GM anuncia investimento no RS

A General Motors marcou para a quinta-feira, 3, o anúncio de investimento de R$ 1,5 bilhão na fábrica de Gravataí, RS. Estão confirmados no evento, que acontecerá lá, o presidente da companhia, Carlos Zarlenga, o governador do Estado, o prefeito da cidade, e representantes do sindicato dos metalúrgicos local.

Segundo Valcir Ascari, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, a expectativa é a de que o aporte seja aplicado no desenvolvimento de uma nova plataforma. Ele disse, ainda, que em reunião com representantes da GM, na semana passada, ficou estabelecido que o investimento será aplicado apenas em 2019.

O valor que será anunciado para a fábrica faz parte do pacote de investimento de R$ 6,5 bilhões que a companhia divulgou em julho de 2015 e que terminará de ser exercido em 2019. Na época desse anúncio o valor seria aplicado no desenvolvimento de uma nova família de carros produzida nas fábricas de Gravataí e de São Caetano do Sul, SP. Os novos modelos serão destinados a mercados emergentes como China, Índia e México.

Segundo levantamento da consultoria IHS para 2019 a GM programa o lançamento de um SUV e de novas versões de Montana, Onix e Prisma – os dois últimos modelos são produzidos na unidade de Gravataí.

Na quinta-feira o governador do Rio Grande do Sul também lançará o MULT, programa de fomento para o setor automotivo do Estado. O programa implica incentivos fiscais, investimento direto e promoção de parcerias com entidades de pesquisa.

No primeiro semestre a GM, na América do Sul, faturou 43% a mais do que no mesmo período do ano passado, totalizando US$ 4 bilhões 257 milhões. A operação cresceu 13% no semestre puxado pelo seu desempenho no Brasil. Com 302 mil veículos vendidos na região de janeiro a junho a GM conquistou fatia de 15,9% do mercado. Com esse desempenho conseguiu melhorar seu perfil na região: saiu de um prejuízo de US$ 182 milhões nos primeiros seis meses de 2016 para US$ 142 milhões de janeiro a junho deste ano.

Argentina cobra fabricantes por descompasso no acordo automotivo

O governo argentino decretou que as fabricantes de veículos devem pagar multa sobre o excesso além do limite de importação estabelecido no acordo automotivo com o Brasil. A multa já chega a mais de US$ 600 milhões. A resolução que determina o pagamento, em vigência desde 21 de julho, foi a manobra do governo para garantir o pagamento desse excedente. Pelo acordo automotivo esse ajuste de contas deveria ser realizado ao fim do tratado, em 2020.

O que está em discussão é o coeficiente do intercâmbio comercial, o flex, fórmula acordada com o Brasil que tem vigência de cinco anos e estabelece que para cada US$ 1 que a Argentina exporta ao mercado brasileiro em veículos e autopeças ela pode importar US$ 1,50 livre de imposto. Segundo o Observatório de Políticas Públicas da Undav, Universidade Federal de Avellaneda, a dívida das empresas, em maio, era de US$ 600 milhões, valor que, hoje, é maior por causa do fluxo cambial e do volume de compras que superaram 52 mil veículos.

Segundo Gonzalo Dalmasso, especialista do setor automotivo da consultoria argentina Abeceb, o governo teme que as fabricantes descumpram o acordo e que as multas gerem batalhas judiciais: “As empresas dizem que o acordo não levou em consideração oscilações dos mercados a ponto de desbalancear o comércio de veículos nos países”.

O Observatório de Políticas Públicas da Undav considerou que “o incremento das vendas de veículos aconteceu, em maior medida, sobre as unidades do segmento de maior valor agregado e, por sua vez, ganharam prevalência as unidades importadas do Brasil em detrimento daquelas produzidas localmente”.

As exportações do setor automotivo argentino no primeiro quadrimestre do ano alcançaram US$ 1 bilhão 559 milhões, e as importações chegaram a US$ 3 bilhões 389 milhões. Essa corrente de comércio resultou em déficit comercial de US$ 1 bilhão 830 milhões. A balança comercial deficitária se explica pelo aumento nas importações, de 37,3% no período. Já as exportações cresceram 4,4% de janeiro a abril.

O estudo assinalou que, por falta de controle e de políticas de abertura comercial, as empresas importadoras excederam em 240% a cota estabelecida no acordo automotivo com o Brasil. Segundo o levantamento as importações do complexo automotivo no primeiro trimestre apontaram aumento de quase 40% com relação ao mesmo período de 2016. No entanto no mesmo período a produção local caiu pela segunda vez, consecutivamente.

A Argentina é o principal parceiro comercial do Brasil no setor automotivo e os embarques seguem aumentando em função da alta demanda argentina. Os licenciamentos no país devem alcançar mais de 900 mil unidades este ano. Em junho, de acordo com dados do MDIC, o Brasil enviou aos vizinhos 52 mil 750 veículos – contra 37 mil 275 em junho do ano passado.

Meritor volta a trabalhar seis dias por semana

A tímida melhora na produção de caminhões no primeiro semestre fez com que a Meritor retomasse sua operação normal no Brasil, de segunda a sábado. A fabricante de eixos reduzira a jornada de trabalho em sua fábrica de Osasco, SP, em 2015: na época o acordo com o sindicato dos metalúrgicos local determinava que a produção ficasse parada três dias úteis por mês.

Adalberto Momi, diretor geral da Meritor para a América do Sul, disse que os volumes de produção retornaram ao patamar normal:

“Fabricamos, em média, trezentas unidades por dia. Em 2016, no auge da crise, esse volume chegou a 150 eixos. Agora a economia começa a dar sinais, apesar de tímidos, de recuperação. Mesmo com todo problema político”.

A fábrica de Osasco tem ao todo 650 funcionários e, segundo Momi, o acordo de redução de jornada passou pelo não repasse do dissídio coletivo em 2015 e pela manutenção dos empregos:

“Com a volta da operação normal esse reajuste nos salários, que deveriam ser pagos em 2015, será pago agora”.

Ele não quis informar qual o porcentual de aumento nos salários. Ao todo a Meritor emprega no Brasil novecentos funcionários, em Osasco e em Resende, RJ.

Exportação – Uma das razões para a retomada da produção, contou Momi, foi o crescimento das exportações de caminhões no primeiro semestre. De acordo com dados da Anfavea de janeiro a junho os embarques somaram 13 mil 631 unidades, alta de 45,4%: “O mercado interno ainda não deu sinais de recuperação. O que está sustentando a produção no País é a exportação. E isso deve se manter em um ritmo satisfatório”.

A Meritor contabiliza a exportação em veículos montados, pois não exporta os seus eixos separadamente:

“Nossa expectativa é a de que o mercado se normalize em 2019, com produção de 110 mil a 120 mil caminhões. Em 2017 a produção de caminhões, no Brasil, deverá chegar 75 mil unidades, com vendas de um pouco mais de 45 mil”.

O executivo ponderou que, se essa estimativa se confirmar, novos investimentos para o Brasil deverão ser anunciados. Nos últimos três anos a Meritor aplicou US$ 15 milhões na operação local: “Ainda é muito cedo para saber se vamos, ou não, investir em larga escala por aqui. Para tornar viável a obtenção de novos recursos as reformas propostas pelo governo devem ser aprovadas, a economia tem que realmente se descolar da política e voltar a crescer. Se isso acontecer estará justificado novo investimento para a operação”.

Momi observou que na Meritor o exercício de análises econômicas são diários: “Há uma dose enorme de esperança de que a recuperação econômica se confirme, mas estamos contidos e com o pé no chão. Olhamos semana a semana, dia a dia como andam os negócios no Brasil. É um otimismo moderado”.

Na Alemanha VW reparará motores a diesel

A Volkswagen ajustará o software de 4 milhões de veículos movidos a diesel na Alemanha, para diminuir as emissões de gases poluentes. As informações são do Flash de Motor, da Venezuela.

Desde que a agência ambiental dos Estados Unidos descobriu, no fim de 2015, que a companhia colocara software em veículos movidos a diesel para burlar os testes de emissões, já foi obrigada a ajustar os motores de 12,4 milhões de veículos de todas as marcas do Grupo Volkswagen.

Seu CEO, Matthias Müeller, disse que a companhia fará os ajustes depois de se reunir com a ministra do Meio Ambiente da Alemanha, Bárbara Hendricks, para evitar a proibição de automóveis a diesel em várias cidades alemãs.

Os fabricantes de veículos se reunirão com a primeira-ministra Angela Merkel, na quarta-feira, 2, no evento Diesel Summit, no qual se discutirá o futuro dessa indústria que emprega milhares de pessoas na Alemanha.

Em 18 de julho a Daimler anunciou que chamou para revisão 3 milhões de veículos a diesel da Mercedes-Benz na Europa para ajustar o software e reduzir as emissões de óxido de nitrogênio, NOx. A Audi também atualizará o software de 850 mil carros. E a BMW disse que seus veículos não necessitam de nenhum ajuste no software relacionado com as emissões.

Motores de partida da GM serão BorgWarner

A BorgWarner é a fornecedora da linha de motores de partida de alta velocidade para a nova família de motores 1.0, 1.4 e 1.8 litros da General Motors Brasil. O componente equipará os modelos Cobalt, Spin e Montana, fabricados em São Caetano do Sul, SP, e o Onix, produzido em Gravataí, RS. Segundo balanço da BorgWarner, divulgado na sexta-feira, 28, a nova geração de motores GM foi atualizada, recalibrada e aprimorada para cumprir os padrões do CONAM.

De acordo com Stefan Demmerle, presidente da unidade de powertrain, os motores de partida são produzidos na fábrica de Brusque, SC, incorporada à BorgWarner após aquisição da Delco Remy. Desenvolvido em parceria com os engenheiros do Brasil, Coréia do Sul e Estados Unidos, esse motor é capaz de acelerar o motor de combustão de 0 a 350 RPM em menos de 0,5 segundos.

No Brasil, a BorgWraner fabrica principalmente turbocompressores e motores de partida. Os turbos são feitas na unidade de Itatiba, SP. Em julho, a companhia anunciou o fornecimento de turbos para os motores de três cilindros para o Honda Civic vendido na China. O equipamento não é produzido no Brasil, mas segundo ela, a fábrica de Itatiba “estaria pronta caso seja necessária a produção local”. Por aqui, atualmente, os turbos da empresa equipam o Volkswagen up!.

Balanço- Segundo seu balanço financeiro, o faturamento no semestre foi de US$ 4 bilhões 797 milhões, 4,3% maior que o obtido no mesmo período do ano passado. O lucro foi de US$ 401 milhões, aumento de 21,1% no comparativo com janeiro a junho de 2016. A BorgWarner informou, por meio de comunicado, que o bom desempenho no mundo ocorreu pela melhora das vendas para o mercado de reposição. O aftermarket cresceu 7,8% no período.

Ela não divulgou os resultados por região, mas, em 2016, a BorgWarner faturou US$ 90 milhões na América do Sul, 1% do volume total de vendas alcançado pela companhia no mundo todo, que somou US$ 9,07 bilhões no ano passado. A empresa acredita que com o mercado de reposição no Brasil poderá dobrar o faturamento na região até 2020.

Em abril, a empresa disse que aumentará sua capacidade instalada ainda este ano a partir da finalização do processo de integração com duas aquisições feitas recentemente, a Wahler e a Delco Remy. A empresa hoje tem 65 funcionários no Brasil dedicados ao atendimento no mercado de reposição. Das três fábricas instaladas no País, apenas a de Piracicaba, SP, onde são feitas as válvulas da Wahler, funciona com três turnos. A fábrica de Itatiba, SP, onde são feitos os turbos, e a de Brusque, SC, atualmente rodam com um turno apenas.

Grupo Volkswagen lucra 84% a mais no semestre

O Grupo Volkswagen aumentou seu lucro no primeiro semestre, após o crescimento em suas vendas e também por não ter pago, ainda, a multa imposta pelo governo dos Estados Unidos pelos escândalo referente ao Dieselgate.

De janeiro a junho, a Volkswagen lucrou € 6 bilhões 595 milhões, 84,3% a mais que o mesmo período do ano passado. O lucro operacional cresceu 67% no primeiro semestre, chegando a € 8 bilhões 916 milhões. As informações são do Flash de Motor, da Venezuela.

O faturamento chegou a € 115 bilhões 862 milhões, alta de 7,3% no comparativo
com o primeiro semestre de 2016. Frank Witter, diretor financeiro do grupo, disse que, apesar das condições difíceis, no primeiro semestre ocorreu um “bom trabalho de equipe”.

O resultado foi impulsionado pelo aumento das vendas, especialmente na América do Norte, América do Sul e na Europa. Ele destacou, ainda, que as emissões de dívida que o grupo realizou no período, teve um efeito
positivo na liquidez da área automotiva.

O Grupo Volkswagen vendeu 5 milhões 156 mil veículos no primeiro semestre, 0,8% a mais que no mesmo período do ano passado. Entretanto, de acordo com o balanço, no segundo trimestre o aumento foi de 2%.

A marca Volkswagen duplicou o resultado operacional com € 1,8 bilhão, a Audi manteve o lucro operacional do primeiro semestre do ano passado, com € 2,7 bilhões.

Já a Skoda, marca pertencente ao Grupo Volkswagen, aumentou em 25% o seu resultado operacional, chegando a € 860 milhões e a Seat obteve € 130 milhões, alta de 40,9% no período.

A marca de luxo Bentley teve resultado operacional de € 13 milhões e a Porsche melhorou em 16,7%, chegando a € 2mi bilhões. Neste ano, o Grupo VW estima superar moderadamente as vendas no mundo e atingir uma margem operacional de 6% a 7%.

Aliança Renault-Nissan assume a dianteira em vendas

A Aliança Renault-Nissan foi a fabricante de automóveis que mais vendeu no primeiro semestre de 2017. Considerando também as vendas da marca Mitsubishi, foram vendidas 5 milhões 268 mil 79 unidades, 7% mais do que o volume vendido no ano passado. O grupo Volkswagen, o que mais vendeu carros no ano passado e que, atualmente, enfrenta a crise do dieselgate, vendeu 5 milhões 115 mil 900 unidades.

A aliança creditou o desempenho ao incremento nas vendas dos modelos Renault Clio, Mégane e Captur. Os Nissan X-Trail, Sentra e Qashqai, e o Mitsubishi Outlander também contribuíram. O volume total de veículos vendidos também inclui a quantidade de modelos elétricos vendidos pela companhia no semestre, 481 mil 151 unidades no mundo todo.

Carlos Ghosn, presidente mundial da Aliança, disse que a empresa continuará a alavancar economias em escala e presença no mercado global: “Vamos oferecer valiosas sinergias para nossas empresas este ano, mantendo uma linha de produtos fortemente tecnológica e oferecendo aos clientes modelos elétricos mais inovadores”.

O lucro líquido da Renault foi 58,5% maior no primeiro semestre deste ano, alcançando o nível recorde de € 2,4 bilhões. Também alcançando nível recorde, o volume de negócios cresceu 17,3% no semestre, chegando a € 29,5 bilhões.

A Renault, isoladamente, vendeu 1 milhão 879 mil 288 unidades no primeiro semestre de 2017, crescimento de 10,4%. Os volumes e participações de mercado avançaram em todas as regiões, principalmente na que compreende a África, Oriente Médio e Índia, onde registrou-se um aumento de vendas de 19,3%, e na região da Ásia-Pacífico, com crescimento de 50,5%.

A Nissan, por sua vez, vendeu 2 milhões 894 mil 488 veículos em todo o mundo no primeiro semestre de 2017, registrando aumento de 5,6%. No Japão e na Europa a companhia atingiu crescimento de 22,9% e 5,7%, respectivamente. A Infiniti vendeu 125 mil, 13% a mais do que o mesmo período de 2016.

FCA fatura ? 55 bilhões no mundo

A Fiat Chrysler Automobiles, FCA, registrou faturamento de € 55 bilhões 644 milhões no primeiro semestre de 2017, informou em balanço publicado na quinta-feira, 27. O valor é 2% maior do que o obtido no mesmo período do ano passado. O EBIT, lucro operacional, foi de € 3,4 bilhões, 13% maior do que o obtido de janeiro a junho de 2016. Foram vendidos 2 milhões 370 mil veículos no período.

No segundo trimestre, a operação da FCA na América Latina rendeu ao grupo € 2 bilhões 11 milhões. No ano passado, no mesmo período, foram € 1 bilhão 469 milhões. Apesar da alta de 36% na região, a empresa perdeu participação de mercado no Brasil, 17,6%. Na Argentina, por outro lado, a participação cresceu de 11,5% para 12,6% no segundo trimestre.

A empresa informou que o EBIT ajustado exclui encargos de € 93 milhões, dos quais € 40 milhões referem-se aos custos de reestruturação da força de trabalho e € 53 milhões aplicados na modernização dos ativos em função da descontinuação antecipada da produção da Fiat Novo Palio.

Com o desempenho, o grupo manteve as metas para 2017: receita líquida de € 115 bilhões a € 120 bilhões, EBIT ajustado acima de € 7 bilhões, lucro líquido ajustado superior a € 3 bilhões e endividamento inferior a € 2,5 bilhões. De acordo com o comunicado, o endividamento industrial está em queda, sendo que no final de junho estava em € 4,2 bilhões, com uma diminuição de € 900 milhões com relação a março de 2017.

Hyundai CAOA é a melhor em satisfação do cliente, diz pesquisa

Em três anos, a Hyundai CAOA saltou do 9º lugar para o topo no ranking da Customer Service Index, CSI StudySM, que mede a satisfação do cliente na pós-venda nas concessionárias, realizado pela consultoria global J.D. Power. Em 2014, primeiro ano em que o levantamento foi feito, a rede de concessionárias ocupou o 9º lugar, em 2015 ela passou para o 6º lugar e no ano passado conquistou a vice-liderança.

Para alcançar o topo, a empresa traçou uma estratégia e investiu em ações de qualidade que seguem padrões internacionais, de acordo com Rogério Gonzaga, diretor de pós-venda da CAOA.

Em 2014, a empresa implementou pesquisas para medir o nível de satisfação dos clientes. Após o atendimento na concessionária, o consumidor responde um questionário em um tablet. Posteriormente, ele responde outra enquete por telefone ou e-mail para medir o nível de satisfação com o serviço.

Durante sua permanência na concessionária, o cliente aguarda em uma sala de espera com acesso à internet e estações de recarga de celular com o intuito de se sentir no escritório. Para se manter no topo, a empresa está investindo na área digital. Hoje, o cliente já faz agendamento pelo site e em breve será atendido por chat.

Segundo ele, o pós-venda é uma área estratégica para retenção do cliente que pode reverter em vendas futuras de automóveis: “O pós-venda é responsável por 10% do nosso faturamento, mas responde pela metade da rentabilidade”. No ano passado, o faturamento com pós-venda foi de R$ 600 milhões.

As 130 oficinas administradas pelo pós-venda da Rede CAOA empregam 2 mil funcionários e atenderam 500 mil clientes no ano passado e a projeção é de crescimento de 3% sobre esse número para 2017.

Pesquisa – Pelo levantamento, essa foi a primeira vez, a Toyota foi perdeu a liderança no ranking e ainda empatou com a Mitsubishi na vice-liderança, seguida por Honda e Hyundai-HMB. A predominância de concessionárias asiáticas demonstra o foco dessas empresas na satisfação do cliente, de acordo com Fabio Braga, diretor de operações da J.D. Power do Brasil.

A pesquisa foi realizada com base nas avaliações de 4 mil 585 proprietários de veículos comprados de 2014 a 2016 e que utilizaram os serviços de pós-venda nos últimos 12 meses. A metodologia é utilizada em dezesseis países como Canadá, Estados Unidos e Japão: “O levantamento mostra as tendências e preferências do consumidor para as concessionárias, que podem monetizar os seus serviços. Já as montadoras podem comparar o nível de satisfação dos clientes em diferentes países”.

Powershift com os dias contados

Desde 2016 a Ford enfrenta a ira de seus clientes que compraram veículos com a transmissão automatizada de seis velocidades e dupla embreagem, batizada como Powershift. O caso foi parar no Procon, que notificou a companhia. Ao assumir os diversos problemas a Ford iniciou uma campanha de troca do componente, que vem se intensificando nos últimos meses.

O que disse Antônio Baltar Jr., diretor de marketing, vendas e serviços da Ford?:

“Estamos substituindo de 4 mil a 4,5 mil transmissões por mês nos modelos EcoSport, Fiesta e Focus. E estendemos a garantia de três para cinco anos ou 160 mil quilômetros. Essa política vai continuar até termos todos os clientes satisfeitos”.

Trata-se de um defeito global. A Ford sofreu ações de consumidores na Austrália e nos Estados Unidos por causa de trepidação incomum e diversos outros problemas, os mesmos relatados no Brasil. A Ford garante que tem em prateleira o componente em quantidade suficiente para uma campanha global de substituição. Diante desse cenário a Powershift começa a dar adeus.

O novo EcoSport, lançado primeiro no Brasil, já aposentou a transmissão de dupla embreagem. Uma nova caixa automática convencional passa a ser a opção. É o que deve acontecer com os outros dois modelos, Focus e Fiesta.

Vendas do Eco – Antônio Baltar considera essa uma página virada, pelo menos quando o assunto é o EcoSport. Ele acredita que a receita do novo produto, mais equipado, com um motor de três cilindros e a transmissão convencional, além dos preços que não foram significativamente alterados, vai surpreender o consumidor:

“Quando comparado com os concorrentes o EcoSport é muito mais equipado. E levando esse padrão de equipamentos para os outros SUVs a diferença de preço para o Eco aumenta em mais de R$ 5 mil. Isso pode influenciar na decisão de compra”.

A rede está começando a receber o novo SUV enquanto ainda tenta negociar as últimas 1 mil unidades do EcoSport 2017: “A normalização dos estoques virá quando tivermos 4 mil veículos na rede. Isso acontecerá até meados de agosto, quando esperamos entregar as primeiras unidades aos clientes”.