Renault anuncia mais R$ 750 milhões para o Brasil

A Renault anunciou na terça-feira, 1º, investimento de R$ 750 milhões em uma nova fábrica de injeção de alumínio e na expansão da sua unidade de motores em São José dos Pinhais, PR. O protocolo de intenções foi assinado pelo governador do Estado e pelos presidentes da Renault América Latina, Olivier Murguet, e do Brasil, Luiz Pedrucci.

 

O último ciclo de investimento, de R$ 500 milhões, deveria ser aplicado até 2019 mas foi consumido com a conclusão do desenvolvimento do Kwid.

 

De acordo com a Renault a fábrica de injeção de alumínio começará a produzir em janeiro. A produção será feita a partir de uma linha para o bloco e outra para o cabeçote do motor. Do total anunciado R$ 350 milhões terão como destino a nova fábrica de injeção de alumínio, que deve gerar 150 empregos diretos em três turnos de produção. Outros R$ 400 milhões chegarão para a ampliação da unidade de motores, que terá novas linhas de usinagem de cabeçotes de alumínio. Com o investimento a Renault será beneficiada pelo programa Paraná Competitivo com o diferimento do pagamento do ICMS da fatura de energia elétrica e do gás natural da fábrica por 48 meses.

 

A fábrica de motores será ampliada para a produção de equipamentos mais eficientes, de acordo com Olivier Murguet. Outro fator que motivou o investimento foi o crescimento das vendas na América Latina: “Nossos investimentos reforçam a importância estratégica do Brasil. No ano passado, exportamos 35% da nossa produção. No primeiro semestre aumentamos nossas exportações em 60% com relação ao ano passado. Contratamos setecentas pessoas há três meses para o terceiro turno e operamos muito próximo da nossa capacidade máxima”.

 

A Renault pode produzir 380 mil veículos/ano no Paraná.

 

O executivo disse, ainda, que a empresa aumentará o índice de nacionalização de componentes e prevê o lançamento de uma nova geração de motores. Inaugurada em 2001 a fábrica de motores já produziu aproximadamente 3,5 milhões de unidades, com cerca de 40% destinados à exportação, principalmente para Argentina. A Renault, que começou a produzir no Brasil em 1998, emprega 6,3 mil pessoas diretamente e gera aproximadamente 25 mil empregos indiretos. O complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, reúne as três fábricas da marca no Brasil: de automóveis, de comerciais leves e de motores.

 

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Na Alemanha, VW reparará motores a diesel

A Volkswagen ajustará o software de 4 milhões de veículos movidos a diesel na Alemanha, para diminuir as emissões de gases poluentes. As informações são do Flash de Motor, da Venezuela.

 

Desde que a agência ambiental dos Estados Unidos descobriu, no fim de 2015, que a companhia colocara software em veículos movidos a diesel para burlar os testes de emissões, já foi obrigada a ajustar os motores de 12,4 milhões de veículos de todas as marcas do Grupo Volkswagen.

 

Seu CEO, Matthias Müeller, disse que a companhia fará os ajustes depois de se reunir com a ministra do Meio Ambiente da Alemanha, Bárbara Hendricks, para evitar a proibição de automóveis a diesel em várias cidades alemãs.

 

Os fabricantes de veículos se reunirão com a primeira-ministra Angela Merkel, na quarta-feira, 2, no evento Diesel Summit, no qual se discutirá o futuro dessa indústria que emprega milhares de pessoas na Alemanha.

 

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Em 18 de julho a Daimler anunciou que chamou para revisão 3 milhões de veículos a diesel da Mercedes-Benz na Europa para ajustar o software e reduzir as emissões de óxido de nitrogênio, NOx. A Audi também atualizará o software de 850 mil carros. E a BMW disse que seus veículos não necessitam de nenhum ajuste no software relacionado com as emissões.

Grupo Volkswagen lucra 84% a mais no semestre

O Grupo Volkswagen aumentou seu lucro no primeiro semestre, após o crescimento em suas vendas e também por não ter pago, ainda, a multa imposta pelo governo dos Estados Unidos pelos escândalo referente ao Dieselgate.

 

De janeiro a junho, a Volkswagen lucrou € 6 bilhões 595 milhões, 84,3% a mais que o mesmo período do ano passado. O lucro operacional cresceu 67% no primeiro semestre, chegando a € 8 bilhões 916 milhões. As informações são do Flash de Motor, da Venezuela.

 

O faturamento chegou a € 115 bilhões 862 milhões, alta de 7,3% no comparativo
com o primeiro semestre de 2016. Frank Witter, diretor financeiro do grupo, disse que, apesar das condições difíceis, no primeiro semestre ocorreu um “bom trabalho de equipe”.

 

O resultado foi impulsionado pelo aumento das vendas, especialmente na América do Norte, América do Sul e na Europa. Ele destacou, ainda, que as emissões de dívida que o grupo realizou no período, teve um efeito
positivo na liquidez da área automotiva.

 

O Grupo Volkswagen vendeu 5 milhões 156 mil veículos no primeiro semestre, 0,8% a mais que no mesmo período do ano passado. Entretanto, de acordo com o balanço, no segundo trimestre o aumento foi de 2%.

 

A marca Volkswagen duplicou o resultado operacional com € 1,8 bilhão, a Audi manteve o lucro operacional do primeiro semestre do ano passado, com € 2,7 bilhões.

 

Já a Skoda, marca pertencente ao Grupo Volkswagen, aumentou em 25% o seu resultado operacional, chegando a € 860 milhões e a Seat obteve € 130 milhões, alta de 40,9% no período.

 

A marca de luxo Bentley teve resultado operacional de € 13 milhões e a Porsche melhorou em 16,7%, chegando a € 2mi bilhões. Neste ano, o Grupo VW estima superar moderadamente as vendas no mundo e atingir uma margem operacional de 6% a 7%.

 

FCA fatura 55 bilhões de euro no mundo

A Fiat Chrysler Automobiles, FCA, registrou faturamento de € 55 bilhões 644 milhões no primeiro semestre de 2017, informou em balanço publicado na quinta-feira, 27. O valor é 2% maior do que o obtido no mesmo período do ano passado. O EBIT, lucro operacional, foi de € 3,4 bilhões, 13% maior do que o obtido de janeiro a junho de 2016. Foram vendidos 2 milhões 370 mil veículos no período.

 

No segundo trimestre, a operação da FCA na América Latina rendeu ao grupo € 2 bilhões 11 milhões. No ano passado, no mesmo período, foram € 1 bilhão 469 milhões. Apesar da alta de 36% na região, a empresa perdeu participação de mercado no Brasil, 17,6%. Na Argentina, por outro lado, a participação cresceu de 11,5% para 12,6% no segundo trimestre.

 

A empresa informou que o EBIT ajustado exclui encargos de € 93 milhões, dos quais € 40 milhões referem-se aos custos de reestruturação da força de trabalho e € 53 milhões aplicados na modernização dos ativos em função da descontinuação antecipada da produção da Fiat Novo Palio.

 

Com o desempenho, o grupo manteve as metas para 2017: receita líquida de € 115 bilhões a € 120 bilhões, EBIT ajustado acima de € 7 bilhões, lucro líquido ajustado superior a € 3 bilhões e endividamento inferior a € 2,5 bilhões. De acordo com o comunicado, o endividamento industrial está em queda, sendo que no final de junho estava em € 4,2 bilhões, com uma diminuição de € 900 milhões com relação a março de 2017.

 

Aliança Renault-Nissan assume a dianteira em vendas

A Aliança Renault-Nissan foi a fabricante de automóveis que mais vendeu no primeiro semestre de 2017. Considerando também as vendas da marca Mitsubishi, foram vendidas 5 milhões 268 mil 79 unidades, 7% mais do que o volume vendido no ano passado. O grupo Volkswagen, o que mais vendeu carros no ano passado e que, atualmente, enfrenta a crise do dieselgate, vendeu 5 milhões 115 mil 900 unidades.

 

A aliança creditou o desempenho ao incremento nas vendas dos modelos Renault Clio, Mégane e Captur. Os Nissan X-Trail, Sentra e Qashqai, e o Mitsubishi Outlander também contribuíram. O volume total de veículos vendidos também inclui a quantidade de modelos elétricos vendidos pela companhia no semestre, 481 mil 151 unidades no mundo todo.

 

Carlos Ghosn, presidente mundial da Aliança, disse que a empresa continuará a alavancar economias em escala e presença no mercado global: “Vamos oferecer valiosas sinergias para nossas empresas este ano, mantendo uma linha de produtos fortemente tecnológica e oferecendo aos clientes modelos elétricos mais inovadores”.

 

O lucro líquido da Renault foi 58,5% maior no primeiro semestre deste ano, alcançando o nível recorde de € 2,4 bilhões. Também alcançando nível recorde, o volume de negócios cresceu 17,3% no semestre, chegando a € 29,5 bilhões.

 

A Renault, isoladamente, vendeu 1 milhão 879 mil 288 unidades no primeiro semestre de 2017, crescimento de 10,4%. Os volumes e participações de mercado avançaram em todas as regiões, principalmente na que compreende a África, Oriente Médio e Índia, onde registrou-se um aumento de vendas de 19,3%, e na região da Ásia-Pacífico, com crescimento de 50,5%.

 

A Nissan, por sua vez, vendeu 2 milhões 894 mil 488 veículos em todo o mundo no primeiro semestre de 2017, registrando aumento de 5,6%. No Japão e na Europa a companhia atingiu crescimento de 22,9% e 5,7%, respectivamente. A Infiniti vendeu 125 mil, 13% a mais do que o mesmo período de 2016.

 

 

Creta segue para o Paraguai

Com embarque programado para o fim deste mês a Hyundai Motor Brasil começa a exportar seu SUV Creta, produzido em Piracicaba, SP. O destino é o Paraguai, mesmo país que também recebeu, em fevereiro do ano passado, os primeiros HB20. A ampliação de mercado para o Creta brasileiro acontece no momento em que o modelo atinge a marca de 20 mil unidades comercializadas, tendo se consolidado como o segundo SUV compacto mais vendido.

 

Segundo a Hyundai até dezembro serão exportadas para o Paraguai cerca de 260 unidades, uma média de 50/mês. Todos os veículos serão da versão 1.6 automática. Angel Martinez, diretor executivo de vendas, marketing e pós-vendas, contou que o Paraguai faz parte da estratégia de exportação para a América do Sul:

 

“A expectativa é aumentar os volumes ao longo do tempo e abrir outros mercados, equilibrando sempre nossa capacidade de produção instalada com a demanda interna e as oportunidades de exportação”.

 

O modelo será comercializado localmente pela Automotor, representante exclusiva Hyundai no Paraguai, e que já vende modelos HB20X desde fevereiro de 2016. A rede de concessionárias conta com dezesseis lojas, distribuídas por todo o país e aptas para o atendimento de vendas de veículos, peças e serviços.

 

Lá o carro custará US$ 24 mil 150 à vista e US$ 27, 5 mil a prazo. Aqui, pela tabela, essa versão é vendida a R$ 85 mil 740. Segundo as estatísticas publicadas pela CADAM, a associação de empresas concessionárias de veículos do Paraguai, a Hyundai estava em quinto lugar no ranking de vendas do primeiro trimestre de 2017, com 6,5% de participação.

 

De acordo com informações da fabricante suas exportações somaram 1 mil 212 unidades no ano passado. Paraguai e Uruguai foram os países que receberam os modelos HB20, sendo a versão aventureira HB20X para o primeiro e as versões hatch e sedã, HB20 e HB20S, para o segundo.

 

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Argentina rumo ao seu primeiro milhão

Diretores da Adefa, associação que reúne as fabricantes de veículos da Argentina, apresentaram ao ministro da Fazenda seu diagnóstico sobre a situação da indústria e uma proposta de plano enfocando a sustentabilidade para o crescimento. Ele participou do encontro com o subsecretário de Investimentos Públicos. As informações são do Flash de Motor, da Venezuela.

 

Joachim Maier, presidente da Mercedes-Benz Argentina, disse que a reunião foi muito produtiva pois, foi apresentado um diagnóstico preciso sobre a carga tributária que incide sobre o setor:

 

“Criamos uma agenda de trabalho que permitirá assegurar a sustentabilidade e o crescimento da indústria no médio prazo”.

 

A Adefa informou, por comunicado, que na reunião com os funcionários públicos foi destacada a importância do Plano 1 Milhão, que visa à produção dessa quantidade de veículos em 2023, junto com o resto da cadeia de valor e os sindicatos.

 

Também informou o mercado atual na Argentina e as perspectivas do setor automotivo, que a Adefa expressa o compromisso das empresas com relação a planos de investimento, emprego e produção.

 

O objetivo do Plano 1 Milhão é gerar investimento de US$ 5 bilhões para serem aplicados em novos modelos e na fabricação de 1 milhão de unidades ao longo dos próximos sete anos, com 750 mil em 2019.

Em 2040 nada de carros a gasolina e a diesel no Reino Unido

O governo do Reino Unido quer proibir as vendas de carros movidos a gasolina e a diesel a partir de 2040 como medida de redução das emissões de poluentes na região, informou o ministro do Meio Ambiente, Michael Gove, à Agência Reuters. A venda de veículos híbridos, que funcionam com um motor elétrico combinado a um movido a combustão, também seria proibida em território britânico.

 

O anúncio veio na esteira de medida semelhante adotada pelo governo da França no início deste mês, e por cidades alemãs, como Stuttgart e Munique, cujos prefeitos também disseram cogitar banir alguns modelos a diesel. O governo britânico vem sendo pressionado para adotar medidas para reduzir a poluição atmosférica desde que perdeu processos apresentados por grupos de ativistas.

 

A medida provavelmente acelerará o declínio dos carros a diesel no segundo maior mercado da Europa, onde são acusados como responsáveis pela má qualidade do ar. O escândalo de fraude nos testes de emissões da Volkswagen, o dieselgate, acentuou as preocupações com os veículos movidos a este combustível. Gove também disse que o governo liberará US$ 260 milhões às autoridades locais para esquemas de restrição de acesso de veículos a diesel.

 

No início deste mês a Volvo tornou-se a primeira grande fabricante tradicional a estabelecer uma data para a eliminação gradual de veículos movidos unicamente por motores de combustão interna, dizendo que todos os seus modelos de carros lançados depois de 2019 serão elétricos ou híbridos.

 

A demanda de carros a diesel caiu 10% na primeira metade do ano no Reino Unido, e a venda de veículos a gasolina cresceu 5%, informou a Reuters. Já as vendas de modelos elétricos ou híbridos aumentaram quase 30% no mesmo período, o setor de crescimento mais rápido do mercado, mas estes ainda representam menos de 5% dos registros de carros novos.

 

Carros de luxo melhoram receita da Daimler

O Grupo Daimler, que controla a Mercedes-Benz, divulgou na quarta-feira, 26, os dados do seu desempenho operacional no segundo trimestre do ano. O faturamento no período cresceu 7% com relação ao obtido de abril a junho de 2016, totalizando € 41,2 bilhões. A empresa afirmou que a alta na receita foi gerada, principalmente, em função das vendas dos automóveis da Classe E e dos SUVs do seu portfólio.

 

Para Dieter Zetsche, presidente do conselho de administração da Daimler, a estratégia de melhorar o desempenho da companhia está surtindo efeito: “Tivemos um ótimo segundo trimestre. Nós estabelecemos metas ambiciosas e estamos conseguindo alcançá-las em termos de vendas unitárias e de rentabilidade”.

 

No segundo trimestre as vendas de carros Mercedes-Benz atingiram 595,2 mil unidades no mundo todo, 9% a mais do que no mesmo trimestre do ano passado. A divisão de utilitários, que inclui vans e picapes, vendeu 103,4 mil unidades, alta de 4%, e a de caminhões chegou a 116,4 mil unidades, alta de 8%.

 

As vendas de caminhões na América Latina foram maiores no segundo trimestre do que no período anterior. Enquanto as vendas unitárias aumentaram significativamente na Argentina, as vendas no Brasil, 2,9 mil unidades, foram menores do que o volume verificado no ano anterior, 3 mil.

 

No mercado de ônibus, apesar da retração no Brasil, as vendas Mercedes-Benz de abril a junho chegaram a 3,4 mil chassis na América Latina, fora o México, o que significou desempenho melhor do que o do ano passado, quando foram vendidos 3 mil chassis.

 

No México as vendas somaram 1 mil unidades, volume maior do que o do ano anterior, seiscentas.

GM anuncia investimento no RS

A General Motors marcou para a quinta-feira, 3, o anúncio de investimento de R$ 1,5 bilhão na fábrica de Gravataí, RS. Estão confirmados no evento, que acontecerá lá, o presidente da companhia, Carlos Zarlenga, o governador do Estado, o prefeito da cidade, e representantes do sindicato dos metalúrgicos local.

Segundo Valcir Ascari, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, a expectativa é a de que o aporte seja aplicado no desenvolvimento de uma nova plataforma. Ele disse, ainda, que em reunião com representantes da GM, na semana passada, ficou estabelecido que o investimento será aplicado apenas em 2019.

O valor que será anunciado para a fábrica faz parte do pacote de investimento de R$ 6,5 bilhões que a companhia divulgou em julho de 2015 e que terminará de ser exercido em 2019. Na época desse anúncio o valor seria aplicado no desenvolvimento de uma nova família de carros produzida nas fábricas de Gravataí e de São Caetano do Sul, SP. Os novos modelos serão destinados a mercados emergentes como China, Índia e México.

Segundo levantamento da consultoria IHS para 2019 a GM programa o lançamento de um SUV e de novas versões de Montana, Onix e Prisma – os dois últimos modelos são produzidos na unidade de Gravataí.

Na quinta-feira o governador do Rio Grande do Sul também lançará o MULT, programa de fomento para o setor automotivo do Estado. O programa implica incentivos fiscais, investimento direto e promoção de parcerias com entidades de pesquisa.

No primeiro semestre a GM, na América do Sul, faturou 43% a mais do que no mesmo período do ano passado, totalizando US$ 4 bilhões 257 milhões. A operação cresceu 13% no semestre puxado pelo seu desempenho no Brasil. Com 302 mil veículos vendidos na região de janeiro a junho a GM conquistou fatia de 15,9% do mercado. Com esse desempenho conseguiu melhorar seu perfil na região: saiu de um prejuízo de US$ 182 milhões nos primeiros seis meses de 2016 para US$ 142 milhões de janeiro a junho deste ano.

 

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