Ambev renova sua frota com caminhões VW

A MAN Latin America vendeu 417 caminhões para a Ambev. Essa foi uma das maiores vendas da montadora nos últimos anos, segundo Marcos Saltini, diretor de relações governamentais e institucionais. As entregas já começaram para preparar as transportadoras parceiras da Ambev para o final do ano, o melhor período de vendas de bebidas.

 

Segundo a MAN, os modelos escolhidos pela Ambev foram Delivery 13.160, Worker 17.190 e Worker 23.230, caminhões vocacionados para esse tipo de transporte. Para Saltini, o negócio confirma a parceira com a fabricante de bebidas que já dura há 20 anos: “Vender mais 400 veículos nesse mercado, devemos sim comemorar”.

 

Roberto Cortes, presidente da MAN, disse que a montadora foi a primeira a desenvolver caminhões vocacionais, com especificidade para o transporte de bebidas no País: “Graças à nossa parceria de cerca de vinte anos, fomos a primeira montadora a desenvolver veículos vocacionais para a distribuição de bebidas, fato que nos motiva e desafia a buscar a excelência e estar sempre na frente”.

 

Guilherme Gaia, diretor de Procurement da Ambev, disse que com o negócio a companhia poderá dar início à renovação de sua frota: “A parceria com VW Caminhões também reforça o nosso compromisso com sustentabilidade”. A cervejaria, que já tem uma das mais modernas frotas terceirizadas em circulação do país, tem entre as suas metas públicas de meio ambiente a redução de 15% das emissões de carbono das operações de logística até o fim de 2017.

 

O contrato com a Ambev prevê também manutenção sob medida para a aplicação, com o objetivo de proporcionar o melhor TCO, ou Custo Total de Operação, na tradução: “A VW é um antigo parceiro nosso e extremamente estratégico. Nossa parceira nos permite alcançar nossos desafios, com um caminhão em constante desenvolvimento”.

 

Foto: Divulgação

 

FCA inicia exportação do Mobi para o Uruguai

A FCA começou a exportar o Fiat Mobi para o Uruguai. O modelo terá duas versões no país, a Easy, ao preço de US$ 11 mil 690, e a Easy On, ao valor de US$ 12 mil 890. E terá quatro cores à venda. A garantia será de dois anos ou 50 mil quilômetros rodados. Segundo a FCA, o modelo já é exportado para a Argentina, Paraguai e México. Para este último país, os embarques começaram em janeiro.

 

O Mobi foi lançado no Brasil no ano passado e chegou para ser uma das armas da Fiat para voltar ao topo no ranking de vendas. Hoje, no País, ele ocupa a 8ª posição, com vendas de 29 mil 993 unidades, de acordo com dados da Fenabrave.

 

Goodyear exporta metade de sua produção paulista

A Goodyear direciona, atualmente, 50% da produção de pneus das fábricas de Americana e Santa Barbara d’Oeste, SP, para o mercado externo, estratégia que se intensificou a partir da queda do mercado de veículos no País, em 2013. O investimento de US$ 240 milhões em expansão da capacidade de produção, finalizado em 2015, transformou a operação brasileira em plataforma de exportação para a América Latina e outros países, inclusive os Estados Unidos.

 

A redução do volume das vendas para o mercado OEM ocorreu paralelamente a um processo de busca de novos mercados vizinhos, caminho trilhado pela maioria das empresas que buscaram alternativas ao desaquecimento interno. No caso a Goodyear explorou os segmentos que apresentavam crescimento acentuado em cada país.

 

De acordo com seu gerente de qualidade e produção, Aécio Perroni, “a produção para a reposição se manteve estável na medida em que íamos avançando em outros setores fora do Brasil, onde apareceram oportunidades interessantes. Com capacidade maior de produção passamos a exportar para Chile, Estados Unidos e Peru, por exemplo”.

 

Perroni, que é o responsável pelas linhas das duas fábricas do interior paulista, contou que desde o ano passado a empresa passou a enviar, ao Chile e ao Peru, pneus da linha OTR, fora de estrada, para aplicação em mineração. Outra demanda atendida pelas unidades de São Paulo é a de pneus para light trucks produzidas nos Estados Unidos.

 

A produção voltada para o Exterior ajudou a Goodyear a manter em funcionamento os três turnos da sua produção local, quadro pouco recorrente no setor automotivo, no qual a tônica a partir de 2013 foi a de reduzir a produção como resposta à baixa demanda do mercado interno e às incertezas de um mercado externo pouco explorado. “Conseguimos segurar o número de funcionários de 2013 para cá. Foram feitas algumas mudanças em áreas pontuais, mas nada que gerasse grandes impactos.”

 

Futuro – De acordo Perroni, ainda que as exportações representem oportunidades de negócio para a empresa, a partir de 2018 o cenário da produção poderá ser favorável ao mercado interno de originais. Isso porque são esperados lançamentos de novas famílias de veículos e de novos modelos de SUVs. A Volkswagen, que anunciou recentemente a produção dos modelos Polo e Virtus, e a General Motors, que investirá na expansão de linhas nas fábricas brasileiras, são parceiras comerciais mais próximas e deverão contar com pneus Goodyear em seus carros novos.

 

A própria projeção da empresa para seus negócios este ano indica crescimento no mercado de originais e estabilidade na reposição. Nos Estados Unidos a expectativa é a de que as vendas às montadoras sejam 4% maiores no fechamento do ano, e na Europa a expectativa de crescimento é de 2%.

 

No segundo trimestre deste ano, segundo balanço divulgado em julho, foram vendidos, em todo o continente americano, 17,1 milhões de pneus Goodyear, queda de 9,2% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, em função da diminuição das vendas para reposição nos Estados Unidos.

 

De Americana, SP / Foto: Divulgação

Daimler se dividirá em três unidades de negócios

A indústria automotiva mundial vive um momento de transformações, fusões e alianças. A Daimler, dona da Mercedes-Benz, não ficará de fora. A empresa estuda modificar a sua estrutura corporativa para dividi-la em três unidades de negócios independentes: Mercedes-Benz automóveis e furgões, Mercedes-Benz caminhões e ônibus e Mercedes-Benz serviços financeiros, o que facilitaria os novos projetos de mobilidade, como o car sharing. Este plano poderá ser apresentado durante a reunião do Conselho de Acionistas em 2019, informou o Flash de Motor, da Venezuela.

 

Bodo Uebber, diretor financeiro da Daimler, disse que a empresa está estudando como ficará mais competitiva nesse mercado em constante modificação: “Daimler está revisando continuamente seu posicionamento estratégico e sua estrutura para ser competitiva e poder responder a um mercado em transformação”. Assim, o próprio Uebber seria o executivo responsável pela nova estrutura, posto ocupado por Dieter Zetsche, de 64 anos, que estaria perto de se aposentar.

 

Este movimento da Daimler facilitaria a entrada de outras marcas dentro de uma das divisões do grupo. E há cerca de duas semanas fechou a aliança com a Bosch para desenvolver conjuntamente carros autônomos totalmente automatizados, de nível 4, e sem condutor, de nível 5. Com este acordo será possível a criação de uma frota de taxis e carros compartilhados para que circulem a partir de 2020 sem a necessidade de que um condutor.

 

No início de 2017, a Daimler já havia anunciado um acordo para colocar no futuro seus carros autônomos na frota do Uber. O modelo escolhido foi o novo Mercedes-Benz Classe E, que deverá ser o primeiro automóvel com licença para condução automatizada nos Estados Unidos, graças a seu sistema Highway Pilot. Travis Kalanick, diretor do Uber, afirmou que as cidades para serem mais seguras, limpas e acessíveis, não podem trabalhar sozinhas: “Por isso decidimos abrir uma plataforma com a Daimler”.    

 

Não há dúvida de que o futuro passa pela condução autônoma e o governo da Alemanha aprovou na semana passada um código de ética para os carros sem condutor. Esse documento foi elaborado por 14 especialistas. No código se estabelece a responsabilidade em casos de acidente. Segundo o documento, deve ser “claramente” definido quem está ao volante, se um motorista ou um computador, e esses dados devem ser armazenados para eliminar a responsabilidade em caso de acidente.

 

A divisão em três áreas e a aposta pela condução autônoma não são as únicas novidades em que a Daimler trabalha. Segundo informações do site hybridcars, o consórcio está próximo de fechar um acordo com a BMW para estabelecer uma parceria no negócio de car sharing, e consolidar o mercado de carros compartilhados na Alemanha.

 

As duas companhias somam 3,5 milhões de usuários nos Estados Unidos, Europa e China. Na Europa, as cidades que mais demandam carros compartilhados são Londres, na Inglaterra, Berlim e Frankfurt, na Alemanha, Milão, na Itália e Helsinque, na Finlândia.

GM anuncia R$ 4,5 bilhões para três fábricas no Brasil

A General Motors investirá R$ 4,5 bilhões nas suas fábricas de São Caetano do Sul, SP, Joinville, SC, e Gravataí, RS. O anúncio foi feito na sexta-feira, 25, por Carlos Zarlenga, presidente da GM Mercosul, ao Presidente da República. Zarlenga informou que a empresa continuará acelerando seus investimentos no Brasil. O montante é parte do plano de aportar R$ 13 bilhões às operações no País de 2014 a 2020.

 

De acordo com o plano, serão aplicados recursos da ordem de R$ 1,2 bilhão em São Caetano do Sul e R$ 1,9 bilhão na fábrica de Joinville. Em Gravataí, a será investido R$ 1,4 bilhão, conforme anunciado no mês passado.  Segundo comunicado da GM, o aporte tem como objetivo fortalecer o seu negócio por meio do desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e novos conceitos de manufatura. Também cria a oportunidade para desenvolver novos fornecedores e gerar empregos.

 

Zarlenga disse, ainda, que a GM tem um compromisso histórico com o Brasil, onde está presente com sua marca Chevrolet há mais de 92 anos: “Estamos realizando o maior plano de investimentos da indústria no país, o que reforça nossa confiança no potencial de crescimento do mercado. O novo aporte às operações em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul vai permitir ampliar a linha de produtos da Chevrolet, oferecendo mais tecnologia, com foco em conectividade total, segurança e eficiência energética”.

 

Os novos investimentos vão contribuir para ampliar a competitividade das operações no Brasil e preparar a GM Mercosul para se tornar uma plataforma de exportação global.

 

Foto: Beto Barata

Virtus pode ser o sedã global feito no Brasil

A VW ensaia os primeiros passos de uma nova fase no País. A renovação do portfólio é parte de estratégia ousada para retomar a liderança do mercado interno e, além disso, tornar a produção no Brasil base de exportação não apenas para 29 países da América Latina, mas também, para outras regiões.

 

“O Virtus será produzido só no Brasil. Assim, já estamos estudando a oportunidade de exportação para outros mercados além da América Latina”, disse o seu presidente David Powels. Ele não adiantou quais seriam os potenciais clientes do novo sedã VW brasileiro, mas quando questionado sobre mercados importantes como alguns países europeus, desconversou.

 

É claro que ainda está muito cedo para anunciar esse tipo de definição, já que o Virtus tem seu lançamento programado no Brasil apenas no primeiro trimestre do ano que vem. Porém, quando o presidente afirma com todas as letras que o objetivo é fazer da produção nacional base de exportação global, as expectativas aumentam, sobretudo quanto aos predicados desse novo modelo, capaz de ser competitivo em mercados pouco tradicionais ao produto brasileiro.

 

Polo – O primeiro da nova safra, a sexta geração do VW Polo, que começa a ser vendido em novembro no Brasil, segundo Powels, terá uma tarefa importante na estratégia da retomada da liderança: figurar na lista dos cinco carros mais vendidos do Brasil: “O Polo precisa estar entre os cinco mais vendidos do Brasil para justificar o retorno do investimento feito nele”.

 

O presidente afirma também que o preço do novo modelo será maior que o da concorrência e que isso é uma característica dos veículos da marca alemã. Mas não será um problema para as ambições da empresa: “Os carros da VW nunca foram os mais baratos do mercado. Somos reconhecidos pelo custo-benefício ao longo do uso dos nossos produtos. O cliente paga um pouco mais no início, mas ele recebe em qualidade, baixa manutenção e prazer ao dirigir”.

 

Após a chegada no Brasil, o roteiro do Polo pelos outros países da região já está definido. Em três meses começa a ser vendido na Argentina. E logo depois vai desbravar os mercados chileno, da Colômbia, Peru e Equador. “Esses são os principais. Acreditamos que nos 29 países há um potencial para 1,6 milhão de unidades. Esse volume é relevante, pois representa as vendas totais na Argentina.”

Volkswagen convoca recall de 281 mil veículos

A Volkswagen anunciou na terça-feira, 29, campanha de recall para corrigir defeito na bomba de combustível de 281 mil veículos, informou a agência de notícias AFP. Foram atingidos os modelos CC fabricados de 2009 a 2016, e Passat e Passat Wagon produzidos de 2006 a 2010. A empresa teria descoberto o defeito após investigação de autoridades chinesas, iniciadas em 2016, ter levado a um recall ali no começo do mês. Os modelos afetados pelo defeito não são produzidos no Brasil.

Ford cria joint-venture para fabricar elétricos na China

A Ford anunciou na terça-feira, 22, a assinatura de memorando de entendimento com a Anhui Zotye Automobile, grande fabricante de veículos elétricos na China. O objetivo é a criação de joint-venture para o desenvolvimento, produção, venda e manutenção de uma nova linha de veículos elétricos de passageiros no mercado chinês.

 

Segundo a Ford essa parceria, com participação igualitária, está alinhada à sua visão de oferecer veículos elétricos eficientes e acessíveis para os consumidores e de contribuir para a sustentabilidade ambiental.

 

Peter Fleet, presidente da Ford Ásia Pacífico, disse em comunicado que veículos elétricos terão participação importante na China no futuro: “Poder lançar uma nova linha de veículos totalmente elétricos no maior mercado automotivo do mundo é um passo empolgante para a Ford na China. Queremos ser líder em novas soluções nesse segmento”.

 

A China é o mercado de veículos com energias alternativas que mais cresce no mundo. A expectativa da Ford é a de que chegue a 6 milhões de unidades por ano em 2025, sendo cerca de 4 milhões totalmente elétricos.

 

A Zotye Auto foi uma das primeiras a produzir veículos de passageiros totalmente elétricos na China, mercado que lidera no segmento de compactos. Até julho a empresa já vendeu mais de 16 mil veículos elétricos, que representam crescimento de 56% sobre o ano passado.

 

Os futuros veículos da joint-venture serão vendidos sob uma nova marca local. Informações adicionais sobre produtos e volumes de produção serão anunciados após a aprovação do acordo definitivo.

 

Jin ZheYong, presidente da Anhui Zotye Automobile, disse que “a parceria com a Ford fortalece ambas as partes para que possamos ter participação importante no crescente mercado de veículos elétricos na China”.A Zotye tem sua sede em Huangshan, província de Anhui.

 

A Ford, que planeja lançar globalmente treze novos veículos elétricos nos próximos cinco anos, com investimento de US$ 4,5 bilhões, anunciou sua estratégia de eletrificação na China: até 2025 70% dos seus veículos vendidos no país terão uma opção elétrica.

 

A nova joint-venture será um grande avanço nas iniciativas de eletrificação da Ford e ampliará a sua presença na China, onde já mantém as joint-ventures Changan Ford e Jiangling Motors Corporation.

Great Wall mais longe de comprar a FCA

A Great Wall Motor informou, e o site da prestigiosa Automotive News publicou, na terça-feira, 22, que não vê perspectivas de um acordo com a FCA, Fiat Chrysler Automobiles, a respeito de assumir sua divisão Jeep. Um dia, apenas, depois de manifestar seu interesse pela divisão Jeep da FCA a Great Wall disse que existem “grandes incertezas” com relação à sua disposição de continuar a estudar um eventual acordo de compra com a FCA.

 

Esse padrão de informação consta em comunicado da fabricante chinesa de automóveis, com base em Baoding, enviado à Bolsa de Valores de Xangai. Diz, também, que “os esforços da empresa chinesa não geraram progressos concretos até agora”, e que não estabeleceu, até agora, as conversas necessárias com o conselho de administração da FCA.

 

O CEO da FCA, Sergio Marchionne, fez uma especulação sobre o acordo no mês passado, quando disse que avaliaria a oportunidade de se desfazer de algumas empresas. A marca Jeep ancora operações automotivas de mercado da FCA e tem sido foco-chave de expansão. Estudo do Morgan Stanley avalia a Jeep em cerca de US $ 24,2 bilhões, US $ 4,7 bilhões a mais do que o valor de mercado do grupo todo.

 

É improvável que a Fiat pretenda vender a apenas a marca Jeep, dissociada das marcas Dodge, Ram e Chrysler. A Great Wall também poderia encontrar dificuldades para obter a aprovação da regulamentação chinesa devido a restrições recentes sobre a saída de capital, informaram em relatório analistas do Deutsche Bank, Vincent Ha e Fei Sun. Uma aquisição também exigiria a aprovação de órgãos governamentais dos Estados Unidos, EUA, o que poderia ser complicado sob a administração atual, disseram eles em nota: “Não podemos ignorar os potenciais obstáculos políticos envolvidos em uma potencial fusão”.

 

As ações da Great Wall foram suspensas na negociação em Hong Kong e Xangai na terça-feira, 22, com as bolsas aguardando esclarecimento sobre o assunto.

ANP retifica não-conformidade de óleo da Chevron

A ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, informou no boletim sobre o Programa de Monitoramento de Lubrificantes, de junho, que errou ao indicar não-conformidade no produto Havoline Sintético SAE 5W-30, como fizera em edição anterior do documento. A Chevron, detentora da marca Havoline, aguarda posição da ANP sobre outro produto da empresa, o Ursa LA 3 SAE 40, também indicado como não-conforme.