Mercado argentino apresenta crescimento de 10% em 2023

São Paulo – Foram vendidos no mercado argentino de veículos 449,4 mil unidades em 2023, crescimento de 10,2% na comparação com 2022. Os dados foram divulgados pela Acara, entidade que representa os concessionários locais, e mostram que, mesmo com todas as dificuldades políticas e econômicas enfrentadas ao longo do ano passado, a indústria automotiva local conseguiu crescer.

Mas a expansão na Argentina não refletiu maior exportação de veículos produzidos no Brasil, pois em 2023 os modelos brasileiros representaram 27% do total vendido, contra 34% em 2022. Os veículos produzidos localmente aumentaram sua participação, saindo de 58% em 2022 para 67% em 2023, movimento que pode ter sido impulsionado pelas taxações de veículos importados que começaram a ser cobradas no ano passado. 

De janeiro a dezembro o ranking por marca foi liderado pela Toyota, que vendeu 95,6 mil unidades. A Volkswagen ficou em segundo lugar com 56,6 mil, seguida de perto pela Fiat, com 55,6 mil.

No ranking por modelos o Fiat Cronos foi para o alto do pódio com 47,6 mil vendas. Em segundo lugar ficou o Peugeot 208, com 36,5 mil, e a Toyota Hilux garantiu a terceira posição com 30,7 mil.

Caminhões elétricos Volvo são adquiridos pela Reiter Log

São Paulo – A Reiter Log, de Nova Santa Rita, RS, começa a operar cinco Volvo FM Electric em rotas diversas de transporte de cargas. O negócio foi fechado no conceito caminhão como serviço: os caminhões, em vez de serem comprados pela transportadora, foram locados pela Locadora Volvo. O pacote inclui serviços de conectividade, treinamento de motoristas e manutenção.

“Caminhões elétricos não são apenas uma nova tecnologia de motorização mais limpa”, afirmou o presidente da Volvo América Latina, Wílson Lirmann. “A eletromobilidade representa uma verdadeira transformação nos negócios de transporte, com mudanças importantes na operação e manutenção da frota. A exemplo do que já fazemos com os veículos diesel entregaremos uma solução integrada de serviços”.

Os caminhões têm 490 kW de potência, equivalente a 660 cv, e PBT de até 44 toneladas. São equipados com três a seis baterias, que geram até 300 quilômetros de autonomia, e podem ser recarregados em 90 minutos até 8 horas, dependendo do carregador e da quantidade de baterias.

Mercado de veículos leves cresce 12% em 2023

São Paulo – Com 2 milhões 168 mil emplacamentos no ano passado, as vendas de automóveis e comerciais leves avançaram 12,1% sobre 2022, segundo dados do Renavam divulgados pela Jato do Brasil. Ficou acima do esperado pela consultoria, que projetava 2,1 milhão de veículos leves vendidos no ano.

Do total dos licenciamentos 49,7% foram por meio de vendas diretas, 0,1 ponto porcentual abaixo do registrado em 2022. O motivo, segundo a Jato, foi a falta de veículos para atender a todas as demandas corporativas e o programa de descontos do governo federal, que ampliou a procura de novos veículos por pessoas físicas em junho e julho, aumentando a oferta das montadoras para o consumidor final.

Para 2024 a expectativa da Jato é a de que as vendas diretas voltem a ganhar participação, chegando a cerca de 55% do total do mercado. 

Em dezembro foram vendidas 235,4 mil unidades, volume 17,1% superior a dezembro de 2022, o sétimo mês seguido de alta, e incremento de 17,2% na comparação com novembro. Do total comercializado em dezembro os veículos leves somaram 166,9 mil e os comerciais leves 68,4 mil. 

Dezembro teve vinte dias úteis, apresentando média diária de 11,8 mil veículos vendidos, expansão de 17,2% na comparação com novembro. A Jato, porém, acredita que este bom ritmo não será sustentado em janeiro, usando como base o histórico de anos anteriores.

Mover dobra incentivos e amplia desafios da indústria automotiva

São Paulo – Quando ninguém mais esperava o Mover, Programa de Mobilidade Verde, conjunto de políticas dedicadas à indústria de mobilidade e espécie de sucessor do Rota 2030, foi publicado pelo governo federal como medida provisória 1 205 em edição extra do Diário Oficial da União de 30 de dezembro, um sábado. A nova política industrial do setor não trouxe grandes novidades a respeito do que já havia sido adiantado e divulgado por representantes do governo e foi comemorada por entidades, como Anfavea e ABVE.

O Mover seguirá promovendo incentivos para pesquisa e desenvolvimento na indústria, fomentando a cadeia de autopeças com os programas prioritários e dando as diretrizes para a redução de CO2 na mobilidade, que agora passa a ser medida do poço à roda e inclui itens como reciclabilidade.

“O Mover vai ajudar o Brasil a cumprir seus compromissos com a descarbonização do planeta e com o enfrentamento às mudanças climáticas”, destacou o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin. “Ele está alinhado ao nosso projeto de neoindustrialização, inovador, sustentável e exportador, e a outras medidas importantes do governo na direção de uma economia mais verde.”

“É uma excelente notícia para toda a cadeia da indústria automobilística brasileira”, afirmou a Anfavea, em nota. “Nesta nova etapa o Programa Mover tem como objetivos incentivar o desenvolvimento tecnológico, a competitividade, a descarbonização, a melhoria contínua da eficiência energética e da segurança veicular, o estímulo à produção de novas tecnologias, a promoção do uso de biocombustíveis e outras energias alternativas, a capacitação da mão de obra e o alinhamento a uma economia de baixo carbono”.

“A medida provisória do Mover, tão aguardado pelas empresas que estão investindo na mobilidade elétrica, coloca o Brasil na rota das novas tecnologias”, comemorou o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, que acredita no avanço da eletromobilidade no Brasil com o programa.

Nova tabela de IPI

Uma grande mudança para o setor é a criação da tributação verde, um sistema de recompensa e penalização na cobrança do IPI que considera a fonte de energia para propulsão, consumo energético, potência do motor, a reciclabilidade dos veículos e o desempenho estrutural e tecnologias ADAS. Ou seja, haverá uma nova tabela de IPI, que será publicada nos próximos meses, de acordo com o ministério.

Atualmente o IPI dos automóveis e comerciais leves vendidos no Brasil é cobrado somente com base em potência e combustível do motor. Com a nova tabela um carro híbrido flex com motor 1.3 e com melhor eficiência energética – e menos emissões de CO2 – do que um automóvel com motor a gasolina 1.0, por exemplo, terá IPI menor.

Esta alteração, segundo o MDIC, não envolve renúncia fiscal: alguns veículos, com desempenho pior com base nos critérios estabelecidos, pagarão acima da alíquota normal e outros, com melhor pontuação, abaixo.

R$ 19 bilhões em 5 anos

Os incentivos fiscais para que investimentos sejam feitos em descarbonização mais do que dobrarão com relação ao Rota 2030, que segundo o MDIC, somaram R$ 1,7 bilhão por ano, em média, até 2022. O Mover prevê mais de R$ 19 bilhões em créditos financeiros, sendo R$ 3,5 bilhões em 2024, R$ 3,8 bilhões em 2025, R$ 3,9 bilhões em 2026, R$ 4 bilhões em 2027 e R$ 4,1 bilhões em 2028.

Para os investimentos em P&D as regras mudaram: no Rota 2030 era necessário dispender no mínimo 0,3% da receita operacional bruta em P&D por ano para receber os incentivos, em forma de abatimento de até R$ 0,12 no IRPJ a cada real investido. Agora o mínimo ficará de 0,3% a 0,6% da receita e cada real investido dará direito a créditos financeiros de R$ 0,50 a R$ 3,20.

Disse o MDIC que esses créditos financeiros poderão ser usados no abatimento de qualquer tributo federal. O programa será custeado parte com as tarifas de imposto de importação de eletrificados e painéis solares, que voltaram a ser cobradas em 1º de janeiro, e parte pelo orçamento.

Do poço à roda

Como já havia sido anteriormente divulgado a medição da eficiência energética dos veículos brasileiros será feita do poço à roda e não mais do tanque à roda. O Brasil passa a ser o primeiro a adotar tal métrica, que beneficia modelos movidos a etanol, pois no ciclo completo de produção do combustível a emissão de CO2 é quase zerada. 

Adicionalmente a aplicação de índice mínimo de material reciclado na fabricação dos veículos, ainda a ser definido mas que segundo o MDIC será superior a 50%, passará a entrar na equação.

A partir de 2027 a intenção é que a medição seja feita do berço ao túmulo, ampliando a importância da reciclabilidade.

Programas prioritários

No Mover, como no Rota 2030, segue a redução do imposto de importação para peças e componentes sem similar nacional desde que 2% do valor importado seja investido em P&D nos programas prioritários da cadeia de fornecedores. A diferença é que foi criado o FNDIT, Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico, gerido pelo BNDES sob coordenação do MDIC, para gerenciar estes investimentos.

O MDIC espera de R$ 300 milhões a R$ 500 milhões por ano neste programa, que pelo Rota 2030 alcançou média de R$ 200 milhões/ano – e era administrado por cinco entidades: Senai, Embrapii, Finep, Fundep e o BNDES.

“Este é o primeiro fundo diretamente voltado para a inovação e modernização industrial”, disse Alckmin, “aproximando ainda mais o BNDES e fortalecendo a neoindustrialização que já está em curso no Brasil.”

Mais R$ 3,4 bilhões para modernização da indústria

No mesmo dia em que a MP do Mover foi publicada o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Congresso o projeto de lei da depreciação acelerada, para estimular investimento em novas máquinas e equipamentos.

“Neoindustrialização tem tudo a ver com aumento de produtividade e competitividade. E este é um passo muito importante nessa direção”, disse Alckmin. “A depreciação acelerada promove uma síntese das principais dimensões de nosso projeto industrial, com investimentos em máquinas mais produtivas e com maior eficiência energética.”

Serão destinados R$ 3,4 bilhões ao programa para setores que ainda serão definidos por meio de decreto presidencial após a tramitação da PL no Congresso. A depreciação acelerada antecipa receita para empresas que adquirem bens de capital, podendo abater seu valor em declarações futuras de IRPJ e CSLL de até 25 anos.

Segundo o MDIC a depreciação prevista no PL permite o abatimento das máquinas adquiridas em 2024 em duas etapas: 50% no primeiro ano e 50% no segundo.

“Não se trata de isenção tributária, mas de antecipação no abatimento a que o empresário tem direito. Ou seja: o governo deixa de arrecadar agora mas recupera lá na frente. É medida de incentivo à modernização de nossas indústrias, de aumento da nossa competitividade. O que muda é o fluxo de caixa.”

Agência AutoData desliga os motores para curtir o recesso de fim de ano

São Paulo – E chegamos a mais um fim de ano. De forma conturbada, com altos e baixos e muitas emoções para a indústria automotiva brasileira, 2023 chega aos seus últimos dias com pontas ainda desamarradas. A tão aguardada segunda fase do Rota 2030, ao que tudo indica, ficou para a próxima temporada.

A indústria de caminhões e ônibus sofreu no começo do ano com a entrada em vigor das novas regras do Proconve, da fase P8, que exigiu tecnologia Euro 6, encareceu os produtos e fez o mercado parar. Mas terminou o ano mais animada, com os frotistas retornando às compras, expectativa de produção elevada em ano de eleições e com novas encomendas do Caminho da Escola.

No segmento leve um chacoalhão no meio do ano provocou uma corrida aos concessionários, com o programa de descontos do governo federal, que concedeu de R$ 2 mil a R$ 8 mil aos consumidores que quisessem comprar modelos de até R$ 150 mil. As vendas subiram bastante em junho e o valor concedido pelo governo, R$ 800 milhões, acabou em poucos dias.

A confiança no Brasil foi reforçada com diversos anúncios de investimentos novos: R$ 1,7 bilhão da Toyota em Sorocaba, SP, a Caoa aporta R$ 3 bilhões em Anápolis, GO, a Nissan R$ 2,8 bilhões em Resende, RJ e a Renault ampliou para R$ 5,1 bilhões o valor investido em São José dos Pinhais, PR. E teremos uma nova montadora, com a confirmação dos R$ 3 bilhões da BYD, que assumiu a fábrica que foi da Ford em Camaçari, BA.

Para 2024 já temos anúncios de anúncios: no Congresso AutoData Perspectivas 2024 Volkswagen, Stellantis e General Motors afirmaram que já têm novo ciclo de investimentos em discussão e prestes a ser divulgados. Acompanharemos tudo para informar a você, nosso leitor.

Em 2023 a Agência AutoData produziu mais de 2 mil notícias, gerando mais de 1,7 milhão de acessos ao portal. A revista AutoData produziu cerca de 1 mil páginas de informação transformada em conhecimento.

Teremos muito mais em 2024. Agora daremos uma reduzida na velocidade, desligaremos os motores e curtiremos um recesso de fim de ano – mas estamos de plantão, de toda forma. Retornamos em 3 de janeiro.

Boas festas a todos!

AutoData traz a trajetória de Antonio Filosa

São Paulo – Eleito pelos leitores Personalidade do Ano do Prêmio AutoData 2023, Antonio Filosa estampa a capa da Revista AutoData de dezembro, já disponível para ler on-line ou baixar o arquivo em PDF.

O executivo napolitano, que após dezoito anos no Brasil transformou-se em orgulhoso cidadão mineiro, conta na entrevista do mês From The Top sua trajetória de sucesso na direção da Stellantis América do Sul, que consolidou a empresa na liderança de produção e vendas na região, com sólidos resultados financeiros. Filosa também fala como pretende atuar em seu novo posto nos Estados Unidos, para onde foi transferido como CEO global da Jeep. A conversa também pode ser assistida no videocast mensal no canal de AutoData no Youtube.

Como já é tradição em dezembro a revista traz todos os cases vencedores do Prêmio AutoData 2023. Este ano a Volkswagen foi eleita Empresa do Ano, votada pelos participantes do Congresso AutoData dentre nove empresas vencedoras das onze categorias corporativas da premiação.

As perspectivas e tendências do setor automotivo em 2024 estão na reportagem que resume as projeções e opiniões dos painelistas e palestrantes dos dois dias do Congresso AutoData.

A revista deste mês também aborda a polêmica retomada da aplicação de imposto de importação sobre carros elétricos, que estavam isentos, e híbridos, que pagavam 4%. A partir de 2024, em quatro etapas até julho de 2026, a alíquota voltará a ser de 35%, a mesma aplicada a todos os veículos com motor a combustão. O governo defende que a medida vai incentivar a produção nacional mas não traçou nenhum plano específico para fomentar essa nacionalização.

E 2023 termina com mais um anúncio de investimento bilionário, da Renault, para produzir mais um SUV inédito em sua fábrica de São José dos Pinhais, PR, que este mês comemorou 25 anos de operação.

Por falar em história AutoData traz mais uma nesta edição: os setenta anos do Sindipeças. A entidade que representa os fabricantes de autopeças consolida a evolução do setor que colaborou e segue colaborando para a industrialização do País, em trajetória de rupturas e reconstruções.

Você pode ler todas as edições de AutoData on-line ou baixar o arquivo em PDF aqui. Após a edição deste mês a revista volta a ser publicada em fevereiro próximo. Em janeiro os leitores receberão o Brazil Automotive Guide 2024, um guia que mostra todos os resultados e as expectativas dos principais atores do setor automotivo brasileiro.

Desejamos a todos os leitores um feliz e próspero ano novo. Até fevereiro!

Página virada

Quando a Ford anunciou reestruturação das operações no Brasil, em 2021, muitos duvidaram do acerto dessa estratégia. O cenário hoje é totalmente diferente. Com número recorde de lançamentos de produtos, todos bem recebidos pelo mercado, e crescimento de 40% nas vendas, em contraste com os 9% registrados pela indústria no mesmo período, 2023 foi o ano em que a empresa consolidou o seu novo modelo de negócio na região.

Como se diz, a página foi virada. E poucas vezes se viu, em espaço tão curto de tempo, um case de tanto sucesso de recuperação de imagem corporativa. As conversas do público a respeito da empresa agora giram em torno da linha renovada de veículos, não raro com elogios empolgados. “O consumidor hoje entende o que é a nova Ford. Uma marca de produtos diferenciados, com tíquete médio alto e um conteúdo de qualidade e inovação que entrega o ‘value for money’ esperado”, diz Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford América do Sul. “Entramos agora numa nova fase, em que a palavra chave é a diferenciação da marca.”

Mustang Mach-E

Em 2023, a Ford somou nove lançamentos nos segmentos de picapes, SUVs, ícones de performance e veículos comerciais, que formam os pilares do seu negócio. Em 2024, a proposta é ampliar o portfólio com novos produtos e continuar a crescer na casa de dois dígitos.

No segmento de picapes a F-150 foi um dos lançamentos mais esperados, com as 500 unidades da pré-venda esgotadas em questão de minutos. A Maverick Hybrid tornou-se a primeira picape híbrida do Brasil. E a nova geração da Ranger redefiniu o segmento de picapes médias, elevando em 38% o volume de vendas da linha no ano em apenas alguns meses. Outra novidade foi a Ranger Raptor, que inaugurou o segmento de picapes esportivas de alto desempenho no Brasil.

No segmento de SUVs, o Territory totalmente novo surpreendeu com uma grande evolução em todos os quesitos e foco no custo-benefício para se destacar da concorrência. O Mustang Mach-E, primeiro veículo elétrico da marca no país, foi outro marco que contribuiu para transformar a imagem da Ford aos olhos do consumidor, com conteúdo inédito de tecnologia. No setor de veículos comerciais, a Ford Pro introduziu três novos produtos: a Transit Automática, pioneira no segmento, a Transit Chassi e as versões de trabalho da Ranger, além de desenvolver um programa de teste da elétrica E-Transit com grandes frotistas.

A área de engenharia continuou a ter uma atuação forte na empresa, com mais de 1.500 especialistas trabalhando no Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford, com unidades em Camaçari e Salvador, na Bahia, e Tatuí, em São Paulo. Esse time hoje dedica 85% do seu tempo a projetos globais e é responsável por cerca de 35% das tecnologias presentes nos carros da Ford no mundo.

A marca aposta também na conectividade para oferecer uma experiência diferenciada aos clientes, incluindo agendamento de serviços online e várias formas de interação com o veículo por meio do aplicativo FordPass. Entre outros indicadores, em 2023 a ativação do modem dos seus veículos conectados cresceu de 70% para 81% e as reservas de serviço online triplicaram, para 16%.

Um marco na história da Volkswagen

Não se poderia supor que, das linhas de montagem da planta Anchieta, de onde saíram os primeiros Fusca e Kombi no final dos anos 50, a história reservasse feitos tão grandiosos para a Volkswagen do Brasil pelas sete décadas seguintes, com mais de 25 milhões de veículos produzidos. Se bem que a ofensiva de produtos lançados no ano de 2023 ajuda a compreender o porquê de a marca continuar sendo tão grande: foram nove lançamentos – Polo GTS, Novo Virtus, Polo 1st Edition, Novo Polo Track, T-Cross The Town, Saveiro 2024 e Tiguan Allspace R-Line, mais os elétricos SUV ID.4 e o ID.Buzz

Essa profusão de novidades ajuda a explicar porque a Volkswagen é a marca que mais cresce em volume de vendas no País, além de líder entre os carros de passeio e SUVs. Com alta de 29% de janeiro a meados de dezembro, a empresa oferece um line-up completo, que inclui Polo (carro de passeio mais vendido do país), T‑Cross (SUV mais comercializado em 2023), Nivus e Saveiro entre os 20 modelos mais vendidos no ano. A marca também segue como líder do segmento de SUVs com a família T‑Cross, Nivus, Taos e Tiguan, modelos que já somam mais de 130 mil unidades comercializadas no ano.

Com o investimento anunciado de R$ 7 bilhões até 2026 na América Latina, fortalecendo ainda mais sua posição competitiva na região, a montadora estendeu até 2028 os Acordos Coletivos vigentes com os Sindicatos das quatro fábricas – Anchieta (S.B.Campo, SP), São Carlos (SP), São José dos Pinhais (PR) e Taubaté (SP). A conclusão da negociação foi fundamental para garantir novos investimentos, veículos e sistemas de propulsão que serão desenvolvidos e produzidos pela marca no Brasil.

Com uma estratégia de Marketing disruptiva, a Volkswagen do Brasil avançou em seu objetivo de ser uma marca mais humana, diversa, próxima das pessoas, vibrante e conectada. A campanha publicitária “Gerações”, por exemplo, obteve feitos históricos. Criada pela agência AlmapBBDO, foi a de maior engajamento da história da publicidade no Brasil, com mais de 2,7 bilhões de views e #1 Trends no Google, YouTube e Twitter. O filme emocionou o País ao promover, por meio de inteligência artificial, um dueto inédito entre Elis Regina e Maria Rita, mãe e filha. Aumentou em 109% o volume de buscas por #Volkswagen e conquistou o principal reconhecimento do País, o PPA (Prêmio Profissionais do Ano) 2023, na categoria Nacional Filme 30+ (mais de 30 segundos); o Effie Awards América Latina 2023 Ouro e Prata, entre outros reconhecimentos.

“O ano de 2023 ficará na história da Volkswagen do Brasil. Celebramos 70 anos de pioneirismos e inovações tecnológicas no País, promovendo o desenvolvimento da indústria e da economia brasileira, gerando empregos e movimentando negócios. Em 2023, avançamos fortemente com a nossa ofensiva de produtos: foram nove lançamentos, quase um por mês, iniciando nossa ofensiva de eletrificação com o ID.4 e ID.Buzz. Somos a maior produtora de automóveis do Brasil, com mais de 25 milhões de veículos produzidos, e a maior exportadora do setor brasileiro, com mais de 4,2 milhões de unidades embarcadas. O sucesso da Volkswagen nesses 70 anos reúne uma história sólida e um olhar estratégico para o futuro, nos consolidando como uma ‘Love Brand’, presente nos corações e nas garagens dos brasileiros. É como eu sempre digo: todo brasileiro tem uma história com a Volkswagen”, afirma Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil.

O ano de 2023 também trouxe a comemoração de 20 anos de Total Flex. A marca alemã foi primeira a lançar a tecnologia que permite o uso de etanol, gasolina ou os dois combustíveis em qualquer proporção. Hoje esse recurso está presente em toda a linha nacional da Volkswagen, além do SUV argentino Taos. Mais de 8 milhões de veículos flexíveis Volkswagen foram vendidos desde março de 2003.

Porto Alegre será a primeira cidade a operar o Attivi, ônibus elétrico da Marcopolo

São Paulo – Depois de cinco anos de desenvolvimento e muitos testes o Attivi Integral, ônibus elétrico desenvolvido pela Marcopolo, começará a rodar em Porto Alegre, RS, a partir de abril. Oito unidades foram negociadas com duas operadoras locais, a Nortran e a VTC, que adquiriram os veículos por meio de um programa da Prefeitura que tem como objetivo introduzir doze ônibus elétricos na frota da cidade. 

A entrega dos veículos ocorreu no sábado, 16. Porto Alegre será a primeira a contar com o Attivi rodando diariamente para atender à população local. Outras cidades também estão em negociação com a Marcopolo, segundo Ricardo Portolan, seu diretor de operações comerciais e marketing:

“Temos várias negociações em andamento, com muitos operadores e prefeituras interessadas no Attivi. Estamos prontos para atender a novos pedidos e demandas que deverão surgir ao longo de 2024 e nos próximos anos”. 

A expectativa é de uma crescente demanda por este tipo de veículo, especialmente em São Paulo, que pretende colocar à disposição da população 2,6 mil ônibus elétricos até o final do ano que vem e a Marcopolo quer atender parte destes pedidos. A empresa também quer atender demandas por carrocerias para ônibus elétricos, que podem usar chassis de outras marcas como Volvo, Mercedes-Benz e BYD, com capacidade para entregar 2 mil unidades/ano.

Para conquistar mais negócios com o Attivi a Marcopolo aposta no seu projeto único, em que é responsável por todo o veículo, do chassi à carroceria, passando por motores, baterias, módulos. Ainda dependendo de uma parte de conteúdo importado o Attivi possui índice de nacionalização de 55% a 60% e custa cerca de três vezes mais do que um veículo similar com motor a diesel, mas reduz bastante os gastos com combustível e a manutenção é cerca de 40% mais barata, dois fatores que ajudam a pagar o investimento ao longo dos anos. 

O Attivi Integral possui autonomia de até 280 quilômetros com uma carga e tem capacidade para transportar até oitenta passageiros.

WHB: Transformando o Futuro

A WHB Automotive se destaca como uma das principais empresas fornecedoras do setor automotivo. Em constante busca pela excelência, a empresa vem se reinventando para enfrentar os desafios futuros.

No último ano, seguindo a estratégia de fortalecimento e crescimento, a WHB passou por uma importante reestruturação organizacional. Magaly Hubner Busato assumiu a posição de CEO, foi constituído o novo Conselho Administrativo formado Adriano Hubner e Roderjan Busato e o Comitê Executivo que conta com os VPs de Operações, Suply Chain e Administrativo.

A área comercial também passou por um significativo processo de reestruturação visando melhor atender seus clientes e ampliar a sua participação atual e a prospecção de novos mercados.

A WHB tem metas arrojadas alinhadas com as demandas do setor automotivo, investindo em tecnologias e automações. A empresa está preparada para atender as tendências emergentes do mercado como veículos elétricos, híbridos ou com motores a hidrogênio bem como os revolucionários carros voadores.

Com essa nova visão, a empresa se posicionou estrategicamente visando garantir a perenidade do negócio.