Michelin foca nos superesportivos

Com o lançamento do pneu Pilot Sport4 S, o foco da Michelin se volta para o segmento de veículos superesportivos. Mesmo com a crise no setor automotivo, este nicho está em franco crescimento, de acordo com Ruy Ferreira, diretor comercial da Michelin América Latina. “O segmento de superesportivos apresenta crescimento duas vezes mais rápido do que os veículos de entrada no Brasil e nos demais países da América Latina”.
Produzido nas fábricas da Michelin na França, Alemanha e Estados Unidos, o pneu será importado para o mercado sul-americano, até porque os modelos superesportivos também não são produzidos no Brasil. Os veículos que já são equipados com o pneu são Ferrari GTC4LUSSO 2017, Mercedes AMG Classe E E63 2017, Mercedes AMG Classe E E43 2017 e os modelos Porsche Boxster, Panamera 2016 e 718 Cayman.

Segundo Ferreira, o mercado brasileiro de pneus de passeio e caminhonetes fechou o primeiro semestre com aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, puxado pelos pneus importados. Por sua vez, ainda segundo Ferreira, os fabricantes nacionais tiveram redução de 3% nas suas vendas nesse período.

As fábricas de Resende e Campo Grande, ambas no Rio de Janeiro, mantiveram a capacidade de produção mesmo com a queda nas vendas de veículos, compensada pelo aumento nas vendas para o mercado de reposição. A capacidade de produção da unidade de Resende é de 41 mil 800 toneladas de pneus por ano enquanto que em Campo Grande é de 144 mil 700 toneladas.
“No Brasil, o mercado de equipamentos originais, incluindo todas as fabricantes, gira em torno de 14 milhões de pneus. Já o mercado de reposição atinge 38 milhões de pneus. Ou seja, o mercado de peças originais é quase um terço do de reposição”, diz Ferreira. O executivo também acredita que o consumidor prefere comprar itens de série da mesma marca do veículo.

Com o Pilot Sport4 S, a empresa mantém a estratégia de lançar um pneu por ano desde 2012. O modelo XM2, voltado para veículos de entrada, o Primacy 3, para sedãs médios, e o LTX Force, para caminhonetes e SUV, são fabricados no Brasil. “O número maior de produtos no nosso portfolio aumenta as chances de atingir o consumidor.” Daqui, eles são exportados para a América do Sul, bem como para países das américas Central e do Norte, como México, Panamá, Costa Rica, Guatemala, El Salvador, República Dominicana.

Outra tática da empresa é vender pneus originais para os veículos mais comercializados das montadoras instaladas no Brasil como Toyota Corolla, Honda HR-V e Peugeot 208.

Isenta a importação de robôs industriais

O governo publicou um decreto que zera o Imposto de Importação, II, para máquinas e equipamentos industriais sem produção no Brasil. A medida, publicada nesta quinta-feira, 17 foi proposta pela Camex, Câmara de Comércio Exterior, e beneficiará quase cinco mil produtos. Os 4 mil 903 itens importados que anteriormente estavam com alíquota de 2%, estão robôs industriais para indústria automotiva e motores marítimos a diesel.

A medida cria um cenário favorável à aquisição destes equipamentos que são aplicados em linhas de montagem das fabricantes de veículos. Os processos descritos no texto da medida incluem robôs para estampagem e punção de portas, capô e tampas traseiras. Para Armando Carvalho, diretor de compras da FCA, zerar o imposto incentiva a indústria a investir na modernização de suas linhas: “São equipamentos importados que têm um alto valor agregado no processo de produção de uma carroceria. Assim, a medida representa um horizonte favorável para aumentar a automação e qualidade dos veículos produzidos aqui”.

Segundo dados de uma pesquisa divulgada durante o Fórum Econômico Mundial, em janeiro deste ano, indicam que o Brasil está na 81ª posição em um ranking de competitividade que conta com 138 países. Enquanto o nosso parque industrial conta com 10 robôs para cada 10 mil funcionários, a Coreia do Sul, líder do índice, soma 478.

Zerar a tributação desses equipamentos pavimenta o caminho das montadoras para a fabricação de novos veículos no País, disse Cassio Scarpi, gerente da área de serviços do departamento de robótica da ABB, empresa que já instalou no País 5 mil robôs, 70% deles em companhias do setor automotivo:

“A maioria dos lançamentos que estão sendo feitos demandou das fabricantes a aquisição de robôs novos. Esperamos para 2018 mais anúncios de veículos nacionais, e a medida de zerar o imposto de importação acelera o processo de instalação aqui”. A ABB mantém no Brasil áreas de desenvolvimento e manutenção em robótica e importa seus robôs das fábricas instaladas na Europa.

A proposta foi apresentada pelo titular do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, MDIC, na última reunião da Camex, no dia 15 de agosto, e foi aprovada por unanimidade pelo conselho de ministros. Ela passa a valer a partir desta quinta-feira com a publicação da resolução no Diário Oficial da União. Do total de 4 mil 903 itens, 4 mil 552 referem-se à bens de capital e 351 são bens de informática e telecomunicações. A nova regra vale apenas para as máquinas e equipamentos que não tiverem sido internalizados. As novas listas de produtos isentos do imposto de importação já virão com a alíquota reduzida de 2% para 0%.

Crise impulsiona surgimento de startups brasileiras do setor automotivo

Uma pesquisa com cinco mil startups de todo o País mapeou as 193 startups brasileiras que estão inovando no segmento automotivo. Elas foram divididas em 22 categorias, sendo que 28% investem na área de logística e transporte, 27% em recursos para mobilidade, 23% em tecnologia automotiva e 22% em tecnologia aplicada. O estudo Liga Insights AutoTech foi realizado pela Liga Ventures, empresa especializada em gerar a intermediação de negócios das startups e grandes empresas como Mercedes-Benz, Michelin e Eaton.

Mais da metade das startups brasileiras nasceram nos últimos dois anos, impulsionadas por criar novas oportunidades diante da crise econômica, de acordo com Raphael Augusto, startup hunter da Liga Ventures: “Muitas empresas cortaram investimentos no setor de logística e transporte e tiveram que buscar soluções para seus negócios. As startups identificaram essas janelas de oportunidades e ofereceram alternativas. Como resultado, a empresa pode focar na sua área de atuação e diminuir despesas com transporte”.

Uma das áreas que apresenta maior número de startups é a de mobilidade, em que atuam empresas de compartilhamento de veículos ou car sharing, como o aplicativo de transporte de passageiros 99. A novidade é o compartilhamento de veículos para o transporte de carga, que varia de acordo com o perfil do frete, podendo ser de bicicleta, moto, furgão para pequenas distâncias nos centros urbanos até caminhões para percursos mais longos. Um exemplo é a Truckpad, especializada no transporte de carga pesada e que conta com mais de 300 mil caminhoneiros autônomos cadastrados de todo o Brasil.

A automação também apresenta forte tendência de crescimento com tecnologias que permitem o monitoramento da frota e o comportamento dos motoristas, como esclarece Rogério Tamassia, fundador e diretor da Liga Ventures: “A Keycar é uma startup de Santos, SP, que criou soluções para acessar o veículo diretamente do celular como abrir e fechar as portar, acionar o ar condicionado e cortar combustível”.

Desemprego atinge 13,5 milhões de pessoas no País

A taxa de desemprego no Brasil, no 2º trimestre de 2017, foi estimada em 13%, o que representa 13,5 milhões de pessoas sem ocupação. Este indicador apresentou queda de 0,7 pp com relação ao trimestre anterior, 13,7%. Quando comparada com o 2º trimestre de 2016,11,3%, a taxa aumentou 1,7 ponto porcentual. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, Pnad Contínua, relativa a abril, maio e junho, divulgada pelo IBGE.

A subutilização da força de trabalho recuou de 24,1% no primeiro trimestre de 2017 para 23,8% no segundo trimestre. O resultado equivale a dizer que faltava trabalho para 26,3 milhões de pessoas no País no período. No primeiro trimestre, eram 26,5 milhões nessa condição. Embora tenha recuado o total de desocupados, houve aumento no montante de trabalhadores subocupados.

Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, “nos estados onde houve aumento da desocupação não foram geradas vagas suficientes para dar conta do crescimento da procura pelo emprego”.

De acordo com a pesquisa, houve quedas em todas as grandes regiões. A exceção foi o Nordeste onde, embora tenha havido retração de 16,3% para 15,8%, técnicos consideram que há estabilidade. Na região Norte a taxa de desocupação caiu de 14,2% para 12,5% e Centro-Oeste, com recuo de 12% para 10,6%.

Os dados indicam que o desemprego no Sudeste passou de 14,2% para 13,6%, e no Sul, de 9,3% para 8,4%.

Já a taxa de rendimento médio real de todos os trabalhos fechou o segundo trimestre em R$ 2 mil 104, enquanto a massa de rendimento médio real ficou estável em R$ 185,1 bilhões.

Consórcios caem no gosto do cliente

As vendas de novas cotas para consórcio de veículos, que inclui carros, caminhões, motos e máquinas agrícolas, aumentaram 7,4% no primeiro semestre deste ano com relação ao mesmo período do ano passado. O número de novos consorciados cresceu de 896,6 mil para 963,2 mil. Como consequência, o volume de créditos comercializados pulou 21,5%, de R$ 23,5 bilhões para R$ 28,5 bilhões. Os dados foram divulgados pela ABAC.

As baixas taxas oferecidas pelo consórcio são um dos motivos que impulsionaram esse crescimento, acredita Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da entidade:

“Quanto maior o prazo do consórcio mais baixa será a prestação. A taxa de administração também é menor do que o financiamento em função do prazo. Há grupos de consórcios de automóveis com prazo de oitenta meses, de motos com 72 meses e de caminhões com cem meses”.

Outro motivo, disse Rossi, é que o consumidor está controlando seu orçamento por causa da crise econômica, substituindo o imediatismo do consumo pelo planejamento financeiro, que é a essência do consórcio.

O número de contemplações diminuiu 10,6% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado, caindo de 627 mil para 560,4 mil. Consequentemente o volume de crédito disponibilizado diminuiu 5,1%, passando de R$ 16 bilhões 530 milhões para R$ 15 bilhões 680 milhões.

“O consorciado tem acesso ao crédito por sorteio ou por lance. Por causa da crise o consorciado não quer usar reserva financeira para fazer seu lance, o que influencia as contemplações e o volume de crédito ofertado.”

Leves e pesados – O número de novos consorciados para veículos leves cresceu 20,5% no primeiro semestre na comparação com igual período do ano anterior, pulando de 428,8 mil para 516,6 mil. No primeiro semestre o volume de créditos subiu 26,7%, de R$ 16 bilhões 98º milhões para R$ 21 bilhões 510 milhões.

O número de novos consorciados para veículos pesados também aumentou, 10,4%, no semestre, passando de 21 mil 30 para 23 mil 450 mil. O volume de créditos comercializados cresceu 12,3%, de R$ 3 bilhões 460 milhões para R$ 3 bilhões 8 milhões.

Com o fim do Finame, observou o presidente da Abac, o consórcio se tornou uma opção para ampliar ou renovar a frota de caminhões e máquinas agrícolas: “O consórcio é visto como uma forma de investimento, pois o bem será retirado depois de um prazo”.

O segmento de veículos representa a maior fatia do total de consórcios, que também inclui imóveis e eletrônicos. Do total de 6 milhões 930 mil de consorciados 6 milhões 6 mil são de veículos, o que corresponde a 87,4%.

 

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De olho na privatização das estradas

A diferença dos investimentos público e privado nas rodovias brasileiras é um dos pontos identificados pelo estudo Transporte Rodoviário: Desempenho do Setor, Infraestrutura e Investimentos, divulgado pela CNT, entidade empenhada na privatização das rodovias brasileiras. O estudo avaliou os investimentos de 2004 a 2016 e mostrou que os recursos privados, por quilômetro, representam mais do que o dobro dos públicos.

 

Em 2013 as concessionárias brasileiras investiram, por quilômetro, o maior valor no período: R$ 447 mil. Em 2016, houve redução, para R$ 354 mil 460. Ainda assim o valor é 122,1% maior do que o recebido pelas rodovias federais geridas pela União em 2016, R$ 159 mil 600/km.

 

Bruno Batista, diretor-executivo da CNT, disse que “esse é um bom parâmetro de comparação. Esse investimento das concessionárias faz com que o nível de qualidade seja significativamente superior ao das rodovias mantidas pelo poder público”.

 

Na edição de 2016 da Pesquisa CNT de Rodovias a extensão concessionada com estado geral classificado como ótimo ou bom foi de 78,7%. Nas federais, sob gestão pública, foi de 42,7%.

 

O novo estudo da CNT mostra que, desde a década de 1990, o País adotou a alternativa de participação da iniciativa privada no provimento da infraestrutura de transporte via concessões. De 2004 a 2016 foram investidos R$ 49 bilhões 960 milhões pelas concessionárias.

 

Só em 2016 o investimento privado foi de R$ 6 bilhões 750 milhões, em 19 mil 31 km. Nesse mesmo ano as rodovias públicas federais receberam R$ 8 bilhões 610 milhões para investir em mais do que o dobro da extensão, 53 mil 943 km. A análise evolutiva mostra que o volume anual de aportes acompanhou a expansão do programa de concessões rodoviárias. Apesar disso o valor investido – por quilômetro de rodovia concedida –, que apresentou incrementos consecutivos de 2004 a 2013, registrou retração de 2014 a 2016.

 

Segundo o estudo esse resultado se deve à crise econômica e às dificuldades enfrentadas pelas novas concessionárias. Uma delas: a pesquisa a CNT destaca o financiamento das obras devido às mudanças na política econômica governamental, principalmente do BNDES.

 

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Crescem as vendas da Volkswagen

As vendas da Volkswagen, nos primeiros sete meses do ano, atingiram 5,9 milhões de veículos no mundo todo, volume 1,3% maior do que o verificado no mesmo período do ano passado. Na América do Sul foram 260,2 mil unidades, com o Brasil respondendo por 63,6% desse total, com 165,6 mil. O volume foi 1,4% maior do que o registrado em idêntico semestre de 2016.

 

Na comparação mensal a VW vendeu, em julho, 820,9 mil unidades, 4,3% a mais do que em julho do ano passado. Na América do Sul, no mês, foram 44 mil unidades, 18,3% a mais do que em julho de 2016. No Brasil, maior mercado da empresa na região, foram vendidos 25,5 mil veículos.

 

Segundo Fred Kappler, diretor de vendas do Grupo Volkswagen, o desempenho das vendas na América do Sul, junto com o do mercado asiático, foi o responsável pelo crescimento das vendas global: “Tivemos um sólido início de segundo semestre nessas regiões. Queremos preservar e fortalecer a confiança de nossos clientes em nossos produtos”.

 

As vendas na Ásia somaram 2,3 milhões de unidades de janeiro a julho, queda de 1,5% na comparação com igual período do ano passado. Na comparação mensal a empresa aumentou suas vendas em 6,9%, totalizando 332,8 mil unidades na região: no seu maior mercado, a China, foram vendidas 309,1 mil unidades, alta de 8,1%.

 

Dividindo as vendas por marcas do grupo foram 3 milhões 402 mil veículos da Volkswagen, alta de 0,8%, 1 milhão 63,5 mil Audi, queda de 3,6%, 146 mil Porsche, mais 6,4%, Volkswagen Caminhões e Ônibus vendeu 286,8 mil, mais 5,3%, a MAN vendeu 61,9 mil, 6,7% mais, e a Scania 50,4 mil, 8,7% mais.

Mercedes-Benz dobra participação em vans

Em cinco anos a Mercedes-Benz mais do que dobrou sua participação no segmento de large vans com sua linha Sprinter – mesmo com a queda nas vendas totais de veículos no mercado brasileiro.

Em 2012 as vendas desse tipo de vans Mercedes-Benz atingiram 39 mil 215 unidades e a participação da empresa foi 14,9%, e de janeiro a julho deste ano chegaram a 9 mil 719 unidades e o market share é 32,9% – patamar que a empresa pretende manter até o fim do ano, segundo o diretor de vendas e de marketing de vans, Jefferson Ferrarez.

Mesmo com o crescimento da sua participação a Mercedes-Benz ocupa a vice-liderança no segmento de large vans. Hoje o Renault Master é o campeão de vendas, com 36% do mercado, seguido pela Mercedes-Benz Sprinter com 32,9%, pela Iveco Daily com 12,7% e pelo Fiat Ducato com 12,5%:

“Estamos 2 pontos porcentuais atrás da Renault, o que corresponde a cerca de trezentas unidades. Entendemos que a nossa estratégia está correta em oferecer tecnologia e conforto.”

Ferrarez acredita que as vendas de large vans serão impulsionadas pelo crescimento da urbanização. De 1997, ano do lançamento da Sprinter, a 2017 a população do País cresceu de 167,5 milhões para 207,7 milhões, de acordo com o IBGE. Como consequência a frota urbana circulante triplicou, passando de 20 milhões para 66 milhões. O uso das large vans se divide em 55% para transporte de passageiros e em 45% para o de cargas:

“Veículos menores são a melhor opção para operação logística nos centros urbanos porque são mais ágeis, confortáveis e econômicos em termos de combustível. E algumas cidades já aplicam restrição para veículos pesados, aumentando o transporte de cargas e pessoas”.

Uma novidade é que a Sprinter venceu a licitação de oitocentos furgões para transformação em UTIs móveis para atendimento no SAMU, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. O primeiro lote de 220 ambulâncias será entregue até setembro.

Estados – Os números de vendas da Sprinter obviamente variam conforme o Estado: no Maranhão sua participação é de 77,8%, em Minas Gerais de 28,0%, no Rio de Janeiro de 53,1%, e em São Paulo de 24,4%.

Essa diferença se justifica pelas variações no uso do veículo, segundo Ferrarez: no Nordeste o modelo é utilizado para transporte de pessoas para turismo, em São Paulo para transporte escolar, ambulâncias e unidades móveis de negócios como, por exemplo, food trucks:

“São Paulo é um mercado bastante competitivo, mas estamos desenvolvendo estratégias de crescimento. Nossa participação aumentou de 19% em 2016 para 24% em 2017”.

 

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Sprinter faz 20 anos e ganha série limitada

A Mercedes-Benz terá edição especial para comemorar os 20 anos da Sprinter no Brasil: a série, limitada a vinte unidades, será lançada na Fenatran, em São Paulo, em outubro. O Brasil é o quinto maior mercado da Sprinter no mundo, com 127 mil unidades comercializadas em vinte anos anos – no mundo, 3,3 milhões já foram negociadas.

A edição limitada é uma estratégia da empresa, de acordo com Jefferson Ferrarez, diretor de vendas e de marketing de vans: “Sabemos que será um sucesso, mas ainda estamos discutindo a ideia de aumentar a produção, pois a fábrica da Sprinter está localizada na Argentina”.

A fábrica, inaugurada há sessenta anos, exporta para Estados Unidos, Canadá e América Latina, com exceção do México, que importa da Mercedes-Benz da Alemanha. Segundo o diretor não há risco de a empresa ultrapassar o volume para importação e exportação de veículos, conforme prescreve o acordo automotivo com o Brasil. Se uma empresa ultrapassa esse limite recebe multa.

“Não corremos o menor risco porque o Brasil importa vans da Argentina, mas exporta caminhões e ônibus. E esse total é por valor. Por enquanto não pensamos em produzir vans no Brasil, pois já fabricamos caminhões, ônibus e automóveis.”

Modelo – A edição limitada contará com três modelos: chassi com cabina, com preço sugerido de R$ 127 mil, furgão street por R$ 148 mil, e van de passageiros por R$ 186 mil para veículo com quinze lugares e R$ 208 mil para veículo com vinte.

Os modelos ganharam itens de segurança inéditos como assistente de partida em rampa e câmera de ré. Desde 2012 os veículos da linha Sprinter dispõem de ESP, o programa eletrônico de estabilidade, que será uma exigência legal a partir de 2022 e cujo objetivo é ajudar o condutor a ter controle sobre o veículo.

A empresa tem investido em segurança e tecnologia, disse a gerente de projetos de vans Ana Paula Teixeira: “O painel é um verdadeiro computador a bordo, com funções como o alerta de desgaste de pastilhas de freio. Os novos modelos contam com 25 grandes funções de segurança, como a tecnologia exclusiva cross wind system, que permite que o veículo mantenha sua trajetória mesmo com uma forte rajada de vento”.

 

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Exportação da Toyota aumentará 14% este ano

Em um cenário de vendas em baixa a Toyota opera na contramão das demais fabricantes. Este ano sua produção deverá aumentar 2,5% na comparação com a do ano passado, puxada pela exportação, que crescerá 14%. Hoje a Toyota é a sétima maior empresa exportadora do Brasil.

Segundo Steve St. Angelo, CEO da Toyota para América Latina e Caribe e chairman da Toyota do Brasil e da Argentina, em 2017 50 mil carros serão exportados pela unidade brasileira, contra 44 mil em 2016. Deste total 42 mil terão seguido para a Argentina, sendo 60% do modelo Corolla e 40% do Etios.

Em 2014 a empresa começou a exportar para Paraguai e Uruguai e em 2016 para o Peru. Este ano iniciou exportações para Costa Rica e Honduras. A estimativa é iniciar o mesmo processo para a Colômbia ainda este ano, ancorado no fechamento de acordo comercial fechado pelos dois países em julho.

O Brasil também recebe quase metade dos veículos produzidos pela unidade Toyota da Argentina. Por lá a fábrica passou por remodelação, com investimento de US$ 800 milhões, o que está aumentando gradativamente a produção de 90 mil para 150 mil veículos/ano. Este ano a unidade argentina deve produzir 100 mil carros, sendo que 45 mil serão embarcados para o Brasil. Em novembro a fábrica começará a produzir a Innova, uma minivan de oito lugares para o mercado argentino.

Não há uma fórmula mágica para o bom desempenho da empresa, reconheceu St. Angelo: “Não temos uma receita. Buscamos um crescimento sustentável com a certeza de que nossos clientes estão satisfeitos Não é fácil ser lucrativo no Brasil. Para cada projeto desenvolvemos um plano de negócios para aumentar nosso desempenho”.

De forma gradual a companhia mais do que dobrou seu market share no mercado brasileiro em cinco anos, passando de 3,2% em 2012 para 8,9% agora.

A Toyota lidera as vendas no segmento de híbridos com o modelo Prius – de janeiro a junho as vendas do Prius cresceram 460% na comparação com o mesmo período do ano passado: “Na América Latina o volume é baixo porque as pessoas ainda estão tomando consciência dos benefícios dos veículos híbridos para o meio ambiente e para o consumo de combustível. Pois, diferentemente dos veículos elétricos, os híbridos não precisam de uma infraestrutura para o carregamento da bateria”

Centro de visitantes – A Toyota inaugurou na sexta-feira, 11, seu Centro de Visitas na fábrica de São Bernardo do Campo, SP. O espaço faz parte do projeto São Bernardo ReBorn, iniciado em 2015, que totalizou investimento de R$ 70 milhões na revitalização da unidade, inaugurada em 1962 – é a primeira fora do Japão.

Com investimento de R$ 5 milhões o espaço de 750 m² levará os participantes a uma viagem pela história da empresa por meio de uma linha do tempo interativa. O local expõe veículos icônicos como o jipe Bandeirante e uma unidade da primeira geração do Corolla produzido em 1968, um simulador de direção do Prius e um auditório para cem pessoas. O local, que contará com visitas monitoradas, será aberto ao público em janeiro de 2018.

 

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