MWM Motores reconhece seus fornecedores

A MWM Motores entregou na manhã de quinta-feira, 1º, o prêmio Supplier Award, que reconheceu os melhores fornecedores da fabricante de motores diesel no Mercosul. Realizado na fábrica da empresa, no bairro de Santo Amaro, em São Paulo, o evento está em sua quarta edição.

Itens como qualidade, performance de entrega e flexibilidade, capacidade tecnológica e desempenho no desenvolvimento de novos produtos, postura comercial e contribuição em redução de custos de cada fornecedor foram avaliados pela companhia, por meio do processo GRSC, Global Supplier Rating System. São esses os critérios que definem a premiação, segundo explicou a MWM Motores, em nota – bem como os fornecedores de serviços de logística e os eleitos na categoria Destaque em Desenvolvimento.

“Identificamos e homenageamos os parceiros de negócios que tiveram o melhor desempenho para incentivá-los a, juntos, buscarmos continuamente a excelência em nossos produtos e serviços”, afirmou José Eduardo Luzzi, presidente e CEO da Navistar Mercosul, no comunicado. “Este prêmio é o reconhecimento a todos que estão perfeitamente alinhados com as políticas, práticas, qualidade e desempenho da companhia”.
Confira os premiados:

BorgWarner Brasil
Cargolift Logística
Cestari Industrial e Comercial
CIP – Companhia Industrial de Peças
ElringKlinger do Brasil
ID Armazéns Gerais
Mann+Hummel brasil
Metalac SPS
TUP – Tecnologia em Usinagem de Precisão

Bridgestone amplia linha de pneus ecológicos

A Bridgestone, uma das maiores e mais tradicionais fabricantes de pneus em todo o mundo, passa a dar mais ênfase ao conceito de produzir pneus verdes e lança um nova linha de produtos Ecopia, de apelo ecológico. Apresentados na quinta-feira, 1, em São Paulo, os novos modelos foram desenvolvidos, segundo a fabricante, com materiais que minimizam a resistência ao rolamento, aumentam a eficiência energética, com consequente redução do consumo de combustível, e, ao mesmo tempo, ajudam a diminuir a emissão de dióxido de carbono (CO2).

“Investimos bastante no desenvolvimento tecnológico destes produtos, de forma a buscar novos materiais que, ao mesmo tempo em que minimizam a resistência ao rolamento e aumentam a eficiência energética , não sacrificam a durabilidade”, explicou Concheta Feliciano, diretora de marketing da Bridgestone. “Lançamos estes pneus há poucos meses na Europa e decidimos trazê-los quase que simultaneamente para o Brasil como forma de incentivo à implantação de uma nova filosofia mais ecológica com relação também a este tipo de produto no País.”

A nova linha Ecopia é formada por três modelos, um destinado ao segmento de automóveis, o EP150, e dois para caminhões e ônibus, os M792 e R268, atendendo tanto o mercado de reposição como negócios OEM. Na fabricação de veículos O km, inclusive, já estão equipando vários modelos fabricados aqui, dentre os quais o Cobalt e o Onix, da General Motors, e o Logan e o Sandero, da Renault.

A empresa possui quatro plantas produtivas no Brasil. Duas delas, a de Santo André, na Grande São Paulo, e a de Camaçari, BA, produzem pneus. Outras duas, localizadas em Campinas, SP, e Mafra, SC, fabricam bandas de rodagem e partes de borracha para reformas de pneus.

Ao todo a empresa projeta fabricar 6 milhões de unidades neste ano no Brasil, 5 milhões para automóveis e 1 milhão para veículos comerciais. Desse total, entre 500 mil e 600 mil unidades serão do novo pneu ecológico. Para 2017 a Bridgestone projeta um crescimento de 1,5% em sua produção local.

Consórcio mantém tendência de alta

As vendas de novas cotas de consórcio de automóveis e comerciais leves cresceram pelo segundo mês consecutivo e registraram em julho o melhor mês do ano. Houve 82,5 mil adesões, alta de 23% sobre as 67 mil de junho, conforme dados divulgados na quinta-feira, 1, pela Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio.

“O segundo mês consecutivo de alta nas novas adesões nos anima a nos faz acreditar que há possibilidade de reação consistente para o segundo semestre”, avalia o presidente da entidade, Paulo Rossi. “Se essa tendência se confirmar, acreditamos que vários segmentos do consórcio poderão apresentar ao final do ano resultados melhores em relação a 2015.”

A Abac acredita, assim, que as vendas de agosto a dezembro poderão reverter a queda de 7,3% nas adesões ao consórcio para compra de veículos de passeio, que atingiram este ano 511,3 mil, ante as 551,5 mil dos primeiros sete meses do ano passado.

Apesar desse dado negativo, cresceu 3,5% o número de participantes ativos nos grupos de automóveis e comerciais leves, atingindo 3,23 milhões no acumulado até julho. As contemplações totalizaram 304 mil consorciados, alta de 1,2% sobre os primeiros sete meses de 2015, e o sistema deixou à disposição dos consorciados do segmento R$ 12,32 bilhões, crescimento de 1,1% no mesmo comparativo.

Potencial de compra – Também cresceu no ano a potencial participação das contemplações nas vendas do mercado interno. Ela atingiu 31,5% no período de janeiro a julho deste ano, 7,3 pontos porcentuais mais do que em 2015. Nem todos os contemplados, no entanto, têm retirado o veículo de imediato.

Segundo dados da Anfavea, há 270 mil contemplados aguardando melhor oportunidade para efetivar a compra. A Abac diz não ter estatísticas precisas a respeito, mas reconhece que esse movimento existe. Segundo o presidente da entidade, muitos estão preferindo segurar o crédito na expectativa de melhorias na área econômica.

De qualquer foram, Rossi mostra-se confiante na reversão do quadro negativo vivido pelo setor até maio. Os dados positivos de junho e julho, na sua avaliação, refletem a retomada da confiança do consumidor e do empresariado registrada em diversos indicadores, como os da CNI, Confederação Nacional da Indústria, e da Fecomercio/SP:

“O crescimento das vendas de novas cotas a partir de maio nos leva a crer que o consumidor está cada vez mais consciente quanto à importância do planejamento e do consumo responsável. Ao assumir compromissos financeiros de médio e longo prazos, como o consórcio, demonstra maturidade e confiança no sistema.”

Mobilidade em pauta

Prefeitura de São Paulo tem projeto para colocar em prática sistema de compartilhamento de carros na cidade de São Paulo. O anúncio foi feito por Jilmar Tatto, secretário municipal de Transportes de São Paulo, durante cerimônia de abertura do 12º Salão Latino Americano de Veículos Elétricos, Componentes e Novas Tecnologias. Hesitante se poderia estar revelando o plano, preferiu desconversar. “Ainda não sei qual seria o modelo, se apenas como veículos elétricos, híbridos ou convencionais, e como será introduzido.”

Organizada pela ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, a mostra reúne empresas e serviços dedicados a produtos cujo foco está na mobilidade urbana de baixo impacto ao meio ambiente, além de ser um fórum para discussão a respeito do tema. “Nesta edição estamos lançando o projeto MUV – Mobilidade Urbana Verde”, conta Ricardo Guggisberg, diretor do evento e presidente da ABVE. “A ideia é fazer com que cidades reservem uma parte de seu território a fim de criar uma zona onde se priorize a movimentação de veículos de emissão reduzida ou nula.”

De acordo com Guggisberg, zonas MUV já existem em mais de 220 cidades em catorze países. São experiências desde compartilhamentos de bicicletas e veículos elétricos, pedágios urbanos e zonas verdes de transporte. “Sem querer choramingar, mas acho que estamos perdendo o bonde da história com a falta de incentivos aos veículos elétricos. Como a indústria automotiva, vislumbro também que primeiro tenhamos importação em escala para podermos ter fábrica de veículos elétricos aqui.”

Instalada no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo, de 1º a 3 de setembro, o público poderá ver de perto as mais recentes novidades em produtos e tecnologias na área de mobilidade de baixa ou nenhuma emissão de poluentes. Estão lá desde montadoras, como a Toyota e a Eletra com seus ônibus, até fabricantes ou representantes de bicicletas, scooters, empilhadeiras, skates e patinetes.

A Toyota, por exemplo, escolheu o salão para exibir a nova geração de Prius, seu modelo híbrido, lançado no mercado nacional em junho passado. Para a fabricante, o carro representa sua visão sobre o futuro da mobilidade, cujo foco é desenvolver veículos cada vez melhores e menos nocivos ao meio ambiente. Também no estande da marca, o visitante poderá conhecer o Lexus CT 200h, um modelo híbrido de luxo.

Boa solução de mobilidade é apresentada pela Eletra, empresa 100% brasileira que desenvolve ônibus híbridos e elétricos, com seu mais recente protótipo de ônibus elétrico. A companhia, aliás, possui um modelo totalmente elétrico em operação no corredor Metro Diadema-Brooklin em São Paulo. É o primeiro modelo movido a baterias fabricado no Brasil.

No último dia de salão, 3, o visitante ainda poderá conferir algumas promoções das empresas expositoras com até 30% de descontos. Serão oferecidos produtos como bicicletas elétricas, scooters, diciclos, monociclos, skates dentre outros tipos de locamoção.

Bem-vindos aos desafios do futuro

Finalmente o processo político que travou o País nos últimos meses acabou na tarde de quarta-feira, 31. A partir de agora – acreditando ou não – temos todos a obrigação de enfrentar com vontade e esperança os caminhos que levarão ao futuro. Não temos mais alternativa de escolha e só nos resta torcer para que o percurso definido seja o correto.

Bem-vindos, portanto, aos desafios que provavelmente nos levarão novamente a trilhar, a partir de agora, os percursos de uma nova fase de desenvolvimento do nosso País. Eu, pessoalmente, acredito nisto e não posso me furtar de, neste momento importante da nossa história, que marca o definitivo afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República e a consequente efetivação no cargo do Presidente Michel Temer, deixar de desejar um “Feliz Brasil Novo” para todos.

Não tenho dúvidas que teremos um período ainda muito difícil pela frente, principalmente quando olhamos pelo prisma das empresas que trafegam em torno do setor automotivo. Será um tempo muito desafiador. Mas torço para que o novo presidente e sua equipe de governo tenham a competência necessária para recolocar o Brasil no caminho do crescimento e da evolução, tanto em termos de ordem econômica como social, de agora em diante.

Tenho certeza que não estou sozinho nesta linha de raciocínio de que poderemos estar reiniciando o caminho do desenvolvimento. São vários os economistas e empresários que, hoje, também acreditam nesta possível recuperação, não só aqui no Brasil, mas em todo o mundo.

Pode até ser simplesmente uma coincidência, mas nas últimas semanas surgiram vários indicativos concretos que mostram que podemos estar realmente iniciando uma fase de recuperação da atividade econômica brasileira.

Segundo dados divulgados recentemente pela Fundação Getúlio Vargas, por exemplo, os gastos com máquinas e equipamentos cresceram no segundo trimestre deste ano. E isto mostra claramente que os investimentos podem já estar começando a voltar.

Da mesma forma, os fabricantes e revendedores de caminhões também já trabalham com a possibilidade de uma recuperação de cerca de 20% nas suas vendas no próximo ano. É verdade que as variações esperadas ainda são pequenas e se dão sobre uma base muito deprimida, mas também pode ser um sinal de que o pior realmente pode começar a ficar para trás.

São indicadores, inclusive, que certamente já vão deixando os brasileiros de todas as classes sociais mais otimistas com relação ao futuro e ao fato de que a longa e profunda crise política, econômica, social e moral que enfrentamos ao longo dos últimos dezoito meses pode realmente estar terminando. E esta retomada da confiança será fundamental nesta longa estrada que teremos que trilhar rumo ao retorno do desenvolvimento.

Com relação ao consumo, principalmente de automóveis, ainda não existem grandes indicativos de que os índices poderão voltar a crescer num curto prazo, mesmo porque, conforme também atestam vários estudos divulgados ao longo das últimas semanas, o desemprego infelizmente deverá continuar a crescer nos próximos meses e, ao mesmo tempo, a renda média do brasileiro, encolher. E as pessoas somente voltarão ao consumo quando tiverem plena confiança de que não perderão seus empregos no futuro. Isto é fato.

Anda no setor automotivo, visto em particular, uma série de desafios se colocarão à frente dos executivos e empresários que comandam as empresas de agora em diante. E as decisões precisarão ser tomadas. O primeiro deles é responder à pergunta a respeito da verdadeira vocação da indústria automobilística brasileira: seremos uma grande indústria local ou simplesmente montadores? Produziremos os veículos de forma completa no futuro, inclusive projetando-os ou simplesmente os montaremos com base em projetos globais e autopeças importadas?

Esta é uma decisão que precisa ser tomada agora e que influenciará de forma decisiva o futuro de centenas de empresas e milhares de pessoas. Ninguém questiona que temos um grande potencial como mercado automotivo e que voltaremos a frequentar uma das cinco ou seis maiores posições do ranking mundial. Todos os estudos e teorias mostram isto. O grande problema hoje é saber quando isto acontecerá.

Precisamos ser competitivos para usufruir deste potencial como produtores. E esta competitividade somente será alcançada se a indústria como um todo se modernizar, ao mesmo que se revitaliza o parque de autopeças, principalmente na camada das empresas brasileiras que trabalham nos tears 2 e 3.

Boa parte deste desafio depende do sucesso do novo governo. Isto porque a confiança que trará de volta os investimentos só ocorrerá quando a inadiável modernização das estruturas do País também começarem a aparecer.

O crescimento não é uma tarefa somente de investidores, produtores e consumidores. É também, sobretudo agora que foram ultrapassados os traumas causados pela crise política, dos governantes, dos quais o País espera as decisões corretas e tempestivas. E os próximos meses terão papel decisivo neste processo.

Vendas de agosto devem empatar com julho

O volume de automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus comercializado no mercado brasileiro em agosto deverá ficar em linha com o resultado de julho, segundo estimativas de uma fonte ligada ao varejo. A expectativa é que o resultado do mês gire em torno de 182 mil unidades, bem próximo dos 181,4 mil veículos adquiridos pelos brasileiros no mês passado.

Até a terça-feira, 30, foram licenciados 171,7 veículos durante o mês, de acordo com a mesma fonte. Na própria terça-feira, 30, os emplacamentos somaram quase 10 mil unidades, bem acima da média diária registrada no mês, que gira em torno de 7,8 mil veículos. Os varejistas esperam resultado semelhante na quarta-feira, 31, último dia do mês.

Embora estável com relação a julho, a média diária do mês deverá cair um pouco. No mês passado foram licenciados por dia, em média, 8,2 mil veículos, índice que deverá cair para 7,9 mil unidades este mês, se confirmarem as expectativas da fonte. Isso porque agosto contou com 23 dias úteis, contra os 22 de junho.

A fonte afirmou ainda que houve uma semana do mês em que as médias diárias caíram bastante, para cerca de 6 mil unidades, muito provavelmente devido aos Jogos Olímpicos. Além do fato de os brasileiros estarem antenados com as competições na televisão e nos estádios, houve no Rio de Janeiro muitos feriados municipais, o que contribuiu para prejudicar o fluxo às concessionárias e o volume de emplacamentos.

Com o resultado de agosto o saldo negativo do acumulado do ano ficará menor: até julho o mercado registrava retração de 24,7%, comparado com igual período de 2015. Ao fim de agosto, confirmadas as expectativas dos varejistas, o mercado chegará a 1,35 milhão de veículos, volume 23% inferior ao dos primeiros oito meses do ano passado.

MAN exporta ônibus completos para Moçambique

Um lote de dez ônibus Volksbus 17.210 OD completos – encarroçados e adaptados para a direção na mão direita – desembarcará rumo a Moçambique, na África, no começo do mês que vem. É a primeira metade de uma encomenda de vinte unidades recebida pela MAN Latin America para o sistema de transporte urbano de Maputo, Matola e arredores, considerado centro financeiro moçambicano.

Os ônibus produzidos na fábrica da MAN em Resende, RJ, são depois encarroçados na Caio. Diferentemente das outras encomendas de exportação recebidas pela montadora, sobretudo para África do Sul e México onde são enviados em kits SKD, estes modelos embarcam completos, prontos para operação.

Matheus Francesco, responsável pela exportação dos modelos MAN para África e Oriente Médio, destacou a flexibilidade produtiva da montadora, que conseguiu adaptar o modelo para a condução africana – onde os motoristas ficam do lado direito da cabine. “Nosso desafio é oferecer veículos adequados às mais diversas aplicações, permitindo que os chassis Volksbus atendam demandas especificas dos clientes em diversos países”.

Segundo a companhia, os ônibus percorrerão cerca de 5 mil quilômetros por mês. Não é a primeira vez que a ETM, Empresa Municipal de Transportes Públicos de Matola, encomenda um Volksbus: já são cinco modelos rodando no País.

O outro lote, com mais dez ônibus completos, deverá partir para Moçambique no fim do ano.

CNH Industrial apresenta conceito de trator autônomo

As contribuições das tecnologias que tornam os veículos autônomos não estão limitadas às ruas e rodovias: o trabalho no campo poderá se beneficiar, e muito, de tratores e máquinas agrícolas sem comando direto humano. Na terça-feira, 30, a CNH Industrial ofereceu ao público do Farm Progress Show, uma das maiores feiras agrícolas estadunidenses, realizada em Boone, Iowa, uma pequena amostra do futuro da agricultura.

Foram apresentados dois conceitos de tratores autônomos, um de cada marca – Case IH e New Holland Agriculture. No caso do Magnum, da Case IH, o conceito é completamente sem cabine, assemelhando o modelo a um quadriciclo. O outro trator conceito, com base no modelo New Holland T8, teve a cabine mantida para, de acordo com a companhia, “fornecer flexibilidade operacional”.

As tecnologias foram desenvolvidas pelo Grupo de Inovação da CNH Industrial. Em nota, a montadora de máquinas agrícolas e rodoviárias afirma ter tocado o projeto de forma proativa para “ajudar os produtores e o agronegócio a impulsionar, de forma sustentável, a produção e a produtividade, usando a capacidade de aproveitamento das condições ideais do solo e meteorológicas, assim como a mão-de-obra disponível”.

Algumas das soluções aplicadas já são conhecidas dos clientes atuais. A telemetria e o piloto automático, por exemplo, são encontradas nos tratores disponíveis no mercado – embora as tecnologias autônomas levem esses sistemas a outro degrau. Para mover as máquinas, o GPS atua em conjunto com sinais de correção do satélite mais apurados para uma orientação ultra-precisa, permitindo o monitoramento e controle completamente remoto dos tratores.

Exportações de pneus crescem 22,4%

O aumento das exportações em 22,4% no primeiro semestre deste ano contribuiu para que a indústria brasileira de pneus fechasse o período com queda de apenas 3,2% na produção, índice bem abaixo da retração enfrentada internamente. De acordo com dados da Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, a produção este ano ficou em 33,6 milhões de unidades, ante as 34,7 milhões do mesmo período de 2015.

As vendas totais, incluindo as internas e as exportações, caíram 1,9% em unidades, baixando de 35 milhões para 34 milhões. Só as exportações tiveram desempenho positivo, saltando de 5,8 milhões no primeiro semestre do ano passado para 7,1 milhões em idêntico período deste ano. Como as exportações cresceram mais do que as importações, o setor ampliou o seu superávit comercial de US$ 405 milhões para US$ 743,5 milhões no mesmo comparativo.

O mercado de reposição teve pequena queda de 1,7%, com vendas de 22 milhões de unidades este ano contra 22,4 milhões no primeiro semestre de 2015, enquanto as vendas OEM caíram 20,8%, com a comercialização, respectivamente, de 6,14 milhões e 7,76 milhões de unidades.

Segundo a Anip, as vendas para a indústria tiveram queda pelo 30º mês consecutivo em todos os segmentos atendidos pelas fabricantes de pneus. O de veículos de passeio, por exemplo, caiu 20,1%, com vendas no primeiro semestre deste ano de 3,6 milhões de unidades, enquanto o de pesados teve decréscimo de 32%, com 395 mil unidades. Também o de duas rodas teve forte retração de 35,3%, com 845 mil unidades comercializadas.

Nova política – “Os resultados negativos são reflexos da crise econômica e da baixa competitividade dos pneus nacionais”, avalia Alberto Mayer, presidente da Anip. “Por conta dos elevados custos operacionais e tributários no País, a indústria brasileira não consegue oferecer melhores preços, o que acaba limitando a sua competitividade interna e externa”.

Pela análise da Anip, portanto, a indústria brasileira poderia até exportar mais se fossem adotadas políticas que melhorassem a sua competitividade. A entidade, inclusive, já encaminhou propostas do governo para alavancar o crescimento da indústria brasileira de pneumáticos, tais como questões fiscais e tributárias, desoneração do processo de logística reversa, melhor acesso a insumos essenciais para a produção de pneus e estímulos à exportação, implantação de margem de preferência para a indústria nacional nas compras públicas.

“O país precisa adotar políticas mais competitivas para estimular a indústria nacional e, consequentemente, aquecer a economia. Produzimos produtos de altíssima qualidade internamente, contudo não conseguimos disputar em pé de igualdade com os preços ofertados no mercado externo”, afirma Mayer.

Menos armazéns por mais eficiência

BEM-VINDOS AOS DESAFIOS DO FUTURO
Márcio Stéfani
A fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, SP, está em reforma. A unidade que completa 60 anos, comemorados em 28 de setembro próximo, foi ao longo dos anos ganhando anexos e puxadinhos. Apesar da idade não pode se dar ao luxo de deixar de se atualizar na busca por mais eficiência. Continuamente observada a fim de aperfeiçoar processos, equipe técnica descobriu que o enxugamento de armazéns pode resultar em vantagens operacionais na rotina da planta, além de ganho de competitividade. Em seis décadas a fábrica acumulou a posse de quarenta armazéns de componentes e peças e, agora, o projeto é ter somente cinco.

Segundo Philipp Schiemer, presidente da fabricante no Brasil, a existência de tantos armazéns acabou ocorrendo devido ao acúmulo do tempo, mas que hoje representa ineficiências. “Não é culpa de ninguém. Os armazéns foram sendo criados ao longo dos anos conforme as necessidades, mas com a redução deles teremos maior controle com relação aos processos logísticos.”

Pelas contas do executivo, atualmente transitam na fábrica de São Bernardo do Campo em torno de 180 caminhões por dia para o suprimento de peças. Com o projeto pronto, que deve ser finalizado em dois anos, apenas cinco caminhões por dia entrarão na unidade. “Será bom até mesmo com relação à segurança.”

A unidade da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, SP, é a maior do Grupo Daimler fora da Alemanha para veículos comerciais. É também a única da companhia a produzir caminhões, chassis de ônibus e todos os componentes do trem de força – motores, câmbios e eixos.

A empresa não revela quanto vai gastar no projeto, mas as mudanças, que já podem ser vistas em alguns pontos da unidade, faz parte do investimento de R$ 500 milhões para São Bernardo do Campo, dos R$ 730 milhões anunciados em outubro de 2014 para até 2018.

A Mercedes-Benz já produziu no Brasil mais de 2,1 milhões de veículos comerciais. A fábrica de São Bernardo do Campo respondeu pela maior parte, pois só em 2012 a unidade de Juiz de Fora começou produção de caminhões. A planta do ABC também já acumula mais de 2,9 milhões de motores produzidos.