O primeiro ônibus elétrico vem ai!

O primeiro ônibus elétrico começa a rodar na cidade de São Paulo em 31 de julho. O veículo tem capacidade para transportar 84 pessoas e autonomia de 300 quilômetros. Produzido pela BYD, em Campinas, SP, o ônibus tem baterias de fosfato de ferro, LiFePO4, que levam de 4 a 5 horas para serem totalmente recarregadas.

Segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes, SMT, o ônibus possui motores elétricos embutidos diretamente nas rodas e sistemas auxiliares hidráulicos e pneumáticos, integrados através de uma rede de controle. Isso significa que, em aceleração, o sistema consome energia das baterias tracionarias. Já nos momentos de frenagem, o sistema de tração transforma a energia cinética do ônibus em elétrica – e a armazena nas mesmas baterias.

O novo modelo, que opera com baixo nível de ruído e emissões zero, atende todas as exigências de acessibilidade como piso baixo, rampas de acesso e espaço para cadeiras de rodas, é equipado, também, com ar-condicionado, tomadas USB e Wi-Fi.

A SPTrans foi responsável pela adequação técnica necessária para atender as especificações contidas nas normas brasileiras ABNT NBR 15.570, NBR 14.022 e NBR 15.646 e em seu manual dos padrões técnicos de veículos.

Frota limpa – A capacidade de produção anual da BYD é de 400 desses veículos por ano. Atualmente, existem dois ônibus em operação na cidade que são totalmente movidos a bateria, ambos importados da China. “Vale ressaltar que a SMT está finalizando o edital de uma nova licitação para o sistema de transporte coletivo, que incluirá metas claras para a adoção de energias renováveis na frota”, informou a secretaria.

A SPTrans também estuda modelos mais adequados e factíveis de combustível limpo que devem ser adotados, conforme o cronograma de renovação da frota e a partir da licitação. A tarefa envolve um trabalho conjunto da secretaria com outras pastas do governo, o Ministério Público e, também, diálogo com representantes da sociedade civil por meio do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito.

O carro autônomo pode resolver o problema do tráfego mas…

Um dos objetivos da ousada visão da Bosch para resolver muitos dos problemas da mobilidade é tornar o tráfego mais inteligente e, portanto, fluído. Em um cenário de caos urbano já presente na vida de milhões de pessoas todos os dias – e que tende a piorar com as projeções de que 70% da população passará a viver em cidades em 2050 –, as tecnologias autônomas surgem como grandes aliadas à eficiência.

A Bosch trabalha no desenvolvimento de diversas iniciativas que contribuirão para reduzir o trânsito no futuro por meio da tecnologia embarcada. Do projeto Vision X, que aponta o futuro dos veículos comerciais em alguns anos à cabine HMI, do inglês Human Machine Interface, que demonstra como será a interação das pessoas nos automóveis. Quase tudo será autônomo, conectado e, nas soluções mais avançadas, utilizará inteligência artificial.

Mas antes de tudo isso ficar disponível para os consumidores alguns desafios devem ser superados. Um deles é a capacidade de processamento do gigantesco volume de informações necessário para todas as tecnologias atuarem de forma eficiente. E o outro é a segurança dos sistemas eletrônicos contra ataques que podem sequestrar remotamente um veículo.

Dirk Hoheisel, do board da Bosch, disse, durante a conferência sobre mobilidade que a sistemista promoveu em sua pista de testes em Boxberg, Alemanha, que a segurança é um dos grandes desafios da tecnologia autônoma e até há pouco tempo os sistemas automotivos não eram construídos com essa preocupação: “Essa não era uma especialidade da indústria automotiva. Por isso estamos adquirindo empresas que dominam esse conhecimento e vão contribuir para tornar os veículos autônomos totalmente seguros para seus usuários”.

Em teoria hoje é possível um hacker quebrar a segurança dos sistemas automotivos e assumir o controle de um automóvel. Alguns fabricantes já realizaram testes comprovando a vulnerabilidade dos sistemas eletrônicos e conectados.

Para a Bosch, as novas tecnologias que estão chegando aos veículos deverão ter um nível de segurança semelhante ao dos bancos, o setor mais avançado nesse particular: “Temos a confiança que a próxima geração da tecnologia autônoma terá um nível alto de segurança. Mesmo assim hoje é difícil dizer que não será inviolável”.

Como anda – Durante o evento um Tesla Model S estava equipado com a tecnologia Bosch que transforma o veículo em um autônomo nível 4 – capaz de identificar obstáculos em movimento e agir para evitar acidentes.

De acordo com a empresa foram 1,4 mil horas de trabalho para incluir 50 novos componentes da Bosch no veículo como sensores ultrassônicos, câmeras estéreo e uma série de sensores de média e longa distância, conectados em 1,3 mil metros de cabos e 400 braçadeiras.

Para começar a utilizar o veículo o sistema tem que validar a retina e o rosto do motorista cadastrado. Esse sistema monitora o tempo todo o comportamento do motorista e em caso de falta de atenção à estrada por um longo período ele estaciona o veículo, solicitando que a pessoa à frente do volante fique atenta pois, a qualquer momento, pode ser requisitada a tomar os comandos.

Na pista uma moto se aproxima em alta velocidade e o sistema calcula com antecedência uma possível colisão de rota. É emitido um alerta e depois o veículo freia, esperando a moto cruzar o seu caminho. Curvas são moleza para serem vencidas pela tecnologia. Mas o volante girando sozinho realmente ainda é uma novidade que assusta os ocupantes. Será que vai dar conta de fazer a manobra?

Mesmo em um ambiente controlado e com todo o mapeamento feito com antecedência pelos sensores e radares, a tecnologia autônoma desarma em certo momento. Tudo bem, o motorista atento assume o controle e pode, logo em seguida, apertar os dois botões no próprio volante para transferir a condução novamente à nova tecnologia.

Hoheisel esclarece que os carros autônomos precisam de treinamento: “São três elementos-chave: conhecimento profundo do ambiente em que transita – cidade, estrada, presença e comportamento dos pedestres ou dos caminhões, por exemplo. Mapas completos, com detalhamento de pontos de perigo, buracos, velocidade permitida, tudo isso em alta definição. E os diversos sensores que equipam esse veículo para que a condução autônoma seja eficiente”.

A Bosch investe € 300 milhões em inteligência artificial este ano. O objetivo desse aporte é aumentar rapidamente a capacidade de processamento de informações dos autônomos. “A nova tecnologia tem captar e interpretar todas as informações ao seu redor. Porque o maior problema é o comportamento dos outros no trânsito. Os sistemas autônomos precisam de experiência para poder agir com eficiência.”

Dados alarmantes evidenciam o enorme benefício que a condução autônoma poderá trazer para a segurança e, principalmente, fluidez do tráfego:

– A condução autônoma pode representar uma economia de tempo de 95 horas a cada ano a partir de 2025

– A condução autônoma melhora o fluxo de tráfego, permitindo que até 80% mais veículos atravessem um cruzamento controlado por semáforo

– A condução autônoma poderia economizar 400 mil toneladas de CO2 por ano na Alemanha, China e nos Estados Unidos em 2025

Atendendo bem, o cliente volta

Com movimento de vendas baixo, as concessionárias do País apostam no atendimento como diferencial competitivo na concorrida por novos clientes. Uma espécie de esforço em reter consumidores em um contexto onde as lojas multimarcas, tem se mostrado como alternativa ao modelo tradicional de varejo de veículos.

Segundo estudo de mercado da JD Power, que avaliou o comportamento de compra de 3,7 mil proprietários de veículos de março a abril deste ano, as concessionárias perceberam que a abordagem junto ao consumidor aliada a outros fatores, como estoque e localização do ponto de venda, determinou a compra de veículos no período de análise.

Sergio Sanchez, gerente de pesquisa da consultoria que avaliou o varejo automotivo, disse que houve uma evolução natural no comportamento do cliente no ponto de venda na medida em que se modernizou o parque de veículos do Brasil: “Independente da marca, o ideal para manutenção das vendas nas concessionárias é que elas adotam uma estratégia de venda diversificada, ou seja, que leve em consideração outro fatores fora preço, uma vez que o consumidor demanda outros quesitos para formular uma compra”.

Sob o ponto de vista da retenção, a pesquisa indicou que o consumidor retornaria àquela loja que considerou ter o melhor atendimento, ainda que o preço não fosse atrativo. 53% dos entrevistados se posicionaram afirmativamente diante dessa possibilidade apresentada na pesquisa. Preço baixo, de maneira isolada, despertou o interesse de uma parcela menor, 39% dos participantes.

A pesquisa mostrou também que as concessionárias adotam estratégias de vendas alinhadas com o perfil da marca no mercado. Aquelas que vendem veículos mais baratos, por exemplo, tem planos de vendas focados na batalha por preço. Outras que possuem em seu portfólio veículos com preços mais altos, dão ênfase maior ao serviço por entenderem que seus clientes querem um atendimento mais exclusivo.

Para Sanchez, no entanto, o novo perfil do consumidor brasileiro demanda uma estratégia que misture ambas as características: “Mesmo aquele cliente com um poder de compra restrito está mais exigente com relação ao atendimento, até porque ele hoje tem outras opções de canais de vendas e visita todos eles. Por causa da crise, preço passou a ser um fator considerado pelas classes A e B no momento da compra de um veículo, por exemplo”.

Agrupando as montadoras por razões de escolha da concessionária, notam-se as seguintes relações, de acordo com a pesquisa da JD Power. Quando a principal razão é o preço, as três marcas que atraem mais os clientes são: Renault, 36% dos entrevistados, Chevrolet, 33%, e Fiat, 30%. Quando o motivo principal da escolha é por bom atendimento, as marcas mudam completamente, com: Toyota, 21%, Nissan, 20%, e Hyundai-CAOA, 18%.

Começa a corrida pelo Prêmio AutoData 2017

Está começando o Prêmio AutoData 2017. O grupo de jornalistas da AutoData Editora reuniu-se na semana passada, em São Paulo, e definiu, por meio de votação, todas as empresas, produtos e executivos que, por seus méritos e realizações ao longo dos últimos doze meses, se destacaram e, assim, se credenciaram para participar da eleição final do Prêmio deste ano.

O Prêmio AutoData é o principal reconhecimento empresarial do setor automotivo brasileiro e chega, este ano, à sua décima- oitava edição. Este ano o processo de escolha sofreu algumas alterações na sua estrutura, com o lançamento de novas categorias e o fato de que as empresas participantes serão homenageadas em evento único, que será realizado no início de novembro, em São Paulo, que marcará, também, o ponto alto das comemorações dos 25 anos da AutoData Editora.

Em sua nova estrutura o Prêmio terá dezessete categorias, sendo onze destinadas a destaques empresariais, cinco de produtos e o Personalidade do Ano, para executivos. Todas estas empresas, produtos e executivos já são automaticamente homenageados com o título de Melhores do Setor Automotivo 2017.

Como novidade importante deste ano foram criadas três categorias, duas empresariais e uma de produtos: Powertrain, que substitui a categoria de motores, Marketing, Comunicação e Propaganda e Veículos Importados. As categorias de Produtores de Carroçarias de Ônibus e Produtores de Implementos Rodoviários foram reunidas em uma só, batizada agora de Produtor de Carroçarias e Implementos.

Este ano os jornalistas da AutoData Editora escolheram 41 empresas, vinte veículos e quatro executivos para receber o título de Melhores do Setor Automotivo e, assim, concorrer ao Prêmio AutoData cujo processo eletivo começa em setembro. A relação completa segue abaixo e também será publicada na edição 336 de AutoData de agosto. Como sempre os cases correspondentes a cada indicação serão publicados na edição de setembro de AutoData.

Os vencedores de cada categoria são eleitos pelo voto direto dos leitores de AutoData, da revista e da Agência AutoData de Notícias, além dos participantes do Congresso Perspectivas 2018, evento que será realizado em São Paulo em 16 e 17 de outubro.

Para votar o assinante de AutoData acessará ambiente especial, hospedado no novo site. Até o fim deste mês este espaço estará disponível para visualização dos cases e para o processo de votação eletrônica, mais uma novidade desta edição do Prêmio. Os participantes do Congresso também votarão por meio eletrônico ao longo dos dois dias do evento.

Veja a lista dos Melhores do Setor Automotivo do Prêmio AutoData:

NSK dribla crise com clientes cativos

A fabricante de rolamentos NSK tem estado longe da crise. Com atuação no setor automotivo e industrial aumentou sua produção em 1 milhão de unidades com relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 3,5 milhões em julho. E a meta para até o fim do ano é crescer em mais 500 mil.

Carlos Storniolo, presidente da NSK Brasil e Argentina, disse que o bom desempenho se deve ao fornecimento para montadoras como Toyota e Honda, que mantiveram seus volumes, e a novos contratos, principalmente com a Vale e a ArcelorMittal:

“Eu tento explicar, para nossos executivos no Japão, que a unidade brasileira está crescendo apesar do momento de crise. Ganhamos 4 pontos porcentuais de participação em um mercado cujas vendas caíram mais de 20%. Nossos clientes automotivos, notadamente Honda e Toyota, mantiveram seus volumes durante a crise”.

Atualmente, nos dois segmentos, automotivo e industrial, a participação da NSK é de 30%. O executivo contou que metade da produção de rolamentos é destinada aos clientes industriais e os outros 50% para as montadoras: “Exportamos parte da nossa produção de rolamentos para indústria para Argentina, Paraguai e Uruguai e parte da produção automotiva segue para os Estados Unidos”.

Reposição – Segundo ele a empresa também expandiu seus negócios e adotou nova estratégia no aftermarket automotivo, para duas e quatro rodas, cujos resultados foram “acima do esperado”. A empresa, desde 2012, exerce a fidelização dos clientes por meio do seu programa de gerenciamento de ativos, que visa a prolongar a vida útil dos seus rolamentos:

“Em vez de vender novos rolamentos propomos soluções para utilizar o produto adequado para cada tipo de situação, gerando economia para nossos clientes”.

Até agora 628 projetos já foram validados gerando economia de R$ 35,9 milhões aos clientes.

A NSK produz diferentes tipos de rolamentos para a indústria automotiva, presentes em várias partes de um veículo, como rodas, alternadores, transmissões e bancos. Um modelo Volkswagen Gol, por exemplo, contém cerca de sessenta rolamentos na sua fabricação.

História – Este mês a NSK completa 45 anos da fabricação de seu primeiro rolamento no Brasil e o início de suas operações em Suzano, SP, a primeira construída fora do Brasil. Hoje a fábrica emprega mais de quinhentos funcionários.

A NSK tem 64 fábricas em doze países, catorze centros tecnológicos em nove países e 120 escritórios de vendas em trinta países. Seu faturamento global, em 2016, foi de US$ 8 bilhões 93 milhões.

RS cria plano de resgate

O governo do Rio Grande do Sul apresentará, esta semana, plano para atrair negócios para as empresas que formam o desaquecido setor automotivo do Estado, composto em sua maioria de companhias ligadas à produção de carrocerias e implementos. O programa de fomento, batizado como Plano Mult, contará com incentivos fiscais, investimento direto e promoção de parcerias do setor com instituições de pesquisa e desenvolvimento.

Segundo a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia o documento será finalizado até a sexta-feira, 21. Ainda estão pendentes itens como os recursos do Estado disponíveis para aportar no setor, projetos prioritários e empresas e instituições que serão participantes do Programa Mult. Mesmo com lacunas tem sido tema de discussão do governo com as empresas gaúchas desde o ano passado.

Na visão do governo o plano surge como meio para elevar o nível tecnológico das empresas ainda que não seja uma característica da região, mas do setor de autopeças brasileiro como um todo, como disse George Rugitsky, presidente da Freudenberg-NOK e conselheiro do Sindipeças:

“O setor enfrenta nacionalmente os mesmos obstáculos para que as empresas sejam mais competitivas. As ações devem corrigir as estruturas da indústria e não questões sazonais”.

O Rio Grande do Sul, hoje, é responsável por cerca de 60% da produção nacional de carrocerias e por 12% da de chassis, ambos para ônibus, de acordo com dados de 2016 do governo estadual. Também tem 50% de participação no mercado nacional de implementos rodoviários e de 50% no de tratores de rodas e esteiras. Uma das medidas estudadas para aquecer a indústria local é conceder incentivos às fabricantes de veículos que investirem diretamente em melhorias nos seus fornecedores, seja na compra de máquinas ou transferindo processos às suas linhas de produção.

O plano é visto no Estado como forma de ajudar o segmento de implementos e carrocerias a ganhar competitividade, inclusive nas exportações. O setor sentiu diretamente os reflexos das quedas das vendas de caminhões e ônibus no mercado interno e buscou no Exterior negócios que dessem sustentação às suas operações. Apostar nas exportações já mostrou resultados positivos, ainda que insuficientes para fazer o segmento voltar a crescer.

De acordo com dados divulgados pela Anfir, associação das fabricantes de implementos, os emplacamentos diminuíram 20,5% no acumulado de janeiro a junho em comparação com iguais meses do ano passado, para pouco mais de 25,3 mil unidades, leves e pesadas. É o menor indicador negativo registrado pela indústria até agora.

Segundo Antônio Jorge Martins, professor do curso de gestão da cadeia automotiva da FGV, Fundação Getúlio Vargas, a proposta do Mult é ambiciosa porque em determinados termos é inédita no País:

“Atuar na relação do cliente com o fornecedor é algo relativamente novo no Brasil. O setor pensa que, nesses casos, ocorra a transferência de responsabilidades de alavancar os negócios em determinada indústria. Mas, se confirmados os incentivos aos elos com maior poder de investimento na cadeia, não há dúvidas de que será benéfico”.

Táxis elétricos chegam a BH

Táxis elétricos fabricados pela BYD foram apresentados em Belo Horizonte, MG, pela BHTrans, Empresa Municipal de Transporte e Trânsito, na última semana, ao sindicato dos taxistas. Segundo o site Flash de Motor, da Venezuela, os táxis devem começar a circular na Capital mineira nos próximos dias.

O modelo escolhido pela BYD foi o e6. Reinaldo Avelar, gerente de controle de permissões da BHTrans, disse que veículos, híbridos, já estão em operação no serviço de táxi premium e que empresa busca por tecnologias sustentáveis para os serviços de transporte da cidade:

“O carro da BYD atende bem aos parâmetros do serviço de táxi, como conforto, dimensões e potência. O destaque é a emissão zero de carbono. Apresentamos e homologamos essas novas tecnologias, deixando livre para que os taxistas possam escolher e decidir”.
Em São Paulo já há treze táxis elétricos da BYD rodando e a expectativa da empresa é vender 2 mil unidades até o fim de 2018.

72 meses para financiar – O e6 é um carro elétrico com autonomia de 400 quilômetros por carga, que pode ser feita em casa ou em um eletroposto, onde a carga total demora duas horas. Em casa, se a voltagem utilizada for 220 volts, o tempo de carga é de seis horas. A bateria tem vida útil de quarenta anos e 60 kWh de capacidade.

Adriano Caputo, gerente comercial da BYD, disse que o taxista que optar pelo modelo e6 terá até 85% de redução de custo com combustível. O investimento para adquirir o veículo é de R$ 270 mil, mas a empresa oferece linha de financiamento para taxistas no valor R$ 174 mil, sendo R$ 5 mil de entrada e os R$ 169 mil divididos em 72 vezes. Adquirindo o carro o taxista ganha um carregador para uso doméstico: “A BYD já trouxe ônibus elétricos para Belo Horizonte. Agora estamos apresentando aos taxistas um veículo que atende todas as necessidades para a prestação do serviço, mas com muita economia”.

Renault e seu recorde de vendas

O Grupo Renault aumentou suas vendas em 10,4% no mundo no primeiro semestre deste ano em mercado que cresceu 2,6%. Com isso sua participação chegou a 4,1%. As informações são do Flash de Motor, da Venezuela.

As vendas, de 1 milhão 879 mil 288 veículos, foram recordes no período. Thierry Koskas, diretor comercial do grupo, disse que o crescimento das marcas, incluindo Renault e Dacia, aconteceu em todos os mercados onde atua:

“Estabelecemos um novo marco para o semestre. Nossa estratégia, de renovação do portfólio e expansão geográfica, tem dado frutos”.

Na Europa os licenciamentos do grupo têm crescido mais rápido do que o mercado. O aumento de janeiro a junho foi de 5,6% enquanto o mercado avançou 4,4%, o que representa volume de 1 milhão 25 mil 146 veículos. A participação chegou a 10,8% na Europa. No segmento de veículos elétricos a Renault segue líder com participação de mercado de 26,8%, e suas vendas aumentaram 34%. O Renault ZOE continua como o carro elétrico mais vendido da Europa e o crescimento de suas vendas foi de 44%.

Na França a empresa obteve os melhores resultados semestrais dos últimos seis anos, com os modelos Twingo, Clio, Talisman e Espace liderando em seus segmentos.

Fora da Europa, em todas as regiões a empresa aumentou seus volumes e sua participação. Na América Latina, por exemplo, as vendas subiram 14,6% em um mercado que registrou crescimento de 8,3%, o que deu à Renault uma participação de 6,5%.

Na Argentina continua se beneficiar da recuperação do mercado e, com isso, viu seus licenciamentos crescerem 45,6%, sendo que os emplacamentos totais aumentaram 34%, e o seu market share chegou a 13,3%, 1,1 ponto porcentual acima do registrado no primeiro semestre do ano passado. Já no Brasil o mercado cresceu 4,2% e ela apresentou elevação de 5,1% o que lhe rendeu participação de 7,4% nas vendas do semestre.

Microsoft e Baidu desenvolverão carro autônomo

Microsoft e Baidu, o Google chinês, anunciaram na terça-feira, 18, que trabalharão em conjunto no projeto Apollo, programa de desenvolvimento de veículos autônomos que também tem como participantes Bosch, Continental, TomTom e outras empresas do setor automotivo.
Kevin Dallas, vice-presidente da Microsoft, comemorou o acordo: “Estamos entusiasmados em nos associar e dar um passo gigante para ajudar fabricantes e fornecedores automotivos a perceberem a importância da direção autônoma”.

A parceria anunciada segue a tendência que se intensificou nos últimos dois anos: montadoras e sistemistas buscam colaboração de empresas de tecnologia para o desenvolvimento e pesquisa sobre carros dotados de algum tipo de autonomia.

A Microsoft se apoia em dados de mercado para justificar sua entrada no projeto. Pesquisa do instituto McKinsey aponta para a massificação dos autônomos até 2030 e, a partir do cenário, a Microsoft acredita que projetos de veículos serão tornados viáveis apenas por meio de parcerias.

Não à toa já trabalha com a indústria automotiva na criação de sensores e na análise de dados gerados por veículos conectados. Empresas como BMW, Ford, Renault Nissan, Toyota e Volvo estão usando, ou anunciaram planos, para adotar a tecnologia de nuvem inteligente da Microsoft, a Azure, em serviços como assistência ao motorista, manutenção preventiva e mídia controlada por voz.

Outro levantamento também pode justificar esse interesse em parceria com o setor automotivo. A Bosch realizou pesquisa em seis países – Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, França e Japão –, que mostrou que carros autônomos serão mais comuns nas estradas. E motoristas indicaram que gostariam de ter um veículo desse tipo em situações de estresse no trânsito. 63% dos entrevistados disseram que aproveitariam o tempo livre durante a condução autônoma para olhar e aproveitar a paisagem. Foram entrevistados 6 mil motoristas.

O carro do futuro, que poupará os motoristas de realizarem manobras, de acelerar ou frear, é visto, por 67% dos entrevistados, como algo especialmente útil em viagens de longas distâncias. A maioria dos entrevistados, 65%, também espera um aumento significativo em termos de conveniência, e outros 60% acreditam que esses veículos serão mais seguros em muitas situações cotidianas como, por exemplo, a busca por vagas de estacionamento em centros urbanos.

A pesquisa também revelou um ranking interessante das funções mais desejadas em um veículo autônomo: estacionamento, 65%, busca automatizada por vagas em áreas urbanas, 60%, congestionamento livre de estresse, 59%.

Selic e inflação em queda não aceleram financiamento

Mesmo indicando movimento de queda os novos índices para a taxa básica de juros e da inflação não devem impressionar de forma positiva o setor automotivo. A estimativa é a de que a Selic fique em 8% em dezembro – hoje está em 10,25% ao ano –, e que a inflação, medida pelo IPCA, chegue a 3,29%, ficando abaixo do centro da meta, de 4,5%. O bom momento esperado pelo mercado, de acordo com a pesquisa Focus, do Banco Central, não deve se converter na melhora da liberação do crédito para a compra de veículos.

Isso porque, a taxa de juros real, obtida pela diferença da Selic diante do índice da inflação, seria de 4,71%. Este é ainda um valor bastante elevado, segundo Agostinho Pascalicchio, professor de economia do Mackenzie: “O Brasil apresenta uma das mais altas taxas de juros do mundo. Em países como a Alemanha e os Estados Unidos, por exemplo, a taxa de juros é negativa”.

Ele lembrou que há outros fatores que impedem o crescimento da concessão dos financiamentos de veículos. Um deles é a seletividade dos bancos em função do alto número de inadimplentes, que atinge hoje 59,8 milhões de consumidores brasileiros, de acordo com dados do SPC Brasil, Serviço de Proteção ao Crédito, e da CNDL, Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas: “A taxa de juros elevada provoca inadimplência do consumidor que, mesmo empregado, não consegue pagar os encargos financeiros advindos dessa mesma taxa de juros”.

Segundo dados da Anfavea em junho as vendas de veículos financiados representaram 49,1% do total licenciado no mês, que foi de 195 mil unidades. Historicamente essa participação é de 60%. No semestre o volume de veículos novos financiados foi de 845 mil 217 unidades, queda de 3,9% com relação ao mesmo período de 2016.