Distribuição de cotas de importação de eletrificados sem imposto deve sair até o fim do ano

São Paulo – A quinze dias de virar o ano o governo federal ainda não publicou as regras para a distribuição das cotas de importação de veículos eletrificados que, a partir do ano que vem, voltarão a pagar, de forma gradativa, imposto para ingressar no País. Uma parcela desses veículos, no entanto, estará isenta de tributação. Só não se sabe ainda com qual fatia desse benefício cada empresa ficará.

Em busca desta resposta houve na quinta-feira, 14, reunião na Secex, Secretaria de Comércio Exterior, do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em Brasília, DF, envolvendo ABVE, Anfavea e Abeifa.

Segundo Ricardo Bastos, presidente da ABVE, as fabricantes de veículos que importam eletrificados anseiam por esta definição a fim de bater o martelo nos seus planos de negócios já no início do ano que vem. É preciso estabelecer, por exemplo, se os preços já serão reajustados ou se aguardarão o fim do uso da cota para incorporar o imposto de importação, hoje zerado.

“O governo não deu uma data, mas está ciente dessa urgência e quer publicar o quanto antes. Tenho a expectativa de que isso será publicado na semana que vem, de 18 a 22 de dezembro.”

De acordo determinação do Gecex-Camex as companhias terão até julho de 2026 para continuar trazendo parcela de veículos com isenção ao País, com as cotas de valor diminuindo conforme a data se aproximar.

Para híbridos as cotas serão de US$ 130 milhões até julho de 2024, US$ 97 milhões até julho de 2025 e US$ 43 milhões até julho de 2026. Híbridos plug-in terão US$ 226 milhões até julho do ano que vem, US$ 169 milhões até o ano seguinte e US$ 75 milhões um ano depois. Aos elétricos os valores serão, respectivamente, US$ 283 milhões, US$ 226 milhões e US$ 141 milhões. E aos caminhões a bateria US$ 20 milhões, US$ 13 milhões e US$ 6 milhões.

O dirigente estimou que estes valores sejam suficientes para trazer em torno de 15 mil unidades, sendo que a expectativa da Anfavea é a de que 2023 encerre com a venda de 88,8 mil unidades, incremento de 80% com relação a 2022. Para 2024 a projeção é a de que sejam emplacados 142 mil eletrificados, alta de 61%. E, nos períodos seguintes, o objetivo é que mantenha ritmo de crescimento de 50% a cada ano.

A depender do plano publicado pelo governo a cota de isenção para cada empresa deverá ser suficiente para três meses, no máximo, arriscou Bastos. Ele acredita que, do valor total, 10% ficarão separados para uma reserva técnica, algo tradicional em acordos internacionais, dinheiro que poderá atender alguma demanda judicial ou novos entrantes no mercado – é o caso, por exemplo da Omoda e da Jaecoo, que estrearão aqui em operação independente da Chery no ano que vem.

Os outros 90% dos recursos deverão ser classificados em duas faixas, sendo que uma deverá dividir de forma igualitária os recursos para todas as montadoras que importam eletrificados e a outra poderá ser fracionada conforme a participação das empresas.

“Nessa terceira faixa o que não se sabe, também, é se o critério utilizado será o de emplacamentos ao longo de todo o ano de 2023 ou se o market share considerado será o do segundo semestre, por exemplo, período em que as marcas começaram a trazer mais unidades, o que dinamizou o segmento.”

A GWM, empresa em que Bastos ocupa a cadeira de relações governamentais, se beneficiaria caso a segunda possibilidade se consolidasse, uma vez que iniciou operação no País em maio.

Caso os palpites se comprovem, o que, na análise do presidente da ABVE, será baseado em um critério justo, o próximo passo será a definição de como os valores serão repassados: “Cada empresa definirá a melhor forma. É possível que esperem a cota terminar para reajustar os valores ou, então, que já façam cálculos que diluam o impacto e o aumento já comece a valer a partir de janeiro”.

A GWM deverá seguir pelo segundo caminho. E, não necessariamente, os preços já terão correção a partir de janeiro, pontuou, ao citar que é possível a retirada de benefícios concedidos este ano, por exemplo, ou mexer nas condições de pagamento ou nos juros zero, em vez de já alterar a tabela.

“Mas tudo dependerá do tamanho da cota. Por isto é fundamental que o governo publique as regras o quanto antes. Precisamos conhecê-las para definir qual caminho seguir.”

Bosch reduz índice de falsa rejeição em peças com solução da Zebra

São Paulo – O processo de expansão da Zebra Technologies, há 54 anos no mercado de automação industrial e comercial, e que há um ano e meio ingressou no segmento de machine video ao adquirir empresas como a canadense Matrox – operação que consumiu US$ 875 milhões – rendeu frutos à operação brasileira, em parceria com a Bosch: solução da Matrox, agora rebatizada como Aurora Design Assistant, foi apresentada à sistemista por meio da Sensor, integradora que importa e configura os sistemas, e aplicada na unidade de Curitiba, PR, onde são fabricados bicos injetores para motores a diesel.

Havia um problema na linha de produção na etapa de inspeção destas peças, momento em que um robô as coloca em uma máquina para checar se existem falhas e verificar o código nelas gravado. Com alto índice de rejeição a companhia buscava diminuí-lo, e para tanto lançou mão de solução de inteligência artificial, o que não funcionou.

Na realidade, contou o engenheiro de vendas da Zebra Technologies, Luís Cunha, o porcentual ainda era elevado, na casa de 10% a 15%, porque a máquina estava se enganando, o que gerava uma falsa taxa de rejeição: “Imagine que a cada cem peças quinze eram rejeitadas, mas sem apresentar problemas de fato. Isso gerava um enorme retrabalho”, afirmou. São produzidos nesta unidade, diariamente, cerca de 7 mil bicos injetores.

A aplicação do software de inspeção e identificação de caracteres a partir das câmaras coloridas que já estavam instaladas na Bosch fez com que a falsa taxa de rejeição caísse a 5% – e sem a necessidade de aplicar inteligência artificial, embora a Zebra também disponha de ferramentas com esta tecnologia.

“Houve redução adicional de homem/hora para fazer este retrabalho. Outro benefício é a fácil implementação. A solução aplicada permite criar um console para que o operador compreenda, de forma intuitiva, o que está ocasionando o problema. Não é necessário um programador para lidar com ele.”

Com sistema da Zebra falsa taxa de rejeição na inspeção de bicos injetores da Bosch caiu para 5%. Crédito: Divulgação.

A Bosch está aplicando o sistema de visão inteligente em tempo real também no código de barras das embalagens pois, após a inspeção, as peças vão para uma caixa que conta com esta identificação. O plano, segundo o engenheiro, é expandir o uso para outras linhas.

“Este é um mercado muito grande e pouco explorado. E, para a indústria, quanto mais automatizar menor o retrabalho”, assinalou Cunha. De acordo com ele normalmente, na média, tem-se ganhos operacionais de 20% a 30% ao adotar esta solução. O retorno do investimento costuma acontecer em período de seis meses a um ano.

O executivo afirmou que a Zebra busca expandir sua atuação no setor automotivo, até porque muitas montadoras, segundo ele, utilizam o sistema Matrox ao redor do mundo. A solução pode ser aplicada, ainda, na área de logística, em substituição a operadores que utilizam scanner para fazer a leitura de imagens.

O engenheiro contou que a aquisição da companhia permitiu a melhora do serviço oferecido, uma vez que a Matrox, focada em visão computacional, não era muito boa em ler código de barras, pontuou, ao passo que esta é especialidade da Zebra, o que resultou em softwares de leitura de código de barras de alto desempenho, leitura simultânea de códigos e reconhecimento de caracteres.   

A estadunidense Zebra, que até 2014 se dedicava à impressão de código de barras, quando adquiriu a Motorola Solutions, que fabricava leitores e códigos de barras, dobrou de tamanho. E começou a investir em tablets e softwares de inteligência artificial e soluções dirigidas ao varejo. Em 2021 começou a operar no mercado de visão computacional.

No Brasil há três décadas conta com cerca de setenta funcionários, a maioria alocada no escritório de São Paulo, para dar apoio aos parceiros e integradores locais que trazem de fora as soluções e as adaptam aos clientes com produção nacional.

Arval oferecerá assinatura de carros BYD

São Paulo – A Arval, empresa de mobilidade corporativa do Grupo BNP Paribas, será a operadora do braço de assinaturas de veículos da BYD. O serviço será ofertado na rede de concessionárias e busca pessoas físicas e jurídicas.

A parceria tem como objetivo apoiar a eletrificação nas frotas brasileiras e divulgar a marca BYD Mais, que será usada pela Arval, responsável pelo gerenciamento de toda a operação de assinaturas.

Segundo Stella Li, vice-presidente global e CEO da BYD Americas, o segmento de carro por assinatura ainda tem baixa penetração no Brasil, muito distante de mercados como o europeu. A assinatura, avalia ela, poderá ajudar a disseminar os modelos 100% elétricos, encaminhando mais condutores e empresas a testarem a mobilidade de baixo carbono.

Scania acredita em crescimento de 14% em 2024

São Bernardo do Campo, SP – Em linha com a perspectiva da Anfavea a Scania avalia possibilidade de crescimento de, no mínimo, 14% no mercado de caminhões em 2024. Seu diretor de vendas para o Brasil, Alex Nucci, disse que o índice é tanto para o mercado em geral como para os segmentos acima de 14 toneladas, que são aqueles nos quais a Scania opera.

A companhia inicia o ano com parte da carteira já preenchida: segundo Nucci de 50% a 60% da produção programada para a fábrica de São Bernardo do Campo, SP, no primeiro trimestre já estão negociadas. E para o segundo trimestre 30% a 40% também.

“O cenário é positivo. Os transportadores estão comprando, o cenário para o crédito é positivo, com a redução da taxa de juros, e existe carga para ser transportada”, afirmou a jornalistas na quinta-feira, 14. “O agronegócio, mesmo com a possibilidade de safra 10% menor, está em bom momento, a mineração vem forte e com a redução dos juros esperamos a recuperação do varejo, segmento tão importante para a economia brasileira.”

O executivo classificou 2023, apesar de seus altos e baixos, como um ano positivo. Fechará o ano com queda na faixa dos 10% nas vendas de caminhões diante de cenário complicado de juros elevados, inadimplência alta e transição para a tecnologia Euro 6, que encareceu os produtos. 

“O ano começou turbulento, com incertezas por causa da política e muito estoque de modelos Euro 5. A partir de maio começou a melhorar e nos últimos três meses o mercado já esteve bem aquecido. Os clientes grandes foram às compras e começaram a destravar.”

Como a Scania não trabalha com estoque as vendas retornaram antes. Segundo Nucci já foram vendidos 6,5 mil caminhões da linha Super e 4,5 mil a 5 mil da Plus, a de entrada, todos com tecnologia Euro 6. E já existem 850 caminhões Scania a gás rodando nas estradas do Brasil.

O executivo disse, ainda, que em 2024 poderão começar a aparecer novidades a respeito da eletrificação do segmento do transporte de cargas no Brasil: “Devemos ter alguma novidade na Fenatran”.

Locação – Em seu primeiro ano a Scania Locação, novo braço do Banco Scania, colocou em torno de quarenta caminhões locados em operação de clientes. Segundo Nucci outros vinte a trinta caminhões serão introduzidos no primeiro trimestre de 2024.

“É uma alternativa que vem ganhando espaço. Locamos não só o caminhão mas todos os nossos serviços juntos, em planos que vão de 48 a sessenta meses, por demanda do próprio transportador.”.

A fábrica entra em férias na primeira semana de janeiro e retorna na metade do mês.

Estados Unidos estuda tornar obrigatória tecnologia contra motorista bêbado

São Paulo – A NHTSA, Administração Nacional de Segurança no Trânsito Rodoviário, dos Estados Unidos, disse que iniciou processo que poderá forçar as montadoras a desenvolverem tecnologias com a intenção de evitar que motoristas bêbados dêem a partida nos veículos. De acordo com informações da agência Reuters a legislação local passará a exigir novo padrão de segurança já a partir de novembro do ano que vem, caso a tecnologia esteja pronta para ser aplicada.

O novo sistema poderá usar sensores baseados na respiração ou no toque do motorista para detectar o álcool. Outra opção será o uso de câmaras para monitorar os movimentos e o olhar do motorista para tentar determinar se ele está embriagado ou não.

Antes de tornar a tecnologia obrigatória a NHTSA precisa ter a certeza de que ela está desenvolvida e pronta para ser usada e, a partir disso, dar às montadoras pelo menos três anos para a sua adoção obrigatória.

Jac forma parceria com a Uber por veículos elétricos

São Paulo – A Jac fechou parceria com a Uber para oferecer o veículo elétrico E-JS1 para os motoristas da plataforma pelo mesmo valor que o modelo é vendido para frotistas, com desconto de até 8%, dependendo da negociação, sobre o valor para pessoa física. Atualmente está em R$ 126,9 mil no varejo, de acordo com uma concessionária consultada.

Segundo a Jac para os motoristas que rodam mais de 200 quilômetros por dia a troca é vantajosa pois com o modelo a combustão o gasto com gasolina é de R$ 100 por dia e para recarga será de R$ 10. 

A partir desta parceria a Jac acredita que haverá aumento significativo na demanda pelo E-JS1, até porque em alguns eletropostos os motoristas ainda podem recarregar sem nenhum custo, aumentando as vantagens do modelo elétrico. Para atrair clientes a empresa também oferecerá outros benefícios como a entrega de um wallbox e um carregador portátil na hora da compra do veículo, 25% de desconto em todos os serviços de pós-vendas e prioridade no atendimento em oficinas autorizadas.

Relatório aponta perda de terreno da Europa na produção de veículos elétricos

São Paulo — Relatório publicado pela École Polytechnique, de Paris, França, apontou para o risco de a União Europeia ficar para trás na disputa pelo mercado de veículos elétricos devido à “imensa escala de desafios” no desenvolvimento de cadeia de abastecimento. Isso ocorre ao mesmo tempo em que governos como os da China e dos Estados Unidos promovem incentivos a fim de impulsionar sua indústria local e ampliar a competitividade.

O alerta, divulgado pela Acea, associação que reúne os fabricantes de veículos europeus, ressaltou que, no caso da China, que domina a produção de elétricos, há uma política estratégica e holística que envolve da mineração, refinação à produção, passando pelas redes de carregamento, energia barata e os incentivos à compra e à reciclagem dos veículos.

E contrapôs à situação da União Europeia, em que a política industrial é fragmentada e regula etapas específicas da cadeia de valor. O relatório indicou, ainda, o “impulso crescente” para estabelecer centro de produção para a cadeia de valor dos elétricos nos Estados Unidos, com “ambiciosas metas de vendas em estados como a Califórnia”, e também no país como um todo, o que, combinado com “financiamento sem precedentes amparado pela Lei de Redução da Inflação”, puxa a indústria local.

De acordo com o documento este cenário prejudica a competitividade dos fabricantes europeus em um de seus mercados de exportação mais valiosos para veículos elétricos. Além disso, embora indique progressos na produção de células de bateria, expõe que a velocidade da oferta possui descompasso com o ritmo de procura, o que resulta em uma dependência contínua da China.

Segundo Sigrid de Vries, diretora geral da Acea, uma indústria europeia de veículos elétricos expressiva é vital para alcançar as metas climáticas. Ela apontou que recente proposta de ampliar as regras de origem da União Europeia com o Reino Unido indicam isto, mas que a região carece de abordagem holística nesse tema:

“Uma manta de retalhos de regulamentações, a um ritmo de oito ou nove por ano, desvia fundos vitais e prejudica a competitividade. A União Europeia precisa desenvolver quadro regulamentar e financeiro personalizado se quiser criar ambiente empresarial favorável para dar impulso à crescente indústria e enfrentar questões climáticas”.

Fiat Pulse conquista duas estrelas no Latin NCap

São Paulo – O Fiat Pulse produzido em Betim, MG, recebeu duas estrelas das cinco possíveis no Latin NCap, por ter apresentado proteção lateral limitada para a cabeça dos ocupantes. Outros itens também pesaram contra, como a baixa proteção para crianças, os lembretes de uso de segurança no banco traseiro e a baixa presença das tecnologias que envolvem o pacote ADAS. 

Mesmo equipado com quatro airbags e controle de estabilidade de série a maior nota conquistada foi para ocupantes adultos, com 67,2%, ocupantes infantis 55,9%, 45,4% em proteção de pedestres e 55,8% em assistência à segurança.

A versão testada foi a mais básica. Nas superiores o modelo oferece mais tecnologias de segurança, como frenagem automática de emergência e assistente de permanência em faixa.

Marcopolo volta a exportar para o Oriente Médio

São Paulo – Após o fornecimento de ônibus utilizados no transporte da Copa do Mundo de 2022 a Marcopolo retomou as vendas para Doha, no Catar, com a exportação de trinta veículos. Trata-se de 25 micro-ônibus Volare Fly 9, quinze para serem usados no transporte de funcionários de uma empresa do setor de energia e petroquímica e, outros dez, no transporte escolar. Os cinco restantes são ônibus rodoviários Paradiso G8 1200 vendidos ao concessionário Volvo Domasco.

Nos nove primeiros meses deste ano a empresa exportou 1 mil 55 unidades. Somente a Volare embarcou 168 veículos para países da América do Sul, África e Oriente Médio, com crescimento de 93,1% em relação ao mesmo período de 2022. A empresa tem micro-ônibus em uso no Oriente Médio desde 2018.

Mercado de conectividade chegará a US$ 230 bilhões em 2030

São Paulo – Ao apostar na conectividade de seus veículos a GM acredita que esta fatia de mercado, que cresceu muito nos últimos anos, seguirá em forte expansão, com os clientes buscando carros mais conectados e tecnologia embarcada. Dados internos da empresa projetam mercado global de conectividade veicular de US$ 230 bilhões até 2030, chegando a até US$ 400 bilhões em 2040, segundo Jaime Gil, diretor global de serviços conectados da GM.

Pesquisa encomendada pela GM junto à McKinsey mostrou que, atualmente, 83% dos consumidores consideram a conectividade um item relevante no veículo e 50% deles já estão dispostos a pagar por esse tipo de tecnologia. A montadora notou que a conectividade está transformado a vida dos clientes a bordo dos veículos e a expectativa é de avançar neste segmento:

“O futuro terá muito mais integração de aplicativos e conectividade do veículo com o usuário sem a necessidade de um smartphone, com a tecnologia toda embarcada no carro”, disse o diretor. 90% dos veículos produzidos pela GM saem de fábrica com o sistema OnStar, sendo que até o ano passado o porcentual era de 35%, mas a montadora dedicou parte dos seus investimentos nesta área para conectar o maior número de veículos. 

E toda esta expansão da conectividade envolve o Brasil e a América do Sul: apenas aqui a companhia encerrou 2022 com 250 mil carros conectados, volume que até o final de 2023 será dobrado, passando das 500 mil unidades. Considerando toda a América do Sul a GM espera chegar a 1 milhão de veículos conectados até o fim de 2024 e a 2 milhões em 2026. 

Para atrair compradores de veículos pelo nível de tecnologia e conectividade embarcadas a montadora acredita que o grande diferencial é o nível de atendimento que os clientes GM possuem por meio do OnStar. O serviço possui uma central de atendimento que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, que pode ser acionada a qualquer momento, seja para uma emergência, apenas tirar uma dúvida ou pedir uma informação. 

No Brasil a central está instalada em São Paulo e é responsável pelos clientes de todo o País, sendo que 94% dos usuários avaliaram os serviços prestados como muito bom. O restante da América do Sul é atendido a partir de uma central de atendimento instalada na Colômbia. 

Para contatar um atendente do OnStar, basta o motorista pressionar um botão localizado na base do retrovisor

Além de toda a comodidade de ter uma central que pode funcionar como um Google a partir de um toque no botão todos os veículos são monitorados e, em caso de acidente, um contato automático é realizado com o condutor para ver o seu estado. Caso a pessoa não responda ou fale que não está bem, a central solicita um resgate. Casos como este são cerca de trinta por mês.

Outra função importante do sistema é quando o veículo é furtado ou roubado, já que por seu monitoramento localiza-se o carro e a polícia é avisada, sendo possível também bloquear o motor. Desta forma a GM afirmou que 90% dos modelos roubados são recuperados.