O total de veículos novos e usados financiado no ano passado atingiu 4,65 milhões de unidades, recuo de 12,4% em relação a 2015. O desempenho no segmento de novos foi negativo em 25,6%, atingindo 1,74 milhão de veículos, enquanto no de usados a queda foi bem menor, de 2%, somando 2,9 milhões.
Os dados foram divulgados na sexta-feira, 13, pela Unidade de Financiamentos da Cetip, operadora do Sistema Nacional de Gravames, base integrada de informações que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo o Brasil.
No caso específico dos automóveis, foram financiadas pouco mais de 1 milhão de unidades novas em 2016, retração de 26,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. O índice de queda é superior ao da verificada no mercado de automóveis como um todo, que foi de 21%, o que corrobora informação do presidente da Anfavea, Antônio Megale, de significativo aumento da participação das compras à vista no segmento no ano passado. Em novembro, segundo a entidade, o total de carros financiados teve fatia de apenas 47% no total emplacado, o menor índice da história do setor.
Já o volume de financiamento de automóveis usados, de acordo com a Cetip, recuou apenas 1,8%, com quase 2,7 milhões de unidades negociadas. Houve crescimento de 16,3% no número de financiamentos de carros com nove a doze anos de uso, num total de 336,6 mil unidades, sendo que nesse caso o prazo médio de financiamento aumentou de 40,8 meses em 2015 para 41,3 em 2016. Já o prazo para carros com mais de 12 anos recuou de 38,1 para 36,1 meses, na mesma base de comparação.
No segmento de motocicletas, as vendas financiadas recuaram 21,3% em 2016, apesar de uma leve alta de 0,7% nos negócios a prazo com modelos usados. No caso dos veículos duas rodas é o quinto ano consecutivo de queda no total de unidades financiadas.
Considerando as modalidades de financiamento, o CDC perdeu 0,2 ponto percentual em sua participação nas vendas financiadas, passando de 80,9% para 80,7% em 2016 em relação ao acumulado de 2015. A modalidade, porém, continua sendo a preferida dos consumidores. No ano, foram vendidos a prazo 3,75 milhões de veículos por meio do CDC, queda de 12,6% em relação ao mesmo período de 2015.