Durante o Fórum Mobilidade, realizado na quinta-feira, 20, em São Paulo, promovido pelas revistas Quatro Rodas e Superinteressante, o compartilhamento de veículos foi considerado uma das alternativas mais viáveis para melhorar a mobilidade urbana. Nesse sentido a General Motors apresentou o programa Maven, por enquanto disponível apenas para seus funcionários.
Para seu diretor, Péricles Mosca, o compartilhamento de carros será cada vez mais comum nos grandes centros urbanos “para não ficarmos presos no trânsito. Em Nova York, por exemplo, é compatível o uso da ferramenta, do aplicativo, mas não no interior do Kansas”.
Ele lembrou que os veículos são conectados pela plataforma tecnológica On Star, que permite acompanhar o trajeto do carro, avisar sobre acidentes e abrir e fechar as portas. Em caso de roubo o veículo é encontrado em duas horas.
Outra forma de compartilhamento é a do aplicativo Pegcar, que permite que pessoas compartilhem seus próprios carros. No Brasil desde 2015 o serviço já conta com mais de 25 mil usuários e quinhentos veículos. Com atuação em São Paulo, Paraná e Minas Gerais o objetivo é ampliar ainda mais a capilaridade da rede, segundo seu fundador, Conrado Ramires: “Cada pessoa que compartilha carro evita de doze a catorze veículos em circulação nas ruas. O sistema permite, ainda, ao usuário, uma renda extra: há quem ganhe até R$ 1,5 mil por mês”.
O aplicativo Bynd procura conectar pessoas que têm rotas compatíveis para compartilhar a carona solidária. Como clientes estão empresas como Mercado Livre, pois o foco é a carona corporativa, de acordo com o co-fundador Gustavo Gracitelli: “Segundo a CET em São Paulo 62% das pessoas vão de carro para o trabalho e 64% vão sozinhas. Queremos conectar pessoas com perfis e interesses semelhantes”.
Guilherme Telles, diretor do Uber, disse que o aplicativo de transporte de passageiros é um dos que mais cresce em número de usuários no Brasil. Ele, que participou de um dos painéis do evento, contou que o País já é o segundo em volume de negócios, depois dos Estados Unidos: “Em São Paulo 20% dos usuários utilizam o uber pool, em que os clientes dividem a corrida. Já em São Francisco, na Califórnia, esse número é de 50%. O compartilhamento diminui a quantidade de veículos nas ruas em 10%, melhorando o trânsito. Mas essa modalidade ainda é pouco utilizada no País”.