BMW abre programa de estágio em São Paulo

São Paulo – O Grupo BMW abre as inscrições para o seu programa de estágio 2024 na terça-feira, 9, em São Paulo. Os interessados devem ter formação prevista a partir de 2025 e cursar administração, ciências contábeis, ciências atuariais, ciências econômicas, ciências da computação, engenharias mecânica e de produção, comunicação, marketing, publicidade e propaganda, relações internacionais e comércio exterior, psicologia ou gestão de recursos humanos.

O início do estágio está previsto para março, de segunda a sexta-feira, e pode se prolongar por até dois anos. Os interessados devem acessar o link https://bmw.gupy.io/jobs/6459866 e realizar a inscrição.

Setor de autopeças projeta faturamento de R$ 248 bilhões em 2024

São Paulo – A expectativa de continuidade da retomada das vendas de veículos 0 KM em 2024 traz na sua esteira maior otimismo também por parte dos fabricantes de peças e componentes. Enquanto a Anfavea projeta incremento de 7% nas vendas, que poderão alcançar 2 milhões 450 mil unidades, e de 4,7% na produção, para 2 milhões 470 mil unidades, o Sindipeças espera um faturamento nominal de R$ 247,7 bilhões, 4% acima ao obtido no ano passado, cujo balanço ainda não foi fechado mas que tem expectativa de R$ 238,2 bilhões em receita, 1,9% a mais do que em 2022.

Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças, destacou que o crescimento de 2023 ocorreu nos segmentos de reposição, que ganhou força após a pandemia com a maior demanda por parte dos veículos usados, e exportação. O fornecimento para montadoras possivelmente foi menor do que em 2022.

Ele referiu-se ao fato de que, no ano passado, 60,4% da receita devem ter sido geradas pelas montadoras — em 2022 este índice foi 61,4%. As vendas para o aftermarket devem ter respondido por 22,5% do total, ante 21,7% no ano anterior. A participação das exportações, de acordo com levantamento realizado pela entidade, também avançará de 13,8% para 14%.

“Em 2024, no entanto, a previsão é de crescimento nominal maior, de 4%, para R$ 247,7 bilhões. Os investimentos, que sofreram redução em 2023, podem crescer 2,1% este ano, totalizando cerca de R$ 6 bilhões.”

A perspectiva é a de que as encomendas das montadoras voltem a crescer, respondendo por 61,1%, ao passo que a reposição deverá ter leve recuo, para 22,3%, e as exportações deverão voltar ao peso de 2022, com 13,5%.

Quanto aos investimentos mencionados por Sahad, no ano passado, devido à menor demanda por veículos – por causa do cenário de juros elevados, crédito escasso, economia em recuperação e, no caso dos pesados, mudança para o Euro 6, que elevou os preços dos veículos de 15% a 30% – foi colocado o pé no freio dos aportes, que devem recuar 13%, para R$ 5,82 bilhões – em 2022 foram investidos R$ 6,7 bilhões.

Para este ano o presidente do Sindipeças aposta na redução da Selic, que deverá fechar o ano de 8,5% a 9% pois a inflação também deverá diminuir, para 4% a 4,5%: “As condições de crédito melhorarão e a seletividade dos bancos deverá ser mais branda, pois a inadimplência deverá declinar”.

Brasil pode ser referência na exportação de carros flex e seus componentes

Sahad defende a manutenção do País como polo produtor de motores a combustão, uma vez que, diante da transição à eletrificação de regiões como Estados Unidos e Europa, o Brasil pode beneficiar-se e reposicionar a indústria automotiva brasileira mundialmente.    

“O Brasil pode ser um hub de exportação de modelos flex. Após vinte anos e 40 milhões de unidades produzidas 85% da frota circulante no País é bicombustível.”

Para ampliar as exportações pondera que é preciso que a reforma tributária, promulgada no fim do ano passado, reduza o custo Brasil e a carga de impostos que deixam o produto local mais caro:

“Temos tudo para assumir este protagonismo. Dados recentes mostram nossa liderança na América do Sul, temos importantes relações com México e alcançamos os mercados dos Estados Unidos e do Canadá”.

O levantamento da entidade aponta para receita de US$ 9,2 bilhões a partir das exportações de autopeças em 2023, avanço de 11% ante 2022, ao mesmo tempo em que as importações recuaram 5%, para US$ 18,4 bilhões. Para este ano a perspectiva é a de que as exportações cresçam 8% e gerem US$ 9,9 bilhões, e os ingressos de produtos aumentem 1%, para US$ 18,6 bilhões. Com isto o déficit da balança comercial poderá recuar 6,1% ao passar de US$ 9,2 bilhões para US$ 8,6 bilhões.

As exportações de veículos deverão encerrar 2023 com recuo de 17,1%, para 398,7 mil unidades, devido ao encolhimento de mercados como os do Chile e da Colômbia, além da escassez de divisas na Argentina. Este ano, porém, é aguardada alta de 2%, para 407 mil unidades.

Produção de veículos avança 14% na Argentina

São Paulo – As montadoras instaladas na Argentina produziram no ano passado 610,7 mil veículos, volume que representa avanço de 13,7% com relação às 536,8 mil unidades de 2022. Ao longo de 2023 as exportações avançaram 1,1% e somaram 325,9 mil unidades.

Os dados foram divulgados pela Adefa, entidade que reúne as empresas fabricantes de veículos no país vizinho. No ano passado foram comercializadas 449,4 mil unidades no mercado interno, alta de 10,2% frente a 2022, de acordo com informações da Acara, associação que representa as concessionárias.

Segundo o presidente da Adefa, Martín Zuppi, apesar de os números terem ficado abaixo das projeções do início do ano, os volumes registaram melhora na comparação anual: “Isto foi, sem dúvida, produto do empenho e do árduo trabalho conjunto que assumimos com a cadeia de valor para que a nossa atividade não seja ainda mais afetada pelo contexto local desafiante que o setor atravessou durante o ano”.

Zuppi lembrou que o setor possui capacidade para produzir 1,3 milhão de veículos por ano e que realizou investimentos que superam US$ 6,5 bilhões de 2017 a 2023 no desenvolvimento de produtos globais, na incorporação de novas tecnologias nas fábricas e na geração de emprego.

Em dezembro foram produzidos 36,9 mil unidades, leve recuo de 0,4% frente às 37,1 mil unidades do mesmo mês em 2022, e 34,6% abaixo das 56,5 mil de novembro. Segundo a Adefa isto se deve ao fato de que o último mês de 2023 contou com apenas treze dias úteis de atividades, oito a menos do que no penúltimo mês.

As exportações em dezembro também recuaram 28,2% ante novembro, com 21,8 mil unidades. Em comparação ao último mês de 2022 o recuo foi de 3,5%.

Sobre as projeções para 2024 Zuppi disse que está aguardando o desempenho do primeiro trimestre para então ter uma ideia mais clara de como será o ano:

“É preciso ponderar que existem diversos assuntos pendentes na agenda que são estratégicos e têm impacto direto nas operações e nos negócios do setor, como a dívida comercial, os impostos e as retenções nas exportações, para os quais já foram estabelecidos canais de diálogo com as novas autoridades para então obter previsibilidade no desenvolvimento da atividade”.

Fiat lidera mais uma vez em ano de aumento do domínio das três primeiras

São Paulo – Em 2022 modelos Fiat, Volkswagen e Chevrolet representaram 50,7% dos 1,9 milhão de automóveis e comerciais leves licenciados no mercado brasileiro, ou 990,7 mil unidades. No ano passado a fatia das três líderes subiu para 52,7% das 2,2 milhões de unidades emplacadas, somando 1,1 milhão de veículos, um crescimento de 16%. No período o mercado geral expandiu 11,3%. 

O domínio das três só cresceu de um ano para o outro, um pouco ajudadas pelas medidas do governo que promoveu descontos em veículos de até R$ 150 mil no meio do ano, faixa de mercado onde elas possuem boas opções disponíveis. No ranking de modelos oito dos dez primeiros colocados são produzidos pelas três empresas.

Volkswagen e Chevrolet trocaram de posições de um ano para o outro: em 2023 a marca de origem alemã ficou com a segunda colocação, ao crescer 28,2%, enquanto os estadunidenses avançaram 12,6%. Ambas ganharam participação e viram a líder de mercado, Fiat, crescer 10,5%, um pouco abaixo do ritmo de mercado mas ainda com confortável distância para a vice-líder.

Tudo isso em um ano em que entrantes chinesas sacudiram o mercado, com opções eletrificadas a preços mais baixos mas ainda sem condições de brigar com nenhuma das marcas consolidadas. Ainda que seja digno de destaque o desempenho da BYD em todo o ano, 17,9 mil emplacamentos que os levaram à décima-quinta posição do ranking, não representou nem metade das vendas da Fiat em um mês – em dezembro foram 46,8 mil emplacamentos.

Retornando ao ranking outra grande mudança, dentre as dez primeiras, ocorreu na oitava posição, com a Nissan superando a Honda no último mês do ano. Nas demais posições não houve grandes alterações.

Veja o ranking:

Caminhões com implementos elétricos da Randon começam a rodar no Chile

São Paulo – Os primeiros caminhões elétricos equipados com semirreboques também elétricos começaram a rodar no Chile, operados pela mineradora SQM. São os primeiros com esta configuração nas Américas, de acordo com a Randon, que forneceu os implementos rodoviários.

A Randon entregou duas unidades da linha Hybrid R que foram produzidas com a tecnologia de tração auxiliar e-Sys, da Suspensys. Uma unidade é um novo modelo desenvolvido pela Randon, o semirreboque tanque para o transporte de salmoura de lítio, com configuração exclusiva para este tipo de operação. O outro implemento é um basculante para o transporte de minério.

VW Polo lidera dezembro mas Fiat Strada fica com o tricampeonato

São Paulo – Pelo terceiro ano consecutivo a Fiat Strada ocupou, em 2023, o mais alto degrau do pódio do mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves. Nem o excelente desempenho do vice-líder Volkswagen Polo no último mês do ano, com 18 mil licenciamentos contra 10,5 mil da Strada, tirou a picape da primeira posição.

Foram 120,6 mil vendas da Strada e 111,2 mil do Polo, que brigava com o Chevrolet Onix, terceiro colocado, até novembro, mas se distanciou em dezembro. O Onix, que foi líder de mercado por seis anos antes da picape produzida em Betim, MG, fechou o ano com 102 mil unidades.

Na quarta posição ficou outro hatch, o Hyundai HB20, 88,9 mil unidades. Quem quebra o domínio dos hatches é o sedã Chevrolet Onix Plus, quinto colocado com 74,9 mil unifdades.

O SUV mais vendido do mercado brasileiro foi o Volkswagen T-Cross, sétimo no geral, 72,4 mil. O Chevrolet Tracker ficou na vice-liderança dos SUVs e o Hyundai Creta na terceira posição – nenhum Jeep ficou no pódio do segmento em 2023.

Compõem o Top 10 cinco modelos hatches, três SUVs, um sedã e uma picape.

Veja o ranking:

Eletrificados batem recorde no mercado brasileiro com 94 mil unidades

São Paulo – As vendas de veículos eletrificados bateram novo recorde no Brasil ao somar 93,9 mil emplacamentos em 2023, de acordo com dados divulgados pela ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico. O volume foi 91% superior ao de 2022 – e classificado como “exuberante” pela entidade. 

Os híbridos plug-in representaram a maior fatia das vendas, com 33 mil unidades. Os híbridos flex ficaram em segundo lugar com 26,1 mil, e os elétricos apareceram na terceira colocação com 19,3 mil. Os híbridos convencionais movidos apenas a gasolina fecham a lista com 15,4 mil unidades entregues. 

Para o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, o ótimo resultado reflete um conjunto de fatores, como a iminência do retorno do imposto de importação para veículos eletrificados, em vigor desde 1º de janeiro, que gerou antecipação de compras no último bimestre do ano passado: 

“Os números indicam principalmente uma sensível evolução deste mercado este ano, com os veículos plug-in chegando a dois terços das vendas em dezembro, confirmando a confiança e a preferência cada vez maior do consumidor pelas novas tecnologias”. 

Mesmo com o retorno do imposto de importação o executivo acredita que o segmento continuará crescendo e deverá se consolidar com a chegada do programa Mover, Mobilidade Verde e Inovação, que o governo federal lançou para o setor automotivo. 

No ranking por modelos o Toyota Cross híbrido flex foi o eletrificado mais vendido do País em 2023, com 10,3 mil unidades. Em segundo lugar ficou o híbrido plug-in BYD Song Plus DM-I, 7,7 mil, seguido pelo Toyota Corolla híbrido flex com 6,9 mil unidades.

Dezembro – O último mês do ano passado foi o melhor desde que a ABVE computa os dados do segmento eletrificado, com 16,3 mil veículos comercializados. Na comparação com dezembro de 2022 o crescimento foi de 191%.

Projeção 2024 – A expectativa da ABVE para 2024 é de crescimento em torno de 60% nas vendas, com o mercado chegando a 150 mil unidades, alcançando um novo recorde no Brasil: “O veículo elétrico já caiu no gosto do consumidor brasileiro e esta tendência se confirma ano após ano. Continuaremos a crescer em 2024”.

Volvo FH foi o caminhão mais vendido do Brasil pela quinta vez consecutiva

São Paulo – O Volvo FH foi, pela quinta vez consecutiva, o caminhão mais vendido do Brasil, com 7,2 mil unidades emplacadas em 2023. O veículo é líder desde 2019, considerando todos os segmentos, dos leves aos extrapesados. A montadora destacou o bom desempenho da configuração FH 540 com motor Euro 6, que foi o mais vendido da sua categoria, com 5,8 mil unidades. 

O Volvo FH com motor Euro 6, o mesmo vendido na Europa, ficou 8% mais econômico na comparação com o Euro 5 graças aos avanços que a engenharia da empresa realizou no motor D13K, o seu mais moderno. O câmbio é o I-Shift de sétima geração, com trocas até 30% mais rápidas na comparação com seu antecessor, de acordo com a Volvo.

Venda de veículos importados avançou 128% no ano passado

São Paulo – A venda de veículos importados das empresas associadas à Abeifa cresceu 127,7% em 2023 na comparação com 2022, somando 41,5 mil unidades. O setor já vinha com bom desempenho até novembro, quando o governo anunciou a volta gradual do imposto de importação a partir de 2024, o que gerou a antecipação de compra por consumidores interessados por modelos híbridos e elétricos importados, que tiveram seus preços reajusrados no início do ano.

O último mês de 2023 fechou com 5,5 mil unidades vendidas, crescimento de 282,4% sobre dezembro de 2022 e expansão de 45,8% na comparação com novembro. O presidente da Abeifa, João Henrique Garbin de Oliveira, confirmou que o desempenho das vendas, em dezembro, mostrou que houve a antecipação de compras:

“Os dados das nossas associadas nos mostram a imediata reação dos consumidores brasileiros ao antecipar as compras de veículos híbridos e elétricos, cuja incidência de imposto de importação passou a valer a partir da terça-feira, 2 de janeiro. Na realidade o início deste movimento se deu na sequência ao anúncio da volta do imposto aos elétricos e do aumento aos híbridos, em 10 de novembro, com alíquotas escalonadas até julho de 2026, quando chegarão ao limite de 35%”.

Com relação à volta do imposto de importação algumas associadas não repassarão o aumento de custo para os modelos que já estão em estoque, e outras o repassarão parcialmente. O presidente da Abeifa disse que o retorno, ainda que faseado até julho de 2026, é muito punitivo para o segmento de importados, mas que a entidade segue focada em trabalhar na chegada de novas tecnologias para ajudar no processo de descarbonização. 

A BYD, que chegou forte ao segmento de veículos leves eletrificados em 2023, principalmente com o modelo Dolphin, somou 17,9 mil vendas no ano passado, liderando o ranking por marca. Em segundo lugar ficou a Volvo com 8,2 mil unidades, seguida pela Porsche com 5,2 mil.

Ônibus elétrico da TEVX Higer passa por testes em Cuiabá

São Paulo – O ônibus elétrico Azure A12BR, da TEVX Higer, iniciará período de testes em Cuiabá, capital do Mato Grosso. O veículo será usado em diversas linhas da cidade pelas operadores locais Caribus, Integração, Rápido Cuiabá e VPAR.

O ônibus ficará em testes por trinta dias e todos os motoristas envolvidos na operação serão treinados para conduzir o veículo da melhor maneira possível, recuperando energia sempre que possível e aumentando a autonomia.