Scania aumenta gama de motores

A Scania produzirá dois novos motores na fábrica de São Bernardo do Campo, SP, que fazem parte da gama de 13 litros e serão aplicados nos modelos de caminhões rodoviários da linha R. Para a empresa, representa a entrada no universo dos motores compactos potentes, o downsizing, conceito que ganhou popularidade recentemente no segmento de automóveis 1.0.

 

Os motores Euro 5 de 450 e 510 cavalos da Scania são menores que os demais da gama de 13 litros e consomem 5% menos óleo diesel. Da mesma forma que nos carros, o ganho de potência com menos combustível foi possível por meio de alterações na turbina e no sistema de injeção. A matéria-prima do bloco do motor, menor, precisou ser reforçada com um composto de ferro e grafite, chamado CGI.

 

Para Eronildo Santos, diretor de desenvolvimento de negócios, trazer o componente ao Brasil – o motor foi desenvolvido na Suécia e já integra a oferta da empresa na Europa – se deu em função de uma demanda verificada em alguns segmentos, como cargas refrigeradas, cegonha, container e graneleiro: “São setores que voltaram a apresentar movimentação do ponto de vista dos negócios, mas, ao mesmo tempo, são empresas que precisam de alternativas para reduzir custo operacional para voltarem a crescer”.

 

A nacionalização dos motores demandou um novo projeto de turbina, que será fornecida pela Cummins do Brasil. Marcel Prado, gerente de pré-vendas, disse que o novo componente, responsável por aumentar a potência dos motores, sofreu modificações para se adequar ao clima brasileiro, diferente do europeu: “O ar daqui é mais quente, e isso nos obrigou a modificar a turbina em busca de um melhor desempenho”. Foi aumentada a pressão da injeção de combustível no novo sistema, que também faz a injeção em múltiplos pontos: “Em motores a diesel, a eficiência se dá com o aumento do volume de combustível na câmara de compressão”.

 

Motores compactos deverão ser a tônica na oferta da Scania no País. Há planos de promover alterações nos projetos de motores de outras linhas em busca de redução de consumo e maiores potências. “Queremos aumentar a oferta em fatias de aplicação que demandam potência acima dos 500 cavalos. Os produtos já existem lá fora, mas aguardaremos a evolução do mercado para nacionalizar a produção no momento oportuno”, completou Santos.

 

As linhas da fábrica de motores da Scania iniciarão a produção das duas versões em fevereiro de 2018. No entanto, a empresa iniciará as vendas dos caminhões R 450 e R 510, com a nova motorização, na edição da Fenatran deste ano, evento que acontecerá em outubro.

 

Foto:Divulgação

Renault-Nissan terá 12 novos elétricos até 2022

A Aliança Renault-Nissan tem planos ambiciosos para o segmento de veículos elétricos até 2022: 12 modelos elétricos completamente novos estão previstos para chegar ao mercado, com vários níveis condução autônoma e pelo menos um que não precisará de intervenção humana, segundo o site Automotive News.

 

Também faz parte dos planos à redução de custos com baterias e o aumento da autonomia. Vale destacar que a Mitsubishi também faz parte desse projeto. O Plano Alliance 2022, como está sendo chamado, foi anunciado pelo presidente do grupo, Carlos Ghosn, nesta sexta-feira, 15, em Paris.

 

A intenção é que as empresas da Aliança sejam lideres no segmento de veículos elétricos, autônomos e conectados. O presidente acredita que o compartilhamento de plataforma e componentes dará uma vantagem na disputa pela liderança.

 

Para alcançar esses planos, duas novas plataformas serão construídas: a primeira será usada pela nova geração do Nissan Leaf e do Renault Zoe, enquanto a segunda será destinada a modelos médios, incluindo os da Mitsubishi.

 

Com os investimentos, a expectativa é produzir mais de nove milhões de veículos por ano. Atualmente são produzidos dois milhões em duas plataformas. Em 2022, 75% das marcas que fazem parte da aliança estarão compartilhando motores e outros componentes.

 

A expectativa para vendas anuais é de 14 milhões de veículos até 2022, sendo 1,5 milhão de carros elétricos, aumento de 40% na comparação com o volume que é vendido hoje [10 milhões por ano], crescendo também a receita em R$ 240 bilhões.

 

Com a China com fome de carros, o último país a anunciar intenções de eliminar os veículos alimentados por combustíveis fósseis, seguindo a liderança do Reino Unido e da França, há muito em jogo para as montadoras se empolgando para liderar o segmento de emissões zero.

 

Foto:Divulgação

Marcopolo retomará produção, parcialmente, na segunda

Por meio de comunicado, divulgado nesta sexta-feira, 15, a Marcopolo confirmou que retomará na segunda-feira, 18, de forma parcial, a produção de ônibus, paralisada desde o domingo, 3, em razão de incêndio que destruiu a unidade de componentes plásticos. A fabricante de carrocerias de ônibus de Caxias do Sul, RS, definiu uma programação de produção para atender, da forma mais eficiente possível, aos pedidos dos clientes.

 

A companhia esclarece também que está concedendo férias a seus colaboradores, em etapas a partir do dia 18, conforme o planejamento da produção. Essas medidas fazem parte das ações que a Marcopolo vem tomando para retomar totalmente as atividades produtivas. Em torno de 4,5 mil trabalhadores não trabalharam nas unidades de Ana Rech, onde estava localizada a operação sinistrada, e na Planalto.

 

A produção dos moldes da maioria dos componentes plásticos, bem como de peças em fibra, se iniciou nesta semana por meio de parcerias que a Marcopolo firmou com fornecedores de Caxias do Sul. A companhia também investiu na compra de novos equipamentos, que devem ser instalados junto a alguns dos fornecedores.

 

Ainda não há informações precisas sobre as causas do incêndio que atingiu a unidade de aproximadamente 24 mil m², construída em 2010, e que exigiu aporte da ordem de R$ 30 milhões. A possibilidade mais provável, admitida, inclusive pelo comando do Corpo de Bombeiros de Caxias do Sul, é de que tenha sido acidental. Não há data para a conclusão dos trabalhos da perícia. 

 

Foto: Ricardo Finco

Chery lança SUV TX na Europa

A Chery irá se aventurar no mercado europeu de SUVs, segmento que está em alta. O primeiro modelo a ser lançado será o TX, que foi apresentado no Salão de Frankfurt.

 

Porém, para estrear no mercado europeu, a Chery usará um novo nome: Exeed. Então, o primeiro SUV compacto da marca na Europa será o Exeed TX, que será produzido em uma nova plataforma, desenvolvida apenas para carros elétricos e híbridos.

 

O SUV chegará ao mercado em três versões: híbrido, híbrido plug-in e um elétrico, sendo que os dois primeiros terão motor 1.5 movido a gasolina de 149 cv de potência, aliado a um motor elétrico de 114 cv e tração integral. O câmbio será automático de sete velocidades.

 

Foto: divulgação

Volkswagen quer vender 3 milhões de elétricos até 2025

O grupo Volkswagen tem planos ambiciosos para o futuro dos carros elétricos: “Queremos vender três milhões de carros elétricos no mundo até 2025, sendo metade na China”, disse Matthias Müller, presidente do grupo alemão.

 

O grupo VW também divulgou que eletrificará 300 modelos na década de 2030, sendo que até 2025 serão lançados 50 novos modelos, 30 elétricos e 20 híbridos.

 

A expectativa do grupo VW é que metade das vendas mundiais seja de carros elétricos em 2030. A aceleração no processo de eletrificação dos veículos aconteceu por causa dos avanços tecnológicos dos últimos tempos.

 

“Este processo não envolve apenas conhecimento, mas também mudanças significativas em infraestrutura de recarga, custo das baterias, capacidade de produção e políticas públicas”.

 

O anúncio aconteceu logo após a China divulgar que preparará um cronograma para proibir a produção e venda de veículos que usam combustíveis fósseis e pretende impor aos fabricantes cotas de veículos verdes a partir de 2018. “Não sei qual será a decisão final da China, mas estamos prontos para 2018”, disse o presidente.

 

Outros países como França e Grã-Bretanha já divulgaram projetos que pretendem cortas as vendas de veículos com combustível fóssil em 2040.

 

Foto: Divulgação

Indústria alemã precisa recuperar credibilidade e confiança

Angela Merkel, chanceler alemã, disse que a indústria automotiva do país precisa recuperar a credibilidade e a confiança o quanto antes, pois foram manchadas pelas fraudes nas emissões. O pronunciamento ocorreu durante a abertura do Salão de Frankurt, dia 14.

 

“Algumas empresas do setor automotivo se aproveitaram de lacunas na legislação. Isso não casou danos apenas para as fabricantes, mas principalmente aos consumidores e autoridades”, disse a chanceler, enfatizando que essas empresas são minoria, mas destruíram grande parte da confiança no setor.

 

Vale lembrar que há dois anos, após a abertura do último Salão de Frankfurt, a Volkswagen foi forçada a reconhecer as fraudes nas emissões, que fragilizaram o mercado alemão.

 

A chefe de governo também destacou que a intenção é reduzir em 80% as emissões de gases de efeito estufa até 2050 e seguir investindo na digitalização e na condução autônoma, que serão responsáveis por um trânsito mais seguro e ecológico.

 

Além disso, Merkel espera que as fabricantes invistam em motores a combustão e elétricos, para impulsionar o crescimento do último, aumentando os pontos de recarga e para que seja possível evitar a proibição na circulação de veículos diesel antigos.

 

Foto: Divulgação

Volvo mostra carros adaptados

Durante o Mobility & Show São Paulo, evento com exposição de veículos adaptados para pessoas com mobilidade reduzida, que começa nesta sexta-feira, 15, a Volvo mostrará alguns modelos especiais.

 

O XC90 D5, com motor diesel, o sedã S60 e o novo XC60 estarão disponíveis para test-drive para pessoas com algum tipo de deficiência. Os modelos foram adaptados pela Cavenaghi, empresa especializada neste tipo de serviço.

 

A fabricante também destacará o programa Volvo For All, que isenta de impostos a compra de veículos por pessoas com deficiência, sendo a primeira marca autorizada a vender carros importado nesta condição.

 

Foto: divulgação

Honda Fit tem novo visual e mais equipamentos de segurança

Um dos modelos mais importantes da Honda o Fit passou por reformulação estética e por banho de equipamentos para a sua versão 2018. As alterações de meia vida deixaram o visual mais moderno, o consumidor mais seguro e os preços – ah!, os preços ficaram um pouco mais salgados: à exceção da versão de entrada, DX, com câmbio manual, que parte de R$ 57,8 mil e vende pouco, todas as outras tiveram reajustes para cima.

 

Mas o consumidor ganha uma série de benefícios, como o sistema VSA, Vehicle Stability Assist, que reúne a sopa de letrinhas ABS, EBD ou distribuição de frenagem, BA ou assistência de frenagem e MA-EPS, que auxilia o motorista no controle da direção em situações de baixa aderência ou em curvas. Além disso, o que já não é pouco, o Fit passa a contar de série, e em todas as versões, com o auxílio de partida em aclive e com alerta de frenagem de emergência.

 

O visual ficou moderno e harmonioso com novos conjuntos de faróis e lanternas e uma nova grade frontal, tudo conversando muito bem do ponto de vista estético. Destaque para as luzes de led diurnas, novidade no modelo. Na versão topo da linha, EXL, todo o sistema de iluminação dianteiro está integrado aos faróis full led.

A traseira foi dotada de novo formato do pára-choque, mais saliente, para proteger a tampa de amassados – uma reclamação recorrente dos clientes do Fit –, e as lanternas adotaram as lâmpadas led. Mais uma vez o visual ficou harmonioso e diferente.

Mesmo que todas as versões venham de série com ar-condicionado, direção elétrica, dentre outros itens comuns no segmento, apenas o feliz comprador da versão EXL terá o que a Honda oferece de melhor no Fit: uma central multimídia com tela de 7 polegadas sensível ao toque com navegador e conectividade dos smartphones pelos sistemas Apple CarPlay e Android Auto.

 

Além disso as versões EX e EXL trazem como novidade o sistema de ar condicionado digital automático, com painel touchscreen para regulagem de temperatura e intensidade.

 

Não há novidades na motorização do Fit 2018: continua o motor 1.5 i-VTEC FlexOne, com controle variável e sincronização e abertura de válvulas de 116 cv com etanol e 115 cv consumindo gasolina.

 

As vendas começam ainda este mês e o consumidor pagará R$ 68,7 mil na versão Personal – opção para clientes que se beneficiam de alguma isenção fiscal –, R$ 70,1 mil para a versão LX, R$ 75,6 mil no Fit EX e R$ 80,9 mil na EXL, todas equipadas com transmissão CVT. O aumento de preço dessas versões ficou de 2,4% a 8,7% na comparação com as mesmas opções vendidas até agora.

E um pormenor: esses preços valem apenas para uma opção de cor, a Branco Tafetá, sólida. Para pinturas metálicas o cliente terá que desembolsar mais R$ 900, e mais R$ 1 mil 290 para cores especiais.

 

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De olho na Scania Cummins nacionaliza turbo

A CTT, Cummins Turbo Technologies anunciou na quinta-feira, 14, o início da produção de seus turbocompressores Holset Heavy Duty para motores a diesel. O produto se junta às gamas light e mid, no mercado desde 2009, principalmente para caminhões Ford e Volkswagen. A nova linha, que começa a operar em definitivo em fevereiro, será destinada inicialmente para os motores de 13 litros da Scania, DLC5 e DLC6.

  

A Scania tem importado essas turbinas da marca Holset da Inglaterra e da China.

 

De acordo com o gerente de vendas da CTT, Jonatan Melo, “diante da nacionalização exigida pelo Finame a Scania precisa aumentar a localização de sua produção. A produção nacional, então, foi um requerimento Scania”. Disse, também, que a produção nacional torna a Scania menos exposta às variações do dólar e reduz os riscos de estoque.

 

 A capacidade da nova linha é de 44 mil unidades/ano, elevando em 40% a produção da planta de Guarulhos, SP, contou o gerente de manufatura Pedro Pellegrini: “Se houver demanda podemos produzir oito turbos heavy duty por hora”.

  

Volvo e Iveco são clientes potenciais da nova turbina, que equipa motores com capacidade de 9 a 16 litros.

  

O investimento para a ampliação da fábrica foi de US$ 600 mil. Apesar de não se enquadrar plenamente no conceito de indústria 4.0 a automação adotada exige apenas dois funcionários na linha e tende a proporcionar índice zero de defeito, observou Diego Henrique Pedroza, engenheiro de manufatura da CTT:

 

 “São diversos os controles de prevenção e detecção. A nova linha conta com câmaras, QR code em todos os processos e um banco de dados armazenados em servidor virtua”.

 

CRESCIMENTO – A Cummins aposta na retomada gradual do mercado, garantiu Melo:

  

“De 2017 a 2020 as vendas de caminhões e ônibus devem crescer 12%. Está longe dos 40% que perdemos nos últimos anos, mas é um começo”.

 

No mercado de after market a empresa já verificou expansão de 15% de julho a setembro, contou Ellen Costa, líder de vendas de after market para a América Latina: “Parte da frota que estava ociosa começou a sair da garagem”.

 

Esse respiro fez com que a CTT planejasse horas extras de trabalhos em dois fins de semana de setembro. No entanto não há projeção de contratações: desde o início mais graúdo da crise a empresa, que hoje conta com 1,1 mil funcionários, demitiu coisa de quinhentos.

 

A esperada retomada na produção traz à CTT uma preocupação com sua rede de fornecedores, observou Ellen Costa: “Não sabemos se eles serão capazes de atender nossa à nossa demanda. Por isso não fecho as portas para fornecedores de fora”.

 

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Novo furgão Peugeot será lançado na Fenatran

A Peugeot lançará na Fenatran, em outubro, o Expert, furgão para o transporte de cargas, mais uma opção no segmento de comerciais leves, junto com a Partner.

 

O furgão é produzido na mesma plataforma que o Peugeot 3008, SUV mais moderno da empresa. O Expert usará motor Blue HDI 1.6 de 115 cv potência, movido a diesel, com autonomia de 1 mil quilômetros, segundo a Peugeot. A capacidade de carga útil será de 1,5 mil quilos. Internamente, o banco é para três ocupantes.

 

O lançamento faz parte de planejamento da Peugeot no segmento de comerciais leves, tanto no Brasil quanto na América Latina, que também conta com o Centro Profissional Peugeot, concessionária especializada em atendimento comercial e de pós-vendas para este tipo de veículo.