São Paulo – O BMW X4 ganhou uma nova versão de entrada para o mercado brasileiro, a xDrive20i M Sport, equipada com motor 2.0 turbo de 184 cv de potência e transmissão automática de oito velocidades. Sua tração é integral e o preço do SUV cupê é de R$ 441 mil.
A intenção da BMW é oferecer uma configuração com relação custo-benefício ainda mais interessante para os clientes. A nova versão do X4 possui itens de série como rodas aro 20, quadro de instrumentos com tela digital de 12,3 polegadas, o mesmo tamanho da tela do kit multimídia, ar-condicionado digital e automático de três zonas, novo console central, freio de estacionamento elétrico, volante multifuncional.
São Paulo – A Scania entregou três caminhões movidos a biometano e gás natural para a Marquise Ambiental, empresa que opera na gestão de resíduos sólidos, serviços urbanos, industriais e de transformação de resíduos, com frota de mais de 1 mil veículos. Os caminhões da Scania serão usados em operações nas cidades de Fortaleza, CE, e Osasco, SP.
A negociação faz parte de projeto piloto da Marquise Ambiental, que está adotando caminhões menos poluentes em algumas das suas atividades no País. Os caminhões P 280 XT da Scania, quando abastecido com biometano, podem reduzir em até 90% as emissões de poluentes.
São Paulo — A BYD e a Vale assinaram carta de intenção para estudar a eletrificação de veículos leves que inclui, nos próximos meses, avaliações para estabelecer infraestrutura necessária para a recarga de veículos da marca nas áreas da mineradora.
Também serão testados modelos de elétricos em áreas operacionais com o objetivo de reduzir o uso de carros a combustão. O primeiro da lista é o BYD Dolphin e, na sequência, será a vez da picape Shark.
A iniciativa contribui para a Vale atingir metas de redução de emissões de escopos 1 e 2 em 33% até 2030, e de zerar suas emissões líquidas até 2050.
São Paulo – A Castertech Fundição e Tecnologia, empresa do Grupo Randoncorp, inaugurou unidade em Mogi Guaçu, SP. Com capacidade de fundição de 22 mil toneladas ao ano e produção de mais de 350 mil unidades anuais de tambores de freios, a operação está instalada em 10 mil m² de área construída em espaço total de 240 mil m² – futuramente, a companhia reunirá outras iniciativas no local, como a Suspensys a partir do ano que vem.
A operação é a segunda no Estado, pois a empresa já está instalada em Indaiatuba, e a sexta no País, sendo o restante localizado em Caxias do Sul, RS, e Schroeder, SC. Com a nova unidade a Castertech alcança capacidade de produzir 105 mil toneladas de peças fundidas e usinadas por ano.
Adquirido em novembro de 2022 por meio de leilão das instalações industriais da Fundição Balancins por R$ 130 milhões o complexo fabril de Mogi Guaçu será dedicado a unidades da Vertical de Autopeças da Randoncorp. Seguindo o modelo da companhia terá destaque para o desenvolvimento de novas tecnologias de ligas fundidas por meio de nanopartículas de nióbio.
A fábrica utiliza inteligência artificial para otimização de resultados, o que permite, de acordo com a companhia, aumentar em até 20% a produtividade da unidade e em até 70% a otimização do tempo de programação.
No início do ano a Randoncorp anunciou investimentos no mesmo parque fabril para a abertura de fábrica da Suspensys ao lado da unidade da Castertech. A empresa possui acordo com a Mercedes-Benz para o fornecimento exclusivo de componentes, como o eixo dianteiro, à frota de ônibus e caminhões. A previsão de início das operações é o primeiro trimestre de 2025.
São Paulo – Após um 2024 de instabilidade a indústria automotiva argentina deverá registrar uma forte recuperação no ano que vem. A previsão foi feita por Martin Zuppi, presidente da Adefa, Associação de Fabricantes Automotivos da Argentina, em painel do Congresso AutoData Perspectivas 2025, promovido pela AutoData Editora, em São Paulo.
Segundo o executivo a indústria local deverá produzir 550 mil veículos em 2025, um aumento de 8% com relação ao projetado para este ano. A entidade prevê ainda a exportação de 345 mil unidades e um consumo de 470 mil automóveis para o próximo ano, um crescimento de 15% em ambos os segmentos em comparação ao ano anterior.
Zuppi atribuiu a recuperação do setor automotivo à política econômica adotada pelo governo do presidente Javier Milei. Segundo ele as medidas adotadas permitiram a volta dos financiamentos a juros menores, mesmo com mais da metade da população do país vivendo abaixo da linha de pobreza.
“A Argentina está saindo de uma situação econômica complexa. Muitos esperavam que as dificuldades atravessariam 2024 e 2025”, afirmou o executivo. “No entanto as medidas adotadas pelo governo vem recuperando o poder de compra da população de forma mais rápida do que o estimado. Isso pode beneficiar o nosso setor, que também está negociando investimentos que podem ser aportados nos próximos anos, até 2030.”
São Paulo – Enquanto a Renault colhe os louros com as diversas premiações do Kardian, incluindo a de Melhor Automóvel e Picape do Prêmio AutoData, lançado este ano, o presidente Ricardo Gondo e sua equipe se preparam para os planos de 2026, que incluem mais um lançamento. Ele participou do Congresso AutoData Perspectivas 2025.
A Renault passará a competir em um segmento em que hoje não participa no Brasil, o de SUVs médios. Com o novo modelo, que usará a mesma plataforma do Kardian e é esperado para o primeiro semestre, a fabricante pretende avançar no mercado interno e também no seu potencial de exportação –o novo SUV será vendido em toda a América Latina.
Exportações, aliás, que ganham fôlego com aumento de remessas de veículos para a Argentina, México e Colômbia.
Gondo exaltou as atualizações promovidas na planta de São José dos Pinhais, PR, e antecipou que o novo SUV, que já teve seus primeiros protótipos montados, receberá tecnologias inéditas para o mercado brasileiro, incluindo 26 assistentes ao motorista, do sistema Adas, o dobro do Kardian: “O que surpreendeu no Kardian faremos ainda melhor no segmento C”.
Crescimento também nas vendas diretas
No balanço de 2024 o presidente da Renault estimou que o mercado fechará com 2 milhões 450 mil veículos leves vendidos, ou um pouco mais, devido ao incremento de vendas para frotistas e a locadoras em novembro e dezembro. Ele observou que o ano tem sido positivo não apenas nas vendas diretas mas também no varejo.
Para 2025 a expectativa é que o mercado cresça de 5% a 10%, com no mínimo 2,6 milhões de veículos de passeio e comerciais, sempre na dependência de fatores macroeconômicos como taxa de juros e inflação.
Gondo demonstrou apoio à retomada imediata da alíquota de carros eletrificados importados a 35%, principalmente pelo descompasso do crescimento de vendas internas versus produção, 12% e 7%, enquanto as importações cresceram 37%.
“Temos que criar emprego e desenvolver tecnologia no Brasil. Todos os fabricantes que investem em novas tecnologias deveriam ter cota de importação de imposto. Queremos igualdade de condições. Outros países elevaram as alíquotas e o Brasil está de portas abertas. No curto prazo temos de trabalhar com políticas que permitam à indústria estabelecida, e que já investiu, fazer a transição.”
São Paulo – O Brasil deverá ter crédito mais caro em 2025, apesar dos esforços do governo para o corte de gastos públicos e a apresentação do pacote fiscal. Com isto diversos mercados, dentre eles o automotivo, podem podem conhecer consequências. A previsão foi feita por Fernando Gonçalves, superintendente de pesquisa econômica do Itaú, em painel do Congresso AutoData Perspectivas 2025, promovido pela AutoData Editora, em São Paulo.
Segundo Gonçalves a taxa Selic, hoje em 11,25% ao ano, deverá atingir de 13,5% a 14% em 2025.
“O corte de gastos promovido pelo governo federal é importante, mas insuficiente, uma vez que não diminuirá a dívida com relação ao PIB”, afirmou o executivo. “Além disto as medidas parafiscais [receitas primárias sem esforço fiscal, políticas públicas por fora do orçamento, capitalização e aportes do BNDES e crédito subsidiado por ex-BNDES] tendem a ultrapassar os R$ 100 bilhões. O governo precisa de um esforço ainda maior nesses cortes.”
Gonçalves afirmou, ainda, que a inflação tende a ficar acima da meta, na casa dos 5%: “A demanda interna segue forte, mas muito baseada em consumo e com a aceleração dos gastos do governo. O mercado de trabalho com baixa taxa de desemprego mantém os salários em alta, trazendo preocupações inflacionárias”.
China pisa no freio
Fatores externos também podem causar algum tipo de impacto sobre a economia brasileira, com destaque para a China. Segundo Gonçalves o modelo econômico da China vem mostrando sinais de fragilidade, iniciada com a crise imobiliária, que atingiu gigantes como a Evergrande, maior incorporadora imobiliária do país e que teve sua falência decretada este ano.
“Com um mercado imobiliário menos aquecido a China aumentou a produção industrial, ampliando suas exportações ao máximo, o que inclui carros elétricos”, afirmou. “A partir de 2025 a tendência é que o país seja alvo de fortes barreiras protecionistas na Europa e, principalmente, nos Estados Unidos. Com isto haverá a desaceleração das exportações chinesas, o que inclui uma menor oferta de carros elétricos, inclusive no Brasil, ainda que o país tenha um bom estoque disponível”.
São Paulo – Fabricantes de motores deixaram claro, em uníssono, acreditar que o diesel seguirá predominante em suas linhas de produção até o fim da década. O plano é, inclusive, concentrar a fabricação e ampliar o portfólio a fim de tornar as unidades brasileiras polo exportador. Em paralelo estão sendo desenvolvidas e expandidas opções de motorização menos poluentes, a exemplo de biogás, biometano, biodiesel e etanol.
Foi o que afirmaram Mariana Pivetta, diretora de vendas e marketing da Cummins, Amauri Parizoto, diretor comercial da FPT Industrial para a América Latina, e Thomas Puschel, diretor de negócios e marketing da MWM, durante o Congresso Perspectivas 2025, realizado por AutoData em 26 e 27 de novembro.
“A Cummins quer ser líder na transição energética”, disse Pivetta. “Temos, portanto, de trabalhar com alternativas ao diesel. Apresentamos na Fenatran o motor de 6,7 litros a etanol e a plataforma Helm, em que o bloco é comum e apenas o cabeçote é trocado, podendo ser usado hidrogênio, gás e diesel. Isso traz simplificação para que o frotista escolha a melhor solução para a operação.”
A executiva ressaltou, entretanto, que não é possível realizar mudança radical até 2030: “O diesel seguirá predominante, respondendo por 85% a 90% do portfólio da companhia”.
Puschel igualmente reconheceu que o motor a combustão será hegemônico, ao ressaltar que convive com biodiesel, biogás e biometano de forma crescente, uma vez que a companhia tem diversificado portfólio de produtos: “Nossa primeira bioplanta foi estabelecida em Toledo, no Paraná, em parceria com a cooperativa Primato. Estamos instalando biodigestores e fazemos coletas em treze fazendas”.
Para o diretor da MWM é imprescindível que a transição energética seja viável, acessível, gere emprego e renda.
“O que é adotado para um país europeu ou Estados Unidos é diferente do que seria para o Brasil, que tem condições, neste momento, de ser um hub produtor de motores a combustão. Possui indústria de autopeças adequada e forte. Então temos de fomentar, sim, essa questão de trazer cada vez mais motores produzidos fora do País, porque seguiremos fabricando esse produto por muito tempo.”
Parizoto partilhou da opinião e foi além, ao brincar que o diesel corre nas veias e dizer que, além de o diesel híbrido ser viável, é possível que alguma iniciativa neste sentido seja trabalhada pelo investimento de R$ 127 milhões anunciados pela FPT, ao ressaltar que se trata da primeira vez que recebe um aporte deste tamanho da matriz.
Completou, ainda, que é oportunidade para reforçar as exportações pois “é perfeitamente viável que o Brasil se torne polo exportador de motor a diesel. A FPT possui planta na China, por exemplo, e avaliaremos como ficará a situação, principalmente após a eleição nos Estados Unidos”.
Em paralelo citou que a empresa fabrica motor de 13 litros em Córdoba, Argentina, e que tem notado maior volume de consultas, recentemente, por parte de frotistas. Além disto em outubro foi atingida a produção de 100 mil motores a gás.
Segundo Pivetta a Cummins tem reforçado seu posicionamento quanto às exportações. A empresa era focada nos mercados brasileiro e argentino e a partir de 2023 o plano foi alterado por causa de grande sazonalidade local: “Em torno de 15% da produção é exportada hoje. E isto é importante porque gera caixa e possibilita investimento em novas tecnologias no mercado brasileiro”.
São Paulo – Em emocionante cerimônia na quarta-feira, 27, durante o Congresso AutoData Perspectivas 2025, a Toyota foi premiada com o troféu Empresa do Ano do Prêmio AutoData. A companhia foi a mais votada pelos cerca de trezentos participantes do evento, por meio de totem colocado no Centro de Convenções durante os dois dias.
Também foi premiado Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus, com o troféu Personalidade do Ano. O executivo este ano completa 45 anos de companhia e 55 de indústria.
A Toyota foi a vencedora com o case do seu investimento de R$ 11 bilhões nas operações industriais do Estado de São Paulo, que unificará a produção, hoje dividida pelas unidades de Indaiatuba e Sorocaba, na unidade sorocabana. Serão produzidos dois modelos e desenvolvidas tecnologias de biocombustíveis.
Os demais premiados também receberam seus troféus no evento. Confira quem são:
São Paulo – O setor de duas rodas projeta retornar às 2 milhões de motocicletas produzidas em 2026. Este patamar foi atingido em 2011 pela última vez, quando a indústria local entregou 2,1 milhões de unidades, de acordo com Marcos Antônio Bento, presidente da Abraciclo, que participou do Congresso AutoData Perspectivas 2025, revelando a importância desta retomada:
“Estamos otimistas para voltar aos 2 milhões de motocicletas produzidas em 2026: se continuarmos crescendo no ritmo médio dos últimos anos isto será possível. É muito importante porque fomenta mais investimentos, mais localização e mais lançamentos no mercado”.
Para o ano que vem o executivo revelou que a produção e as vendas seguirão crescendo, mas não arriscou cravar se será no patamar de 2024, com alta de dois dígitos, ou de um dígito, em torno de 7,5%, que foi a média dos últimos anos da indústria de duas rodas. A expectativa da Abraciclo para esse ano é de produzir 1 milhão 720 mil unidades até dezembro, com alta em torno de 11% na comparação com 2023.
O ponto negativo continua sendo as exportações, uma vez que as motocicletas nacionais atendem o nível 5 de emissões do Promot, Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos, mas os países da América Latina não exigem esse nível, recebendo motocicletas mais baratas que atendem apenas o nível 2 ou 3, ou até o nível 0 em alguns casos:
“Esta falta de harmonia regulatória dos países da região reduz a competitividade dos nossos produtos, pois conseguimos exportar para Estados Unidos e Canadá mas não conseguimos avançar nos mercados vizinhos pelo custo maior na comparação com produtos vindos de países asiáticos”.
Segundo Bento as exportações deveriam ser até quatro vezes maiores do que o volume atual. Se este cenário fosse realidade a indústria nacional chegaria aos 2 milhões de unidades produzidas antes de 2026.