VW of America deverá recompensar 78 mil consumidores

A Volkswagen fechou acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para recompensar 78 mil clientes que compraram veículos com motores dotados de dispositivos que burlavam os testes de emissões. E deve desembolsar US$ 1,2 bilhão.

No entanto, segundo o Flash de Motor, da Venezuela, se os reguladores não aprovarem as soluções técnicas apresentadas para a reparação dos modelos a empresa poderá ser forçada a ter que pagar mais de US$ 4 bilhões.

A Volkswagen anunciou que tratará de reparar, sem nenhum custo para os clientes da América do Norte, 58 mil veículos do modelo Touareg e, ainda, Audi Q7, Audi A6, A7, A8, A8L e Q5 e Porsche Cayenne, fabricados de 2012 a 2016. Caso os reparos não sejam aprovados pelas autoridades a companhia deverá recomprar os automóveis. Além disso vai recomprar 20 mil unidades do Touareg e Audi Q7 fabricados de 2008 a 2012.

Porta-voz da Volkswagen disse, ainda, que o acordo prevê uma contribuição de US$ 225 milhões para um fundo ambiental que será criado devido ao Dieselgate. E, também, um pagamento de US$ 215 milhões para o Estado da Califórnia a fim de promover o uso de veículos de emissão zero na região.

JAC se une a Carlos Slim para produzir SUVs no México

A JAC Motors estabelece parceria com o bilionário Carlos Slim para fabricar utilitários esportivos no México. Slim, por meio da Giant Motors, investirá 4,4 bilhões de pesos mexicanos, o equivalente a R$ 670 milhões para produzir os modelos S2 e S3 na unidade de Sahagún, Estado de Hidalgo.

A estimativa é a de que a produção se inicie no segundo semestre, quando deverão ser montadas, segundo o Flash de Motor, da Venezuela, 1 mil unidades. Estima-se, também, que em cinco anos a fábrica já terá produzido 10 mil unidades – volume que poderá chegar a até 40 mil.

Elías Massari, diretor geral da Giant Motors, explicou que as negociações com a JAC demandaram dois anos. E que os investimentos anunciados deverão ampliar a capacidade produtiva da unidade e gerar 1 mil empregos diretos e 4 mil indiretos, de acordo com o Flash de Motor.

Desde 2007 a Giant monta veículos pesados em Sahagún.

O governador de Hidalgo, Omar Fayad, contou que 50% dos aportes serão feitos pelo Banco Inbursa, de Carlos Slim, e o restante será dividido pelo parceiro financeiro e distribuidor da JAC no México, a japonesa Chiori Company, e outros investidores.

Com o investimento, Carlos Slim confirma o seu interesse em se tornar personagem-chave no setor automotivo do México, pois marcas como Ford, General Motors e FCA México sofrem assédio do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para não investirem em território mexicano.

Ildefonso Guajardo, secretário de Economia, disse que a diversificação do México tem sido fundamental para posicionar o país em lugar de destaque no mercado mundial. Segundo ele, anteriormente 85% dos investimentos estrangeiros eram provenientes de empresas americanas. “Hoje, somente 38% vem dos Estados Unidos, o restante são da Ásia e Europa.”

Vendas de cotas de consórcio de leves devem crescer em 2017

As vendas de novas cotas de consórcio para veículos leves e o volume de participantes nesta modalidade de pagamento a prazo tiveram bom desempenho em 2016 e seguirão em crescimento este ano, acredita a ABAC, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio. No acumulado de janeiro a dezembro houve aumento de 10,2% no volume de cotas vendidas e de 6% no número de participantes ativos diante do resultado de idêntico período do ano anterior.

De acordo com Paulo Rossi, presidente da entidade, “percebemos, também, que o consórcio tornou-se ferramenta importante para os consumidores que estão mais atentos e preferem planejar a compra”.

Para ele o aumento no índice de confiança do consumidor, a redução da taxa Selic e a inflação controlada são sinais que apontam para um mercado mais aquecido em 2017. Outro motivo que tem feito o consórcio se destacar das demais modalidades é porque funciona como poupança para os consumidores e isso aumenta sua atratividade diante de um cenário de crise econômica.

E, para as concessionárias, a maior procura pelo consórcio representa garantia de vendas futuras.

As análises feitas pela assessoria econômica da ABAC com as administradoras associadas reforçam a confiança no aquecimento deste segmento de negócios em 2017, não somente pela retomada lenta e gradual da economia. Na visão da entidade a busca pela educação financeira, que é um dos pilares de iniciativa social do Banco Central, será importante para repetir bons resultados. Por isso a agenda do BC de 2017 prevê ações voltadas para a cidadania financeira do brasileiro com o objetivo de ampliar o conhecimento da população sobre o assunto.

“A retomada da confiança dos consumidores gera expectativas positivas para a economia, que deverá ser observada no segundo semestre de 2017. Considerando os consumidores que analisam, comparam e planejam seu futuro há a possibilidade de repetirmos os resultados alcançados em 2016.”

Seguindo este cenário o Consórcio Honda acompanhou esta linha em 2016 e seus dirigentes esperam incremento de novas adesões nos próximos onze meses. Os resultados de 2016 superaram a estimativa prevista, com crescimento de 42% em vendas de cotas. A Honda Serviços Financeiros anunciou que para este ano o crescimento será de 30%.

Ricardo Tomoyose, presidente da empresa, observa que “o consórcio aparece como uma alternativa segura porque oferece a vantagem de comprometer o cliente apenas com parcelas mensais que cabem no seu orçamento, além da ausência de juros mais altos, comuns no financiamento”.

Executivos acreditam em mudança no modelo de negócio, diz pesquisa da KPMG

Os resultados da décima-oitava edição da pesquisa global da KPMG, com 953 executivos do setor automotivo em 42 países, mostram preocupação com relação ao futuro. A razão é a necessidade, cada vez maior, de entregar inovação ao consumidor. Para 83% dos entrevistados é provável que haja mudanças no modelo de negócio em um futuro próximo. Mesmo assim ainda não há uma definição clara de qual caminho percorrer para transitar pelos mundos digital e automotivo.

A mudança no comportamento do consumidor e a demanda crescente por conectividade e digitalização fazem com que estes executivos comecem a pensar em futuras cooperações de indústrias de tecnologia com o setor automotivo. Esta realidade pode ser notada na seguinte pergunta: Empresas de tecnologia e montadoras serão competidoras ou parceiras no futuro? Para 45% dos entrevistados este é o caminho.

A interpretação é que no futuro as fabricantes de veículos passem a ter papel importante como prestadoras de serviços e que a venda de carros não seja apenas a única fonte de receita. Haverá a necessidade de desenvolver negócios digitais que proporcionam experiências para o consumidor.

De acordo com Ricardo Bacellar, diretor da KPMG, “no Brasil já estão sendo dados os primeiros passos na direção de projetos de digitalização que visam à integração da indústria digital com montadoras”.

Mais conclusões de acordo com as respostas à pesquisa da KPMG:

50% apostam que carros movidos a bateria elétrica serão carro-chefe, seguindo a evolução de conectividade e digitalização;

45% acreditam que as montadoras e as empresas de tecnologia serão parceiras em vez de competidoras em um futuro próximo; e

78% apontam que os motores a combustão interna permanecerão relevantes por muito tempo.

VW pode recuperar liderança global. GM corre por fora.

Dados preliminares já formam o perfil: o Grupo Volkswagen poderá ocupar a primeira posição no ranking de vendas globais referentes a 2016, superando a Toyota. Apesar do escândalo Dieselgate o grupo alemão vendeu 10,3 milhões de veículos no ano passado, e a rival Toyota chegou perto com 10 milhões 175 mil unidades. A General Motors ainda não apresentou seu resultado e, portanto, a disputa ainda está em aberto.

As informações do Flash de Motor, com apuração do diário ABC, da Espanha, mostram que o desempenho VW na China é o fiel da balança das vendas globais. No maior mercado consumidor do mundo o escândalo com os motores diesel não abalou o desempenho de seus modelos. Os mais vendidos em 2016 foram o modelo Lavida, com 548 mil 321 unidades, em segundo o Jetta, com 348 mil 237 unidades, o VW Sagitar, 341 mil 331 unidades e o Santana, com 318 mil unidades.

Já para 2017 a Toyota aposta no seu desempenho no mercado estadunidense para manter a competição acirrada nas vendas. A empresa foi líder global de 2008 a 2010 e de 2012 a 2015. Recentemente anunciou investimento de US$ 10 bilhões para os próximos cinco anos nos Estados Unidos, deixando clara sua estratégia de negócios de incrementar participação naquele mercado.

Enquanto isso a VW vê seus problemas se multiplicarem nos Estados Unidos. Além do escândalo dos motores a diesel o grupo teve que chamar um recall de quase 600 mil veículos Audi por defeitos que podem causar incêndios ou falhas no airbag.

Honda: P&D brasileiro lidera desenvolvimento de SUV compacto global.

A Honda Automóveis lança em março o primeiro veículo construído a partir de estudos feitos pelo centro de pesquisa e desenvolvimento global da empresa no Brasil. O utilitário-esportivo compacto WR-V ampliará a família de SUVs da fabricante japonesa comercializada no País.

A liderança do centro de pesquisa brasileiro tem uma razão importante. Para a criação de um novo veículo global a Honda levou em conta os estudos realizados em diferentes e importantes mercados brasileiros. Na prática, mapeou as preferências e características dos consumidores, traduzindo esses anseios no design, desempenho, espaço interno e custo-benefício do novo projeto.

O WR-V usa uma carroceria de modelos compactos, mas seu espaço interno é amplo. A empresa garante que o veículo se destaca pelo baixo consumo de combustível e será mais uma opção para atender consumidores que buscam dirigir de maneira confortável um automóvel em trajetos urbanos e viagens.

O modelo que será produzido na fábrica de Sumaré, São Paulo, onde já são fabricados o Civic, HR-V, City e Fit, chegará ainda este ano apenas no mercado brasileiro, mas está nos planos da Honda exportar esse modelo para outros países da América do Sul.

O centro de pesquisa e desenvolvimento da Honda, também em Sumaré, foi inaugurado em 2014 para aumentar o índice de nacionalização dos seus modelos que naquele ano estava em 60%. Na época a empresa informou que o objetivo do empreendimento era diminuir o impacto das variações de câmbio e facilitar processos logísticos. (leia aqui)

Banco Mercedes-Benz espera por incremento de negócios

Depois de um ano difícil para o mercado de crédito o Banco Mercedes-Benz espera que o desempenho de financiamento de veículos, este ano, tenha leve melhora. A expectativa é a de que os sinais tímidos de retomada econômica beneficiem principalmente a linha Finame, que é o carro-chefe da instituição, com representatividade de 80% do volume total de financiamentos.

“Não há milagres econômicos”, conta Bernd Barth, presidente do Banco Mercedes-Benz. “Porém existe um ambiente mais favorável para financiar.”

As novas regras da Finame TJLP, a redução da taxa Selic e o anúncio da safra recorde de grãos, 215 milhões de toneladas, são pilares para sustentar esta esperança para o setor de caminhões.

No segmento de ônibus o que se espera é repetir os resultados do ano anterior. Em 2016 os negócios envolvendo ônibus somaram R$ 461 milhões 150 mil, volume 62,2% superior ao registrado em 2015, com total de R$ 284,8 milhões.

“A expertise que temos neste segmento, além de um trabalho personalizado com clientes, ajudaram muito neste resultado.”

Os ônibus urbanos constituem a maior parte dos financiamentos da instituição.

O banco também se destacou, no mundo das instituições financeiras, no ranking do BNDES de liberação de repasses da Finame. Enquanto houve a redução no repasse geral de 58%, o Banco Mercedes-Benz teve aumento tímido de 2,6%, sendo R$ 1 bilhão 560 milhões em 2016 para financiar a compra de 11 mil 473 veículos pesados e R$ 1 bilhão 520 milhões em 2015.

Embora ainda não tenha os números consolidados referentes a novos negócios no acumulado janeiro-dezembro 2016, a instituição também obteve acréscimo no volume registrado no último mês do ano, quando atingiu R$ 174 milhões em novos negócios e registrou aumento de 19% em comparação ao obtido em dezembro de 2015, com R$ 146,3 milhões. De acordo com informações do banco os números do acumulado janeiro-dezembro ainda não estão consolidados.

Em 2016 a instituição manteve rating AAA concedido pela Fitch, uma das maiores agências de classificação de risco de crédito no mundo. Ela avalia periodicamente a situação financeira dos bancos, empresas e países. A classificação AAA reflete a menor expectativa de risco de crédito, o que significa capacidade elevada de pagamento dos compromissos financeiros.

Serviços – O presidente do Banco Mercede-Benz acredita que o leque de serviços oferecidos pela instituição e o trabalho de aproximação com seus clientes continuam sendo ações essenciais para manter a fidelidade e gerar novos negócios:

“A crise econômica tem seus lados positivos. Um deles é a possibilidade de repensar como fazer o negócio. E há a oportunidade de inovar.”

Com este objetivo o banco investiu em 2016 em serviços digitais: “Criamos um simulador de financiamento online que possibilita o vendedor enviar propostas de crédito diretamente ao Banco Mercedes-Benz. Isto torna ágil o processo”.

Outra ferramenta que está sendo utilizada desde o primeiro semestre de 2016 e que ajudará a fidelização de clientes em médio prazo é o canal aberto para renegociação de contratos em atraso. Este serviço também está sendo importante para diminuir o impacto do volume de inadimplência.

Tatiana Silva, diretora de operações, reconhece que esta nova ferramenta ainda não “gerou resultados significativos, mas o volume de crédito para renegociação está aumentando”.

Contratada recentemente uma das suas missões é justamente controlar a inadimplência e manter a qualidade de atendimento aos clientes: “Nosso objetivo é nos aproximarmos cada vez mais para ajudá-los a superar os obstáculos impostos pelo cenário econômico atual”.

De acordo com ela demonstrar parceria com os clientes em momentos de crise significa estreitar laços e garantir fidelidade: “Isto significa a possibilidade de novos contratos no futuro, em um cenário econômico mais favorável”.

Time novo – Além de Tatiana Silva na direção de operações o Banco Mercedes-Benz inicia o ano com novos diretores na área comercial e de crédito. Diego Marin, antigo diretor da área de crédito, passa a ser o diretor comercial. Ele tem como missão manter o banco na liderança dos negócios de financiamento para veículos da marca. Com isto Marcelo Festucia passa a ser diretor de crédito. Na diretoria financeira assume Diego Novellino, que pretende incrementar os negócios por meio de parcerias dea companhia com a rede de concessionárias.

Resultado Ford: pouco abaixo do de 2015.

A Ford registrou em 2016 lucro antes dos impostos de US$ 10,4 bilhões, resultado ligeiramente abaixo do desempenho de 2015. A América do Sul teve a maior perda, de US$ 1,1 bilhão em 2016, já esperada pela companhia devido ao cenário econômico difícil nos países da região – Argentina e Brasil principalmente.

No entanto o forte desempenho na América do Norte equilibrou as contas. Em seu principal mercado registrou lucro antes de impostos de US$ 9 bilhões, uma queda de US$ 344 milhões em relação ao lucro recorde do ano passado. Esse resultado foi alcançado, segundo a Ford, por preços fortes para alguns de seus veículos mais rentáveis, incluindo os picapes da série F e SUVs.

Na Europa a Ford teve recorde com lucro antes dos impostos de US$ 1,2 bilhão. E na região Ásia-Pacífico registrou seu segundo melhor desempenho histórico, com lucro líquido de US$ 627 milhões em 2016. Além da América do Sul outra região que teve perdas foi Oriente-Médio e África, com US$ 302 milhões.

A orientação dos negócios da Ford para 2017 permancem inalteradas. A companhia espera que os lucros persistam comparados a 2016 enquanto investe em novos serviços de mobilidade.

thyssenkrupp terá nova fábrica na China

A thyssenkrupp construirá na China uma das maiores plantas do mundo para a produção de sistemas de direção. O início da operação está previsto para este ano. Localizada em Changzou terá estrutura construída em área de 150 mil m2, contará com sistemas avançados de automação e produzirá 4 milhões de sistemas de direção elétrica por ano. A unidade atenderá aos mercados chinês e internacional.

Para a primeira etapa do projeto foram investidos € 200 milhões. De acordo com informações da empresa a operação da nova fábrica contará com sistemas que permitirão troca automática e permanente de informações produto-maquinário. Terá, também, sistema central de controle de processos, seguindo o conceito de indústria 4.0. Com estes atributos a empresa prevê aumento da produtividade e mais qualidade dos componentes e sistemas.

A fábrica de Changzou será integrada às demais plantas de sistemas de direção da thyssenkrupp no mundo, aí incluída a unidade brasileira em operação em São José dos Pinhais, PR. Isso significa que as informações sobre operações serão interligadas por meio de sistemas para garantir melhorias no processo produtivo.

Foton produz no Brasil em fevereiro

A Foton iniciará, na segunda quinzena de fevereiro, a produção de caminhões na fábrica da Agrale, em Caxias do Sul, RS. O objetivo é atender à demanda do mercado interno até o fim da construção de sua planta própria, em Guaíba, RS, ainda sem previsão para terminar.

Serão produzidos caminhões de 3,5 toneladas da família MiniTruck, com lançamento previsto para março, e os de 10 toneladas – preparados para receber terceiro eixo –, que poderão ser financiados pela Finame.

De acordo com Ricardo Mendonça de Barros, acionista da empresa e responsável pela estruturação da rede Foton, “nosso planejamento inicial é produzir trinta unidades por mês, mas sentiremos como o mercado se comportará para saber se este volume aumentará. Pois temos capacidade para fazer crescer a produção”.

Ele também acaba de assumir a diretoria comercial, que compreende a área de vendas, pós-vendas, marketing e desenvolvimento de rede.

Sem revelar valores Barros conta que o investimento para iniciar a produção na Agrale foi feito com capital próprio da Foton Brasil e sem participação da matriz chinesa:

“Este ano iniciaremos as negociações para que os chineses comecem a entrar com capital.”

A decisão de nacionalizar a produção tem a ver com os sinais de uma lenta recuperação no setor de caminhões. Além disso o desenvolvimento de fornecedores proporcionará tecnologia mais avançada e confiabilidade. Já existem mais de quarenta fornecedores nacionais no circuito de atendimento, diz Leandro Gedanken, diretor de engenharia e desenvolvimento da Foton:

“Temos recebido peças aprovadas pela engenharia desde o fim do ano passado”.