Volkswagen consolida posição e prepara novo ciclo de investimento no Brasil

São Paulo – No ano em que celebrou 70 anos de operação no Brasil a Volkswagen consolidou-se na vice-liderança do mercado, superada apenas pela Fiat. Até novembro as vendas somaram 301 mil unidades, o que garantiu 15,5% de participação de mercado, com destaque para o Polo, automóvel mais vendido, e o T-Cross, o SUV líder em vendas.

Durante encontro com a imprensa, em São Paulo, na segunda-feira, 11, o CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, reafirmou que em breve a empresa deverá anunciar um novo plano de investimentos no País, que se somará ao atual plano de R$ 7 bilhões em vigor. O executivo não entrou em pormenores de valores ou destinação específica, mas informações obtidas junto ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC indicam que este novo aporte será próximo a 1 bilhão de euro e poderá incluir o desenvolvimento e a produção local de modelos híbridos, com previsão de lançamento por volta de 2027.

Sobre as futuras tecnologias Ciro Possobom enfatizou que a Volkswagen está se preparando para oferecer ao mercado diversas soluções. Embora o foco ainda seja os motores a combustão a empresa planeja incluir opções elétricas e híbridas em sua oferta. Ele ressaltou a vantagem do Brasil pela disponibilidade de etanol, tornando os carros da Volkswagen amigáveis ao meio ambiente e acessíveis à população.

No curto prazo Possobom acredita que o caminho da indústria automotiva deve passar necessariamente pelos sistemas híbridos. Ele destacou a prudência da empresa, afirmando que uma transição direta para veículos elétricos, aqui, poderia resultar em uma queda significativa no mercado e no fechamento de fábricas. Assim a estratégia da Volkswagen é oferecer aos clientes as três opções: veículos a combustão, híbridos e elétricos.

Quanto ao futuro Possobom expressou otimismo, prevendo um crescimento de 5% a 10% em 2024. Ele atribui este crescimento principalmente à redução da taxa de juros e ao aumento do mercado corporativo. Antecipou que será um ano emocionante e altamente competitivo para a indústria automotiva no País.

Vendas financiadas de veículos avançam 18% em novembro

São Paulo — Foram realizadas, em novembro, 538 mil vendas financiadas de veículos, incluídos automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas, tanto novos como usados. O volume, de acordo com dados da B3, que opera o SNG, Sistema Nacional de Gravames, e reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito, supera em 17,8% o total comercializado um ano atrás. Ante outubro o avanço é de 0,8%.

A maior expansão se deu em leves, de 18,2% ante novembro de 2022 e de 3,3% frente a outubro. Pesados ampliaram em 17,3% os financiamentos na comparação anual, no entanto, em relação ao mês anterior, houve recuo de 8,6%. O mesmo movimento foi visto com as motos, em que as vendas a prazo ficaram 17% acima das registradas no mesmo mês no ano passado, mas 4,4% abaixo das do mês anterior.

Segundo Gustavo de Oliveira Ferro, gerente de planejamento e inteligência de mercado na B3, em novembro houve a melhor média por dia útil desde dezembro de 2022, com 26,9 mil veículos financiados: “Este mercado vem em uma evolução crescente, principalmente no segundo semestre, e a tendência é fecharmos o ano com resultado bastante positivo”.

De janeiro a novembro foram financiados 5,3 milhões de veículos, 9,1% a mais que no mesmo período do ano passado.

Produção de motocicletas registra o melhor novembro dos últimos dez anos

São Paulo – A produção de motocicletas registrou o melhor novembro dos últimos dez anos no Brasil, com 131,9 mil unidades produzidas, de acordo com dados da Abraciclo, entidade que representa o setor de duas rodas. Esse resultado é 2,1% maior do que o registrado em igual período de 2022 e estável na comparação com outubro.

Reflete o trabalho das fabricantes de driblar as adversidades impostas pela estiagem que a região de Manaus, AM, está enfrentando, disse o presidente da Abraciclo, Marcos Bento : “Os impactos foram minimizados graças ao esforço da indústria em buscar alternativas logísticas para manter o mercado abastecido”. 

O resultado acumulado do ano de produção mostrou que 1 milhão 455 mil motocicletas saíram das linhas de produção, expansão de 9,6% ante iguais meses de 2022. Para o fechamento do ano a expectativa da entidade é de chegar a 1 milhão 560 mil unidades, crescimento de 10,4% na comparação com o ano anterior.

Em novembro foram vendidas 130,5 mil motocicletas, incremento de 5,9% sobre novembro do ano passado e recuo de 5,2% na comparação com outubro. O resultado foi o melhor para o mês desde 2011. De janeiro a novembro as vendas somaram 1 milhão 449 mil unidades, alta de 17,8% na comparação com igual período do ano passado.

As exportações seguem sofrendo por causa da falta de harmonização regulatória dos países da região. Em novembro foram embarcadas 1,4 mil unidades, retração de 61,1% na comparação com novembro do ano passado e de 28,8% com relação a outubro. No acumulado do ano foram exportadas 31,9 mil motocicletas, queda de 38% na comparação com 2022.

Governo retorna cobrança de imposto de importação de 10,8% em painéis solares

São Paulo – O Gecex-Camex, Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior, determinou na terça-feira, 12, que painéis solares montados vindos de outros países serão reonerados, uma vez que há produção similar no Brasil. Foram revogados 324 ex-tarifários desse mesmo produto que tinham tarifa reduzida a 0.

Além de placas usadas na geração de energia solar aerogeradores, utilizados para a produção de energia eólica, também perderão a isenção do imposto de importação. A decisão foi justificada por serem ambas indústrias fundamentais na produção de energia renovável.

No caso dos módulos fotovoltaicos a partir de 1º de janeiro incidirá alíquota de 10,8%. Para os ex-tarifários revogados a medida começa a valer dentro de sessenta dias.

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que “a produção de equipamentos de geração de energia solar é estratégica para o País, pois contribui para nossa segurança energética e está alinhada ao programa de transição ecológica para uma economia de baixo carbono”.

Haverá, entretanto, cotas de importação livres de imposto, em valores decrescentes até 2027, para que o mercado tenha tempo de se adaptar às novas regras. De janeiro a junho do ano que vem o valor será de US$ 1 bilhão 130 milhões, sendo que de junho de 2024 a junho de 2025 passará a US$ 1 bilhão 100 mil, valor que será reduzido a US$ 717 milhões de julho de 2025 a junho de 2026. E, por fim, de julho de 2026 a junho de 2027 o valor recuará para US$ 403 milhões.

Para o governo o retorno da tarifa à TEC, Tarifa Externa Comum, do Mercosul, deverá elevar e atrair investimentos, estimular o desenvolvimento da cadeia produtiva e gerar milhares de empregos de qualidade.

O Brasil possui capacidade instalada de 10,3 GW de energia solar, e 99% de todos os módulos usados são importados da China. Em 2022 as importações somaram US$ 5 bilhões.

Dados da Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, indicam crescimento médio anual de 9,4 GW na capacidade instalada no País de 2023 a 2026. Segundo cálculos do setor cada incremento de 9,4 GW levaria à criação de 19 mil empregos ao longo da cadeia produtiva, sendo 6,5 mil apenas na produção dos módulos.

BMW elevará a capacidade de produção de Araquari em 10%

São Paulo – A capacidade de produção da fábrica da BMW em Araquari, SC, será elevada para 11 mil veículos por ano a partir do ano que vem, um aumento de 10%, anunciou Reiner Braun, presidente para a América Latina. Seão contratados cinquenta trabalhadores, expansão de 5% sobre quadro atual.

O objetivo, de acordo com Braun, é acompanhar a demanda crescente: “No Grupo BMW a produção segue a demanda e acreditamos no mercado brasileiro. Temos um plano de crescimento no País, que é conectado a planos de aprimoramento da nossa atual liderança do mercado premium na região”.

De acordo com o executivo um dos pilares para o sucesso da BMW no mercado brasileiro e na região é a estrutura local, que conta com duas fábricas no Brasil e uma no México. Por aqui também mantém um Centro de Engenharia, que apoia os desenvolvimentos globais, com 4,2 mil colaboradores:

“Continuaremos a investir na América Latina, onde somos líderes em vendas de modelos premium por seis anos consecutivos, posição que será mantida em 2023”.

Cerca de 60% do total vendido pela BMW no Brasil, hoje, são de modelos produzidos em Araquari, de onde saem o X1, X3, X4 e o sedã Série 3.

Driv Tenneco amplia produção de amortecedores Monroe em Mogi Mirim

São Paulo – A Driv Tenneco inaugurou na terça-feira, 12, uma nova linha de produção de amortecedores Monroe em sua fábrica de Mogi Mirim, SP. Resultado de investimento de R$ 10 milhões amplia em 30% a capacidade de entrega do componente, dedicado aos segmentos OEM e de reposição de veículos leves, para 7 milhões de unidades/ano a partir de 2024.

Segundo o diretor nacional de vendas, Daniel Fabbris Neto, o projeto durou três anos. Para operar a nova linha, que ocupa área de 268 m², foram contratados cem trabalhadores: “Com essas contratações, majoritariamente feitas em Mogi Mirim e em Mogi Guaçu, somamos mais de 1 mil colaboradores na unidade, considerando apenas os empregos diretos”.

Os amortecedores produzidos em Mogi Mirim abastecem veículos de montadoras instaladas no Brasil e na Argentina. Mais de 60% da produção é destinada ao mercado de reposição.

“Os investimentos aqui realizados são a comprovação do comprometimento da Tenneco em continuar a oferecer os melhores produtos e serviços ao mercado local e para ampliarmos nossa presença na região por meio das operações aqui e em Rosário, na Argentina. Nossas metas para o Brasil e América do Sul são ambiciosas para os próximos anos e a ampliação dessa linha de produção nos ajudará a conquistá-las”.

Em 2024 a fábrica de Mogi Mirim completa 50 anos produzindo amortecedores Monroe. A nova linha agrega inovações à unidade, como novas máquinas e atualizações nas linhas de solda e outras infraestruturas.

Venda de veículos no Chile recua 19% em novembro

São Paulo – O mercado de automóveis e comerciais leves do Chile segue afetado pela baixa atividade econômica do país e pela dificuldade de acesso ao crédito para o financiamento de veículos. Em novembro as vendas somaram 25,6 mil unidades, recuo de 19,2% na comparação com igual mês de 2022 e leve aumento de 2% sobre outubro, segundo os dados divulgados pela Anac, entidade que representa o setor automotivo local.

No acumulado do ano foram vendidas 286,8 mil unidades, retração de 27% na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a novembro a Toyota liderou as vendas com 24 mil unidades entregues, a Chevrolet ficou em segundo lugar com 19,5 mil vendas e a Hyundai aparece na terceira posição com 18,9 mil veículos comercializados. 

No segmento pesado os caminhões registraram queda de 6,6% na comparação com novembro do ano passado, com 1,1 mil veículos vendidos, volume que também foi 3% menor do que o comercializado em outubro. No acumulado do ano o recuo chegou a 22,2%.

Já os ônibus registraram a maior queda do mês, com 281 vendas, volume 51,2% menor do que o vendido em novembro do ano passado e 56,4% menor do que o comercializado em outubro. No acumulado do ano foram vendidas 2,8 mil unidades, expansão de 4,5% ante iguais meses de 2022.

Mercedes-Benz conclui lançamentos do ano com o GLS

São Paulo – A Mercedes-Benz anunciou a chegada do novo GLS ao mercado brasileiro, fechando a renovação do seu portfólio de veículos importados vendidos no País. Assim como fez com outros SUVs a empresa dotou o GLS com motorização híbrida leve, composta por um motor 3.0 de 381 cv de potência, que trabalha com um gerador de partida integrado e um sistema elétrico de 48 volts, acoplado a câmbio automático de nove marchas. 

O GLS é o nono SUV lançado pela Mercedes-Benz em 2023, com mudanças externas e internas. O modelo é equipado com central multimídia com tecnologia MBUX, que permite controlar algumas funções do veículo por comando de voz, quadro de instrumentos digital, ar-condicionado digital e de zona dupla, tração integral, assistente de condução, câmara 360º.

O modelo já pode ser encomendado na rede Mercedes-Benz por R$ 979, 9 mil.

Renault promove o Transformation Day para se aproximar das universidades

São Paulo – Para aproximar a empresa das universidades, com a intenção de fomentar a geração de novas ideias, a Renault realizou a primeira edição do Transformation Day na fábrica de São José dos Pinhais, PR. O evento reuniu doze universidades de Curitiba: UniBrasil, UniCesumar, Universidade Positivo, Uninter, UniOpet, FAE, UniCuritiba, PUC, UFPR, UTFPR, UniSenai e Tuiuti.

Cada uma delas participou do evento com grupo de alunos e professores, que trabalharam ao longo de dois meses em soluções dedicadas para uma das seis áreas: supply chain, manufatura, engenharia de produto, TI, design e engenharia de processos.

Durante o desenvolvimento de cada projeto os grupos contaram com mentorias realizadas por profissionais da Renault.

Fever Fleet inicia locação de veículos elétricos

São Paulo – A Fever Mobilidade anunciou a chegada da Fever Fleet, sua unidade de locação de veículos elétricos. O foco será atender demandas de movimentação de carga e prestação de serviços de entregas last mile. 

A empresa terá sua frota composta por triciclos importados da China, da marca Rapsev, que são montados em Santa Catarina. As opções disponíveis para locação são Fever Rap FR150 Frigo, com preço inicial de R$ 3,6 mil/mês em contratos de 24 meses, Fever Rap FR250, com mensalidade de R$ 3 mil em 24 meses, e Fever Rap FR110, cujo preço depende de contato direto com a locadora.