Peugeot 208 é o carro mais econômico do País

O Peugeot 208 é o carro mais econômico do País, de acordo com o ranking do PBE, Programa Brasileiro de Etiquetagem, realizado pelo Inmetro. Roda 14,8 km com 1 litro de gasolina na cidade e 15,8 km na estrada. Já o seu consumo energético é de 1,39 megajoule por quilômetro, MJ/km. Esse é o indicador, de acordo com o Inmetro, que revela a eficiência energética dos veículos e as emissões de gases poluentes.

O Volkswagen up! TSI, cuja eficiência energética é de 1,4 megajoule por quilômetro, roda 14,3 km/l de gasolina na cidade e na estrada o seu consumo é de 16,3 km/l. Com esse resultado ficou em segundo lugar de acordo com a aferição do Inmetro. O Citroën C3, que tem eficiência energética de 1,42 MJ/km, com 1 litro de gasolina percorre 14,3 km na cidade e 15,6 km na estrada.

No Inovar-Auto as empresas fabricantes se comprometeram a aumentar a eficiência energética de seus carros em, no mínimo, 13% e, consequentemente, diminuir a emissão de poluentes. Nissan, Audi e Ford já atingiram as metas acordadas em 2012, no início do programa que terminará em dezembro. Ao fim do programa será lançado um balanço, segundo Alexandre Novgorodcev, coordenador do PBE:

“Algumas montadoras estão correndo contra o tempo para cumprir a meta do Inovar Auto. A Renault lançará o Kwid, um carro bastante econômico. Ele roda 15,5 quilômetros com 1 litro de gasolina na estrada e 10,7 km na cidade. Outro exemplo é o Captur, com motor 1.6 equipado com câmbio CVT, que roda 10,7 quilômetros na estrada e 7,34 km na cidade com 1 litro de gasolina”.

No outro extremo do ranking estão os veículos que mais consomem combustível, os superesportivos. O Mercedes-Benz AMG G 63 tem consumo energético de 4,42 MJ/km e roda 4,8 km com 1 litro de gasolina na cidade e 5,5 km na estrada. Na sequência estão o Ferrari F12tdf, com consumo energético de 4,31 MJ/km e com gasto de combustível de 4,9 km/l na cidade e 5,8 km/l na estrada. O Ferrari F12 Berlinetta tem eficiência de 4,24 MJ/km e roda 4,7 quilômetros com 1 litro de gasolina nas ruas e 6,5 km/l na estrada.

Híbridos – Os veículos híbridos dominam o pódio dos veículos mais econômicos por combinar motores a combustão e elétricos, segundo o Inmetro. Na liderança da economia está o Toyota Prius, cuja eficiência energética é 1,15 MJ/km, que roda 18,9 quilômetros com 1 litro de gasolina na cidade e 17 quilômetros na estrada. Ele é seguido pelo Ford Fusion, com eficiência energética de 1,31 MJ/km, e pelo Volvo XC 90 T8, com 1,36 MJ/km.

Novgorodcev contou que o órgão já testou os carros elétricos que devem desembarcar no País até dezembro:

“Já testamos Nissan Leaf e os modelos Renault Twizy e Roen. Quando se fala em eficiência enérgica esses são os melhores”.

O ranking do Inmetro avalia o consumo de combustível e emissões de poluentes de 983 modelos de veículos de 35 marcas.

Eco para gringo

Alto padrão de acabamento, conectividade e motorização eficiente: é aí que a versão 2018 do EcoSport concentrou suas novidades, que foram apresentadas primeiro por aqui mas que tentarão conquistar a clientela em 158 países até o fim do ano.

O fato é que todos foram atrás da receita vencedora da Ford, que ficou quase uma década sozinha no mercado com o seu EcoSport. Hoje o segmento de SUVs compactos é um dos mais disputados do mercado brasileiro, com concorrentes de peso como Honda HR-V, Jeep Renegade, Hyundai Creta, Nissan Kicks, Chevrolet Tracker, os Renault Captur e Duster – todos eles também vendidos em outros países. Mas no jogo global, além da fórmula de um SUV urbano e compacto que caiu no gosto do consumidor, outros atributos bastante exigidos são, exatamente… alto padrão de acabamento, conectividade e motorização eficiente.

Atualmente vendido em 140 países sua produção global teve que crescer para atender a quase que todos os principais mercados. Além de Camaçari, BA, que abastece basicamente a América do Sul, entraram na dança Chennai, Índia, que o produzirá para o mercado estadunidense, Chongqing, China, para a Ásia, Chenei, Rússia, para o mercado local, e Valência, Venezuela, que monta kits CKD – e a fábrica de Craiova, Romênia, que passa a fabricar o EcoSport para a União Européia.

Cerca de setecentos profissionais, liderados pelo centro de engenharia do Brasil mas espalhados pelo mundo, participaram da reforma geral do EcoSport. Novas tecnologias na armação da carroceria só utilizadas até então pela Ford no Mustang, requinte no acabamento interno e soluções mais inteligentes para utilizar melhor o espaço da cabine, diversos equipamentos que são a coqueluche do consumidor conectado, um motor 1.5 litro de três cilindros mais potente e econômico além do design – que não mudou muito mas que está alinhado com outros produtos globais da companhia, são alguns dos predicados desse SUV urbano.

Rogelio Golfarb, vice-presidente para a América do Sul, disse que o programa global do novo EcoSport é um dos maiores já realizados pela Ford:

“Temos muito orgulho porque foi liderado desde o princípio pelo Brasil em conjunto com os centros de engenharia na América do Norte, Europa e Ásia”.

Mesmo que o visual não tenha mudando radicalmente, pois manteve o estepe na tampa traseira e a grade frontal recebeu apenas a atualização padrão de outros SUVs da Ford, o EcoSport 2018, apresentado na noite da segunda-feira, 24, na Reserva do Paiva, PE, de fato parece um veículo de categoria superior. A começar pelo interior, completamente modificado para atender rígidos padrões de conforto do resto do mundo. Os bancos ficaram maiores e bem mais confortáveis, e os instrumentos mais intuitivos e belos. O ar-condicionado foi recalibrado para refrescar com maior eficiência o pessoal na Índia, que geralmente enfrenta 50º C, assim como em Teresina, PI, segundo os especialistas da Ford.

Klaus Mello, gerente de engenharia veicular, disse que os vidros receberam película que reduz significativamente ruídos e vibrações externas: “E também temos material que absorve esses dois fatores de incômodo em diversas outras peças do EcoSport”.

A conectividade é outro ponto que merece elogio no interior: a tecnologia Sync 3, a mais avançada solução disponível nas prateleiras da fabricante, é compatível com os aparelhos Android e Apple e está disposta em uma tela sensível ao toque que pode variar o tamanho de 6,5 polegadas a 8 polegadas dependendo da versão. Nenhum concorrente oferece uma solução como essa. E o sistema de som promete agradar aos clientes que valorizam alta qualidade. A versão Titanium traz o Premium Sound System da Sony, com nove alto-falantes. Até o que pode parecer uma bobagem não foi esquecida: a Ford desenhou um espaço no painel central para colocar o smartphone, em posição bem próxima aos dois pontos de entrada USB, que são iluminados.

O powertrain também mudou bastante. A primeira medida foi retirar a caixa Powershift de dupla embreagem do portfólio, substituindo por uma transmissão de seis velocidades convencional, com conversor de torque.

Os motores também são novos: para as versões de topo chega o Duratec 2.0 Direct Flex, de 176 cv, com injeção direta, o mais potente da categoria, segundo a Ford. E nas opções de entrada e intermediária a fabricante traz o moderno 1.5 TiVCT Flex de três cilindros, de 137 cv. Esses serão os motores para grande parte dos mercados em que o EcoSport será vendido.

Mercado local – Todas as novidades têm como foco atender ao mercado global, pois a Ford entende que esse veículo ganhará a preferência não só de mercados emergentes mas, também, dos países mais tradicionais, como Estados Unidos. As vendas por lá começam em 2019.

No entanto a fabricante não deixou de olhar com atenção para o quintal do Eco, o mercado brasileiro. Mesmo reconhecendo que a competição é dura, pois todos os SUVs compactos estão sendo vendidos por aqui – alguns modelos, como o HR-V, por exemplo, são competidores nos Estados Unidos, mas em outros mercados, não –, os executivos da Ford acreditam que a atual receita do EcoSport tem tudo para agradar ao consumidor brasileiro. Antônio Baltar Jr., diretor de marketing, vendas e serviços, contou que nenhum concorrente é tão equipado quanto o EcoSport.

Talvez isso não se traduza em retomada da liderança de vendas, mas a expectativa é a de manutenção da participação de mercado:

“Perdemos no ranking para outros SUVs, mas observando as vendas totais do mercado interno percebemos que o EcoSport teve, em média, 1,5% de market share desde seu lançamento, em 2002. Gostaríamos de manter esse desempenho e, na medida do possível, ampliar um pouco”.

A estratégia por aqui é valorizar o cliente que já tem um EcoSport oferecendo a ele juro zero para financiamento de um novo e primeira revisão grátis: “Também vamos trabalhar forte com os revendedores para ofertarmos boas condições de compra do Eco dos clientes”.

O EcoSport 2018 parte de R$73 mil 990 na versão SE manual, e R$78 mil 990 na automática. A opção FreeStyle, que deve responder por mais de 30% das vendas, sai por R$81 mil 490 com câmbio manual e R$86 mil 490 com o automático. E a versão Titanium custa R$93 mil 990.

Cummins mira os rios do Norte

Tradicional fabricante de motores para veículos pesados a Cummins quer crescer, também, no setor de embarcações. Busca oportunidades no transporte fluvial de produtos da Zona Franca de Manaus, AM, e do agronegócio, escoados pelos portos da Região Norte. Na terça-feira, 25, a empresa anunciou a venda de quatro motores KTA 38 para duas embarcações construídas pelo estaleiro Easa, de Belém, PA. Serão utilizados no transporte de grãos da Cianport Pará, a Companhia Norte de Navegação e Portos.

Segundo Antônio Colares, gerente de negócios da Cummins vendas e serviços, os produtores de grãos do Mato Grosso e do Tocantins têm direcionado o escoamento de sua produção para os portos ao Norte, o que tem atraído investimentos em embarcações:

“Hoje as empresas utilizam mais as vias de escoamento do Norte porque é mais barato do que levar a produção aos portos de Santos e Paranaguá, por exemplo, ainda que a capacidade daqueles seja menor. Mesmo assim há certa tendência de aquecimento dos negócios em toda a cadeia”.

O Arco Norte, conjunto de portos compreendidos da bacia amazônica a terminais na Bahia, aumentou o volume de movimentação de soja em 88,5% de 2011 a 2016, de acordo com dados da Antaq, Agência Nacional de Transportes Aquaviários. A movimentação de milho, no mesmo período, cresceu 174,8%. A expectativa é a de que a região seja protagonista no escoamento da produção agrícola nos próximos dez anos. Estudo da Embrapa sugeriu que o Arco Norte precisa mais do que dobrar sua capacidade atual de escoamento, alcançando 40% de participação no volume total de grãos exportados pelo País, para que sejam atendidas as projeções do setor para a produção de 2025.

Estrutura pós-venda – Hoje a Cummins possui duas distribuidoras de motores marítimos na Região Norte, responsáveis pelos negócios e pelo pós-venda. Os equipamentos são importados dos Estados Unidos e da Inglaterra, segundo Colares. Já no Estado do Rio de Janeiro, contou ele, a equipe de vendas para o segmento articula os negócios com clientes internacionais:

“A maioria dos clientes são empresas estrangeiras. Logo é necessária uma articulação envolvendo vários agentes: quem desenvolve o navio, o armador e o estaleiro, até a confirmação da compra”.

O executivo disse que o Brasil representa um mercado pequeno nas vendas de motores marítimos da Cummins na comparação com os maiores países do sudeste asiático – Cingapura e Malásia – e os banhados pelo Golfo do México: “São vendas que surgem a partir de projetos de infraestrutura, e eles ainda são poucos no Brasil. Nossa meta para o ano não será atingida por causa do mercado desaquecido, mas há oportunidades no médio prazo”.

No ano passado a Cummins vendeu US$ 1 bilhão 508 milhões em motores marítimos para clientes de todo mundo. Isso representou queda de 4% no comparativo com 2016, de acordo com o seu balanço financeiro.

Fabricantes na mira da ANP

A ANP, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, e as principais fabricantes de lubrificantes do País falam línguas diferentes quando entra em debate a qualidade dos produtos comercializados por aqui. Os pareceres bimestrais da agência, que apontam irregularidades em lubrificantes, seguem questionados pelas empresas.

Após nove meses operando em novo laboratório a ANP voltou a praticar o PML, Programa de Monitoramento de Lubrificantes, procedimento de avaliação realizado desde 2007 interrompido em setembro de 2014. Com o retorno das análises foram apontadas irregularidades em produtos Castrol, Chevron, Cosan e Total, empresas que estão no rol das dez maiores do segmento de lubrificantes no Brasil. Elas se defendem, em uníssono, dizendo que a ANP utilizou critérios equivocados na avaliação da composição dos produtos.

O PML, Programa de Monitoramento dos Lubrificantes, foi interrompido em função de reforma nos laboratórios do CPT, o Centro de Pesquisas Tecnológicas da ANP, e retomado em novembro de 2016. Após a reforma houve uma ampliação de 23% na área laboratorial e modernização na área administrativa. O PML acompanha sistematicamente a qualidade dos óleos lubrificantes comercializados no País, mas não possui caráter punitivo.

De acordo com Francisco Nélson Satkunas, conselheiro da SAE Brasil, durante algum tempo as empresas analisadas pela agência criticaram a capacidade de análise do laboratório e uma suposta falta de estrutura prejudicava a aferição das amostras de óleos lubrificantes analisadas:

“A ANP fazia as avaliações periodicamente e sempre houve divergência daquilo que era alegado nos boletins e pelos laboratórios das empresas. Havia a expectativa de que a expansão da estrutura melhorasse essa relação”.

Os óleos lubrificantes para o setor automotivo das marcas Havoline e Texaco, controladas pela Chevron, apareceram na lista de não conformidades da agência com problemas em seus registros: a empresa teria colocado no mercado produtos sem cadastro. Um modelo Castrol também figura na listagem pela mesma ocorrência. Um da marca Mobil – segundo mais vendido e controlado pela Moove, braço de lubrificantes da Cosan –, e um modelo de óleo da francesa Total aparecem na lista por insuficiência de aditivos na sua composição.

Para Denílson Barbosa, da área de controle de qualidade do laboratório da Total, as mudanças em procedimentos de análise que surgiram após a expansão prejudicaram a comunicação da ANP com as fabricantes, o que acarretou algumas notificações:

“No caso da notificação do nosso produto, sim, assumimos que houve equívocos no que diz respeito ao pacote novo de aditivos que passamos a utilizar no modelo apontado pela ANP em junho, mas há casos em que a agência utiliza critérios de avaliação distintos do mercado. Fora isso ela poderia entrar em contato com a empresa listada antes de divulgar o boletim”.

A Cosan, por comunicado, disse que os seus produtos cumprem as especificações exigidas pela ANP para a sua categoria. Ela informa, também, que a resolução da agência em 2014 não limitava a publicação de múltiplos números de registro com a mesma marca comercial, “o que levou a um erro na análise do programa”.

A Chevron, também por meio de nota, disse que julga improcedentes os apontamentos feitos pela ANP: “Todas as informações que se encontram no rótulo de seus produtos estão alinhadas com o processo de registro submetido e aprovado pela ANP”.
A Castrol, até o fechamento desta edição, não se pronunciou.

Ônix mantém liderança. Em vendas e nos financiamentos.

O Top 3 dos automóveis mais financiados no primeiro semestre do ano permanece o mesmo na comparação com o ano passado, de acordo com levantamento da B3, empresa que combina as atividades da BM&FBovespa e da Cetip. O Chevrolet Onix, com 47 mil 86 veículos, mantém a liderança na preferência dos financiamentos desde o fim de 2015. Na sequência vêm Hyundai HB20, com 30 mil 408 unidades, e o Ford Ka, com 25 mil 985 unidades. A novidade do levantamento são os SUVs Jeep Renegade e Hyundai Creta, e as picapes Toyota Hilux e Chevrolet S10, conforme destacou Marcus Lavorato, superintendente de relações institucionais da B3:

“O segmento de SUV está sendo o preferido do consumidor, com as montadoras lançando modelos desta categoria que têm o preço mais elevado”.

Segundo o levantamento as fabricantes mais tradicionais dominam o topo do ranking dos financiamentos de automóveis: General Motors com 97 mil 826 unidades, Volkswagen com 70 mil 281, Fiat com 63 mil 729 e Ford com 57 mil 926.

O prazo médio de financiamento do primeiro semestre permaneceu semelhante ao do mesmo período do ano passado: para veículos novos é de 36,8 meses, contra 36,6 meses, e para veículos seminovos é de 43 meses, contra 42,2 meses – com entradas maiores. São prazos distantes daqueles que chegavam a cem meses com zero de entrada durante o boom de vendas no mercado automotivo de alguns anos atrás.

Lavorato afirmou que os financiamentos longos ficaram no passado: “O número de veículos financiados está correlacionado com o nível de atividade de emprego e a confiança do consumidor. Hoje temos nível recorde de desemprego de quase 13% e um patamar muito baixo do índice de confiança do consumidor, aliados à instabilidade da conjuntura econômica”.

USADOS – Quando se fala em usados o Volkswagen Gol foi o carro mais financiado no primeiro semestre: manteve a primeira posição com 102 mil 982 unidades financiadas. O segundo lugar continuou com o Fiat Palio, que atingiu 69 mil 164 unidades.

O levantamento da B3 reúne os veículos comercializados por crédito direto ao consumidor, CDC, leasing e consórcio, inclusive aqueles contemplados e não quitados.

Neo Rodas eleva sua capacidade

A Neo Rodas aumentará sua produção em 1 mil rodas de alumínio por dia com sua nova célula de usinagem, que começará a operar este mês. Hoje, são fabricadas 3 mil unidades diárias. A máquina, uma IMT, é única no Brasil e totalmente automática, o que conferirá maior qualidade ao produto e mais competitividade à empresa.

Comprada por R$ 5 milhões tornou-se a maior aquisição da Neo Rodas este ano, em que a empresa pretende investir R$ 15 milhões em máquinas de laboratório, fornos de fusão, máquinas de fundição e também na infraestrutura da fábrica. Para o ano que vem a meta de investimento chega a R$ 18 milhões.

A capacidade de produção da Neo Rodas totaliza 1,2 milhão de rodas por ano. No primeiro semestre a produção chegou a 330 mil rodas, o que representou aumento de 33% com relação ao mesmo período do ano passado. Para o segundo semestre a estimativa é a de aumentar a produção em, no mínimo, 40%. Boa parte desse crescimento será impulsionada pelos lançamentos de veículos como Fiat Argo, Mitsubishi ASX, Lifan X60 e os novos modelos Volkswagen Polo e Virtus.

O foco da empresa – que hoje ocupa a terceira posição do ranking, depois de Maxion Wheels e de Mangels – é atingir a vice-liderança no fornecimento de rodas de alumínio no Brasil em 2019, de acordo com o CEO Alexandre Abage:

“Queremos impulsionar o crescimento com novos negócios. Estamos em negociação com montadoras instaladas aqui e temos trabalhado fortemente para aumentar nossas exportações para América do Sul e Europa. Nossos investimentos são feitos com capital próprio, o que dá garantia muito grande aos nossos clientes”.

A ideia da Neo Rodas é manter-se como fornecedora OEM, e não pretende produzir para o mercado de reposição. No Brasil a empresa produz para BYD, FCA, Hyundai CAOA, Mitsubishi e Volkswagen. Já suas exportações são realizadas por meio da General Motors para Chile e Argentina, para a Volkswagen na Argentina e para a Lifan no Uruguai.

Grupo PSA conclui compra de Opel e Vauxhall

O Grupo PSA, que controla as marcas Peugeot, Citroën e DS, finalizou na terça-feira, 1º, a compra da Opel e da Vauxhall, empresas que pertenciam à General Motors. O anúncio do negócio foi feito em março. Com a aquisição o grupo tornou-se o segundo maior fabricante de automóveis europeu, com participação no mercado de 17% no primeiro semestre de 2017.

Equipes Opel e Vauxhall têm prazo de cem dias para elaborar plano econômico que acelere a integração das empresas ao grupo. A sinergia gerada pela nova estrutura da PSA com a participação de Opel e Vauxhall é avaliada em € 1,7 bilhão no primeiro ano, segundo comunicado da PSA. Paralelamente à operação a compra dos negócios europeus da GM Financial está em andamento, sujeita à validação de diferentes instâncias regulatórias, e deve ocorrer até dezembro.

Carlos Tavares, presidente do Grupo PSA, afirmou que a adesão das novas marcas inicia uma nova fase do desenvolvimento do grupo:

“Estamos assistindo hoje ao nascimento de um verdadeiro campeão europeu. Saberemos aproveitar a oportunidade de nos fortalecer mutuamente e de conquistar novos clientes graças à execução do plano de desempenho que a Opel e a Vauxhall colocarão em prática. A aplicação do plano Push to Pass continua a ser uma prioridade”.

O Push to Pass é plano de gestão iniciado no ano passado e que tem como objetivo o crescimento do faturamento do grupo em 10% até 2018.

A PSA registrou faturamento de € 29 bilhões 165 milhões no primeiro semestre, 5% maior do que o obtido no mesmo período do ano passado. O faturamento da divisão automotiva foi de € 19 bilhões 887 milhões, também em alta, de 3,6%, com relação ao primeiro semestre de 2016, principalmente devido aos novos modelos e à disciplina em matéria de preços da companhia.

O desempenho no semestre levou a empresa a manter as projeções para o ano anunciadas em janeiro: projeta crescimento de cerca de 3% no mercado automotivo na Europa e de 5% na China, na América Latina e na Rússia. Na América Latina manteve fatia de 3,9% de mercado registrada em 2016 na Argentina, Brasil, Chile e México.

Contratações – Com a aprovação do negócio a PSA anunciou também a nova estrutura de executivos. Christian Müller sucede a William F. Bertagni na vice-presidência de engenharia, com a responsabilidade de integrar a engenharia e os grupos motopropulsores em um único departamento, e Remi Girardon deixa de ser o vice-presidente de estratégia industrial do grupo para substituir Philipp Kienle na vice-presidência industrial.

Mais: Philippe de Rovira é o novo diretor financeiro da Opel no lugar de Michael Lohscheller, e Michelle Wen, diretora de gestão de fornecedores da Vodafone Procurement, integrará a equipe de direção da Opel em 1º de setembro em sucessão a Katherine Worthen, atualmente vice-presidente de compras.

Vendas de veículos seguem aceleradas

As vendas de veículos, de janeiro a julho, cresceram 3,38% em comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 1 milhão 204 mil 22 unidades, de acordo com balanço da Fenabrave divulgado na terça-feira, 1º. Em julho as vendas aumentaram 1,9% com relação a julho de 2016, totalizando 184 mil 838 unidades.

O desempenho no período mantém as expectativas da entidade para o segundo semestre, disse Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave:

“A projeções são positivas baseadas na maior oferta de crédito e na melhora dos índices de confiança”.

Ele também apontou os lançamentos de veículos como fatores que favorecerão os resultados até dezembro.

Os segmentos de automóveis e de comerciais leves apresentaram alta de 3,95% no acumulado do ano sobre o mesmo período de 2016, 1 milhão 170 mil 308 unidades ante 1 milhão 125 mil 868. Se comparados apenas os meses de julho de 2017 e de 2016 o resultado aponta alta de 2,33%.

As vendas de caminhões somaram 4 mil 525 unidades, o que representou queda de 3,35% em julho com relação à mesma base do ano passado. Já no acumulado o segmento continua em queda, de 13,7%, com licenciamentos de 25 mil 984 caminhões. Recuo também nas vendas de ônibus de janeiro a julho: foram emplacadas 7 mil 930 unidades, declínio de 11% no período.

Caminhoneiros protestam por aumento no diesel

Caminhoneiros fizeram protestos em estradas do País na terça-feira, 1º, contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis, o que encarecerá o valor do frete. O diesel ficou até R$ 0,46 mais caro por litro. Foram registrados atos em rodovias de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Santa Catarina e Espírito Santo, alguns deles com bloqueio de pistas.

Como a margem de lucro do transporte é pequena, representando em média 5% do valor do frete, o reajuste de combustível compromete os rendimentos tanto dos caminhoneiros como das transportadoras, de acordo com Lauro Valdívia, assessor técnico da NTC&Logística, entidade que representa os empresários do transporte de cargas. O valor do frete caiu 2,89% no primeiro semestre, segundo pesquisa com cerca de dois mil associados da entidade.

Segundo ele o volume dos fretes está em queda desde 2014 e apenas em 2016 as receitas das transportadoras caíram em torno de 20%:

“As transportadoras não têm capital para investir em novos veículos. Prova disso é que as vendas de caminhões despencaram e representam apenas um terço daquelas de 2013. Se tivermos uma retomada na economia há o grande perigo de faltar caminhões, pois muitas transportadoras fecharam ou diminuíram de tamanho”.

Prova disso é que a NTC reunia 160 mil transportadoras cadastradas, que hoje são 117 mil 360.

Repasse – O aumento do diesel costuma provocar um efeito dominó no encarecimento do frete: caminhoneiros repassam o custo para as transportadoras que, por sua, vez, o transferem para seus clientes. No entanto, com a diminuição do volume de negócios, as transportadoras se encontram em uma sinuca de bico: repassar ou não esse custo adicional aos seus clientes.

“As transportadoras não têm como assumir mais esse aumento sem repassar para seus clientes. Outras, no entanto, podem escolher arcar com esse custo para manter a clientela e diminuir outras despesas. Mas após três anos de crise as empresas não têm onde cortar mais despesas”.

Renault anuncia mais R$ 750 milhões para o Brasil

A Renault anunciou na terça-feira, 1º, investimento de R$ 750 milhões em uma nova fábrica de injeção de alumínio e na expansão da sua unidade de motores em São José dos Pinhais, PR. O protocolo de intenções foi assinado pelo governador do Estado e pelos presidentes da Renault América Latina, Olivier Murguet, e do Brasil, Luiz Pedrucci.

O último ciclo de investimento, de R$ 500 milhões, deveria ser aplicado até 2019 mas foi consumido com a conclusão do desenvolvimento do Kwid.

De acordo com a Renault a fábrica de injeção de alumínio começará a produzir em janeiro. A produção será feita a partir de uma linha para o bloco e outra para o cabeçote do motor. Do total anunciado R$ 350 milhões terão como destino a nova fábrica de injeção de alumínio, que deve gerar 150 empregos diretos em três turnos de produção. Outros R$ 400 milhões chegarão para a ampliação da unidade de motores, que terá novas linhas de usinagem de cabeçotes de alumínio. Com o investimento a Renault será beneficiada pelo programa Paraná Competitivo com o diferimento do pagamento do ICMS da fatura de energia elétrica e do gás natural da fábrica por 48 meses.

A fábrica de motores será ampliada para a produção de equipamentos mais eficientes, de acordo com Olivier Murguet. Outro fator que motivou o investimento foi o crescimento das vendas na América Latina: “Nossos investimentos reforçam a importância estratégica do Brasil. No ano passado, exportamos 35% da nossa produção. No primeiro semestre aumentamos nossas exportações em 60% com relação ao ano passado. Contratamos setecentas pessoas há três meses para o terceiro turno e operamos muito próximo da nossa capacidade máxima”.

A Renault pode produzir 380 mil veículos/ano no Paraná.

O executivo disse, ainda, que a empresa aumentará o índice de nacionalização de componentes e prevê o lançamento de uma nova geração de motores. Inaugurada em 2001 a fábrica de motores já produziu aproximadamente 3,5 milhões de unidades, com cerca de 40% destinados à exportação, principalmente para Argentina. A Renault, que começou a produzir no Brasil em 1998, emprega 6,3 mil pessoas diretamente e gera aproximadamente 25 mil empregos indiretos. O complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, reúne as três fábricas da marca no Brasil: de automóveis, de comerciais leves e de motores.