O mercado brasileiro, que já chegou a ocupar a quinta posição mundial na produção de caminhões, aponta para diferentes caminhos de acordo com os representantes dos fabricantes de motores durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas para 2017.
Para Luis Pasquotto, presidente da Cummins, os resultados deste ano têm sido mais positivos do que as projeções iniciais. No primeiro semestre, a produção registrou um aumento de 5% com relação ao mesmo período do ano anterior, ancorado pelo crescimento do mercado de ônibus e pelas exportações das montadoras:
“Acreditamos que o segundo semestre deve ser ainda melhor com aumento de 20% a 25% dos números da produção. Mas, vivemos um otimismo relativamente moderado”.
Se a Cummins está com um otimismo moderado, a MWM, por sua vez, fez projeções que indicam queda nas vendas de caminhões e ônibus para este ano, de acordo com diretor de vendas e marketing Thomas Puschel: “O primeiro semestre ficou um pouco abaixo das nossas expectativas, o que mudou as nossas estimativas. No ano passado, a empresa vendeu 40 mil motores e neste ano, as vendas devem chegar a até 30 mil unidades. Por causa disso, fizemos adequações nas estimativas. O momento exige uma perspectiva mais cautelosa”. Segundo ele, a empresa, que encerrou um contrato com a General Motors, tem focado na exportação para 45 países.
A FPT também estima vendas de caminhões abaixo do esperado para este ano, segundo o seu presidente Marco Rangel. A expectativa era de 65 mil unidades este ano: “O lado positivo é que a safra recorde nos surpreendeu, impulsionando as vendas de máquinas agrícolas. A projeção inicial de vendas de 41 mil máquinas foi revista para 49 mil, o que corresponde a um aumento de 13%”.