SUV dos compactos?

O Kwid fará barulho no segmento de entrada no mercado brasileiro. Com preço competitivo o modelo traz também equipamentos de segurança que não há em concorrentes diretos. É o único no segmento que dispõe de quatro airbags de série. A norma brasileira, desde 2014, estipula que todos os carros fabricados no Brasil devem ter dois airbags de série e freios ABS.

 

Segundo Antônio Fleischmann, diretor de projetos da Renault para a região Américas, segurança e custo foram os pilares para o desenvolvimento do carro, “e estou confiante no seu desempenho na futura verificação da Latin Ncap”. O Kwid tem, ainda, a maior altura do solo da categoria, 180 mm, e os ângulos de entrada, 24°, e de saída, 40°, utilizados pelo segmento SUV. E o maior espaço interno e o maior porta-malas da categoria de compactos, 290 litros:

 

“O Kwid não é um carro compacto, poid foi homologado como SUV. Então, podemos dizer que inovamos com mais uma categoria no Brasil”.

 

A Renault classificou o modelo como “robusto e arrojado” e, com isso, dá a impressão de ser maior que os seus 3 m 68 cm de comprimento – e “as rodas de 14 polegadas, de série, e os para-lamas encorpados valorizam ainda mais as suas características SUV”.

 

O Kwid traz posição de dirigir elevada e maior altura da cabine, e tem 2 m 423 mm de entre-eixos.

 

O Kwid, em sua versão mais completa, pesa 795 quilos e é dotado de configuração mais fraca do motor 1.0 Sce de três cilindros, de 79/82 cv e 10,2/10,5 mkgf, que equipa Logan e Sandero: 66/70 cv e 9,4/9,8 mkgf. A responsabilidade por essa diferença é o cabeçote: o Kwid tem comandos simples, enquanto os Renault maiores têm comandos variáveis para admissão e escape – tecnologia que encarece o motor.

 

Mesmo assim a Renault promete que será econômico e divulga médias de 15,2 km/l com gasolina e 10,5 km/l com álcool em trecho misto. O modelo também estreia a transmissão manual de cinco marchas SG1, que é mais leve e eficiente, de acordo com o comunicado à imprensa: “A corrente de distribuição, no lugar da correia, proporciona um baixo custo de manutenção, menos de um R$ 1,00 por dia”.

 

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Kwid é o carro-chefe da Renault

A Renault apresentou o Kwid, que ela define como “o SUV dos compactos”, com toda pompa e circunstância, em um evento, na noite da quarta-feira, 2, que contou com cerca de 1 mil pessoas, em São Paulo. E não é por menos. O modelo é a sua aposta para ganhar participação no mercado brasileiro e, como disse o seu presidente para a América Latina, Olivier Murget, será o seu carro-chefe, superando as vendas do Sandero, até agora seu líder de vendas:

 

“Devemos chegar a 8% de participação de mercado nos próximos meses e, com o Kwid, a expectativa é a de que passaremos esse porcentual”.

 

A certeza do bom desempenho do modelo nos próximos balanços de licenciamentos está apoiada na estratégia de lançamento, que priorizou o preço. O Kwid parte de R$ 29,9 mil, a versão mais simples, e vai até R$ 39,9 mil na forma da mais completa – valores bem abaixo dos cobrados pelos concorrentes diretos, o Volkswagen up! e o Fiat Mobi.

 

A VW apostou na modernidade, eficiência energética e esportividade de seu subcompacto, mas o carro é vendido a partir de R$ 35 mil e pode chegar até os R$ 56 mil. A Fiat tratou de diferenciar seu modelo com atributos como jovialidade e conectividade, contudo, assim como no caso do modelo VW, sua versão mais barata chega ao mercado por R$ 33 mil.

 

A pré-venda do Kwid, iniciada em 9 de junho, surpreendeu até o mais otimista executivo da Renault. De acordo com o presidente da companhia no Brasil, Luiz Petrucci, até 31 de julho, quando terminou a campanha, foram vendidas quatro vezes mais do que se estimava:
“83% das vendas foram para clientes de outras marcas. Se confirmados todos os pedidos conseguiremos melhorar muito a nossa posição de mercado”.

 

Ele contou que as entregas, para aqueles que reservaram o Kwid, começarão este mês e devem se estender até setembro. Em outubro e novembro serão entregues os carros comprados a partir de agora: “É importante ressaltar que com os mesmos preços da pré-venda. O canal de compra pela internet também será mantido nesse primeiro momento. Não haverá estoque na rede”.

 

As trezentas concessionárias da Renault espalhadas pelo País terão dois modelos disponíveis: um para test-drive e um para exposição. Os pedidos poderão ser feitos pelo cliente na revenda, mas somente pela internet. Segundo Petrucci essa forma de vender chegará até o fim do ano: “Isso não é novidade para a Renault. Já fizemos ação deste tipo com o Clio há alguns anos e tivemos grande sucesso”.

 

Todo esse planejamento tem um motivo: a Renault está iniciando o terceiro turno de produção na fábrica de São José dos Pinhais, PR, para receber o novo modelo. Segundo o presidente foram contratados 1,3 mil funcionários, setecentos em maio e seiscentos em agosto: “Chegaremos aos sessenta carros/hora em breve. Estamos, nesse momento, em pleno arranque da linha”.

 

Hoje a fábrica da Renault tem capacidade para produzir 320 mil automóveis e 60 mil utilitários esportivos. Por ano.

 

A fábrica, aliás, segundo Antônio Fleischmann, diretor de projetos da Renault para a região Américas, recebeu investimento para adequar a linha ao Kwid: “Como temos uma linha monofluxo, tivemos algumas modificações para que o Kwid também passasse nessa linha”.

 

Todo esse processo faz parte do plano de investimento da companhia para o Brasil de R$ 1,5 bilhão, que deveria durar de 2011 a 2019, “mas os recursos terminam com o lançamento do Kwid”. Sem revelar números Fleischmann garantiu que os aportes para todo o processo de desenvolvimento do modelo foram substanciais.

 

Fornecedores – Fleischmann lembrou que a redução nos custos foi uma meta traçada desde o início do projeto, o primeiro em conjunto com a Nissan dedicado ao Brasil: o Kwid tem a mesma plataforma do Datsun redi-GO, mas foi pensado e desenvolvido para o mercado brasileiro.

 

Segundo ele 290 engenheiros brasileiros participaram do projeto para adequar o carro ao gosto do consumidor:

 

“Desde 2012 estamos trabalhando nesse projeto. Criamos a plataforma que foi usada, num primeiro momento, pela Nissan, por meio da sua marca Datsun, depois pela Renault com o Kwid na Índia, e agora com o mesmo modelo no Brasil. Mas, desde o início, ele foi pensado para os mercados onde seria vendido. É um projeto dedicado”.

 

O Kwid brasileiro tem 80% do seu conteúdo composto por peças novas, desenvolvidas pela RTA, Renault Tecnologia Américas, desde a estrutura e características mecânicas aos equipamentos de conforto, conectividade e segurança: “Desenvolvemos fornecedores com a ideia de conseguirmos diminuir os custos do projeto. Para o Kwid teremos de cinquenta a sessenta parceiros e, destes, cerca de 40% são novos fornecedores. Isso para atingirmos o guidance de custos do projeto”.

 

Dos fornecedores que se tornaram parceiros da Renault com o Kwid estão os de suspensão, estrutura metálica e de equipamentos eletrônicos. O executivo disse ainda que mais de 70% das peças que equipam o Kwid são de fornecedores localizados no Brasil e na Argentina.

 

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Grupo VW concede descontos na troca de seus carros a diesel

Volkswagen e Audi darão bônus de até € 10 mil para clientes que trocarem seus antigos carros movidos a diesel por outros, menos poluentes, na Alemanha, de acordo com o portal Flash de Motor, da Venezuela.

O desconto tem como alvo proprietários de veículos das classes Euro 1 a Euro 4, de acordo com o padrão europeu de emissões de poluentes. O valor do prêmio depende do novo modelo a ser adquirido.

A concessão dos bônus vigorará até o fim de 2017. O objetivo das duas empresas é incentivar a compra de carros menos poluentes para ajudar a melhorar a qualidade do ar na Alemanha, após várias cidades anunciarem a intenção de proibir a circulação de carros antigos em seus centros urbanos, principalmente após o dieselgate, escândalo ambiental que comprometeu o Grupo Volkswagen.

O anúncio foi feito uma semana depois que os representantes da indústria e do governo alemão se reuniram em Berlim na Cúpula do Diesel, com o objetivo de buscar meios de promover a redução da emissão de gases poluentes por veículos. Na reunião os representantes da indústria concordaram com a instalação de um novo software em mais de 5 milhões de carros a diesel que seguem as normas de emissão Euro 5 e Euro 6.

Carros de luxo melhoram receita da Daimler

O Grupo Daimler, que controla a Mercedes-Benz, divulgou na quarta-feira, 26, os dados do seu desempenho operacional no segundo trimestre do ano. O faturamento no período cresceu 7% com relação ao obtido de abril a junho de 2016, totalizando € 41,2 bilhões. A empresa afirmou que a alta na receita foi gerada, principalmente, em função das vendas dos automóveis da Classe E e dos SUVs do seu portfólio.

Para Dieter Zetsche, presidente do conselho de administração da Daimler, a estratégia de melhorar o desempenho da companhia está surtindo efeito: “Tivemos um ótimo segundo trimestre. Nós estabelecemos metas ambiciosas e estamos conseguindo alcançá-las em termos de vendas unitárias e de rentabilidade”.

No segundo trimestre as vendas de carros Mercedes-Benz atingiram 595,2 mil unidades no mundo todo, 9% a mais do que no mesmo trimestre do ano passado. A divisão de utilitários, que inclui vans e picapes, vendeu 103,4 mil unidades, alta de 4%, e a de caminhões chegou a 116,4 mil unidades, alta de 8%.

As vendas de caminhões na América Latina foram maiores no segundo trimestre do que no período anterior. Enquanto as vendas unitárias aumentaram significativamente na Argentina, as vendas no Brasil, 2,9 mil unidades, foram menores do que o volume verificado no ano anterior, 3 mil.

No mercado de ônibus, apesar da retração no Brasil, as vendas Mercedes-Benz de abril a junho chegaram a 3,4 mil chassis na América Latina, fora o México, o que significou desempenho melhor do que o do ano passado, quando foram vendidos 3 mil chassis.

No México as vendas somaram 1 mil unidades, volume maior do que o do ano anterior, seiscentas.

Grupo PSA fatura 5% a mais no semestre

O Grupo PSA, que controla as marcas Peugeot, Citroën e DS, registrou faturamento de € 29 bilhões 165 milhões no primeiro semestre. A receita, segundo balanço divulgado na quarta-feira, 26, foi 5% maior do que o obtido no primeiro semestre do ano passado. A empresa afirmou que o desempenho está dentro do plano de administração Push-to-Pass, iniciado no ano passado e que tem como objetivo o crescimento do faturamento do grupo em 10% até 2018.

Carlos Tavares, presidente mundial do Grupo PSA, declarou que os lançamentos dos últimos tempos contribuíram para o bom desempenho da companhia: “O Grupo PSA bateu recordes em termos de resultados graças a nossos clientes, responsáveis pelo sucesso de nossos últimos lançamentos”.

O faturamento da divisão automotiva foi de € 19 bilhões 887 milhões, também em alta, de 3,6%, com relação ao primeiro semestre de 2016, principalmente devido aos novos modelos e à disciplina em matéria de preços da companhia. Com isso a margem operacional corrente da divisão automotiva foi de 7,3% graças ao resultado operacional corrente de € 1 bilhão 442 milhões, em alta de 10,7%.

Já o resultado líquido consolidado do grupo fechou em € 1 bilhão 474 milhões de janeiro a junho, aumento de € 91 milhões. O fluxo de caixa livre das atividades industriais e comerciais foi de € 1 bilhão 116 milhões, sustentado pela melhoria da margem bruta de autofinanciamento.

O desempenho no semestre levou a empresa a manter as projeções para o ano anunciadas em janeiro. Para 2017 o grupo projeta crescimento de cerca de 3% do mercado automotivo na Europa, e de 5% na China, na América Latina e na Rússia. Na América Latina a fabricante manteve fatia de 3,9% de mercado registrada em 2016 na Argentina, Brasil, Chile e México.

No fim de junho o resultado líquido consolidado do Grupo PSA fechou em € 1 bilhão 474 milhões no primeiro semestre, alta de € 91 milhões, apesar do impacto negativo das operações na China, o que fez com que a empresa perdesse mercado: caiu de 2,2%, em 2016, para 1,1%. O nível total dos estoques era de 374 mil veículos na operação global, apresentando uma redução de 25 mil veículos em comparação com o primeiro semestre de 2016.

Ka salva lavoura Ford na América do Sul

As vendas do modelo Ka foram responsáveis pelo aumento do faturamento e da fatia de mercado da Ford na América do Sul no segundo trimestre. De acordo com balanço divulgado na quarta-feira, 26, os negócios na região geraram receita de US$ 1,5 bilhão, 18% maior do que a de mesmo período do ano passado. O desempenho garantiu à fabricante participação de 9,2% do mercado, um ganho de 0.5 ponto porcentual.

De abril a junho foram vendidos 93 mil veículos na região. O salto nas vendas, de 12%, fez a empresa manter a expectativa de diminuir o prejuízo registrado no ano passado. No balanço divulgado a empresa indica, também, que a “recuperação da economia” contribuiu para a manutenção da projeção.

Na América do Norte, maior mercado da companhia, o faturamento foi de US$ 24,5 bilhões no segundo trimestre, o que representa US$ 700 milhões a mais do que no mesmo período de 2016. Mesmo com o aumento da receita a empresa acredita que o lucro de 2017 será menor do que o registrado no ano passado. Aumento dos custos das commodities e despesas com engenharia – desenvolvimento de carros autônomos – também contribuem para o cenário.

Na Europa a empresa informou que registrou o nono lucro trimestral positivo, o que a fez reverter o prejuízo anotado no segundo trimestre do ano passado. A receita no período foi de US$ 7,1 bilhões. A empresa considera que o desempenho poderia ser maior não fossem os efeitos provocados pelo Brexit. O aumento no faturamento aconteceu, de acordo com a companhia, por causa das receitas obtidas com as vendas dos modelos Ka e Kuga e pelos serviços de compartilhamento.

No cenário global a Ford registrou faturamento de US$ 39 bilhões 853 milhões com venda de veículos e serviços financeiros para o setor, no segundo trimestre. O valor indica crescimento de 0,9% sobre o faturamento registrado em igual período de 2016. No semestre as receitas totais da companhia atingiram US$ 78 bilhões 999 milhões, 2,3% a mais do que no primeiro semestre do ano passado.

GM fatura 43% a mais na América do Sul

A operação da General Motors na América do Sul viu seu faturmento crescer mais de 40% no primeiro semestre. De acordo com o balanço divulgado pela companhia, a receita foi de US$ 4 bilhões 257 milhões, 42,7% a mais do que no primeiro semestre do ano passado. Segundo o balanço a operação cresceu 13% no semestre puxado pelo seu desempenho no Brasil. Com 302 mil veículos vendidos na região de janeiro a junho a GM conquistou fatia de 15,9% do mercado.

 

Com esse desempenho, ela conseguiu melhorar seu caixa na região: saiu de um prejuízo de US$ 182 milhões nos seis meses de 2016 para US$ 142 milhões de janeiro a junho deste ano.  

 

No mundo o cenário do semestre foi de lucro: US$ 5 bilhões 107 milhões, resultado 8,5% maior do que o registrado em janeiro-junho do ano passado. Já o faturamento foi de US$ 74 bilhões 250 milhões no semestre, incluindo os negócios automotivos e financeiros.

 

O volume da receita é 5,5% maior do que o registrado no janeiro a junho do ano passado. O comunicado divulgado pela companhia apontou que a alta no faturamento ocorreu em função do desempenho das vendas na América do Norte, mercado no qual a vende veículos com maior margem de lucro, como picapes e utilitários.

Itaú Unibanco amplia ferramentas para vendas e financiamentos

O Itaú Unibanco lançou quatro produtos para consumidores e concessionárias no 27º Congresso & Expo Fenabrave, aberto em São Paulo na terça-feira, 8. Para 2017 a expectativa do banco é aumentar em até 5% os financiamentos de veículos novos e em até 15% os financiamentos de veículos usados, de acordo com seu diretor, Rodnei Bernardino. Só no primeiro semestre os financiamentos cresceram 6,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, movimentando coisa de R$ 4,6 bilhões.

“Acreditamos na retomada do setor automotivo e estamos fazendo investimentos em tecnologias, produtos e serviços para nos aproximar das concessionárias e dos consumidores.”

Segundo Bernardino o mercado de financiamento atual se divide em 50% de veículos novos e 50% de usados. No boom da venda de veículos, em 2013, o perfil era outro: 70% contra 30%, na mesma ordem.

Para facilitar o financiamento o sistema digital Credline, para a venda de veículos em lojas e concessionárias, foi reformulado. A plataforma ganhou novas funcionalidades como o acompanhamento em tempo real das propostas e o envio de documentos por um único canal de forma mais simplificada: “A ferramenta necessita apenas da CNH do consumidor. Nossa proposta é tornar ágil o processo para que o lojista não perca a venda. O contrato será assinado em, no máximo, meia hora, inclusive aos sábados”.

Já a pré-contratação digital, serviço desenvolvido pelo Itaú e pela plataforma digital iCarros, também foi tornada mais ágil. O cliente consulta o carro desejado e obtém a análise de crédito, sendo que o preço é fornecido pelo banco de acordo com o perfil. A melhoria na ferramenta, argumenta o diretor, reverte em vendas para a cadeia automotiva: “Hoje o iCarros, que funciona como um site de classificados, reúne oito mil lojistas. Nosso objetivo é dobrar esse número nos próximos três anos”.

Outra novidade é a parceria do iCarros com a Kelley Blue Book, plataforma líder para cotações e informações de/sobre automóveis. A ferramenta, que entrará em operação em outubro, permitirá ao consumidor identificar todas as variações do preço de um carro, tanto na compra quanto na venda.

O banco também aposta no financiamento de acessórios e de serviços em até 10% do valor do carro, custos como peças, despachante, revisão programada, manutenção.

 

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Festa política: Congresso Fenabrave apoia reformas.

A aprovação das reformas trabalhista, previdenciária, tributária e política foi o assunto principal na mesa de abertura do 27º Congresso & Expo Fenabrave, na terça-feira, 8, em São Paulo, no Transamérica Expo. Seu tema é Confiança. É Preciso Acreditar para Vencer.

O presidente da República ressaltou as reformas realizadas nos seus catorze meses de governo:

“Conseguimos aprovar a reforma trabalhista com diálogo construtivo dos empresários com os sindicatos. É imperioso fazer a reforma da Previdência, cujo déficit, este ano, é de R$ 134 bilhões. No ano que vem será de R$ 205 bilhões. Caso contrário virá ano em que só teremos dinheiro para pagar funcionários públicos e pensões previdenciárias”.

Ele também destacou a importância da realização das reformas tributárias e política:

“Estamos reformulando o Brasil. Em nosso início de governo propusemos o teto para os gastos públicos, algo que nunca foi feito. Este é um governo reformista que busca colocar o País nos trilhos. É fundamental ter confiança no País. No tocante ao setor automotivo é preciso continuar o trabalho que estamos fazendo, não só por palavras mas com ações otimistas”.

Para Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, a escolha do tema do congresso coincide com a recuperação de confiança no setor, após a crise provocar o fechamento de mais de 1,8 mil concessionárias de veículos nos últimos anos:

“Nosso setor declara apoio total às reformas necessárias ao País. A Fenabrave já apresentou projetos que podem desenvolver ainda mais o setor, como a Lei de Retomada de Veículos Inadimplentes, o Renave e o Programa de Sustentabilidade Veicular”.

Também presente à mesa de abertura o governador do Estado de São Paulo destacou a recuperação dos indicadores do setor automotivo: “Contem conosco para ajudar na aprovação das reformas para a retomada do crescimento econômico e dos postos de emprego. Nosso Estado já tem o programa Pró-Veículo, cujo objetivo é a utilização de créditos do ICMS para desenvolver a indústria automotiva. E nós deveremos ser o primeiro Estado a assinar o Renave”.

Também presente o presidente da Câmara dos Deputados reforçou o coro pelas reformas: “O setor produtivo sofre de forma absurda a tributação no Brasil, que talvez seja a maior do mundo. Nosso desafio é reduzir o tamanho do Estado para aumentar a produção e gerar emprego para a população. O setor automotivo poderá gerar ainda mais empregos. O coração de todas as reformas é a Previdência: não para tirar os direitos do trabalhador mas, porque, precisamos acabar com os privilégios, tanto no setor público como no privado”.

Além das reformas o programa Rota 2030 trará benefícios ao setor com a renovação da frota, de acordo com Antônio Megale, presidente da Anfavea: “Trabalhamos em contato com vários ministérios para transformar o Brasil num dos cinco maiores mercados automotivos do mundo. O programa trará competitividade, colocando nossos produtos em níveis mundiais para exportação”.

O congresso termina na quarta-feira, 9.

 

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Venda de implementos ainda em queda: 17,95%.

O volume de implementos rodoviários emplacado de janeiro a julho foi 17,95% abaixo do total vendido ao mercado na comparação com o mesmo período do ano passado. A indústria entregou 30 mil 712 unidades ante 37 mil 430 unidades, segundo dados divulgados pela Anfir.

O setor aposta que o segundo semestre será capaz de reverter a queda nas vendas do ano, de acordo com Mário Rinaldi, diretor executivo da Anfir. “Os números ainda estão negativos, mas percebemos uma leve retomada a cada mês. Se mantivermos esse volume de vendas fecharemos o ano com crescimento em torno de 5% com relação ao ano passado”.

Este ano a expectativa de alta para o PIB, após dois anos de queda consecutiva, também deve ser positiva para o setor de transporte: “O aumento de 1% no PIB reflete em cerca de 5% de crescimento para o nosso setor. Nosso ritmo de negócios também poderia crescer se tivéssemos mais investimentos em infraestrutura”.

A leve melhora, segundo ele, foi impulsionada pela comercialização de implementos rodoviários com aplicações no agronegócio, ancorada na safra recorde de grãos, como graneleiros, basculantes, canavieiros e baús frigoríficos.

 

Mercado – O mercado de reboques e semirreboques apresentou queda de 12,19% nos primeiros sete meses do ano. No período 12 mil 912 unidades foram emplacadas frente a 14 mil 704 no mesmo período do ano passado. Cinco segmentos apresentaram variação positiva: baús para carga geral, transporte de toras, baús frigoríficos, baús lonados e tanque de alumínio.

Já no mercado de carrocerias sobre chassis a retração foi de 21,68% de janeiro a julho, com o emplacamento de 17,8 mil unidades contra 22 mil 726 na comparação com o mesmo período de 2016. Como este mercado está ligado à distribuição de mercadorias nos centros urbanos a recuperação deve demorar, pois depende do aumento de consumo nas cidades, disse Rinaldi.

 

Crédito da Foto: M. Scalco, Edevaldo Tadeu e Studio Turtle / Divulgação