Aplicativo 100% brasileiro tem estreia mundial

Um único aplicativo será capaz de integrar informações sobre transporte, serviços e pessoas para facilitar a mobilidade urbana. O MOBQI tem DNA 100% brasileiro e despertou o interesse da gigante de tecnologia Microsoft, que deverá exportar a iniciativa para outros cinco países. A plataforma será lançada mundialmente na sexta-feira, 23, em evento na sede da Microsoft, em São Paulo.

Com versões para web, www.mobqi.com, e os sistemas Android e iOS, o aplicativo funcionará integralmente, neste primeiro momento, em três capitais brasileiras: Belo Horizonte, MG, Rio de Janeiro, RJ, e São Paulo.

Com investimento de R$ 15 milhões o aplicativo foi criado por Ernâni Machado, presidente da JMM Tech, startup localizada no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. A parceria com a Microsoft envolveu testes para aprovação da qualidade, operacionalidade e potencial de comercialização do aplicativo, de acordo com Machado:

“Estamos na plataforma Azure da Microsoft, o que nos dá condições de crescer para qualquer tamanho e de alcançar o mundo. Nossa plataforma tem mais de dez aplicativos e seis sistemas web, que permitem o completo controle, monitoramento e gerenciamento das cidades, de qualquer tamanho em qualquer lugar do mundo”.

O objetivo do aplicativo, aliás, é ter alcance mundial, interligando as cidades do mundo. Já está em teste em outros cincos países: Alemanha, Estados Unidos, França, Reino Unido e Suíça. O MOBQI, segundo Machado, também tem o apoio do governo da Inglaterra, do FIEMG Lab Novos Negócios e do programa InovAtiva Brasil realizado pelo MDIC, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, e pelo Sebrae, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas:

“A plataforma foi parcialmente desenvolvida no Vale do Jequitinhonha. Nossa ideia era mostrar que podemos fazer tecnologia em qualquer lugar, mesmo que seja em uma cidade pequena, e que possa ser utilizada em grandes cidades”.

Como funciona – O aplicativo abriga as melhores opções de ônibus, táxis, rotas para carros, bicicletas e pedestres, de estabelecimentos próximos, eventos, amigos e até mesmo paquera. Também permitirá fazer chamadas de emergência, com conexão direta para a Polícia, Corpo de Bombeiros e SAMU.

Já as empresas de transporte, públicas ou privadas, seja de ônibus, táxi ou de motorista particular por aplicativos, como o Uber, contarão com serviços de monitoramento. Ao custo de R$ 10 por veículo cadastrado, as companhias, de qualquer tamanho, receberão informações em tempo real sobre localização, rota percorrida, abastecimento, manutenção da frota, faturamento. Parte destas informações será compartilhada com os usuários para que eles tenham acesso aos tipos de transporte em cada cidade e seus preços.

Projeção para a China: vendas de 29,7 milhões de carros até 2020.

As vendas de carros na China poderão chegar a 29,7 milhões em 2020 aponta estudo da entidade de pesquisa ReportLinker. Na prática significa que de 2017 até lá as vendas de automóveis zero quilômetro naquele país manterão taxa de crescimento anual de 7,06%. Ela é mais lenta do que a demonstrada por aquele mercado nos últimos anos, mas continua a ser sustentável de acordo com os estudos da empresa.

Caso se confirme essa projeção das vendas chinesas o país, que já lidera o mercado global em volume de vendas, representará 30% da participação total de mercado em 2020. Os fatores apontados como responsáveis pela manutenção do crescimento estão ligados ao aumento da renda, à demanda reprimida e ao processo de urbanização pelo qual passa o país.

Sobre a renda o estudo diz que o seu aumento permitirá que mais cidadãos chineses comprem mais veículos, possuindo mais de um ou que tenham modelos mais confortáveis. Ao mesmo tempo porcentagem relativamente pequena de chineses atualmente possui modelos mais recentes, o que significa que há muita demanda para ser atendida em segmento como o de SUVs.

No ano passado as vendas de automóveis na China atingiram 24,4 milhões de unidades, e 6,9 milhões nos Estados Unidos. O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, MIIT na sigla em inglês, e duas outras agências governamentais também disseram que estão incentivando o crescimento das vendas de automóveis elétricos e híbridos até 2020.

Anchieta gera Novo Polo brasileiro

A Volkswagen do Brasil confirmou a produção do Novo Polo na fábrica de São Bernardo do Campo, SP. A unidade passou por intensa e será uma das mais modernas do mundo, como parte do cronograma de investimentos da empresa no Brasil, até 2020, da ordem de R$ 7 bilhões. O carro deve ser lançado no segundo semestre. O motor será produzido na fábrica de São Carlos, SP.

Segundo a VW a fábrica Anchieta torna sua produção ainda mais tecnológica e dá mais um passo em direção à implementação de conceitos de Indústria 4.0, que cria fábricas inteligentes, conectadas e flexíveis. David Powels, presidente e CEO da Volkswagen do Brasil e da América do Sul, disse que esses investimentos só foram possíveis em razão de acordo trabalhista com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que deu mais previsibilidade e competitividade para essa unidade:

“Estamos construindo a Volkswagen do futuro. Fizemos no ano passado uma das maiores reestruturações desde a nossa instalação no Brasil. Dentre as ações, em todas as fábricas, foram firmados acordos trabalhistas com os sindicatos, com validade pelos próximos cinco anos, que permitiram redução de custos, readequação de efetivo e aumento de nossa flexibilidade. A Volkswagen é a primeira a firmar acordos de cinco anos em todas as suas unidades”.

Segundo ele esse acordo com o sindicato assegurou, também, a produção do Virtus ali: “Não tivemos nesse processo de negociação nenhum dia de greve. O acordo assegura a produção do Novo Polo e também de um novo sedã. Trabalhamos agora com o objetivo claro de sermos uma empresa muito mais rápida, enxuta e eficiente. Mais do que um carro o Novo Polo também marca o lançamento de uma nova Volkswagen no País”.

O Virtus, de acordo com Powels, chega ao mercado brasileiro no ano que vem: “E em seis a nove meses teremos mais novidades. Além do Polo e do Virtus lançaremos mais dois carros nessa mesma base. Nos próximos três ou quatro anos esse plano de lançamentos estará concluído”.

Plataforma moderna – O Novo Polo, assim como o Golf produzido em São José dos Pinhais, PR, será manufaturado dentro do mais moderno conceito do Grupo Volkswagen, a estratégia modular MQB, Matriz Modular Transversal, que é uma nova arquitetura para a produção de veículos, já aplicada em modelos globais como o Passat e o Golf Variant. O Novo Polo estreia a nova plataforma MQB para veículos compactos da Volkswagen.

O conceito consiste na padronização do processo de manufatura nas fábricas do grupo, estabelecendo, por exemplo, a mesma sequência de montagem e proporcionando como grande vantagem a redução do tempo de produção dos veículos. Essa base foi desenvolvida seguindo preceitos de baixo peso, utilizando aços de alta resistência que permitem aumentar a segurança e reduzir o peso total do veículo, o que colabora para a redução do consumo de combustível.

Lado a lado com as grandes

De todas as montadoras a Tesla apresentou o maior aumento no valor de sua marca em um ano, com crescimento de 32%, passando para US$ 5,9 bilhões, segundo a pesquisa Brand ZTop 100 Marcas Mais Valiosas do Mundo, realizado pela consultoria de marketing Kantar Millward Brown.

Isso mostra que a fabricante de carros elétricos, fundada em 2003 por Elon Musk, já começa a ter estatura semelhante às gigantes do setor. Esta semana a empresa começou a entregar veículos na Coreia do Sul. Na quinta-feira, 22, anunciou que está negocia para instalar uma fábrica China.

Para Valkiria Garré, CEO da Kanta Millward Brown, inovação e tecnologia são os caminhos que deverão ser trilhados pelas empresas para manter sua competitividade no mercado: “O setor automotivo passa por grandes mudanças como, por exemplo, a chegada dos carros autônomos. A Tesla não é uma grande montadora, mas seus carros representam uma tendência para o futuro por apostar em sustentabilidade”.

As três primeiras colocadas no ranking mantiveram suas posições do ano passado. A Toyota continua a ser a marca automotiva mais valiosa do mundo, registrando queda de 3% e passando para US$ 28,7 bilhões. A alta nas vendas foi neutralizada pelo aumento dos investimentos e dos custos de mão de obra.

Na vice-liderança está a BMW, com valor de marca de US$ 24,6 bilhões, seguida de perto pela Mercedes-Benz, US$ 23,5 bilhões. Já a Ford subiu uma posição e ocupa o quarto lugar, US$ 13,1 bilhões.

De acordo com Garré as marcas no topo do ranking são financeiramente saudáveis e se apoiam em três pilares, são conhecidas, confiáveis e apostam na diferenciação: “A Toyota é uma marca tradicional, mas está sempre se renovando com investimentos em tecnologia”.

Após a queda de 3% no último ano o valor total das dez marcas de carros mais valiosas é US$ 139,2 bilhões em 2017. A pesquisa, que é realizada há doze anos, combina medidas do valor de marca, com base em entrevistas com mais de 3 milhões de consumidores em todo o mundo, com análise do desempenho financeiro e comercial de cada empresa usando dados da Bloomberg e Kantar Worldpanel.

Sai o primeiro financiamento do Refrota

A Marcopolo e a Mercedes-Benz fizeram a primeira venda de ônibus pelo programa Refrota 17, que prevê o financiamento de cerca de 8 mil ônibus urbanos com recursos do FGTS, para renovação de frota. Os cem primeiros veículos foram adquiridos pela Transportadora Turística Suzano, Suzantur, com investimento da ordem de R$ 30,3 milhões, e serão utilizados em Mauá, SP.

A liberação do financiamento pela CEF, Caixa Econômica Federal, demorou cerca de três meses. Essa demora era considerada pelo mercado como um entrave para a continuidade do programa. Agora, segundo Paulo Corso, diretor de operações comerciais e de marketing da Marcopolo, a concretização do negócio permitirá que outros operadores renovem as suas frotas.

De acordo com Claudinei Brogliato, dono da Suzantur, a aquisição vai baixar a idade da frota e os custos, pois os ônibus novos proporcionam mais qualidade e conforto e requerem menos manutenção: “Esse contrato é muito importante porque permitirá renovar aproximadamente cem ônibus, o que corresponde a mais de 30% da nossa frota de trezentos veículos, com idade média de 2 a 3 anos”.

Walter Barbosa, diretor de vendas e marketing de ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, disse que o Refrota é mais uma alternativa de financiamento para as empresas e uma medida que pode estimular a renovação de frota do transporte coletivo: “A frota circulante de ônibus urbanos no País tem uma elevada idade média. E, a propósito, diariamente temos recebido consultas acerca das condições desse programa”.

O objetivo do Refrota é renovar cerca de 10% da frota nacional, estimada em 107 mil unidades, incentivando a melhoria do transporte público e da mobilidade urbana. A linha de crédito de R$ 3 bilhões para a renovação da frota de ônibus é direcionada especialmente às empresas detentoras de contrato de concessão ou de permissão, bem como integrantes de consórcios que operam o sistema de transporte público.

FCA convoca mais um recall do Jeep Renegade

A FCA, Fiat Chrysler Automóveis, convocou para recall 88 mil 957 unidades do Jeep Renegade na quinta-feira, 22, por problemas nos cabos elétricos do freio de estacionamento das rodas traseiras. É a terceira campanha de reparos envolvendo o veículo, fabricado em Goiana, PE, desde 2015, e que já teve, até maio deste ano, 105 mil 550 emplacamentos, de acordo com dados da Fenabrave, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.

Sonho de consumo de boa parte dos brasileiros o mercado de SUV, no qual está inserido o Renegade, tem experimentando forte concorrência na medida em que passaram a ser produzidos aqui alguns modelos. Prova disso é o aumento da participação do segmento nas vendas totais de veículos no Brasil, que passou de 6% para 15% em dois anos, segundo a Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.

Para Antônio Jorge Martins, professor da FGV, Fundação Getúlio Vargas, e especialista em gestão da cadeia automotiva, a recorrência de campanhas de recall em fábricas modernas, como é o caso das instalações da FCA em Pernambuco, inaugurada em 2015, se deve ao crescimento acelerado pelo qual passaram as fabricantes que produzem SUV no Brasil: “O crescimento do segmento no País foi muito grande em pouco tempo, e é de se esperar reparos num contexto no qual empresas novas produzem pela primeira vez um modelo específico de veículo em um mercado novo”.

Sobre a forte concorrência e uma eventual mancha na reputação do veículo, o segundo mais vendido na categoria, atrás do líder Honda HR-V e perseguido de perto pelo Hyundai Creta, o especialista mostrou-se cético e usou como argumento o perfil do consumidor de SUVs: “Anos atrás, sim, era uma situação crítica administrar uma campanha de recall de modo a blindar a reputação de veículo. Hoje o consumidor já está acostumado ao procedimento e acha até positivo que as empresas se posicionem frente uma falha”.

A picape Fiat Toro, que tem a mesma plataforma do Renegade, também pode passar pelo mesma campanha de recall. Disse em off uma fonte com vasta experiência na indústria automobilística, inclusive na FCA: “Ambos os veículos compartilham muitos componentes e é uma cultura da empresa, e das maiores do setor, concentrar a manufatura nas mãos de poucos fornecedores de uma mesma peça quando o chassis é compartilhado”.

A FCA não confirmou a informação nem informou quem são os fornecedores dos cabos elétricos do freio do Renegade.

Desde janeiro as fabricantes convocaram 1 milhão 70 mil 626 veículos para recall por meio de 63 campanhas, segundo dados do Procon SP. O problema mais recorrente foi o defeito no airbag, ocorrência que atingiu 618 mil 391 unidades no período. Sistema de combustível, elétrico, de cinto de segurança e de tração fecham o grupo dos cinco principais motivos para convocação para os reparos.

MAN faz rodar cadeiras.Na Alemanha.

A partir de 1º de julho a divisão de caminhões e ônibus da Volkswagen, na Alemanha, terá quatro novos diretores para as suas áreas de recursos humanos, pesquisa e desenvolvimento e logística, informou a empresa na segunda-feira, 12. As nomeações decorem de demissões e e de promoções.

Josef Schelchshorn, diretor de recursos humanos, deixou a empresa por motivos pessoais. Ele será sucedido por Carsten Intra. Andreas Renschler, presidente da divisão de caminhões e ônibus, lamentou a decisão: “Estamos tristes em ver Schelchshorn sair da empresa porque ele deu uma esplêndida contribuição para o futuro da MAN”.

Carsten Intra juntou-se à MAN em 2001 como engenheiro de produção. Dois anos depois tornou-se chefe de produção de cabinas na fábrica de Munique. Foi nomeado chefe de planejamento de rede em 2004. A partir de 2006 liderou a unidade comercial de caminhões pesados. Após novos cargos de administração, na Turquia e no Brasil, Intra assumiu a diretoria executiva de produção e logística em 2012. Desde novembro de 2015 também trabalhou na área de pesquisa e desenvolvimento.

Com a promoção de Indra quem assume a área de pesquisa é Frederik Zohm. Antes ele era responsável, na Volkswagen, pela gestão da aliança estratégica com o fabricante de caminhões Navistar, dos Estados Unidos. Antes disso trabalhou na Daimler em diferentes cargos de administração no Evo-Bus, Mitsubishi Fuso e, finalmente, Daimler Trucks Powertrain.

A área de produção será chefiada por Ulrich Dilling. Em 2017 ele assumiu a produção de componentes todas as fábricas de caminhões e ônibus da Volkswagen.

Outra mudança anunciada pela empresa foi a prorrogação do contrato de Joachim Drees, diretor executivo da MAN, por mais cinco anos, a partir de 1º de abril de 2018. Antes de assumir a direção da empresa, em 2015, ele ocupou cargos gerenciais na Daimler e na Mercedes-Benz desde 1996. Também faz parte da gerência da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

Pela primeira, OICA faz encontro no Brasil

Pela primeira vez, o Brasil recebeu uma reunião da OICA, Organização Internacional dos Construtores de Veículos Automotores. O encontro, promovido pela Anfavea, Associação Nacional de Veículos Automotores, realizado nos dias 30 e 31 de maio, reuniu executivos de entidades setoriais de onze países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, França, Índia, Japão, Rússia, Suécia e Turquia.

A pauta do encontro foi o WP 29, Working Party 29, espécie de grupo de trabalho da ONU, Organização das Nações Unidas, que representa uma tentativa de discussão global para a harmonização e evolução das regulamentações técnicas dos veículos, como itens de segurança e emissão de poluentes. Hoje, 62 países são signatários do WP 29. O Brasil não faz parte desse acordo e segue os regulamentos da ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, com base nas regulações do Contran, Conselho Nacional de Trânsito, para questões referentes à segurança, e do Conama, Conselho Nacional do Meio Ambiente, para aspectos ambientais.

De acordo com Antônio Megale, presidente da Anfavea, são os governos que aderem aos acordos do WP 29: “Neste momento, o Brasil está caminhando como observador para um entendimento mais profundo dos impactos da adesão a estes acordos. Não podemos ficar fora disso”.

Para Edson Orikassa, presidente da AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, ao seguir as regras do WP 29 os veículos fabricados no Brasil seriam mais seguros e menos poluentes e estariam aptos a entrar em mercados que seguem essas normas: “É preciso lembrar, no entanto, que o País tem altos custos na exportação e seguir o acordo não seria garantia de que os embarques aumentariam. As importações também podem crescer a partir do momento de que o Brasil decidir fazer parte desse acordo”.

Orikassa disse também que os veículos continuariam a ter certos itens mais básicos adaptados para a realidade brasileira, a chamada tropicalização. Ele afirmou que os carros da Audi, BMW e Mercedes-Benz produzidos no Brasil já atendem às normas da WP 29: “Aqueles que não seguem essas regras, no entanto, teriam que se adaptar, o que poderia encarecer o seu preço, principalmente as versões mais antigas. A solução é adotar de forma gradativa os 180 regulamentos do WP 29, já que não há um prazo limite. O Japão, por exemplo, assinou o WP 29 há cerca de 20 anos e suas empresas não adotam todas as medidas”.

Honda se prepara para 2030

A Honda apresentou o seu plano para competir no mercado global. A meta da empresa para 2030 é que dois terços de suas vendas sejam de veículos elétricos. Takahiro Hachigo, CEO e presidente da Honda, disse que a área de pesquisa e desenvolvimento estará focada em modelos com sistema híbrido plug-in de alta eficiência.

Segundo o executivo, a empresa está desenvolvendo um veículo elétrico exclusivo para a China, com início das vendas previsto para 2018, e um modelo zero-emissão para outras regiões: “Vamos apresentar esse modelo no segundo semestre em um salão de automóvel”.

A empresa também externou seus planos quanto à tecnologia autônoma. Segundo a Honda, em 2020, seus carros estarão prontos para trafegar sem motorista nas estradas. Cinco anos depois, a tecnologia também permitirá o uso em cidades. “Vamos focar especificamente em três áreas: mobilidade, robótica com foco em inteligência artificial e soluções energéticas para proporcionar às pessoas prazer e liberdade de mobilidade”, disse Hachigo.

Para tornar a estratégia viável, a Honda promoverá também melhorias no sistema global de produção. O CEO disse que a empresa quer estabelecer um sistema de produção flexível e mutuamente complementar nas seis regiões onde atua: “Já vemos resultados positivos no remanejamento das produções de acordo com a disponibilidade dos veículos nos mercados demandantes”.

Segundo Hachigo, na América do Norte, para permitir a adaptação ao recente crescimento da demanda por SUVs, a empresa estabeleceu um sistema de produção flexível de utilitários leves, como o CR-V, o Pilot e o Acura MDX: “O WR-V, modelo regional desenvolvido principalmente pelo centro de pesquisa e desenvolvimento da Honda no Brasil, agora está sendo produzido e vendido também na Índia”.

A empresa está trabalhando também no fortalecimento da presença regional dos veículos que produz atualmente no mundo todo. Com relação ao Civic, ele disse que as vendas da décima geração do carro está se mostrando forte em todos os mercados. O lançamento desse modelo no Japão está planejado para o final de junho de 2017. As vendas do novo CR-V começaram nos Estados Unidos. Com o acréscimo da versão híbrida, a empresa quer tornar o modelo global ainda mais forte. O Accord, por sua vez, passará por uma mudança no design este ano nos Estados Unidos.

Buenos Aires mostra três novos brasileiros

No 8º Salão do Automóvel Internacional de Buenos Aires, que abre as portas para o público no sábado, 10, chamaram a atenção modelos com chegada prevista ao mercado brasileiro. A Renault mostrou o Kwid, seu SUV compacto. A Ford apresentou a nova versão do EcoSport. E a Fiat lançou o seu novo hatch, o Argo.

Os três modelos podem render às respectivas fabricantes ganhos na participação nas vendas e consequentemente, melhora na utilização da capacidade produtiva. A Renault, por exemplo, pode abrir um terceiro turno de produção na fábrica do Paraná com a produção do Kwid – a empresa não confirma a informação.

Apesar de o modelo ter previsão de chegada apenas para agosto, em três horas de pré-venda, na sexta-feira, 9, quarenta unidades do SUV foram reservadas. Segundo a Renault para reservar o carro, o cliente deve se cadastrar no site da empresa e pagar R$ 1 mil, valor que pode ser dividido em três parcelas. A reserva garante preço sem aumento, primeira revisão gratuita, cinco anos de garantia para quem fizer o financiamento com o banco Renault e entrega prioritária. O Kwid terá preço sugerido de R$ 29 mil 990 a R$ 39 mil 990.