Anaia Bandeira é a nova COO da LM Soluções de mobilidade

São Paulo – Anaia Bandeira foi nomeada COO da LM Soluções de Mobilidade, empresa de locação e gestão de frotas controlada pela VWFS, Volkswagen Financial Services Brasil. A executiva chega à empresa após trabalhar em grandes corporações como Walmart e Riachuelo.

Michelle Kakoi, diretora de TI

A LM também anunciou uma segunda contratação: a de Michelle Kakoi, como diretora de TI, que chega com mais de quinze anos de experiência, com passagens pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, no qual foi responsável pela área de engenharia de software.

Eletropostos da Tupinambá serão administrados pela Raízen

São Paulo – A startup Tupinambá, que possui 204 eletropostos de carga alternada, AC, teve sua estrutura integrada às unidades da Raízen Power, que será responsável por controlar todos os postos. A divisão de soluções de energia renovável da Raízen, licenciada pela Shell Recharge no Brasil, Argentina e Paraguai, fechou acordo com a Tupinambá e o número de eletropostos AC poderá chegar a seiscentas unidades no País. 

A Raízen Power já operava com carregadores de carga rápida no Brasil e agora está entrando em um novo mercado, ao qual fornecerá postos de 7,4 a 22 kW de potência, complementando seu portfólio no Brasil. A Tupinambá focará no desenvolvimento de tecnologias e softwares de gestão para estações de recarga.

Grupo Potencial começa a operar seu caminhão flex, movido a biodiesel

São Paulo – O Grupo Potencial iniciou a operação de seu projeto de R$ 26,4 milhões ao colocar nas ruas o primeiro caminhão movido a biodiesel, que garante redução de 95% na emissão de CO2. Em 28 de dezembro o modelo saiu do Porto de Paranaguá para a usina de biodiesel da companhia, em Lapa, ambos no Paraná.

Trata-se de um caminhão Scania produzido em 2019 e adaptado para rodar com o biocombustível, em parceria com a montadora. Segundo o Grupo Potencial a transição custou em torno de R$ 20 mil.

Agora a companhia pretende adaptar outros 24 caminhões para que possam rodar tanto com diesel comum quanto com biodiesel, em parceria com outras montadoras. A ideia é que toda a frota, de 150 caminhões, seja flex.

Vendas de caminhões fecham em queda de 16% e as de ônibus avançam 13%

São Paulo – A venda de caminhões somou 104,2 mil unidades no ano passado, um recuo de 16,4% na comparação com as 124,6 mil de 2022, divulgou a Fenabrave na quinta-feira, 4. A retração já era esperada pelo mercado, pois no começo de 2023 motores com tecnologia Euro 6 foram introduzidos em todos os veículos novos produzidos e vendidos no País, reduzindo o consumo de combustível e a emissão de poluentes mas aumentando seu preço final, o que reduziu a demanda.

Em dezembro o mercado de caminhões registrou 10,1 mil vendas, volume 16,5% menor do que o registrado em dezembro de 2022 mas 11,2% maior do que em novembro.

O segmento de ônibus, o que mais sofreu para se recuperar após a grande queda nas vendas por causa da pandemia da covid-19, voltou a registrar crescimento em 2023, com alta de 12,6% sobre 2022 e 24,6 mil unidades emplacadas, seguindo com boas perspectivas para 2024. 

No último mês de 2023 foram vendidos 1,9 mil ônibus, retração de 30% na comparação com dezembro de 2022 e queda de 3,5% com relação a novembro.

Mercado de veículos supera as expectativas e fecha em alta de 9,7%

São Paulo – Com 2 milhões 308 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus emplacados o mercado brasileiro superou as mais otimistas expectativas e fechou 2023 com alta de 9,7% sobre 2022. Foram 200 mil unidades vendidas a mais, segundo divulgou a Fenabrave na quinta-feira, 4, em coletiva à imprensa em São Paulo, baseada em dados do Renavam.

A própria entidade do setor de distribuição estava menos otimista, com projeção de avanço de 5,6% nas vendas. A Anfavea, por sua vez, corrigiu sua expectativa no mês passado, mas ainda errou por cerca de 20 mil unidades.

Quem puxou o resultado para cima foi o segmento de automóveis e comerciais leves, mais volumoso, que cresceu 11,3% somando 2 milhões 179 mil unidades. Caminhões, no sentido oposto, registrou queda de 16,4%, com 104,2 mil unidades. Em ônibus as vendas avançaram 12,6%, para 24,6 mil veículos.

Para o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, a melhora no crédito foi fator importante para que o segundo semestre registrasse números mais positivos. A recuperação, segundo ele, continua, e a aposta para 2024 é de alta de 12% nas vendas.

Dezembro registrou o melhor volume para o mês desde 2019, somando 248,5 mil emplacamentos. Cresceu 14,6% sobre o último mês de 2022 e 16,9% com relação a novembro.

Fenabrave tem projeção mais otimista e estima alta de 12% nas vendas

São Paulo – Após fechar o ano passado com resultados superiores aos de sua última projeção, divulgada em outubro, a Fenabrave resolveu ampliar a aposta para o mercado brasileiro em 2024. Seu sempre otimista presidente, José Maurício Andreta Júnior, divulgou na quinta-feira, 4, sua perspectiva de alta de 12% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, acima do esperado pela Anfavea que, em dezembro, revelou estimativa de 7% de crescimento.

Em 2023 foram 2 milhões 308 mil unidades licenciadas e a Fenabrave projeta para 2024 2 milhões 585 mil. Destes 2 milhões 440 mil serão automóveis e comerciais leves, avanço de 12% sobre os 2 milhões 179 mil do ano passado: “No ano passado apenas 30% dos veículos leves vendidos foram financiados. Com a retomada do crédito este número vai aumentar e, consequentemente, o mercado crescerá”.

Para caminhões, que no ano passado registraram queda de 16,4% nas vendas por causa da mudança de legislação de emissões, somando 104,2 mil unidades, a perspectiva é elevar em 10% as vendas, para 114,5 mil unidades: “Este segmento terá números melhores. A recuperação já começou no fim do ano passado”.

O segmento de ônibus deverá ter avanço de 20% nas vendas, para 29,5 mil unidades, puxadas pelas encomendas do programa Caminho da Escola e pela recuperação dos ônibus rodoviários, um dos segmentos mais afetados pela pandemia e que demorou a se reerguer. Andreta citou o aumento das passagens aéreas, que ampliou a demanda por viagens de ônibus e faz com que as empresas tratem de renovar suas frotas.

Confiante sobretudo na retomada do crédito, pelo movimento feito pelo Banco Central de seguir com a redução da taxa básica de juros, e na manutenção do crescimento do PIB, o presidente da Fenabrave revelou estar ainda mais otimista: “Acredito que no meio do ano revisaremos estes números para cima”.

Em janeiro de 2023, ao anunciar expectativa de manutenção nas vendas com relação ao ano anterior, Andreta disse algo semelhante: “Nós, que temos o umbigo no balcão, conseguimos sentir a temperatura do mercado. São estes anos de experiência como concessionário que justificam o meu otimismo com relação ao crescimento”.

Lecar promete produzir automóvel elétrico em Caxias do Sul até dezembro

Caxias do Sul, RS – O empresário Flávio Figueiredo Assis, do Espírito Santo, está à frente do projeto de montagem de um automóvel elétrico nacional, que deverá circular a partir do fim do ano. O protótipo foi apresentado em Caxias do Sul, RS, nas dependências da Ângulo Protótipos, uma das parceiras do projeto. A apresentação deu-se por meio de redes sociais da marca, que terá sede em Alphaville, em Barueri, SP, e fábrica em Caxias do Sul.

O modelo Lecar Model 459 terá 65% de conteúdo nacional, sendo 50% originários de empresas de Caxias do Sul e 15% de outros municípios. Da China serão importados 35% dos componentes, basicamente motores e baterias, da fabricante Wiston, que também fornece para outras duas gigantes do setor: Volkswagen e Hyundai.

“O Brasil é privilegiado, com matéria-prima apropriada e abundante para a produção de carros 100% elétricos. Identifiquei Caxias do Sul como o melhor local para montar sua fábrica, pois vários fornecedores do ecossistema de mobilidade estão na região.”

A fase inicial do projeto deu-se a partir da desmontagem de um veículo modelo Tesla para entender a engenharia da marca mundial. O investimento estimado em R$ 1,1 bilhão, bancado com recursos próprios, contempla projeto, instalação e produção. Assis estuda o lançamento de IPO para 2025: “Além de um projeto que favorece a mobilidade e a sustentabilidade temos o objetivo de fazer com que o Brasil seja visto de forma valorizada, assim como sempre deveríamos ser vistos. Somos a nona economia do mundo e ainda não temos nenhuma montadora nacional. Vamos mudar o rumo da história”.

Em fevereiro o protótipo será embarcado para Londres, Inglaterra, onde será submetido a avaliações de impacto, aerodinâmica e simuladores de segurança, visando à obtenção de uma série de homologações. Esta etapa terá duração de até nove meses. Depois disto o produto entrará em linha de produção e deverá gerar seiscentos empregos diretos na fábrica.

Assis estima para 2025 a produção de trezentos carros por mês, que terá preço unitário de R$ 279 mil. Para os volumes iniciais a empresa projeta necessidade de área de 4 mil m2, com possibilidade de expansão para atender ao projeto de 50 mil unidades anuais a partir de 2028. 

Formado em direito e em contabilidade Assis tem como inspiração o estadunidense Elon Musk, fundador da Tesla. Iniciou a carreira como bancário e, pouco tempo depois, criou a Financial Contabilidade, que mantém em sociedade com Iledson Luiz Fracalossi. Na sequência fundou a Lecard, administradora de cartões alimentação PAT, que chegou a uma movimentação anual de R$ 1 bilhão.

Em 2022 vendeu a Lecard para acelerar um sonho de criar a primeira montadora de carros elétricos do Brasil. A ideia surgiu quando soube da lei 8 723, publicada em 1993, que regulamenta a redução de emissões de CO2 de veículos com prazo final em 2027, encerrando a utilização de motores a combustão em automotores fabricados a partir de 2028. Em fevereiro de 2022 deu início à Lecar. A equipe tem trinta profissionais, muitos com passagens por empresas como Gurgel, Troller, JPX, Ford, Toyota, Nissan e Marcopolo.

Cotas de importados eletrificados beneficiarão quem vende mais

São Paulo – Perto de virar o ano a Secex, Secretaria de Comércio Exterior, do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, publicou as regras acerca das cotas de importação de veículos eletrificados – conforme a Agência AutoData havia antecipado, após reunião em Brasília, DF, em meados de dezembro envolvendo ABVE, Anfavea e Abeifa.

A retomada gradual da alíquota que incidirá sobre os veículos elétricos e híbridos fabricados fora do País começou no início do ano. Com base na portaria Secex 291/2023, ficou definido que parcela correspondente a 90% de cada cota global será distribuída pelas empresas, sendo 15% deste volume divididos de forma igualitária e o restante de maneira proporcional pelas companhias que mais importaram, 40%, e emplacaram, 35%, eletrificados no Brasil.

Ou seja: quem trouxe e vendeu mais carros no ano passado terá direito à maior parte das cotas que isentam a cobrança do imposto de importação. Desde o início do ano estão vigentes as alíquotas de 10% para veículos elétricos, 12% para híbridos plug-in e 15% para híbridos até junho. Em julho esses porcentuais sobem, respectivamente, para 18%, 20% e 25%. No período de um ano passam a 25%, 28% e 30% e, a partir de julho de 2026, todos terão a incidência de 35% a título de imposto de importação.

A portaria listou, em ordem alfabética, as empresas que terão direito ao benefício durante o primeiro semestre deste ano. No caso dos híbridos são Audi, BMW, Kia, Caoa Chery, Caoa Montadora, GWM, Honda, Mercedes-Benz Cars & Vans e Toyota. Considerando híbridos plug-in estão incluídas Audi, BMW, BYD, Caoa Montadora, FCA Fiat Chrysler, GWM, Jaguar Land Rover, Porsche e Volvo Car.

Quanto aos 100% elétricos serão beneficiadas Audi, BMW, BYD, Ford, General Motors, GWM, Mercedes-Benz Cars & Vans, Peugeot Citroën, Porsche, Renault, SNS Automóveis, que distribui as marcas JAC Motors e Aston Martin, Volkswagen e Volvo Car.

De acordo com ranking da ABVE em onze meses de 2023 foram comercializados 77,6 mil veículos eletrificados no Brasil, sendo as dez companhias que mais venderam Toyota, com 18,7 mil unidades, BYD, com 12,4 mil, Caoa Chery, com 10,8 mil, GWM, com 8,6 mil, Volvo, com 7,1 mil, BMW, com 3,7 mil, Jaguar Land Rover, com 3,3 mil, e Kia, com 2 mil.

Embora o ranking inclua a produção nacional, a exemplo das versões híbridas do Toyota Corolla Cross Hybrid, do Tiggo 5X Pro Hybrid Max Drive e do Tiggo 7 Pro Hybrido Max Drive, é possível ter uma ideia do desempenho de cada uma e de quais empresas deverão ter as maiores cotas. Segundo o governo a relação das empresas contempladas com a respectiva parcela será divulgada no endereço eletrônico siscomex.gov.br.

Apesar do pleito da GWM para que o benefício fosse proporcional às vendas do segundo semestre, período em que o segmento foi dinamizado, com o ingresso de novas marcas e modelos, o critério estabelecido ficou de janeiro a novembro.

A portaria prevê a utilização de um valor inicial máximo para todas as companhias que, posteriormente, podem aumentar conforme forem concedidas mais licenças de importação dentro da cota proporcional a cada empresa.

A Nissan ficou de fora da lista e, procurada, afirmou que as cotas levaram em consideração volume de unidades importadas em um período específico de 2023, no qual teve pouco volume de importação e que, por isto, a empresa não está incluída no benefício válido para este primeiro semestre.

“A Nissan, que tem uma das maiores frotas circulantes de carros elétricos em solo nacional, apoia, por exemplo, o desenvolvimento de infraestrutura de recarga e também parcerias para incentivar os estudos e pesquisas locais relacionadas ao tema, como a segunda vida das baterias. Todas as ações seguem normalmente, independentemente de, nesse momento, não estarmos contemplados com a parcela principal da regra que define a distribuição de cotas de importação de veículos eletrificados. Contudo existe também a demanda por meio da reserva técnica, que as empresas podem utilizar, e que poderemos acionar, se necessário.”

A empresa refere-se aos outros 10% restantes do dinheiro dedicado às cotas, que serão utilizados em uma reserva técnica que poderá atender a empresas que não estejam contempladas na lista e que registrem seus pedidos de licença de importação, a novos entrantes do mercado, por exemplo, Omoda e Jaecoo, que ingressarão no mercado este ano em operação independente da Chery, e a casos de demanda judicial.

Companhias incluídas na lista que tenham esgotado parcela atribuída a elas originalmente também poderão pleitear estes recursos.

A reportagem também buscou saber se modelos elétricos da FCA Fiat Chrysler estariam fora da listagem, uma vez que, pela Stellantis, apenas Peugeot Citroën constam como os beneficiados movidos a bateria. Apenas híbridos plug-in da FCA estão inseridos. Mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Venda de usados chega a 14,5 milhões de unidades em 2023

São Paulo – As vendas de veículos usados somaram 14,5 milhões de unidades em 2023, volume 36,8% maior do que o registrado em 2022, de acordo com dados divulgados pela Fenauto, entidade que representa os revendedores de veículos seminovos e usados.

Enílson Sales, presidente da Fenauto, disse que o resultado ficou dentro do esperado pela entidade:

“Nosso relatório mostra um porcentual de aumento expressivo na comercialização de veículos, conforme já estávamos prevendo. Desde 2015 o nosso mercado vem apresentando resultados positivos, indicando crescimento sustentável como este, verificado em 2023. Acreditamos que, para 2024, esta tendência positiva deve continuar”.

José Fernandes é o novo CEO da Honeywell América Latina

São Paulo – A Honeywell anunciou José Fernandes como seu novo presidente e CEO para a América Latina. Ele sucede a Manuel Macedo, que deixou a empresa para encarar novos desafios profissionais, segundo comunicado divulgado pela companhia. 

Fernandes está na companhia desde 2018 e manteve seu último cargo, vice-presidente e gerente geral do negócio de materiais e tecnologias de desempenho, área que está mudando de nome internamente e será chamada de soluções de energia e sustentabilidade. 

A empresa também anunciou outra novidade: Luis Ize é o seu novo presidente no México, deixando a gerência geral da Honeywell  Advanced Materials.