Mercedes-Benz conclui lançamentos do ano com o GLS

São Paulo – A Mercedes-Benz anunciou a chegada do novo GLS ao mercado brasileiro, fechando a renovação do seu portfólio de veículos importados vendidos no País. Assim como fez com outros SUVs a empresa dotou o GLS com motorização híbrida leve, composta por um motor 3.0 de 381 cv de potência, que trabalha com um gerador de partida integrado e um sistema elétrico de 48 volts, acoplado a câmbio automático de nove marchas. 

O GLS é o nono SUV lançado pela Mercedes-Benz em 2023, com mudanças externas e internas. O modelo é equipado com central multimídia com tecnologia MBUX, que permite controlar algumas funções do veículo por comando de voz, quadro de instrumentos digital, ar-condicionado digital e de zona dupla, tração integral, assistente de condução, câmara 360º.

O modelo já pode ser encomendado na rede Mercedes-Benz por R$ 979, 9 mil.

Renault promove o Transformation Day para se aproximar das universidades

São Paulo – Para aproximar a empresa das universidades, com a intenção de fomentar a geração de novas ideias, a Renault realizou a primeira edição do Transformation Day na fábrica de São José dos Pinhais, PR. O evento reuniu doze universidades de Curitiba: UniBrasil, UniCesumar, Universidade Positivo, Uninter, UniOpet, FAE, UniCuritiba, PUC, UFPR, UTFPR, UniSenai e Tuiuti.

Cada uma delas participou do evento com grupo de alunos e professores, que trabalharam ao longo de dois meses em soluções dedicadas para uma das seis áreas: supply chain, manufatura, engenharia de produto, TI, design e engenharia de processos.

Durante o desenvolvimento de cada projeto os grupos contaram com mentorias realizadas por profissionais da Renault.

Fever Fleet inicia locação de veículos elétricos

São Paulo – A Fever Mobilidade anunciou a chegada da Fever Fleet, sua unidade de locação de veículos elétricos. O foco será atender demandas de movimentação de carga e prestação de serviços de entregas last mile. 

A empresa terá sua frota composta por triciclos importados da China, da marca Rapsev, que são montados em Santa Catarina. As opções disponíveis para locação são Fever Rap FR150 Frigo, com preço inicial de R$ 3,6 mil/mês em contratos de 24 meses, Fever Rap FR250, com mensalidade de R$ 3 mil em 24 meses, e Fever Rap FR110, cujo preço depende de contato direto com a locadora.

BMW ampliará o uso de energia solar na fábrica de Manaus

São Paulo – A BMW ampliará o uso de energia solar em sua fábrica de motocicletas em Manaus, AM, a partir do ano que vem. Projeto prevê a instalação de 1,2 mil m² de placas fotovoltaicas no telhado da unidade, em um total de 550 módulos fotovoltaicos.

A companhia começou a investir em energia solar em Manaus com um pequeno projeto de placas fotovoltaicas instaladas no estacionamento da fábrica e, após os resultados, optou pela ampliação do projeto.

A capacidade total de geração de energia com as placas será de 275 kWp, volume suficiente para entregar 30% do consumo anual da BMW Motorrad. Apenas com energia solar a BMW conseguirá produzir 5 mil motocicletas por ano, de uma capacidade total de 17 mil unidades/ano.

Arteb encerra processo de recuperação judicial e prevê crescimento de 20% em 2024

São Paulo – Há poucos dias a Arteb encerrou um dos mais duros capítulos de sua história de quase nove décadas, que se arrastou por sete anos: o processo de recuperação judicial agora é página virada. A empresa brasileira fabricante de sistemas de iluminação está reestruturando sua operação, diversificando clientes e recontratando. O efetivo da planta de São Bernardo do Campo, SP, já se aproxima de 1 mil profissionais novamente – mesmo patamar de 2016, quando iniciou movimento de queda livre que enxugou o volume em 60%.

Como uma fênix este renascimento, que deu seus primeiros passos ainda durante a pandemia, foi ancorado em dois pilares. Um deles foi a aposta no mercado de reposição. Se antes da covid apenas 7% dos produtos da Arteb tinham como destino o aftemarket hoje este porcentual cresceu para quase 20% pois a empresa aproveitou a onda do expressivo aumento da demanda por peças em meio à crise econômica que elevou os juros, dificultou o acesso ao crédito e reduziu a busca por veículos 0 KM.

Outro ponto, conforme afirmou à Agência AutoData o gerente comercial e de marketing da Arteb, Gustavo Souza, foi o ritmo mais acelerado de lançamentos imprimido pelo mercado de 0 KM, até como forma de tentar driblar a velocidade mais lenta das vendas nesse cenário.

“Fomos beneficiados porque nosso produto ganhou valor agregado. Faróis e lanternas conquistaram papel de maior destaque no design dos veículos. Sem falar que hoje os modelos têm muito mais eletrônica, com iluminação no painel e na porta, o que contribui com o nosso negócio.”

Esse contexto se deu ao mesmo tempo em que a Arteb passou a conquistar mais projetos. Dentre as recentes conquistas destacam-se o Citroën C3 Aircross e a Volkswagen Saveiro e a Ford Ranger na Argentina. E a fornecedora está em mais dois lançamentos previstos para o ano que vem, ainda sob sigilo.

O alento veio depois de período de fortes dificuldades enfrentadas pela Arteb que, de acordo com o executivo, lutou “bravamente” para superá-las: “O setor teve expressivo crescimento de 2008 a 2013 e começou a ser vislumbrada capacidade de produção de até 5 milhões de veículos, o que motivou investimentos na cadeia fornecedora a fim de acompanhar essa projeção. Só que esta ampliação nunca se concretizou, passamos a andar de lado e, ao mesmo tempo, tivemos de lidar com enxurrada de importações”.

Para agravar a situação, desfavorecida pelo período de recessão econômica de 2015 e 2016, um dos principais clientes da Arteb, a Ford, decidiu encerrar sua produção no Brasil: “Foi um golpe muito duro”.

Souza atribuiu a conjunto de ações o renascimento da companhia, que passou pelo redesenho da área comercial, mudanças no processo produtivo para minimizar custos, reforço do eixo aftermarket, que inclui reposição da linha pesada, e melhora da competitividade.

Com produção bastante verticalizada e índice de nacionalização em torno de 70% a empresa também passou a desenvolver toda a parte de eletrônica por meio da Arteb Tech, estabelecida em fábrica instalada no mesmo espaço em que são produzidos os itens de iluminação no ABC Paulista.

“Nesse processo de reestruturação tivemos de enxugar custos e reduzir o efetivo primeiro, para só então voltar a crescer. Conseguimos inverter o espiral nesse pós-pandemia e estamos operando em dois turnos, sendo que o terceiro poderá ser acionado a qualquer momento.”

Com capacidade de produção de 3,5 milhões de unidades por ano as projeções são de crescimento de dois dígitos tanto em 2023 como em 2024, quando a aposta está em incremento de 15% a 20% no faturamento.

Souza ponderou, entretanto, que a empresa não possui, ainda, situação financeira confortável, e que o sucesso no setor demanda bastante investimento: “Para os próximos anos planejamos voltar a investir a fim de modernizar o parque fabril e de aumentar a contratação de mão de obra. E, assim, conquistar maior participação nas montadoras e seguir expandindo no aftermarket”.

Quanto às exportações o volume ainda é pequeno, no caso de OEM é feito por meio de montadoras no Brasil, caso da Ford, que adquire aqui as peças e as envia para sua operação na Argentina – que também é o principal destino, somado a países da América do Sul e América Central, para o segmento de reposição, que tem 6% de sua produção embarcada.

Souza ressaltou o cenário conturbado na Argentina, que passa por restrições quanto à saída de dólares, o que impossibilita o envio de produtos nas quantidades demandadas ou provoca dificuldades para o pagamento aos fornecedores: “Esperamos que com o novo governo a situação melhore”.  

O executivo citou ainda que a companhia está retomando avanços na área de ESG e que o seu programa de inclusão, o Formando, dedicado a jovens com renda familiar de até R$ 2 mil, foi retomado. A décima turma terá dezoito jovens em 2024, com possibilidade de efetivação.

Fundada em 1934 por Arthur Eberhardt a Arteb iniciou suas operações na Vila Mariana, em São Paulo, e em 1967 transferiu suas atividades para São Bernardo, onde se especializou na produção de sistemas de iluminação como faróis, lanternas e brake lights.  A família Eberhardt ainda é a detentora de 100% do capital da companhia, com a segunda geração à frente do negócio. 

Vem aí mais um ano travado do mercado de veículos

No primeiro ano de novo normal após a pandemia, sem tantos problemas de logística e falta de componentes que provocaram queda de produção em 2021 e 2022, o mercado brasileiro de veículos leves seguiu travado em 2023. Desta vez o que faltou foram os consumidores de varejo, acuados por renda baixa, preços altos e juros nas alturas que tornam inviáveis os financiamentos. E todos os indicativos apontam para cenário parecido em 2024.

Segundo projeta a associação dos fabricantes, a Anfavea, 2023 deve fechar com a venda de pouco mais de 2,1 milhões de automóveis e comerciais leves, o que resulta em crescimento de cerca de 10% sobre 2022.

Foi até muito. O ano foi salvo por compras crescentes de locadoras e pelo efêmero programa do governo, que durante dois meses, junho e julho, gastou R$ 800 milhões para patrocinar descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil para carros até R$ 120 mil. Não fossem estes dois fatores o crescimento do mercado em 2023 teria ficado abaixo dos 5%.

Produção estagnada em 2024

A Anfavea já divulgou, na semana passada, suas projeções para 2024: para o mercado de veículos leves espera por uma expansão tímida de 6,6%. Em se confirmando as 2,1 milhões de vendas em 2023, significa que o incremento previsto será de 200 mil unidades, para o total de 2,3 milhões de automóveis e comerciais leves emplacados.

Com exportações paradas em menos de 400 mil unidades e importações avançando – foram responsáveis por 16% do mercado em 2023 com 348,4 mil emplacamentos projetados – a Anfavea prevê a produção 2,3 milhões de veículos leves em 2024, com expansão de 3,3%, ou apenas a metade do desempenho previsto para o total de vendas domésticas no ano que vem.

Ou seja: a indústria automotiva no País entrará em seu quarto ano de estagnação, produzindo apenas a metade dos veículos que pode fabricar.

E como esta situação pode ser sustentável por mais tempo? Simples: focando na venda de produtos mais rentáveis. Assim é possível seguir produzindo e vendendo menos, mas lucrando mais por unidade vendida.

Transformação

A pandemia e seus efeitos aprofundaram transformações que já vinham acontecendo no mercado automotivo nacional. Com preço médio de venda na casa dos R$ 140 mil – resultado da soma dos preços públicos dividida pelo número total de veículos vendidos – um carro zero-quilômetro virou um produto acessível exclusivamente para uma pequena parcela mais abastada da população.

Não à toa no intervalo de apenas cinco anos os SUVs, mais caros, avançaram de uma fatia de 20% para mais de 40% das vendas de carros no País, porcentual que pode se juntar com a participação de 18% das picapes, classificadas como comerciais leves, mas que em muitos casos fazem as vezes de SUVs e carros de passageiros.

Enquanto isso os hatches compactos, situados nas faixas de preços mais baixas, desceram dos mais de 40% de participação há alguns anos para menos de 25% agora.

Interessante notar que os hatches avançaram para mais de 28% das vendas em julho, justamente no auge do programa do governo que direcionou os maiores descontos para os modelos mais baratos. Esta variação demonstra que existe demanda de consumidores por veículos menos caros no País, mas eles pouco interessam à rentabilidade das montadoras, que limitaram bastante o desenvolvimento de produtos para faixas menores de preços.

Com os preços subindo ano a ano as vendas de varejo, da concessionária para o cliente, caíram à metade do que eram há dez anos, enquanto o faturamento direto da fábrica ao consumidor final se manteve em nível parecido e assim ganhou mais participação no resultado final. Hoje as vendas diretas representam quase metade, 48%, do mercado nacional de veículos leves.

As locadoras aumentaram sua fatia nas compras e nos últimos quatro anos suas frotas cresceram de 1 milhão para 1,5 milhão de veículos, em 2023 absorveram 27% das vendas de carros e comerciais leves, embaladas principalmente pela administração de frotas de empresas, locação para motoristas de aplicativos – resultado de desemprego e precarização crescente das relações de trabalho no País – e expansão das assinaturas de veículos, as locações por prazos mais longos de um a três anos.

Alternativa para descontos

Se as locadoras respondem por 55% das vendas diretas os 45% restantes, cerca de 468 mil veículos este ano, são compras de varejo disfarçadas pelo faturamento direto da montadora. O mecanismo tem sido cada vez mais usado como alternativa para segurar os preços com os chamados descontos de fábrica, que livram os concessionários dos custos de carregamento de estoques pagos antes da efetivação da venda dos produtos.

A transformação do faturamento direto em venda de varejo é mais um sintoma da transformação do mercado causada pela alta dos preços acima da capacidade de compra de grande parte dos consumidores.

O único mecanismo para aliviar o peso dos preços altos seria o financiamento em suaves prestações, o que também não existe mais no País há uma década.

Apesar da queda da inflação os juros continuam excessivamente elevados: os planos de CDC, crédito direto ao consumidor, modalidade mais utilizada no financiamento de carros, chegaram a cobrar taxa média de 30% ao ano no fim de 2022, agora o custo baixou para 26% ao ano e a tendência é cair a 23% ao ano até o fim de 2024. Ou seja, está ficando mais barato mas continua muito caro financiar um veículo cada vez mais caro.

Enquanto este quadro não mudar o mercado brasileiro de veículos novos tende a ficar como está: pequeno, parado e muito caro para garantir rentabilidade com baixos volumes de produção.

Até 2024

Esta coluna fará uma parada técnica e volta a ser publicada no formato atual, a cada duas semanas, a partir da segunda quinzena de janeiro. Pela leitura e pela oportunidade, gostaria de agradecer aos leitores e aos veículos de informação que publicam o Observatório Automotivo, desejando a todos um ano novo feliz e repleto de realizações.

Mercedes-Benz espera reação de pesados em 2024

São Paulo – 2023 foi marcado por grande tombo no mercado de caminhões por causa do aumento dos preços causados pela mudança de tecnologia em meio a cenário de juros altos e à maior rigidez na concessão de crédito, diante do aumento da inadimplência. Esta poção mágica ao contrário complicou a vida das empresas fabricantes de pesados, e a Mercedes-Benz não deixou de sentir esse baque.

Em meio a processo de reestruturação, em busca de maior rentabilidade do negócio brasileiro, a companhia terceirizou parte de suas atividades, o que resultou na decisão de encerrar operação em Campinas, SP, o que será concluído no fim do ano que vem.

Segundo o presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para a América Latina, Achim Puchert, que conduz o conjunto de táticas, no último trimestre começou a ser vista alguma melhora no cenário, resultado diante da redução da taxa de juros e da perspectiva de taxas melhores para o ano que vem, embora o caminho para a recuperação seja lento, ritmo que deverá seguir ao longo de 2024: “Vemos um pequeno crescimento para o ano que vem, não um crescimento revolucionário. A demanda deverá reagir, mas ainda não retornaremos ao nível de 2022”.

Dados da Anfavea mostram que a produção brasileira de caminhões caiu 37,4% de janeiro a novembro com relação ao acumulado do ano passado, somando 92,3 mil unidades, e que, até o fim do ano, este porcentual de queda deverá ser mantido, com volume de 102 mil veículos. Quanto às vendas as 97,7 mil unidades apresentam recuo de 14,4%, porcentual que deverá avançar para 15,2% no fechamento do ano, com 107,4 mil unidades.  

De acordo com o ranking da Fenabrave a companhia ocupa a segunda posição no emplacamento de caminhões, com fatia de 25,2% do mercado e 23,7 mil unidades, atrás da Volkswagen Caminhões e Ônibus, com 26,1% e 24,6 mil unidades – a liderança foi perdida em 2021. Neste ano ocorreu outra perda para a concorrente: a sua escolha pela Coca-Cola para transportar a Caravana Iluminada do Natal, uma tradição de anos sustentada pela própria Mercedes-Benz.  

Quanto aos ônibus a produção de chassis encolheu 35,4%, com 19,3 mil unidades, que a Anfavea estima que cheguem a 21 mil até o fim do mês, com diminuição de 33,9%. As vendas avançaram 25,8% no acumulado do ano e totalizaram 19 mil unidades. E, para o fim do ano, é esperada alta de 18,8%, com 20,6 mil unidades.

Conforme o ranking da Fenabrave a situação se inverte e a Mercedes-Benz mantém a liderança com fatia de 58,2% e 13,2 mil unidades emplacadas, legando à Volkswagen Caminhões e Ônibus parcela de 18,9% e 4,2 mil unidades. Apesar de, para o ano que vem, haver otimismo no mercado quanto às entregas da nova fase do Caminho da Escola a companhia este ano não venceu lotes da licitação do programa do governo federal.

Apesar dos revezes Puchert reafirmou, durante conversa com jornalistas, que a fabricante está negociando novo ciclo de investimentos com a matriz, informação compartilhada em entrevista para a edição da revista AutoData Perspectivas 2024: “Está em discussão um novo aporte. Vamos ver o que faz sentido e quando investir. A ideia é localizar mais produtos a fim de ampliar o portfólio e trazer novas tecnologias. Mas ainda é cedo para dizer”.

O novo investimento deverá vir somente após 2025, de acordo com o executivo, que, conforme também já havia adiantado para AutoData em setembro, este será o prazo para que o plano de reestruturação em curso chegue ao fim, o que deixará a empresa preparada para a nova injeção de recursos.  

Recentemente foi concluído ciclo de R$ 2,4 bilhões, de 2018 a 2022, recursos que foram empregados em novos veículos, na modernização das linhas de produção 4.0 e em novos serviços e tecnologias de conectividade. 

Sobre as novas tecnologias e os planos de descarbonização, incluindo veículos movidos a hidrogênio, uma vez que a Mercedes-Benz já possui caminhão elétrico movido a célula de combustível, Puchert disse que é possível iniciar testes aqui no Brasil, mas por se tratar de produto direcionado ao uso rodoviário é preciso ter estrutura para tal.

“Sem dúvida trata-se de uma opção para a eletrificação. Mas o nosso maior desafio não são os veículos urbanos mas, sim, aqueles utilizados para deslocamento de longas distâncias: requerem infraestrutura adequada e ainda são um produto muito caro.”

Quanto à competitividade dos ônibus elétricos, cuja primeira leva do seu eO500U a Mercedes-Benz começou a entregar no mês passado, composto por lote de cinquenta unidades para o sistema urbano da cidade de São Paulo, Puchert assinalou que não se pode olhar apenas para o preço do veículo, uma vez que concorrentes chineses entram no País com valores mais atrativos.

“É preciso analisar o custo total da operação e o suporte que se terá ao adquirir um produto desses. E nós qualificamos nosso pessoal e os distribuidores para prestar assistência aos clientes. Por isto esta concorrência não é algo que nos assuste.”

Fiat Toro chega a 500 mil unidades produzidas

São Paulo – A Fiat Toro, lançada em 2016, atingiu a marca de 500 mil unidades produzidas na fábrica de Goiana, PE. A picape inaugurou um novo segmento no País, situado no espaço das compactas às grandes, atraindo muitos consumidores e fazendo com que outras montadoras desenvolvessem projetos semelhantes. 

Em 2023 a picape somou 46,6 mil unidades emplacadas até novembro, de acordo com dados divulgados pela Fenabrave, sendo a segunda picape mais vendida no Brasil, atrás apenas da líder Fiat Strada, que também lidera o ranking geral por modelo.

Vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias seguem em queda

São Paulo – A venda de máquinas agrícolas somou 49,5 mil unidades até outubro, retração de 11,8% na comparação com iguais meses do ano passado, segundo divulgou a Anfavea na quinta-feira, 7. O segmento sofreu ao longo de 2023 por causa das instabilidades climáticas no País e da queda no preço das commodities, que diminuíram a rentabilidade dos agricultores fazendo com que investissem menos em novas máquinas.

Em outubro foram comercializadas 4,9 mil unidades, volume 25,8% menor do que o registrado no mesmo mês de 2022 e 17,7% abaixo de setembro. 

O cenário para máquinas de construção foi ainda mais desafiador porque o segmento está em compasso de espera pelas obras de infraestrutura do governo federal.

No acumulado do ano foram vendidas 25,4 mil máquinas, recuo de 24,2% com relação a igual período de 2022. E as vendas em outubro somaram 2,3 mil unidades, caindo 31,6% na comparação com outubro de 2022 e 13,8% com relação a setembro.

Exportações

No acumulado até outubro as exportações de máquinas agrícolas somaram 7,6 mil unidades, queda de 13,1% na comparação com 2022. Em outubro os embarques somaram 733 unidades, queda de 37,4% com relação a outubro do ano passado e avanço de 7% ante setembro.

As máquinas de construção, com o fato de alguns modelos serem produzidos apenas no Brasil e com a forte demanda por grandes mercados como os Estados Unidos, registraram alta de 11,8% nas exportações de janeiro a outubro, com 14,1 mil unidades. 

Em outubro foram exportadas 1,6 mil máquinas, alta de 15,6% sobre outubro do ano passado e expansão de 21,2% sobre setembro.

Maersk começará a usar seu navio movido a metanol verde

São Paulo – A empresa de logística global Maersk começará a usar seu primeiro navio porta-contêiner movido a metanol a partir de fevereiro de 2024. Será o primeiro de dezoito navios capazes de navegar com sistema bicombustível, com metanol, biodiesel e combustível convencional.

A rota inicial do navio será da Ásia à Europa, com capacidade para levar até 16 mil contêineres. Ele foi produzido pela HHI, Hyundai Heavy Industries, e faz parte das ações da Maersk para zerar suas emissões de carbono até 2040.