similaridade com negócios da Volvo Penta, o que nos dará ganho de escala.”

O plano de expansão da Volvo Penta na América do Sul contempla ainda ampliar sua estrutura de negócios para mais três países: Equador, Bolívia e Paraguai. Segundo a empresa, a aposta é estreitar relações comerciais com os principais fabricantes de grupos geradores de energia, uma estratégia que permite atingir 70% do mercado a partir de parcerias. De acordo com Zarpelão, a meta é ser o parceiro profissional preferido de empresas que atuam nos segmentos de energia, construção, agrícola, portos e mineração.

Para a produir os motores industrias, a fábrica de motores e caixas de câmbio que equipam os caminhões e ônibus Volvo passou por uma alteração para receber mais uma linha de montagem. Segundo a empresa, o motor Volvo Penta é muito similar ao do caminhão FH. A principal mudança é no cabeçote, que ganhou projeto próprio para o ciclo de trabalho industrial. Do total de peças, 45% são iguais, o que facilita ainda mais a manutenção.

BMW inicia embarques para os Estados Unidos

A BMW iniciou na quarta-feira, 29, remessa do primeiro lote de 207 unidades de veículos produzidos em sua fábrica de Araquari, SC, para os Estados Unidos. O contrato de exportação para o mercado estadunidense, anunciado há cerca de dois meses, contempla embarque 10 mil unidades do novo BMW X1. Os modelos devem chegar ao solo norte-americano entre 20 de julho e 1° de agosto.

O embarque partiu do porto de Paranaguá, PR, e mereceu cerimônia na qual estiveram presentes Gleide Souza, diretora de relações governamentais do BMW Group Brasil, e Carsten Stoecker, vice-presidente sênior da fábrica brasileira. A estimativa é de que as entregas totais sejam cumpridas até o fim de 2017.

Iniciamos em abril um novo e significativo capítulo do BMW Group Brasil, que reforça nosso compromisso com o investimetno no País”, observou em nota a diretora de relações governamentais. “Demos o primeiro passo para demonstrar que a fábrica de Araquari mantém a qualidade e a eficiência exigida, estando apta a fornecer veículos a um dos mercados mais exigentes do mundo.”

O BMW X1 XDrive 28i é a primeira versão brasileira enviada aos Estados Unidos. Tem motor 2.0 a gasolina com 240 cv, função Start/Stop, borboleta de troca de marchas no volante, seis airbags, controles de estabilidade e tração, faróis de Led, sensores de estacionamento traseiro e de chuva, acionamento automático dos faróis baixos e rodas de liga leve aro 18.

A fabricante ainda estuda a possibilidade de acertar contrato de exportação para um segundo modelo produzido aqui, conforme antecipou Helder Boavida, presidente da BMW Group Brasil, para a Agência de Notícias AutoData durante lançamento do novo Série 7, em meados de maio.

O executivo, porém, reforça que os estudos para este segundo modelo são preliminares e que nem mesmo prazos, volumes e mercados estão definidos. De qualquer forma não descarta países vizinhos como potenciais para os veículos fabricados em Santa Catarina.

Setor de máquinas: incerteza na retomada dos investimentos.

Dados divulgados pela Abimaq na quarta-feira, 29, mostram que o consumo aparente 2016 apresenta estabilidade, porém, em nível muito inferior ao de anos anteriores. Os R$ 7,8 bilhões consumidos no mês maio registra crescimento de 1,4% em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, no entanto, verifica-se forte queda de 32,2%. No acumulado dos cinco primeiros meses, o consumo aparente de R$ 41 bilhões é 32,1% inferior ao de um ano antes.

De acordo com comunicado da associação as altas taxas de ociosidade observadas em todos os setores da indústria de transformação “colocam como incerta a retomada dos investimentos no curto prazo”.

Como o consumo aparente, o faturamento do segmento de máquinas e equipamentos também mostra certa tendência de estabilidade. Em maio a receita total somou R$ 5,5 bilhões, 28,8% menor do que a verificada no mesmo mês de 2015. No acumulado de janeiro a maio, o faturamento líquido total de R$ 27,1 bilhões, 30,7% inferior na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado da receita proveniente do mercado doméstico de janeiro a maio, pouco acima de R$ 14.7 bilhões, registra queda ainda mais acentuada de 48,6%.

“As incertezas políticas combinadas com política econômica recessiva, onde o custo do capital é incompatível com o retorno dos investimentos, tem inviabilizado qualquer decisão de investimento no País”, afirma a associação em nota e vai além: “O comportamento das vendas até maio indica uma provável queda, da ordem de dois dígitos em 2016/2015 da receita líquida de vendas”.

O segmento, porém, comemora os resultados positivos provenientes das exportações. Somente em maio as remessas de máquinas e equipamentos somaram R$ 695 milhões, o que representa alta de 2% sobre o abril e 9,9% em relação a maio do ano passado. No acumulado do ano também a soma de R$ 3,3 bilhões, registra leve alta de 0,9% sobre o valor de um ano antes até maio. “No ano, o setor reverteu seu cenário de queda e passou a apresentar o primeiro resultado positivo”, observa relatório da associação. “Há dúvidas se o atual câmbio, inferior a R$ 3,50 vai permitir a manutenção desta tendência.”

Toyota anuncia recall 3,4 milhões de carros

A Toyota mais uma vez anuncia um gigantesco recall global. Por anúncio emitido na quarta-feira, 29, a montadora disse que convocará cerca de 3,4 milhões de automóveis para reparar falhas nos airbags de cortina e em tanques de combustível. Dentre os modelos afetados estão o híbrido Prius, o Corolla e modelos da marca Lexus.

A maior parte das convocações, 2,87 milhões de veículos, fabricados de 2006 a 2015, diz respeito ao suporte de aspiração do combustível. O item precisa ser substituído, pois a risco de rachar provocar vazamento.

Depois, 1,43 milhões de unidades de Prius e Lexus CT

O outro recall envolvendo 1,43 milhões de Prius e Lexus deverão se dirigir à oficina para instalação de suportes de retenção dos airbag laterais, os chamados de cortina. De acordo com a montadora, o dispositivo de segurança pode abrir por erro ou falha verificada no gerador de gás, o agente que ativa o equipamento.

Por volta de 930 mil veículos são afetados por ambos os recalls, segundo a montadora.

Em comunicado a Toyota afirma desconhecer qualquer incidente envolvendo tanto os airbags quanto o problema no tanque de combustível. O recall do dispositivo de segurança também não se relaciona com o anterior envolvendo a Takata, escândalo que ficou conhecido como airbags mortais, afetando mais de 100 milhões de veículos de diversas marcas.

Desta vez, o fornecedor é a Autoliv que, segundo contas preliminares, deverá custar à empresa de US$ 10 milhões a US$ 40 milhões para o reparo nas unidades envolvidas.

A empresa ainda não confirmou se há veículos no País envolvidos no recall.

Sindicato pede falência da Karmann-Ghia

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC entrou na Justiça com pedido de falência da Karmann-Ghia por abandono de patrimônio. A decisão foi tomada após a análise do departamento jurídico e aprovação dos trabalhadores, consultados em assembleia na segunda-feira, 27. A medida foi considerada a alternativa mais viável para um processo de retomada das atividades na fábrica.

“Estamos certos de que a abertura do processo de falência é a única forma de garantir os direitos dos trabalhadores do ponto de vista legal. O interesse maior é que a empresa continue viva”, afirma Rafael Marques, presidente da entidade.

Na mesma assembleia os trabalhadores decidiram ainda pela continuidade da ocupação da fábrica, que já completou 47 dias. “A ocupação é importante para garantir a permanência do maquinário e, assim, defender o que é de direito dos trabalhadores”, reforça Marques.

O movimento teve início em 13 de maio, após a Justiça dar parecer favorável aos antigos proprietários da empresa, confirmando o não cumprimento pela direção atual dos pagamentos previstos na negociação de compra da fábrica. O impasse jurídico gerou indefinição com relação à propriedade da Karmann-Ghia e agravou a situação da empresa. Atualmente, afirma o sindicato, não é possível nem mesmo saber quem são os reais donos, a empresa estaria abandonada.

Marques afirma que há anos os trabalhadores vinham sendo prejudicados pelos erros administrativos dos dirigentes da Karmann-Ghia. “Os atrasos nos salários eram constantes e os benefícios trabalhistas deixaram de ser pagos. Fizemos várias tentativas de acordo, mas todos acabavam sendo descumpridos”, afirma o presidente do sindicato, que assegura que os trabalhadores estão sem salários desde o fim do ano passado e que a entidade tem também dialogado com empresas credoras da Karmann-Ghia na busca de soluções.

Ford apimenta briga de hatches premium

Importado da Romênia o motor EcoBoost 1.0, dotado de turbocompressor, que passa a equipar uma das quatro versões do New Fiesta 2017, chega em 9,6 segundos aos 100 km/h partindo da imobilidade – e coloca a Ford em pé de igualdade com relação aos seus competidores mais diretos no segmento dos carros hatch considerados premium, como Hyundai HB20 e Volkswagen Fox. É motor que ruge 90% de seu torque total a coisa de 1,5 mil rpm, a faixa mais frequentada pelos motoristas no uso cotidiano.

Também impressiona o consumo informado de combustível do novo motor, sempre movido a gasolina, coisa de 12,2 km/l na cidade e de 15,3 km/l na estrada. Graças à presença de injeção direta de combustível e do duplo comando variável de válvulas, aliados ao turbo e aos 1 mil 178 quilos de peso do carro. Recebeu nota A e o Selo Conpet do Inmetro.

Ajudam, também, bomba variável de óleo, correia banhada em óleo, coletor integrado ao cabeçote, sistema duplo de aquecimento e arrefecimento e sistema de resfriamento dos pistões por jatos de óleo. O turbo dispõe de sistema de controle ativo por vácuo que elimina a demora em ganhar pressão quando o motorista pisa fundo, o turbolag.

Síntese, de acordo com Maurício Greco, gerente geral de marketing da Ford: desempenho e eficiência energética com estilo e menos emissões – torque de 17,3 kgfm e emissão de CO2, declara a Ford, que não ultrapassa 99 g/km.

A companhia tem boas esperanças de que a carreira da nova versão 1.0 gere bons resultados, disse Greco, “pois tem tecnologia e inovações oferecidos apenas em veículos de segmentos superiores e isso significará, na prática, o reposicionamento mercadológico da linha”.

Mas a companhia não teve o desejo de fazer projeções de vendas do novo produto e Greco não avançou no tema além de observar que Ford e sua rede de concessionárias estarão atentas à trajetória comercial do New Fiesta 1.0 dotado de motor Ecoboost, o que significa estarem prontas para atender à qualquer demanda – “Mas queremos ser um dos três primeiros neste segmento”.

Greco também não fez projeção com relação à eventual transformação do motor 1.0 EcoBoost para o uso de álcool. Lembrou os tempos difíceis, e que motores flex sempre exigem investimento.

Projeto global da companhia o EcoBoost 1.0 demandou mais de 10 mil horas de desenvolvimento em CAD/CAE e mais de 15 mil horas de baterias de teste em dinamômetro. Sua homologação, no Brasil, exigiu mais de 1 mil horas de testes com combustível e condições locais e atende ao requisito básico de 240 mil quilômetros de durabilidade.

Provavelmente a versão com motor 1.0 EcoBoost, a Titanium Plus, não seja a mais vendida em função do seu preço, R$ 71 mil 990, que inclui sete airbags e transmissão automática sequencial e outros agrados, como sistema de partida sem chave, chave com sensor de presença, rodas aro 16.

A linha é completada pelas versões SE, SEL e Titanium com motores Sigma 1.6, também de 125 cv. Com transmissão manual de cinco velocidades a SE custa R$ 51 mil 990 com ar-condicionado e direção elétrica, e a SEL custa R$ 58 mil 790 com câmbio manual e R$ 64 mil 990 com transmissão sequencial e controle eletrônico de estabilidade e tração e assistente de partida em rampa. E a Titanium, dotada dos mesmos equipamentos da versão com motor EcoBoost, custa R$ 70 mil 690.

À exceção da versão SE os New Fiesta 2017 têm sistema de conectividade SYNC com AppLink e assistência de emergência e ar-condicionado digital,

As novidades das versões 2017 do New Fiesta não incluem retoques no seu design. Internamente dispõem, agora, de cintos de segurança traseiros retráteis de três pontos, encosto de cabeça para o passageiro que viaja no meio e banco traseiro bipartido 60/40.

Com a Mapfre a Ford desenvolveu produtos de seguro que, considera, integrarão muitos pacotes de vendas dos New Fiesta 2017, e com a rede de concessionárias gerou novo sistema de revisões a preços fixos que podem ser incluídos no financiamento – a revisão de seis meses, por exemplo, foi eliminada. E criaram fórmula que mantém a garantia dos carros por até cinco anos, além de um plano de financiamento com taxa zero em dezoito meses.

A campanha nacional de publicidade da linha 2017 dos New Fiesta começa no domingo, 3 de julho, e a partir de agosto os carros já estarão nas concessionárias para test drive, onde o processo de pré-vendas já está aberto. No início de vendas a Ford propõe entrada de 60% do valor e o saldo, em dezoito meses, com taxa de juros zero para a versão EcoBoost.

Rhodia começa produção de sílica para pneus verdes

Para atender ao crescente aumento da demanda pelas montadoras por pneus verdes, a Rhodia iniciou produção no País, em sua unidade localizada em Paulínia, da chamada sílica de alto desempenho, HDS na sigla inglês. Para o projeto a empresa do Grupo Solvay, investiu R$ 10 milhões aplicados em modernização, tecnologia e melhorias de processos produtivos.

O anúncio oficial ocorreu na Expobor e Pneus Show 2016 – 12ª Feira Internacional de Tecnologias em Borracha, Termoplásticos e Máquinas, na terça-feira, 28, no ExpoCenter Norte, em São Paulo, e que fica de portas abertas até sexta-feira, 30.

De acordo com a empresa, estudos indicam que o uso da sílica HDS na fabricação de pneus proporciona economia de combustível de até 7% e na mesma proporção a redução de emissões de carbono na atmosfera. A vantagem do insumo também na maior aderência do pneu sobre piso molhado.

Por meio de comunicado, o diretor do grupo para América Latina da Unidade Global de Negócios Sílica, François Pontais, a migração da produção das montadoras de pneus para os pneus verdes é uma tendência global do mercado, pois também as exigências no controle das emissões é cada vez mais rigoroso e, especialmente no País, “A sílica pode ser um fator fundamental para a indústria de automotiva alcançar mais rapidamente as metas de redução de emissões de carbono previstas pelo programa brasileiro Inovar-Auto”.

A utilização crescente da sílica teve impulso decisivo com os programas de etiquetagem de pneus. Começou na Europa, em 2012, e logo em seguida para outras regiões do mundo. A partir de outubro passa a valer no Brasil.