Indústria de ferramentaria pode receber os créditos de ICMS

A Anfavea em conjunto com a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (Abinfer), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, assinaram um protocolo de intenções para a utilização dos créditos acumulados do ICMS no Estado de São Paulo para fomentar a indústria de ferramentaria, ligada ao setor automotivo.

Segundo Antônio Megale, presidente da Anfavea, foi criado um consórcio e com isso um documento que apoia a viabilização de regime especial para recuperação e capacitação da indústria de ferramentaria estadual.

Megale acrescentou que as montadoras poderão usar os créditos para a aquisição de bens de ferramentaria e equipamentos: “Isso vai estimular essa indústria, que nos últimos anos, reduziu sua capacidade e demitiu muito. Perderam competitividade”. Os recursos acumulados do ICMS são da ordem de R$ 5 bilhões.

Os créditos são acumulados quando as fabricantes compram autopeças de empresas do estado e, para isso, pagam a alíquota de 18% do ICMS. Quando vendem o produto acabado é cobrada uma taxa de 12% do imposto. Já nas exportações o ICMS não é cobrado: “Com a alta nas exportações nesse ano, o crédito do imposto aumentou muito. Usar esses recursos dessa forma é uma alternativa para recuperar a indústria de ferramentaria”.

Agora, a demanda será levada ao governo de São Paulo para colocar em prática a iniciativa: “Mas, não acredito que os recursos sejam liberados ainda este ano. Leva-se tempo para esse processo”.

Aumentam as vendas no México

As vendas de automóveis no México, segundo maior parceiro comercial do Brasil na região, atingiram 865 mil 161 unidades de janeiro a julho, segundo dados divulgados pela Amia, a associação dos fabricantes do país. O volume representa alta de 1,4% sobre o volume obtido no mesmo período de 2016. Em julho foram vendidas 122 mil 110 unidades, queda de 7,3% com relação a julho do ano passado.

A Nissan foi a empresa que mais vendeu no período: seus veículos representaram 24,5% das vendas nos sete meses do ano, 211 mil 832 veículos, queda de 1,1% na comparação com o volume vendido no ano passado, 214 mil 138. Apenas em julho vendeu 28 mil 267 unidades, queda de 14,9% na comparação com o volume de julho do ano passado, quando vendeu 33 mil 201.

Na sequência a General Motors ficou com fatia de 16,5% das vendas: foram 142 mil 943 veículos, recuo de 10,5% na comparação com as vendas dos primeiros sete meses do ano passado, quando foram vendidas 159 mil 733 unidades. Em julho vendeu 19 mil 693, 21,7% a menos do que em julho do ano passado.

Volkswagen, 15,8%, Toyota, 6,8%, e FCA, 6,6%, fecham o grupo das cinco empresas que tiveram maior volume de vendas no México.

Fôlego para o segmento de caminhões

A produção de caminhões segue acelerada. Nos sete meses, o crescimento foi de 19%, chegando a 43 mil 223 unidades. Na comparação com julho de 2016, a alta foi 41,5% passando de 5 mil 91 para 7 mil 202. Boa parte do crescimento na produção deve-se à exportação, que aumentou 47,4% no acumulado de janeiro a julho deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 11 mil 256 unidades para 16 mil 588 unidades.

A Argentina é o principal destino dos caminhões fabricados no Brasil, respondendo por 60% das exportações. Na sequência estão Chile com 12%, Peru com 8%, África do Sul com 4% e Colômbia com 4%. As exportações também têm aumentado para a África, Oriente Médio e Rússia.

Já as vendas continuam em queda, embora o desempenho tenha melhorado com relação ao início do ano. No mês, foram comercializadas 4 mil 535 unidades, o que representa declínio de 3,2% no comparativo ao mesmo mês de 2016. Já no acumulado de janeiro a julho, os licenciamentos atingiram 25 mil 990 caminhões, o que representa queda de 14,1% frente às 30 mil 272 unidades.

A cada mês, o segmento apresenta uma leve melhora, de acordo com Luiz Carlos de Moraes, vice-presidente da Anfavea: “A queda das vendas no acumulado do ano é de 14,1%, metade da verificada durante o ano de 2016, quando atingiu 30,6%. Esperamos uma recuperação no segundo semestre com crescimento de 3% a 6%”.

Ociosidade – A alta da produção, porém, não conseguiu baixar a taxa de ociosidade nas fábricas que hoje ultrapassa 70%. Para Antônio Megale, presidente da Anfavea, o segmento será impulsionado pelas iniciativas da Rota 2030, que promoverá a renovação da frota, de olho na diminuição da emissão de poluentes:

“As emissões de um caminhão Euro 0 equivale a cerca de 40 caminhões Euro 5. O custo operacional é o maior gasto nos caminhões. Um veículo que precisa ser constantemente reparado gera um custo grande e afeta a competitividade da empresa”.

Ônibus – A venda de ônibus caiu 16,9% no acumulado de janeiro a julho. No período foram comercializadas 6 mil 139 unidades ante 7 mil 384 unidades no mesmo período do ano passado. Moraes, da Anfavea, disse que a expectativa do segmento é a venda que pode ser gerada com a licitação de ônibus urbanos na cidade de São Paulo:

“É a maior frota do País. Essa licitação deve ocorrer em agosto e esperamos que comecemos a entregar os ônibus já neste ano. São 4 mil veículos que serão comprados. Será um bom negócio para o segmento”. A frota da capital paulista é de 14,7 mil ônibus.

Já a produção cresceu 12,9% nos sete primeiros meses do ano ante o mesmo período do ano passado, passando de 10 mil 874 unidades para 12 mil 273 unidades. Já as exportações caíram 0,4% na comparação de janeiro a julho de 2016 e 2017, caindo de 4 mil 904 unidades para 4 mil 8885 unidades.

Venda cresce 3,4% e caminha para recuperação

De janeiro a julho deste ano foram emplacados 1 milhão 204 mil 260 veículos no País, a uma média diária de 9 mil veículos, apontaram dados da Anfavea divulgados na sexta-feira, 4. A quantidade de licenciamentos foi 3,4% maior do que a verificada no mesmo período em 2016. Para a entidade, o desempenho traduz a confirmação da retomada das vendas de automóveis e diminuição das perdas no segmento de caminhões.

Os emplacamentos de veículos leves, categoria que engloba automóveis e comerciais leves, totalizaram 1 milhão 172 mil 131 unidades no acumulado dos meses deste ano, 4% mais do que o volume registrado no mesmo período do ano passado. De acordo com Antônio Megale, presidente da Anfavea, os licenciamentos de janeiro a julho ocorreram de maneira uniforme pelo país, ou seja, o volume médio de licenciamentos foi considerado pela entidade similar em várias regiões: “Verificamos que as compras não se concentraram nos grandes centros, mas se espalharam em proporção similar em outras regiões, e isso é positivo para o setor”.

Dados da Anfavea mostraram que, em janeiro, houve crescimento dos emplacamentos em dois dos 27 estados do País, Minas Gerais e Rondônia. Em julho, 16 estados mostraram crescimento positivo, enquanto que 11 ainda se encontram em uma zona, dita pela entidade, de retração.

Importados – A participação dos veículos importados no volume de emplacamentos feitos no País nos sete meses do ano atingiu 11%, menor parcela dos últimos três anos. Para Megale, a diminuição da parcela destes veículos é resultado do Inovar-Auto e consequente construção de fábricas no Brasil. Fora esse dois fatores, ele creditou também a fatia menor à elevação de patamar do carro nacional em termos de qualidade na comparação com o importado.

Megale disse que a tendência para os próximos anos é de que a quantidade de importados nos emplacamentos seja de 15% ou 20%, o que ele considera o ideal para o setor automotivo brasileiro: “Nos próximos anos haverá o período de maturação dos investimentos feitos na Argentina, e então o Brasil passará a importar mais veículos daquele país. É um nível de importação considerado saudável”.

Produção de máquinas agrícolas cresce 35,2% no ano

A safra recorde continua dando frutos para o setor de máquinas agrícolas. A produção de equipamentos cresceu 35,2% no acumulado deste ano, quando foram fabricadas 34 mil 420 unidades frente às 25 mil 459 unidades do mesmo período do ano passado. Os números também são favoráveis na comparação da produção de julho de 2016 e julho de 2017, com alta de 13%, subindo de 4 mil 978 unidades para 5 mil 625 unidades.

Para Antônio Megale, presidente da Anfavea, os bons ventos devem continuar no segundo semestre, mesmo com o período de entressafra: “O crescimento irá permanecer nos próximos meses, pois as expectativas são positivas do ponto de vista climático”.

As exportações têm forte parcela de responsabilidade no aumento da produção. As vendas para o mercado externo aumentaram 40,9% nos sete meses de 2017 com relação ao mesmo intervalo de 2016, quando passaram de 5 mil 221 unidades para 7 mil 357 unidades. Ao comparar os meses de julho de 2016 e 2017, as exportações subiram 75,9%, passando de 755 equipamentos para 1 mil 328.

A maioria das exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias, 28%, segue rumo aos Estados Unidos, seguido pela Argentina com 20%, Chile com 5%, Peru com 4% e México com 3%. A Argentina, que também vive um momento favorável no agronegócio, tem aumentando a compra de equipamentos brasileiros:

“Na Argentina, a safra também será recorde, acima de 140 milhões de toneladas. O país está incentivando a produção agrícola comprando nossas máquinas que apresentam alto nível de tecnologia”.

Vendas internas – As vendas no mercado interno subiram 17,1% no acumulado do ano. De janeiro a julho de 2017, foram vendidas 25 mil 244 unidades ante 21 mil 554 unidades comercializadas no mesmo período do ano anterior. Já na comparação de julho de 2016 e julho de 2017, as vendas diminuíram 2,6%, caindo de 4 mil 42 unidades para 3 mil 935 unidades.

No acumulado deste ano, o maior destaque das vendas foram os tratores de rodas, cujas vendas cresceram 21% nos sete meses do ano quando foram comercializadas 21 mil 547 unidades frente às 17 mil 814 unidades em igual período do ano passado.

Cavalgada e documentário marcam os 88 anos de Raul Randon

Um dos empresários com mais tempo de trabalho ainda na ativa em Caxias do Sul, RS, o fundador e atual presidente do Conselho de Administração das Empresas Randon, Raul Randon, completou 88 anos de vida no domingo, 6. A data teve dois momentos públicos de comemoração.

No sábado, 5, o empresário participa da 10ª edição da cavalgada que leva o seu nome. Com fortes laços ligados à tradição gaúcha, Raul Randon percorreu dezoito quilômetros sobre uma carreta puxada por cavalos, acompanhado pelos integrantes do Centro de Traições Gaúchas Os Carreteiros. A cavalgada saiu no Galpão da Brigada Militar, na Universidade de Caxias do Sul, e terminou na sede campestre da Associação Empresas Randon, onde ocorreu a benção dos cavaleiros e foi servido típico almoço gaúcho.

Documentário – Viver e Acreditar. Este é o nome do documentário sobre a trajetória de Raul Randon a ser lançado para convidados nos dias 7 e 9 de agosto, no cinema do Shopping Iguatemi, em Caxias do Sul. Com 1h de duração, o documentário traz o depoimento do próprio Raul Randon, da esposa Nilva D’Agostini Randon, dos cinco filhos, do primeiro funcionário e do primeiro cliente, e de outras pessoas que acompanharam sua trajetória.

A iniciativa retrata o início da infância em Tangará, SC, até os tempos atuais. Em seu depoimento, Randon se diz realizado ao ver as empresas saudáveis, enfrentando as crises, se renovando e com o olhar sempre à frente em busca de oportunidades.

O documentário segue o roteiro baseado na bibliografia Os Olhos de Quem Vê, de 2009, de autoria de Charles Tonet, Diogo Osório Coelho e Tânia Maria Zardo Tonet. Ele passa a integrar o Memorial Randon, que conta com rico acervo mostrando a trajetória das empresas Randon e seu desenvolvimento em paralelo com a industrialização brasileira.

Venda de implementos ainda em queda: 17,95%.

O volume de implementos rodoviários emplacado de janeiro a julho foi 17,95% abaixo do total vendido ao mercado na comparação com o mesmo período do ano passado. A indústria entregou 30 mil 712 unidades ante 37 mil 430 unidades, segundo dados divulgados pela Anfir.

O setor aposta que o segundo semestre será capaz de reverter a queda nas vendas do ano, de acordo com Mário Rinaldi, diretor executivo da Anfir. “Os números ainda estão negativos, mas percebemos uma leve retomada a cada mês. Se mantivermos esse volume de vendas fecharemos o ano com crescimento em torno de 5% com relação ao ano passado”.

Este ano a expectativa de alta para o PIB, após dois anos de queda consecutiva, também deve ser positiva para o setor de transporte: “O aumento de 1% no PIB reflete em cerca de 5% de crescimento para o nosso setor. Nosso ritmo de negócios também poderia crescer se tivéssemos mais investimentos em infraestrutura”.

A leve melhora, segundo ele, foi impulsionada pela comercialização de implementos rodoviários com aplicações no agronegócio, ancorada na safra recorde de grãos, como graneleiros, basculantes, canavieiros e baús frigoríficos.

Mercado – O mercado de reboques e semirreboques apresentou queda de 12,19% nos primeiros sete meses do ano. No período 12 mil 912 unidades foram emplacadas frente a 14 mil 704 no mesmo período do ano passado. Cinco segmentos apresentaram variação positiva: baús para carga geral, transporte de toras, baús frigoríficos, baús lonados e tanque de alumínio.

Já no mercado de carrocerias sobre chassis a retração foi de 21,68% de janeiro a julho, com o emplacamento de 17,8 mil unidades contra 22 mil 726 na comparação com o mesmo período de 2016. Como este mercado está ligado à distribuição de mercadorias nos centros urbanos a recuperação deve demorar, pois depende do aumento de consumo nas cidades, disse Rinaldi.

BorgWarner investe US$ 200 milhões em tecnologia elétrica

A BorgWarner anunciou acordo para a aquisição da Sevcon, fabricante de componentes para carros elétricos, por US$ 200 milhões. Segundo balanço da companhia, referente ao desempenho de junho, o negócio está sujeito à aprovação das autoridades fiscais do Reino Unido, onde fica a sede da Sevcon. A conclusão do negócio deverá ser realizada até dezembro.

A Sevcom chamou a atenção por seus trabalhos no campo da eletrificação, área na qual atua desde 1988, quando firmou os primeiros acordos de desenvolvimento em parceria com algumas fabricantes de veículos. Para James Verrier, presidente da BorgWarner, a empresa possui tecnologias complementares a projetos da Sevcon: “Esta aquisição suporta nossa estratégia para fornecer tecnologia líder para todos os tipos de sistemas de propulsão, combustão, híbrido e eletricidade”.

A Sevcon surgiu em 1961, em Gateshead, Inglaterra. De lá para cá abriu unidades na Alemanha, China, Estados Unidos, França e Itália. No setor automotivo, participou do desenvolvimento do elétrico Renault Twizy, em 2012. Atualmente é fornecedora da SGMW, joint-venture chinesa criada por General Motors e Shangai Automotive que vende veículos Wuling.

A empresa, que possui capital aberto na Nasdaq, a bolsa de valores composta em sua maioria por companhias de tecnologia, registrou no segundo trimestre receita de US$ 15,7 milhões, volume maior do que o registrado no ano passado, US$ 13,2 milhões. As vendas da companhia cresceram 19% no período na comparação com o segundo trimestre do ano passado.

Na área de veículos elétricos a BorgWarner vem ampliando sua oferta de componentes. Seu portfólio tem transmissões, motores e sistemas de arrefecimentos específicos para veículos movidos a eletricidade. A aquisição da Sevcon demonstra que a empresa segue a tendência de fusões e aquisições com empresas de tecnologia, comum no setor automotivo nos últimos anos.

Na América do Sul a BorgWarner faturou US$ 90 milhões em 2016, ou 1% do volume total de vendas alcançado no mundo todo, US$ 9 bilhões 7 milhões. A empresa acredita que com suas ações no mercado de reposição no Brasil poderá dobrar o faturamento na região até 2020.

Segundo seu balanço financeiro o faturamento no semestre foi de US$ 4 bilhões 797 milhões, 4,3% maior do que o obtido no mesmo período do ano passado. O lucro foi de US$ 401 milhões, aumento de 21,1% no comparativo com o resultado de janeiro a junho de 2016.

A BorgWarner informou, por meio de comunicado, que o bom desempenho no mundo ocorreu pela melhora das vendas para o mercado de reposição: o aftermarket cresceu 7,8% no período.

Presidente da Audi entra na mira

A promotoria pública de Munique, Alemanha, anunciou na segunda-feira, 7, que abrirá procedimento para investigar e, se for o caso, impor sanções econômicas à Audi devido à suspeita de manipulação de emissões de gases de seus veículos movidos a diesel. Caso venha a ser considerada responsável a multa, para a empresa, poderá ser de até € 10 milhões. A promotoria já abrira ações contras funcionários da companhia e, agora, investiga o presidente Rupert Stadler.

Os investigadores já haviam aberto, em março, procedimento penal pela suspeita de engano e publicidade enganosa contra a Audi nos Estados Unidos, caso que se ampliou recentemente para a Europa. A suspeita atual cai sobre a figura de Stadler, que teria escondido das autoridades estadunidenses informações sobre a fraude das emissões de gases poluentes.

Um diretor da companhia está em prisão preventiva, desde julho, acusado de ter ordenado que funcionários seus desenvolvessem software, e o instalassem, para manipular os testes de emissão de gases nos Estados Unidos. Em julho do ano passado a empresa reconheceu que alguns dos modelos diesel eram equipados com dispositivos ilegais.

Em junho promotores alemães ampliaram a investigação sobre uma possível fraude de emissão de poluentes em modelos Audi, que faz parte do Grupo Volkswagen, pivô do escândalo mundial conhecido como dieselgate. Uma comissão do governo alemão teria detectado software ilícito que frauda o controle de emissões nos modelos A7 e A8.

Após o início das investigações, também em junho, a Audi convocou cerca de 24 mil unidades destes modelos para recall, alegando que um software da transmissão estaria provocando poluição acima do permitido pela União Europeia. O ministro de Transportes da Alemanha afirmou que os modelos, equipados com motores de 6 e 8 cilindros movidos a diesel, emitem até o dobro de óxidos de nitrogênio que o permitido quando o volante é girado mais de 15 graus.

Receita da Marcopolo cresce 23% no semestre

O faturamento da Marcopolo, fabricante de carrocerias para ônibus de Caxias do Sul, RS, aumentou 23,6% no primeiro semestre deste ano com relação ao mesmo período em 2016, para R$ 1 bilhão 295 milhões. Para a companhia o desempenho é reflexo da melhora no mercado de ônibus rodoviários de janeiro a junho.

No semestre o lucro bruto e o ebtida, lucro antes dos impostos, cresceram, respectivamente, 8% e 0,8%, e alcançaram R$ 171,4 milhões e R$ 48 milhões. No período o lucro líquido recuou 43,8%, para R$ 29,2 milhões. No primeiro semestre de 2017 a Marcopolo produziu 541 unidades de ônibus rodoviários para o mercado interno, 29,1% a mais do que no mesmo período de 2016.

Para José Antônio Valiati, diretor financeiro da Marcopolo, o cenário denota a retomada dos negócios da empresa: “Ainda estamos distantes dos volumes históricos realizados no mercado brasileiro, porém o desempenho do segundo trimestre ensaia o que pode ser uma retomada gradual, especialmente no segmento de ônibus rodoviários”.

Para o presidente Francisco Gomes Neto o desempenho também é reflexo de melhorias aplicadas à competitividade: “Fizemos a nossa lição de casa e agora estamos ainda melhor preparados para atender com mais efetividade a demanda brasileira, na medida de sua recuperação”.

No mercado brasileiro a produção da Marcopolo, incluindo exportações, foi de 3 mil 933 unidades. O valor está bem abaixo do recorde conquistado no primeiro semestre de 2013, 9 mil 121 unidades. As exportações no primeiro semestre aumentaram 38,2% com relação ao mesmo período do ano passado – de 1 mil 84 para 1 mil 498 unidades. A produção no segmento de rodoviários apresentou crescimento de quase 40% com relação ao primeiro semestre de 2016, 1 mil 445 unidades contra 1 mil 49. Em contrapartida no segmento de urbanos houve queda de 24,7% no mesmo período: 1 mil 113 unidades contra 838. O segmento de micro-ônibus também apresentou crescimento forte de volumes, com aumento de 341,1% – de 175 para 772 unidades. A unidade de negócios Volare, empresa do Grupo Marcopolo, registrou crescimento de 54,7% no semestre – de 574 para 888 veículos fabricados.

Nas unidades externas os destaques positivos ficaram por conta das operações da Polomex, no México, que produziu 742 ônibus nos primeiros seis meses de 2017 contra 378 unidades no mesmo período de 2016, aumento de 96,3%. A empresa acredita que o crescimento deve-se às mudanças no modelo de negócio da unidade e a uma linha mais nobre de produtos, sobretudo no segmento de rodoviários. A operação da Marcopolo na África do Sul aumentou em 53,5% os volumes fabricados com relação ao mesmo período de 2016. Já a unidade Superpolo, na Colômbia, cresceu 33,7%.