Vendas de caminhões e Ônibus VW crescem 3%

A divisão de caminhões e ônibus da Volkswagen, que abriga as marcas MAN e Scania, registrou crescimento no volume de vendas, no ano passado, 3% maior do que em 2015, chegando a 184 mil unidades. No Brasil a divisão segue como líder no segmento de caminhões e ônibus em termos de vendas, ainda que o volume comercializado aqui tenha caído 17%, chegando a 20,4 mil unidades no ano passado.

O crescimento se deu em função das vendas na Europa, principalmente em mercados como Itália, França e Holanda. Nesta região o aumento das vendas em 2016 foi 21% maior do que o registrado em 2015. Para Andreas Renschler, presidente da divisão de veículos pesados da VW, as vendas na Europa em 2016 ajudaram a empresa a superar o momento de crise:

“2016 não foi um ano fácil para a indústria de veículos comerciais. Graças à nossa força de vendas na Europa, em particular, conseguimos compensar as deficiências nos mercados individuais.”

Dividindo por marcas a MAN vendeu no ano passado 83,2 mil unidades, 5% a mais do que o registrado em 2015, caminhões e ônibus. A Scania, por sua vez, vendeu 81,4 mil unidades, crescimento de 6% ante 2015. No Brasil, segundo a companhia, as vendas diminuíram devido a fatores relacionados ao mercado em um ambiente econômico difícil: foram comercializadas 16,3 mil unidades, 24% a menos que no ano anterior.

Para 2017 a divisão tem, como objetivo, aumentar as vendas em 9% no mundo, disse, em comunicado, o diretor financeiro da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Matthias Gründler: “Este ano esperamos que a Rússia e o Brasil, no segundo semestre do ano, tenham um impacto positivo”.

De acordo com texto do comunicado as sinergias da MAN com a Scania devem chegar a € 1 bilhão por ano a partir de 2025. A Volkswagen Caminhões e Ônibus pratica uma estratégia de integração das marcas no sentido de compartilhar o desenvolvimento de novas soluções, sobretudo no Brasil. Atualmente a Scania é responsável pelo desenvolvimento de novos motores com capacidade de 13 litros ou mais, por exemplo, e a MAN cuida dos novos motores com capacidade de 5 a 9 litros.

Andreas Renschler acredita que “agrupar nossa experiência no campo do desenvolvimento permite trazer nossos produtos para o mercado de maneira mais rápida e rentável”.

A aliança costurada com a fabricante estadunidense Navistar também contribuirá para a melhoria do desempenho este ano. A parceria, que envolveu a compra de 16,6% da companhia da América do Norte, se dará na cooperação tecnológica em sistemas de acionamento. Outra aposta é a empresa RIO, subsidiária que atua no segmento de transporte de mercadorias, que criou um sistema em que todos os integrantes da operação logística podem ter acesso às informações da carga e ao desempenho do caminhão.

Opel: da máquina de costura para o automóvel.

Você conhece a história da Opel, empresa vendida recentemente para o Grupo PSA Peugeot-Citroën? O site venezuelano Flash de Motor contou esta trajetória para os seus leitores. Adam Opel, fundador da empresa, não imaginava que um dia seu sobrenome seria associado à produção de veículos. Isso porque iniciou as operações da companhia com a fabricação de máquinas de costura, em 1862. Com o bem-sucedido negócio decidiu, duas décadas depois, explorar novas áreas e, então, iniciou a produção de bicicletas em Rüsselsheim, no Estado de Hessen, Alemanha, perto de Frankfurt.

Em 1895, quando Adam Opel faleceu, seus filhos tomaram a frente do negócio e iniciaram a produção de automóveis. Para isto assinaram acordo com uma empresa francesa, Darracq, que surgiu graças a parceria produtiva com um engenheiro alemão. Esta união permitiu que a família Opel apostasse na produção de veículos simples, robustos, fáceis de manusear e de preço acessível. O primeiro a ser fabricado foi chamado de carro de médico por causa da preferência dos doutores por ele.

A decisão de entrar no segmento de veículos populares produzidos em massa levou a Opel a se tornar o primeiro fabricante alemão de carros em série, aproveitando as ideias da Ford, que foi pioneira deste sistema de fabricação. Paralelamente os filhos de Opel desenvolveram vários projetos pitorescos, dentre os quais o carro movido por foguetes, apoiando os experimentos de Max Valier, austríaco pioneiro em desenvolvimento de foguetes.

Foi a partir daí que a Opel começou a se mostrar como uma empresa de muitas iniciativas, com o desenvolvimento de automóveis de vários tipos, de acessórios para motores e implementos para a aviação civil e comercial. Mas a Primeira Guerra Mundial fez com que a empresa desacelerasse seus passos e se concentrasse no desenvolvimento de um único produto, com preço acessível e de fácil reparo. Nascia então o modelo Opel Olympia.

Em 1929 a Opel se tornou uma empresa de capital aberto, o que encorajou a General Motors comprar participação ndo negócio, tornando-se definitivamente proprietária da Opel em 1931. A princípio a presença da GM como dona não ocasionou nenhuma mudança no processo de produção. Mas os ventos mudaram de curso com o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939.

A Opel, assim como tantas outras empresas europeias, tentaria manter a sua normalidade operacional na esperança de superar aquele momento histórico difícil. Mas, quando a guerra terminou, ela foi uma das muitas empresas alemãs que tinham sido parcialmente devastadas e ainda pertenciam a um país que estava isolado dos seus vizinhos europeus. Assim que tentou retomar a produção deu-se conta de que a situação do que sobrou da fábrica era dramática.

Foi então que a GM precisou tomar decisões drásticas e participar diretamente dos problemas da gestão e da produção na fábrica de Rüsselsheim, incluindo o processo de reconstrução da unidade fabril.

Uber lançou serviço de carros elétricos. Em Madri.

A companhia de transporte de pessoas Uber lançou o serviço UberONE em Madri, Espanha. A nova alternativa de transporte é realizada com automóveis elétricos, com dezenas de unidades do modelo Tesla Model S, segundo o comunicado da empresa.

O objetivo da Uber, de acordo com o Flash de Motor, da Venezuela, é ampliar tanto a disponibilidade dos veículos como a dos modelos, que seriam selecionados por meio do novo serviço premium elétrico na Capital espanhola, além de contribuir para a redução de emissões relacionadas ao trânsito. Os clientes poderão utilizar um dispositivo, o Surface Pro 4, da Microsoft, durante os trajetos.

Pilar López, presidente da Microsoft Ibérica, disse que “Uber e Microsoft são empresas pioneiras em seus setores. Não há dúvidas de que iniciativas como esta serão as protagonistas das cidades inteligentes”.

A Uber tem conseguido firmar alguns acordos para as suas frotas de carros autônomos para atender a mais de 1 milhão de motoristas que atualmente trabalham para a empresa.

Brasileira ZEN viu na exportação a alternativa para se manter no mercado

A metalúrgica ZEN, de Brusque, SC, viu a representatividade das suas exportações aumentar de 50% para 64% no faturamento nos últimos quatro anos. Com receita de R$ 180 milhões em 2016 e produção de 14,3 milhões de produtos, a empresa tem se apoiado em negócios com outros países para compensar o desempenho do mercado doméstico. Por causa das exportações a companhia teve acréscimo de 8% em seu faturamento em 2016.

O presidente Gilberto Heinzelmann contou que a perspectiva para este ano é manter volume parecido com o do ano passado, de 9,2 milhões de peças embarcadas, e o mesmo porcentual de representatividade das exportações no faturamento.

De acordo com ele um contrato firmado no ano passado com o México representa boa parte da garantia desta estabilidade: “É uma parceria com a Bosch, que utiliza nossos impulsores com sistema start/stop nos motores de partida”.

Estes produtos equipam veículos Audi e Volkswagen e Ford nos Estados Unidos. Nos últimos dois anos a ZEN também ampliou sua atuação na Índia e no mercado europeu.

A ZEN fabrica impulsionadores para motores de partida, tensionadores de correia e polias que equipam alternadores.

Investimentos – Para manter-se forte nos sessenta países para onde exporta a companhia investiu R$ 60 milhões nos últimos cinco anos. O aporte foi utilizado para modernizar a fábrica, desenvolver novos produtos e melhorar a produtividade:

“Concorremos com China e Coreia do Sul, que são extremamente competitivas por causa do custo, e precisamos sempre melhorar nossos processos.”

Outra medida utilizada pela empresa é seguir religiosamente o sistema lean de manufatura enxuta, filosofia de gestão que nasceu no padrão Toyota de produção e é focada na eficiência dos processos e na melhoria contínua. Seu objetivo principal é entregar o máximo de valor com a menor quantidade de recursos. Heinzelmann diz que trata-se de uma ferramenta muito importante para aumentar a produtividade dentro da companhia: “Esta forma de trabalhar faz com que haja uma redução de 24% do desperdício por cada colaborador”.

Custo Brasil – Apesar de todas estas ações dentro dos muros da fábrica o executivo admite que está cada vez mais difícil enfrentar o custo Brasil para manter posição de destaque lá fora. Despesas com mão de obra, valor da matéria-prima, logística e impostos são os que mais encarecem o produto final: “Os custos indiretos com o trabalhador são os que mais impactos causam para o nosso negócio, e são maiores do que os da China, por exemplo”.

De acordo com ele o valor da matéria-prima também é preocupante. Para driblar este problema a companhia adota algumas estratégias como a realizada no ano passado, que consistiu em importar aço da China em vez de comprar o insumo no Brasil: “Trazer de fora saía até 30% mais barato, mas este ano estamos comprando aqui também”.

No que diz respeito à logística o que aumenta os custos, atualmente, é a alta do preço do frete marítimo ocasionada pela baixa disponibilidade dos navios, “um movimento ocasionado pela redução das importações”.

As vendas de tensionadores para o mercado interno de reposição também têm ajudado a ZEN a mitigar um pouco a retração das vendas para montadoras e sistemistas. De acordo com Heinzelmann o volume de vendas destes produtos passou de 700 mil em 2012 para 1,4 milhão no ano passado: “Estamos sempre em busca de desenvolvimento de produtos para o aftermarket com mais de 2 mil itens disponíveis”.

CNH aposta em reforço do consórcio em 2017

A CNH Industrial, fabricante de máquinas e equipamentos para agricultura e construção, sinaliza para o aumento das vendas de seus produtos por meio de consórcios este ano. A empresa acredita que essa modalidade de compra será expressiva porque o cenário do setor levou clientes a buscar alternativas de aquisição diante de realidade de restrição de crédito por parte de bancos de varejo e do BNDES. Não à toa, de acordo com dados da Abac, Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio, o número de consorciados no setor de máquinas aumentou de 62,9 mil, em 2014, para 88 mil em 2016, período em que a indústria sentiu os efeitos da crise econômica e viu sua produção cair.

Em 2016, para a New Holland Agriculture – uma das marcas da CNH que, ao lado da Case, atende ao agronegócio –, o consórcio representou de 10% a 15% na participação das suas vendas, informou a CNH sem revelar valores absolutos. Para Christian Gonzalez, diretor de planejamento de produto e serviços comerciais para a América Latina, a modalidade é interessante porque garante condições favoráveis aos produtores e empreiteiras.

No ano passado a New Holland vendeu 6 mil 672 tratores e 1 mil 376 colheitadeiras no País.

Para Gonzalez “o agronegócio, hoje, vive um momento que favorece os investimentos, com corte da Selic e controle da inflação. Mas a insegurança ainda existe. Desta forma, o consórcio se torna interessante ao produtor porque oferece custos baixos, prazos longos e diversidade nas formas de pagamento”.

Além do consórcio Gonzalez contou que a manutenção da linha de crédito Pronamp, do BNDES, também ajudará as vendas da empresa este ano: “O governo sinaliza para a manutenção das linhas de crédito no médio prazo e isso estimula o consumo, sobretudo de parte dos pequenos produtores”.

Segundo dados da Abac dos 88 mil consorciados ativos no ano passado 37,3% deles compraram cotas para aquisição de implementos agrícolas e rodoviários. Outros 27,3% adquiriram cotas para tratores de roda e esteira e retroescavadeiras. 22,6% dos consorciados compraram cotas para aquisição de colheitadeiras e 12,8% para cultivadores motorizados. Os grupos foram formados para vigorarem de cem a 150 meses, sendo que, em média, duraram 118 meses. A taxa média mensal de administração ficou em 0,110% em agosto de 2016, inferior ao 0,125% de doze meses antes.

Volkswagen vende 1,5 milhão de veículos no primeiro bimestre

No primeiro bimestre do ano o Grupo Volkswagen entregou 1,5 milhão de veículos a seus clientes em todo o mundo – em fevereiro o grupo vendeu 686,9 mil.

“Fevereiro mostrou um desempenho diferente nos mercados das várias regiões. Estamos atravessando um vento de cauda na Europa Central e na Oriental, bem como na América do Norte e, com isso, fomos capazes de aumentar as entregas do grupo, em alguns casos significativamente, nessas regiões. As entregas na Alemanha e na região Ásia-Pacífico permaneceram abaixo do nível do ano anterior”, disse o diretor de vendas Fred Kappler. “Esperamos por um crescimento saudável na China este ano. Juntamente com as nossas marcas estamos trabalhando no crescimento qualitativo.”

Na Europa o grupo entregou 620,1 mil unidades nos dois primeiros meses do ano, aumento de 2,6%, incluindo 307,2 mil em fevereiro. Na Europa Central e Oriental as entregas cresceram 11,6%, para 55,5 mil veículos. Na Rússia o grupo vendeu 13,1 mil veículos, aumento de 6,3%. Em fevereiro 251,7 mil veículos foram entregues a clientes na Europa Ocidental, incluindo 97,4 mil na Alemanha.

Na América do Norte o grupo entregou 67,3 mil veículos em fevereiro, alcançando crescimento de 8 %. Desse volume 42,8 mil foram entregas registradas nos Estados Unidos, um aumento de 13,3%. Na América do Sul o grupo entregou 35,4 mil veículos, crescimento de 4,1%.

As entregas na Região Ásia-Pacífico em fevereiro alcançaram 248,4 mil veículos. No total, foram entregues 616,5 mil veículos novos aos clientes da região nos dois primeiros meses do ano. Este número inclui 223 mil novos veículos entregues a clientes na China em fevereiro, correspondendo a queda de 1,9%.

Volkswagen admite disposição para exercer fusão com FCA

No mundo automotivo se abre um novo capítulo na novela das fusões, aquisições e alianças. Depois da compra da Opel/Vaulhaux pelo Grupo PSA, que detém Peugeot, Citroën e DS, no início do mês, já está no radar a possível fusão do Grupo Volkswagen com a FCA, Fiat Chrysler Automobile, segundo o Flash de Motor, da Venezuela.

No ano passado o mais importante negócio foi a aquisição da Mitsubishi Motors pela Nissan, fortalecendo a aliança com a Renault e agregando Infiniti, Dacia e Datsun. Com a compra a aliança poderá tirar da General Motors o terceiro lugar no ranking de maiores fabricantes do mundo. As líderes são o Grupo Volkswagen e Toyota.

No fim da semana passada a imprensa europeia já provocava o CEO da Volkswagen, Matthias Müller, a respeito da possível fusão. Ele surpreendeu a todos, durante a coletiva sobre os resultados financeiros do grupo, ao afirmar que existe a possibilidade de abrir negociação com a FCA visando à fusão. Sergio Marchionne, CEO da FCA, defendeu, recentemente, a integração de empresas para enfrentar os desafios do setor.

A compra da Opel/Vauxhall pelo PSA tem motivado todo o setor, que já passa por profunda transformação com o desenvolvimento de carros elétricos e de carros autônomos. Durante o último Salão do Automóvel de Genebra, encerrado no domingo, 19, ocorreram muitas especulações sobre aquisições e fusões. Altos executivos de fabricantes de veículos projetaram a maior concentração de marcas para suportar os próximos desafios do mercado automotivo mundial.

Marchionne, o chefão da FCA, defendeu as fusões na indústria para compartilhar os custos de fabricação dos veículos mais limpos e tecnologicamente mais avançados. E não descartou uma aproximação com a Volkswagen.

“Seria muito útil que o senhor Marchionne me comunicasse suas considerações e não somente a você”, disse Matthias Müller a um jornalista durante a apresentação dos resultados financeiros do Grupo Volkswagen. É uma mudança radical no discurso pois, há algumas semanas, Müller negara a possibilidade.

Müller não quis fazer especulações de como ficará o mercado europeu após a aquisição da Opel pelo PSA, e disse que a Volkswagen, apesar de ser líder na Europa, tem margem operacional mais baixa do que seus competidores diretos e está bem atrás no desenvolvimento de carros elétricos e de condução autônoma. Ele anunciou uma mudança na estratégia do grupo para avançar no desenvolvimento de carros autônomos, uma tendência do setor, e garantiu sua confiança “no futuro da Volkswagen, com ou sem Fiat Chrysler”.

Ele afirmou, também, que a companhia seguirá como uma das maiores fabricantes de automóveis em 2025: “Também seremos um provedor internacional e líderes na mobilidade sustentável e estabeleceremos os novos rumos de serviços de mobilidade”.

Novo Corolla chega para atrair jovens consumidores

O sedan médio líder de vendas no Brasil está mais jovial. E a razão, segundo a Toyota, é que o Corolla precisa buscar novos consumidores. Novos, no sentido de gente jovem, abaixo dos 40 anos de idade, um público que atualmente cobiça outro japonês, o rival Honda Civic, recém-lançado no Brasil em sua décima geração.

As armas da Toyota para, ao mesmo tempo, manter a liderança de um segmento importante, o dos sedans médios, e ainda ampliar sua participação no mercado, estão por dentro e por fora do novo Corolla, apresentado nesta quinta-feira, 16, em São Paulo.

A principal novidade, que segundo a Toyota não é destinada ao seu público cativo, consumidores com idade entre 43 e 50 anos, é a versão XRS. Não se engane, essa opção não é propriamente uma versão esportiva. Mas o jovem cliente pode gostar do aerofólio traseiro, das saias esportivas, da ponteira de escapamento cromada e do interior na cor preta, componentes que dão mais agressividade ao produto, segundo a fabricante japonesa.

“Não é um carro esportivo. Queremos aumentar a base de clientes porque sentimos que existe um movimento no mercado que demanda carros com esse perfil”, disse Miguel Fonseca, vice-presidente da Toyota do Brasil.

As mudanças estéticas no Corolla se concentram principalmente na dianteira, com conjunto de faróis e grade reestilizados e mais delgados. Além disso, o novo Corolla 2018 passa a contar com controle de estabilidade, controle de tração, assistente de subida e sete airbags para toda a linha. Lembrando que o sedan já havia recebido cinco estrelas nos testes de colisão do Latin NCap antes deste lançamento.

A nova linha do Corolla possui seis versões e preços que variam de R$ 69 mil 990 a R$ 114 mil 990. Estão disponíveis opções com motor 1.8 e transmissão manual ou automática, além de um 2.0 litros, com transmissão automática e trocas manuais por borboletas instaladas atrás do volante.

O novo sedan da Toyota tem um índice de nacionalização de 62% e até o final do ano pode chegar a 70%. Segundo Claudio Ishikawa, chefe do departamento de engenharia, componentes eletrônicos e peças do acabamento são importados, além do motor e da transmissão, que vêm do Japão e ainda não possuem data para serem nacionalizados.

Mesmo com um novo produto no mercado, a Toyota não espera superar o desempenho do Corolla no ano passado, quando foram emplacadas 64 mil unidades. Culpa da queda do mercado como um todo, que já havia registrado uma retração de 4,7% na comparação de 2015 com 2016. A expectativa é que sejam negociadas 60 mil Corollas este ano.

Rafael Chang atribui esse volume menor de vendas ao momento de recuperação nos últimos anos: “Se levarmos em consideração a queda no mercado, as 60 mil unidades de Corolla projetadas para este ano não constituem um volume baixo. A retomada das vendas totais será tímida em 2017”.

Como forma de estimular as vendas internas em um cenário de crédito restrito, a empresa planeja aumentar de 11% para 30% as vendas feitas pelo Ciclo Toyota, modalidade de financiamento que reduz o valor de entrada e das parcelas em troca de condições que favoreçam a revenda do modelo para a Toyota. A fórmula é simples: entrada de 30% em planos de 12 a 36 meses. Ao final, o valor residual desse financiamento será convertido na compra do modelo usado pela Toyota. Assim, a fabricante mantém a fidelidade do cliente, que será estimulado a adquirir um veículo novo.

Toyota quer expandir exportações na América Latina

A Toyota do Brasil quer aumentar suas exportações para países América Latina que hoje são abastecidos pelas fábricas da Europa e dos Estados Unidos, como é o caso do Peru e do Chile, mercados abertos e que passam por invasão de veículos chineses. Segundo a empresa, juntos, esses países possuem potencial de venda de 3 mil unidades por ano, que a faria saltar das 43,5 mil unidades exportadas em 2016 para 46,5 mil unidades.

Com a aproximação do Brasil com esses mercados o embarque do Corolla e do Ethios, os Toyota nacionais, pode acontecer mais cedo. Rafael Chang, executivo que assumiu a presidência da companhia no País em janeiro deste ano, projeta para abril as primeiras remessas e diz que a meta para as exportações na região é de crescimento de 6,4%.

“Para este ano o objetivo é manter esta base. Vamos exportar o Ethios ao Peru a partir de abril. Sobre o Corolla, estamos fazendo os estudos de viabilidade no Peru, Colômbia e Chile, que hoje recebem o modelo importando dos Estados Unidos”, disse.

Em 2016, saíram das fábricas de Indaiatuba e Sorocaba, em São Paulo, para Argentina, Uruguai e Paraguai 43,5 mil unidades, ante 39,8 mil em 2015. Desse total, o Ethios, modelo de entrada da empresa na América Latina, representa o maior volume, 25 mil unidades.

O Corolla, no entanto, deve ser o carro capaz de alavancar as vendas da fabricante no continente este ano. O modelo 2018, lançado no Brasil nesta quinta-feira, 16, chega com adaptações para o mercado latino e carrega a reputação de estar entre os cinco carros mais vendidos do Brasil e ser o líder na categoria nos últimos 10 anos, segundo dados da Anfavea.

A crença dentro da empresa é que estes fatores, aliados a uma estratégia de aproximar o veículo dos consumidores mais jovens por meio de mudanças no design, possam credenciá-lo a buscar clientes em nichos em que outras montadoras atendem há mais tempo, como é o caso do Civic, da Honda, disse um revendedor da empresa na América Latina que preferiu não se identificar.

“Estamos tentando diversificar nossas operações brasileiras para não sermos tão dependentes daqui. Percebemos modificações no mercado que nos levou a rejuvenescer o modelo e aproximá-lo de novos clientes aqui e fora do País”, comentou Steve St. Angelo, executivo sênior da Toyota na região.

Frontier chega com trunfo no pós-venda

A Nissan aposta no pós-venda para cativar o cliente da Frontier. A picape foi lançada esta semana e já está à venda na rede de concessionárias por R$ 166.700. A empresa garante oferecer o menor preço de revisão da categoria. Para provar isso, registra em cartório mensalmente os valores do serviço comparando-os com os concorrência. “Conseguimos fazer essa comparação pesquisando o preço cobrados pelas revisões das demais picapes nos sites das respectivas montadoras”, diz Mario Furtado, gerente sênior de marketing de pós-venda.

As seis revisões até os 60 mil quilômetros da Frontier custam R$ 5.250. Segundo números da Nissan, o dono de uma Mitsubishi L200 vai gastar R$ 5.406, o de uma Chevrolet S10, R$ 5.580, e o de uma Toyota Hilux, R$ 5.974. Volkswagen Amarok e Ford Ranger não entram na comparação. A primeira, porque não tem um preço unificado nacionalmente. E a segunda, porque apenas divulga os valores até os 30 mil quilômetros.

Outro trunfo da picape mexicana é a chamada Cesta Colisão, da qual fazem parte as 40 peças mais procuradas após acidentes, como espelhos retrovisores, para-choques, paralamas, faróis e lanternas. Na Nissan, o pacote custa R$ 48.886. “Nenhuma marca cobra menos”, garante Furtado. A Nissan conta um armazém de peças de 200 mil metros quadrados e 90 funcionários na cidade de Resende, onde produz o March, o Versa e irá produzir o Kicks. “Temos estoque para 6 a 7 meses.”