Antevisão do futuro próximo

A projeção recente conta de estudo global da consultoria McKinsey em conjunto com Bloomberg New Energy Finance: carros elétricos responderão por dois terços da frota de automóveis das cidades mais caras do mundo em 2030. Por três razões: regulamentações mais rigorosas de emissões, queda dos custos das tecnologias e maior interesse do consumidor por produtos limpos.

São Paulo talvez não será uma dessas cidades, pelo menos nesse mesmo prazo. Mas o Salão do Automóvel, que acontece de 10 a 20 de novembro na capital paulista, sugere que alguns fabricantes já estão preocupados aos menos em mostrar aos futuros consumidores que dispõem de tecnologias e produtos para quando essa realidade estiver bem mais próxima aqui.

Além de produtos híbridos já bem conhecidos dos brasileiros, como Toyota Prius ou Ford Fusion Hybrid, e outros inéditos, casos do Kia Niro e do ainda conceito Volkswagen Golf GTE Sport, os mais de 700 mil visitantes aguardados para a mostra conhecerão investidas de vários fabricantes em modelos elétricos puros.

Uma montadora, em especial, tornou-se ícone da tecnologia elétrica: a Tesla, que fará sua estreia no evento. A empresa californiana, fundada há apenas 13 anos, mostrará versões de seu Model S, carros esportivo que tem autonomia de 435 quilômetros e que acelera de 0 a 100 km/h em apenas 4,5 segundos.

Eficiência energética é, na verdade, a expressão da moda na indústria brasileira desde que o Programa Inovar-Auto, iniciado em 2012, estabeleceu que os fabricantes que atingissem índices médios de consumo em sua gama de produtos recolheriam menos tributos. Antonio Megale, presidente da Anfavea, afirma que mostra paulistana será palco da Geração Inovar-Auto de veículos.

Não é o caso ainda, porém, de produtos nacionais elétricos ou híbridos. Todas as montadoras que prometem atrações para o segmento terão somente modelos importados.

A General Motors é uma delas. A montadora trouxe especialmente para o evento o Bolt, “carro elétrico acessível de maior autonomia do seu segmento”, como assegura a empresa.

Com baterias de íons de lítio, o modelo pode percorrer, apenas com uma única carga, mais de 380 quilômetros. Ou, pelos cálculos da montadora, cerca de cinco vezes o que um motorista comum roda diariamente em média.

O Bolt é abastecido por meio de cabo de energia conectado a uma tomada. O sistema doméstico expresso de 240V permite que as baterias sejam recarregadas rapidamente. Uma hora de energia elétrica corresponde a cerca de 40 quilômetros de autonomia. Em estações públicas de alta voltagem, bastam trinta minutos para que o carro esteja apto para rodar 150 quilômetros.

O carro é fabricado nos Estados Unidos, é começa a ser vendido por cerca de US$ 30 mil, já considerando incentivos tributários.“O papel do Bolt no Salão de São Paulo é o de mostrar ao brasileiro a liderança tecnológica da marca Chevrolet na eletrificação de veículos”, diz Marcos Munhoz, vice-presidente da GM do Brasil.

Diferente da GM com o Bolt, a Peugeot mostrará apenas uma tendência do que pode ser seus esportivos do futuro. O Fractal é um conversível dotado de motores elétricos traseiros com potência total de 204 cv e autonomia de 450 quilômetros.

Airbag Takata continua fazendo vítima, agora os Toyota Corolla e Etios

O defeito nos airbags fornecidos pela japonesa Takata continua mobilizando as montadoras em campanhas de recall. Na semana passada a FCA iniciou chamamento de proprietários de Jeep Renegade e Fiat Uno para troca do deflagrador do equipamento.

Na segunda-feira, 31, foi a vez da Toyota convocar os donos de Corolla fabricados entre 9 de janeiro de 2012 a 14 de fevereiro de 2014, como também de 24 de outubro de 2007 a 23 de dezembro de 2009, e de Etios, de 7 de maio de 2012 a 29 de setembro de 2014, para agendar visita a uma concessionária para substituir o deflagrador do airbag do motorista. A campanha envolve mais de 303 mil unidades, de todas as versões.

No comunicado, a fabricante diz ter constatado degradação do deflagrador, peça que integra o sistema de airbag do motorista, após longos períodos de exposição a altas temperaturas, variações de temperatura e alta umidade. Assim, o defeito torna o dispositivo mais suscetível ao rompimento inadequado e, em caso de colisão, a bolsa acaba abrindo com muita força, estilhaça a carcaça do deflagrador e atira pedaço de metal contra os ocupantes do veículo.

Os ferimentos são semelhantes a facadas e já deixaram onze mortos nos Estados Unidos e cinco na Malásia. Não há registro de vítimas no Brasil, mas além dos recentes chamamentos, há outras doze marcas em campanha pelo mesmo motivo envolvendo mais de 1 milhão de carros.

A mesma Toyota e pelo mesmo problema anunciou na semana passada que chamará para recall outros 5,8 milhões de airbags defeitosos da Takata. A campanha envolve 1,47 milhões de automóveis vendidos na Europa, 1,16 milhões no Japão, 820 mil na China e 2,35 milhões em outras regiões do mundo, incluindo a América do Sul.

O defeito no deflagrador do aribag da Takata foi descoberto em 2013 e, desde então, é objeto de campanhas de recall mundo afora. A empresa japonesa fornece o equipamento para diversas montadoras em todo o mundo e, de acordo com estimativas, supera 100 milhões de unidades envolvidas, o que faz do caso o maior recall da história.

Os proprietários deverão entrar em contato com a rede de concessionárias Toyota para agendamento prévio. Tanto o site www.toyota.com.br quanto o 0800 703 02 06 podem ajudar na relação das concessionárias e em mais informações a respeito.

Participação de seminovos no consórcio tem crescimento contínuo

Estudo feito pela Abac, Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio, baseado em dados da Cetip, mostra que o sistema de consórcio como meio de comprar um veículo seminovo, modelo com até três anos de uso, registra crescimento permanente nos últimos cinco anos.

Em setembro de 2011 a participação da modalidade era de 3,68% no total de seminovos negociados por meio de créditos concedidos, sejam eles financiamentos ou consórcio. De lá para cá, a fatia só evoluiu, chegando a 10,69% em setembro de 2016.

Também no volume de carros usados houve crescimento. Enquanto a média mensal de vendas por meio de créditos de consórcios em 2011 era de 10,4 mil unidades, no acumulado até setembro deste ano atingiu 22,3 mil, evolução de 114,4%.

“A crise econômica instalada no País provocou maior reflexão do consumidor em relação ao momento de trocar o veículo”, avalia em nota Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac. “Com os orçamentos pessoal e familiar apertados, houve uma reavaliação da necessidade imediata dessa troca. Mais ainda: a concretização ou não de cada negócio foi precedida de análise de alternativas e condições existentes no mercado. Desta forma, ao planejar a futura compra de um novo carro, zero ou seminovo, o consumidor passou a considerar preço mais em conta, valor do seguro e índice de desvalorização menor, e opta pelo consórcio para viabilizar a aquisição de um seminovo em bom estado de conservação e com características de conforto superiores.”

O estudo também apresenta que ao longo dos últimos cinco anos, o consórcio aumentou da presença no mercado financeiro, tornando-se opção para compra de automóvel, utilitário ou caminhonetes. Ao considerar a base 100 em janeiro de 2011 para avaliar o comportamento das modalidades de crédito disponíveis, constatou-se que os consórcios atingiram, em setembro deste ano, 276,27, ou seja, 176,27% a mais que no início de janeiro de 2011.

Rossi avalia os índices como “maior atenção do consumidor às suas finanças pessoais, especialmente quanto à essência da educação financeira, que tem levado pessoas e famílias a implantar novas atitudes para enfrentar o momento difícil da economia brasileira”.

Segundo a Abac, o sistema de Consórcios possui atualmente 7 milhões de participantes ativos, de acordo com o último balanço divulgado em agosto. Somente em veículos leves, que inclui automóveis, utilitários e camionetes, há 3,25 milhões de consorciados, 46,4% do total. Os negócios globais com o mecanismo somaram R$ 50,29 bilhões, de janeiro a agosto. Só com os veículos leves, o total foi de R$ 24,73 bilhões, 49,2%, considerando novos e seminovos.

Volkswagen lança o Atlas

Na noite de quinta-feira, 27, em Santa Monica, Califórnia, Estados Unidos, a Volkswagen revelou o Altas, um utilitário esportivo para sete lugares especialmente concebido para as famílias americanas. O modelo foi baseado no conceito CrossBlue, apresentado inicialmente no Salão de Detroit de 2013.

Segundo a fabricante o carro inicia um novo capítulo em sua história nos Estados Unidos por ser o maior e mais ousado veículos já construído pela marca naquele mercado, passando atuar na chamada categoria de SUVs médios, o que no portfólio de oferta da empresa se posiciona entre o Tiguan e o Tuareg.

O Atlas será produzido em sua fábrica de Chattanooga, no Tenessi, e foi concebido sobre a plataforma global MQB, a mesma utilizada pelo Golf e Passat. Mas ao contrário dos outros modelos com os quais compartilha plataforma, a novidade tem proporções mais generosas, com 5,03 metros de comprimentos, 1,97 m de largura e 1,76 m de altura. É o maior Volkswagen vendido nos Estados Unidos.

No powertrain a oferta tem motores 2.0 TSI de quatro cilindros a gasolina com 238 cv ou um 3.6 VR6 de 280 cv. Ambos acoplados a uma caixa de transmissão de oito velocidades. O carro também pode ser entregue somente com tração dianteira ou ainda com o sistema de 4Motion, que seleciona a melhor proporção de tração entre os eixos de acordo com as condições do piso, clima ou velocidade.

A fabricante adianta ainda que o novo SUV também será oferecido na Rússia e mercados do Oriente Médio no ano que vem.

Segundo a imprensa especializada local, o Atlas está sendo visto pela rede concessionárias como um luz no fim de um longo e escuro túnel, após três anos de quedas consecutivas e uma reputação manchada pelo escândalo provocado pelo Dieselgate.

Pequenas, e boas, notícias Troller

Montadora de nicho, mas dona de tribo entusiasta, a Troller, na pré-apresentação da nova versão de seu modelo T4, a Bold, mostrou-se empresa cheia de boas expectativas para 2017. Por exemplo: ampliar a rede de concessionários, ainda este ano, em 10%, de 21 para 23 casas, e ir além no ano que vem, não é coisa pouca – particularmente num instante em que a grande maioria das redes de revendedores encolhe de maneira significativa.

A empresa, controlada pela Ford desde 2007, também tem colocado a mão no bolso e gasto dinheiro, R$ 200 milhões na ampliação da fábrica de Horizonte, 47 quilômetros ao Sul de Fortaleza, CE. Como disse Demétrio Fleck, gerente de vendas, marketing e pós-vendas, “investimos fisicamente na nossa capacidade de produção, crescemos 5 mil m2 em área coberta, para 21 mil m2, e em novo depósito de peças. E criamos uma pista de testes pensando em tornar ainda melhor o nosso produto”.

Troller, claro, é empresa de nicho, seus clientes têm sempre o perfil de off-road – a marca é sinônimo de genuíno fora de estrada –, e por essa razão expandir sua unidade produtiva e sua rede de concessionários, principalmente na região Centro-Oeste e Norte, é mensagem que só pode ser entendida como de muita confiança no futuro.

As vendas da Troller vêm em ritmo crescente: 1 mil 146 unidades em 2013, 1 mil 474 em 2014, 2 mil 19 no ano passado. Fleck acredita que 2016 fechará acompanhando o padrão de queda anunciado para a indústria:

“Acredito que as nossas vendas cheguem a 1,5 mil unidades. Quem sabe um pouco mais, 1,6 mil. Chegamos a 1,3 mil de janeiro a setembro”.

Os números podem parecer, assim, meio insípidos. Mas Demétrio Fleck e sua supervisora de vendas e marketing, Carla Freire, que pesquisam e solicitam pesquisas com muita habitualidade, dizem que têm muitas boas razões para serem otimistas com relação ao crescimento Troller.

De acordo com eles 70% dos seus novos clientes têm origem, basicamente, em SUVs e picapes movidos a diesel. Que são, também suas principais concorrentes: Ford Ranger, Toyota Hilux, Mitsubishi Pajero, Chevrolet S10. Incluem, também, nesse grupo, o Jeep Wrangler.

Na verdade Fleck e Carla Freire confiam muito na competitividade dos preços Troller diante de concorrência tão bem posta e afamada.

O caso da versão Bold do Troller T4, da qual a companhia produzirá exatas 180 unidades exclusivas, é bastante ilustrativo. O seu preço é R$ 129 mil 990, R$ 5 mil a mais do que o modelo XLT, sua origem. Seus itens especiais, comprados separadamente, custariam R$ 8 mil a mais: snorkel, central multimídia e pintura especial.

A Troller considera que Bold, cujas vendas começam em 26 de novembro, durante o Troller Bold Day, é a versão, digamos, “animal” da sua linha. Será mostrada durante o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, de 10 a 20 de novembro, no São Paulo Expo. Tão “animal” que, nas peças promocionais, é adjetivada como “inspirado no lado invocado da natureza” – é definição pra trolleiro algum botar defeito.

A descrição: vem com rodas de 17 polegadas e snorkel em preto fosco e pontos de ancoragem dianteiros pintados em vermelho. A carroceria possui duas opção de cores combinadas entre amarela, vermelha e branca. Capota, grade dianteira, para-choques, tampa traseira e acessórios têm a cor cinza escuro com adesivo lateral exclusivo.

No interior há uma central multimídia Kenwood Ecelon em tela de 6,95 polegadas: GPS com navegador Garmin, discagem por comando de voz, DVD, conexão Bluetooth, USB.

O motor da versão Bold é o Ford Duratorq 3.2 turbodiesel de cinco cilindros, de 200 cv de potência, torque de 47,93 kgfm e transmissão manual de seis velocidades.

No Salão do Automóvel a Troller também exporá um novo conceito, por enquanto conhecido pelo nome-código Extreme. Pelo teaser apresentado acompanhará as sagas do Expedition e do Desert Storm. E agora também do Bold.

Construindo a qualidade do futuro

Frente a uma nova revolução tecnológica acontecendo diante de nossos olhos no cenário global, muitas empresas já se preparam para atender novos requisitos de qualidade para produtos cada vez mais inteligentes, utilizando conceitos de automação, conectividade e sistemas analíticos avançados.

Com a internet cada vez mais ao alcance de todos, se torna difícil não pensar que o futuro da qualidade está totalmente vinculado à conectividade. Utilizamos no nosso cotidiano aplicativos de celular que possibilitam conexões em tempo real, transformando cada aparelho em um sensor móvel que retroalimenta um sistema analítico e se ajusta automaticamente, tendo como exemplo os aplicativos de navegação.

Muitos sistemas inteligentes podem ser vistos como os sensores utilizados na Fórmula 1, que avaliam a eficiência do carro e se ajustam automaticamente para atingir o melhor desempenho aerodinâmico, ou os aplicados na indústria aeronáutica, que possibilitam a verificação de itens críticos em pleno voo, otimizando o período de manutenções com redução do tempo da aeronave em solo, cancelamentos de voo ou possíveis falhas.

Até mesmo no segmento agropecuário é possível identificar exemplos de sistemas que utilizam a conectividade para melhoria de rendimento e redução de custos, podendo avaliar a qualidade de solo ou, por exemplo, a evolução de peso do rebanho, para possibilitar o melhor tratamento e por consequência, o melhor resultado.

Atualmente é impossível imaginar a vida sem esses sistemas inteligentes. Por vezes não pensamos em quanta tecnologia está envolvida para o alcance de resultados jamais esperados, e para tornar o trabalho cada vez mais fácil.

O grande desafio da indústria automotiva é se adequar a essa nova onda tecnológica com consumidores cada vez mais exigentes e ainda se manter competitiva, introduzir no mercado veículos com sistemas inteligentes que garantam um alto padrão de qualidade, conforto, segurança e desempenho. Tudo com base em processos robustos, para aumentar a eficiência e obter redução de custos.

A aplicação da internet industrial é o caminho a ser percorrido pelas empresas que desejam atender a este nicho de mercado e se preparar para a nova revolução tecnológica com sistemas integrados.

O conceito de integração se baseia em três pilares fundamentais: Máquinas inteligentes que possibilitem a utilização de sensores avançados para o aumento significativo de eficiência e nível de qualidade; sistema analítico capaz de avaliar todos os dados do processo e ajustar as variáveis em busca do melhor desempenho; e pessoas, estando elas conectadas aos processos virtual ou fisicamente, trabalhando de forma colaborativa em equipamentos automatizados.

João Alexandre Gomes Jr., engenheiro sênior na Mercedes-Benz do Brasil e membro do Comitê Manufatura, Logística e Qualidade do 25º Congresso SAE BRASIL

Mercado em baixa não assusta Goodyear

As vendas de pneus para montadoras apresentaram queda 20,8% no primeiro semestre desse ano na comparação com o mesmo período de 2015. Segundo a Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, o mercado caiu de 7,7 milhões para 6,1 milhões de unidades. Mesmo com o cenário pouco atrativo, a Goodyear aposta na recuperação do mercado e em novas tecnologias para alavancar as vendas. Em seu último ciclo de investimentos, finalizado em 2015, a fabricante aportou US$ 240 milhões na fábrica de Americana, SP. Fabio Garcia, gerente de marketing de pneus comerciais da Goodyear Brasil, conversou com a Agência AutoData.

O mercado interno de ônibus e caminhões está caindo drasticamente em 2016. Qual a previsão de vendas de pneus da Goodyear para esses segmentos neste ano e em 2017?
É um cenário desafiador, mas com tendência de recuperação, momento também de aproveitar oportunidades. Por isso, não paramos os processos. Se havia a previsão de lançar um produto, vamos lançá-lo. Passamos por outras situações, mais fáceis e mais difíceis, mas elas sempre foram superadas. Não divulgamos previsões numéricas.

A parte de reposição foi aquecida em consequência da baixa demanda das montadoras?
A redução da demanda das montadoras foi algo expressivo no mercado de pneus, mas não podemos dizer que a reposição esteve com as vendas aquecidas em 2016, mesmo porque ainda há retração da demanda por conta do momento em que o País está passando. Independentemente disto, para que as frotas continuem suas operações, precisam fazer a reposição dos pneus nos veículos de sua propriedade, portanto podemos dizer que a queda do volume da reposição foi menor quando comparado com a queda do volume das montadoras.

Quais os principais lançamentos da Goodyear para veículos comerciais neste ano?
Lançamos em setembro o Citymax Plus, novo pneu para uso urbano em ônibus e caminhões com até 8% a mais de quilometragem. Disponível na medida 275/80R22.5, tem novo desenho dos sulcos externos que, em conjunto com um composto especial, permite o aumento da quilometragem do pneu em banda original. Além disso, conta com sete anos de garantia, dois anos a mais do que a prática de mercado, e a opção de tecnologia RFID incorporada já no processo de produção.

Como funciona essa tecnologia de chip nos pneus?
O chip RFID, de identificação por radiofrequência, deve ser usado em conjunto com a solução Control Max, composta por software e ferramentas de última geração – que também podem ser totalmente integrados a outros sistemas de controle de frotas. O sistema monitora os pneus e emite relatórios analíticos fundamentais para o controle do estoque, montagens, rodízios, reparos e trocas. O Control Max também possibilita a coleta de dados de pressão de ar e profundidade dos sulcos.

Quais os principais avanços e ações mais recentes da Goodyear no Brasil?
O desenvolvimento do sistema eletrônico de pneus foi, sem dúvida, um marco da Goodyear que revolucionou o mercado de pneus. A estratégia da companhia está pautada no Ciclo Completo do Pneu, que envolve desde a maior rede de revendedores, serviços e assistência técnica diferenciada, recapagem de pneus com garantia total e ferramentas de gestão de pneus inovadoras, que é o caso do novo sistema Control Max. Ele traz para os consumidores a oportunidade de se obter dados online sobre patrimônio e gestão de pneus para os gestores das frotas, que podem tomar decisões mais assertivas com relação à redução de custo por quilômetro. Desenvolvimento de tecnologias de produção e novos produtos consumiram boa parte dos US$ 240 milhões que investimos de 2012 a 2015 na fábrica de Americana, que também teve sua capacidade produtiva aumentada.

Outubro de estabilidade

O comportamento do mercado de veículos em outubro se apresentou estável em relação a setembro, mas segue ainda com quedas expressivas nas comparações com o ano passado. De acordo com relatório da Fenabrave divulgado na terça-feira, 1º, em outubro o mercado absorveu 159.046 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, volume que representa uma leve queda de 0,57% em relação ao mês anterior, mas 17,22% inferior a outubro de 2015, quando os licenciamentos somaram 192.133 unidades.

No acumulado do ano até outubro os emplacamentos nos mesmos segmentos alcançaram 1,66 milhão, queda de 22,28% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Somente no que diz respeito aos automóveis e comerciais leves, em outubro foram emplacadas 154.875 unidades, rigorosamente cem unidades a menos do volume registrado em setembro ou 0,06% menor. Vale apontar também que outubro teve vinte úteis, um a menos do que setembro. Assim, a média diária de vendas no décimo mês foi de 7,7 mil automóveis e comerciais leves, contra 7,4 mil vendas diárias de setembro.

Na comparação com outubro de 2015, no entanto, ocasião em que o mercado comprou 185.258 unidades, o resultado é 16,40% inferior. Recuo ainda mais acentuado se mostra nas vendas acumuladas de outubro, de 21,92%. Nos dez primeiros meses do ano foram emplacados 1,61 milhão de automóveis e comerciais leves contra pouco mais das 2 milhões de unidades registradas no mesmo período do ano passado.

De acordo com projeção da Fenabrave divulgada no mês passado, o mercado de automóveis e comerciais leves em 2016 deve alcançara 1,99 milhão de unidades vendidas, o que representará recuo de 19,5% na comparação com o resultado de 2015.

Em outubro o segmento de caminhões registrou mais uma queda significativa. No mês foram licenciados 3.417 unidades, volume 17,74% inferior ao de setembro (4.154) e 40,92% menor na compara com outubro do ano passado, quando os licenciamentos somaram 5.784 caminhões.

No ano o resultado também não nem um pouco animador. Os 42.067 caminhões vendidos até outubro representam retração de 31,55% em relação ao volume vendido de janeiro a outubro do ano passado.

Desolador também é comportamento do mercado de ônibus. Em outubro foram licenciados apenas 757 unidades, 8,57% inferior setembro e 30,61% em relação ao mesmo mês de2015. No acumulado, as vendas somaram 11.913 ônibus, queda de 32,56% na comparação com o desempenho de um ano antes.

ABC da tecnologia embarcada, pela Ford

Há anos a Ford se dedica a fazer orbitar, em torno de suas ações, a tribo do que se convencionou chamar de influenciadores digitais. Não por outra razão adotou TechnoDay como nome de encontro com esse público tão diverso dos habituais jornalistas de plantão. E lá, na pista do Kartódromo de Aldeia da Serra, SP, na terça-feira, 1º, aquela rapaziada ficou sabendo, na prática, o que vem a ser, afinal, um sistema de monitoramento de ponto cego com alerta de tráfego cruzado.

“Temos nos esforçado para levar nossas tecnologias para públicos mais amplos, para as novas mídias, como se fosse um showroom de novidades”, disse Adriane Rocha, gerente de relações corporativas da Ford. “E isso é um dos pilares dos negócios da empresa: queremos a companhia de todos os públicos.”

Mudanças, como inovações, são fator crítico para o sucesso, contou o gerente de marketing Fernando Pfaiffer: “Tecnologia de vanguarda implica, sempre, visão estratégica de futuro, principalmente numa empresa montadora de veículos que se transforma em uma companhia dedicada à mobilidade: temos que perseguir a excelência técnica e manter foco constante na inovação”.

Só faltou dizer, com todas as letras, que a Ford é, sim, desenvolvedora e produtora de veículos e de serviços financeiros, mas que está cada vez mais próxima do mercado da mobilidade: “São três as vertentes: conectividade, mobilidade e veículos autônomos, que prometemos para 2021”.

Foram as seguintes as tecnologias introduzidas este ano nos veículos Ford oferecidos no Brasil e mostradas e demonstradas no TechnoDay:

  • alerta de colisão: LEDs no para-brisa e avisos sonoros avisam o motorista do risco de colisão, detectada por meio de sensores. O sistema, digamos, pré-carrega os freios para que a resposta do motorista seja mais eficiente. Disponível no Fusion, no Fusion Hybrid, na Ranger e no Edge;
  • alerta de colisão com assistente autônomo de frenagem e assistente autônomo de detecção de pedestres: a tecnologia de alerta de colisão já faz com que o carro freie numa circunstância dessas. Com radar e câmara o sistema detecta veículos e pedestres em velocidade acima de 3,6 km/h e emite sinal sonoro e visual em caso de risco de acidente. Se o motorista não tomar nenhuma atitude o sistema desacelera e para o carro automaticamente. No Fusion e no Fusion Hybrid;
  • piloto automático adaptativo: automaticamente o sistema ajusta a velocidade para manter distância segura do carro que segue à frente. Com veículo mais lento à frente o sistema desacelera automaticamente e retorna à velocidade programada quando a pista fica livre. Em situação de risco entra em ação o alerta de colisão. No Fusion, no Fusion Hybrid, no Edge e na Ranger;
  • piloto automático adaptativo com stop & go: essa tecnologia é considerada aliada da redução do estresse no trânsito. Monitora o tráfego e mantém a velocidade programada, bem como a distância segura do carro da frente, acelerando e freando automaticamente. Para o carro totalmente, se for o caso, e se a parada for de menos de 3 segundos retorna à velocidade programada. No Fusion e no Fusion Hybrid;
  • sistema de estacionamento automático de segunda geração: doze sensores ultrassônicos identificam vagas paralelas e perpendiculares. Acionado, faz a manobra automaticamente e o motorista controla só câmbio, acelerador e freios, seguindo as informações no painel. No Fusion, no Fusion Hybrid, no Edge e no Focus; 
  • câmara de ré e sensores de estacionamento: a câmara mostra a visão atrás do veículo na tela do painel, e sensores dianteiros e traseiros indicam com alertas sonoros a distância de objetos próximos. No Fusion, no Fusion Hybrid, no Edge, no Focus e na Ranger. No New Fiesta sensores traseiros.
  • assistente de frenagem autônomo: aciona os freios ao identificar que o carro da frente parou de repente. O sistema monitora o tráfego à frente por meio de sensores instalados no para-brisas. Até a 50 km/h aciona os freios automaticamente para reduzir o impacto e até 20 km/h consegue evitar a colisão. No Focus;
  • auto start-stop: desliga o motor quando o trânsito para, mas mantém em funcionamento os sistemas de ar condicionado e de som/multimídia. Quando o trânsito volta a circular basta tirar o pé do freio que o motor volta à ação. No Fusion;
  • sistema de detecção de cansaço: monitora o modo de condução com informações do volante, câmaras e sensores – o carro se mantém na faixa, por exemplo. A mensagem ao motorista pedindo pausa para descanso aparece no painel. No Fusion, no Fusion Hybrid, no Edge e na Ranger; 
  • sistema de permanência em faixa: câmara frontal identifica as faixas e alerta o motorista por sons e por vibração no volante e faz ligeira correção de trajetória. No Fusion, no Fusion Hybrid, no Edge e na Ranger;
  • sistema de monitoramento de ponto cego com alerta de tráfego cruzado: pelo sistema Blis: seus sensores identificam a aproximação de outro veículo e acendem luz no espelho retrovisor externo que corresponde ao lado da aproximação e também emitem sinal sonoro. O alerta de trânsito cruzado auxilia em manobras de marcha à ré – saídas de garagem e de vagas perpendiculares, por exemplo –, informando a presença de veículos. No Fusion, no Fusion Hybrid e no Edge;
  • Advancetrac, controle eletrônico de estabilidade e de tração: previne a perda de tração e de controle, com monitoramento de rodas e eixos por sensores. Se o volante for virado de maneira abrupta o sistema automaticamente verifica o ângulo do carro e sua velocidade, e o ESP, controle eletrônico de estabilidade, impede o bloqueio das rodas e balanceia a força de frenagem de cada uma delas individualmente. No Fusion, no Fusion Hybrid, no Focus, no Edge, na Ranger, no New Fiesta, na EcoSport e no Ka.

No TechnoDay a Ford também mostrou o HLA, assistente de partida em rampas, o assistente de descida, controle automático em descidas, controle automático anticapotamento, controle adaptativo de carga, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, retrovisores com memória de posição, retrovisor eletrocrômico, faróis de LED, acendimento automático dos faróis, farol alto com acendimento automático, sensor de chuva, sistema de partida sem chave, o Ford Power, chave de segurança My Key, teclado keypad.

E a partida remota, câmara frontal com visão de 180º, seletor de câmbio E-Shifter, ar-condicionado digital dual zone, bancos com programação eletrônica de memória de posições, aquecimento e refrigeração dos bancos, sistema ativo de cancelamento de ruídos, abertura inteligente do porta-malas com sensor de presença, cintos de segurança laterais traseiros infláveis, assistência de emergência, Synk, Applink, Sync 3,

Gefco fecha contrato global com a PSA

A Gefco acaba de conquistar negócio de peso mundial. A empresa assinou novo acordo com o Grupo PSA para gerenciar toda a cadeia de suprimentos de fabricação da montadora. O valor do contrato é da ordem de € 8 bilhões de euros durante cinco anos a partir de janeiro de 2017.

Nesse período caberá à Gefco projetar e implantar as soluções globais de logística e transporte para Peugeot, Citroën e DS, as três marcas de veículos do conglomerado francês.

“ A companhia vai gerenciar e otimizar toda a cadeia de suprimentos, desde a terceirização de componentes para as plantas de produção e montagem até a distribuição de veículos acabados”, afirma em nota a Gefco, que também será responsável pela pela distribuição de peças de reposição.

O acordo vai cobrir todos os cinquenta países onde o Grupo PSA opera na atualidade, seja fabricando veículos ou distribuindo. Já a Gefco tem operações em 150 países, onde faturou perto de € 4,2 bilhões no ano passado.

“O acordo será um motor poderoso para a melhora do desempenho operacional do Grupo PSA”, disse Yannick Bézard, vice-presidente executivo de compras da montadora, por meio de nota, onde também antecipa que PSA e Gefco desenvolverão “soluções de manufatura e cadeia de suprimentos para projetos futuros, a serem realizadas somente pelos parceiros ou em colaboração com outros atores externos”.

Luc Nadal, presidente do conselho de administração da fornecedora de logística, comemorou o acordo: “Essa parceria estratégica é uma afirmação da experiência da Gefco em projetar e otimizar cadeias de suprimentos”.