Total traça plano de crescimento até 2019

A fabricante de lubrificantes Total planeja aumentar sua participação no mercado brasileiro e o plano que traçou para atingir o objetivo passa pelo setor de caminhões. Foi nesse segmento que a empresa enxergou espaço para aumentar as vendas na comparação com as demais áreas onde atua: óleos para automóveis, motocicletas e graxas. Até 2019 a ideia é aumentar a fatia de mercado no segmento de pesados dos atuais 0,8% para 2%. A evolução projetada, que pode parecer modesta à primeira vista, produzirá reflexos importantes na receita.

 

Segundo Olivier Bellion, diretor geral da Total do Brasil, o segmento de pesados representa 8% do faturamento da companhia. Um market share maior poderia elevar, em seis anos, para 20% a participação dos pesados nos seus negócios aqui: “Isso porque são produtos que têm um maior valor agregado e o mercado brasileiro, apesar de estar passando por um processo de recuperação nas vendas internas, ainda oferece oportunidades em termos de volumes no segmento de pesados”.

 

O executivo, que está à frente da operação brasileira da Total há cerca de dois anos, tem mais dois para aumentar a participação da fabricante no mercado – seu ciclo no País foi estipulado em quatro anos pela matriz. Bellion, que tem carreira internacional desempenhada em Hong Kong e na República Dominicana e na Venezuela, disse que a avaliação feita com base nas características do mercado nacional indicou que o crescimento nos pesados se dará por meio de ações comerciais nos distribuidores dos produtos Total.

 

A que é vista como mais promissora, de acordo com o ele, consiste em alocar especialistas em vendas no setor de caminhões nas lojas que compõem a rede de distribuição: “É um mercado diferente, que demanda um atendimento diferente. Pelo fato de o Brasil contar com muitos competidores que disputam clientes por preço, aproximar um especialista do consumidor final, para ele indicar o produto da nossa gama, é considerado um diferencial competitivo”.

 

Vista como pilar do plano de crescimento no País a rede de distribuidores deverá aumentar sua capilaridade até o fim de 2019. Hoje a Total conta com parceiros em 33 cidades, número que, segundo Bellion, deverá chegar a quarenta nos próximos meses: “Precisamos expandir ainda para alguns estados onde não atuamos, como Amapá, Piauí, Tocantins e algumas regiões nos estados da Bahia e em Minas Gerais”.

 

No segmento de automóveis, área de atuação responsável por 50% dos negócios da Total no País, a expectativa é a de elevar dos atuais 3,4% para 5% a participação da empresa no mercado brasileiro de lubrificantes nos próximos dois anos, uma projeção considerada realista pelo executivo, acompanhando a retomada do mercado interno. Neste caso entra novamente o papel do distribuidor como agente de crescimento: “O projeto da empresa é atacar em diversos segmentos com um produto para cada um, com maior valor agregado, e não faremos uma atuação de nicho. Outra frente é intensificar o treinamento de equipes de vendas dedicadas aos produtos da empresa que existem dentro dos distribuidores”.

 

Ainda que estejam no varejo as oportunidades de negócios no segmento de veículos leves a participação da Total no primeiro enchimento de carros novos é vista como uma ferramenta por meio da qual é possível reforçar a marca no universo dos aplicadores de óleo e nos consumidores finais. Aqui a Total fornece lubrificantes para Honda, Kia, Nissan, PSA, Renault, para citar as fabricantes de carros, e Scania e MAN, de caminhões.

 

O fornecimento é fruto de contratos globais fechados pela matriz da Total na Europa e na Ásia, mas o diretor da operação brasileira afirmou que, embora haja uma atuação sólida no OEM, há conversas com outras montadoras instaladas no Brasil: “Meu papel também é intermediar negociações de fornecimento local”.

 

Ele não revela nada a respeito das empresas que estão sendo sondadas.

 

Caso as ações traçadas tenham êxito a empresa acredita que será possível atingir objetivo mais ambicioso, que é ocupar a capacidade instalada da fábrica localizada em Pindamonhangaba, SP. Ela foi construída para produzir 50 mil toneladas de óleos lubrificantes e graxas em três turnos. Bellion disse que também está sob sua responsabilidade elevar, até 2019, a produção de 18 mil toneladas, feita em apenas um turno, para 30 mil toneladas: “Temos hoje uma produção que atende muito bem à nossa demanda. Caso o mercado volte a crescer há espaço para que possamos acompanhá-lo”.

 

Foto: Divulgação

Lucro bruto do Grupo GEFCO cresce 25,8%

O Grupo GEFCO divulgou seu balanço referente ao primeiro semestre de 2017 e o destaque foi seu lucro bruto antes dos impostos e quetais, € 114,8 milhões, aumento de 25,8% ante o primeiro semestre de 2016. Segundo comunicado distribuído na quarta-feira, 20, “o crescimento é resultado de uma política proativa para otimizar a gestão de contratos e redução de custos e um modelo de negócio próprio”.

 

No período o faturamento do grupo também cresceu, para € 2 bilhões 262 milhões, volume 1,9% maior do que o do primeiro semestre do ano passado, € 2 bilhões 221 milhões. Novos contratos ajudaram no crescimento, informou o comunicado.

Produção Ford para em cinco fábricas

A Ford anunciou na terça-feira, 19, que pretende parar a produção em cinco de suas unidades produtivas, três delas localizadas nos Estados Unidos e duas no México, para reduzir o estoque de modelos que não apresentam volume esperado de vendas.

 

A planta de Cuatitlán, no México, produz os Fiesta hatch e sedã — o segundo é vendido no Brasil –, e ficará parada por três semanas, enquanto a unidade de Hermosillo, onde são manufaturados Fusion e Lincoln MKZ, estará parada por duas semanas.

 

Em Flat Rock, Michigan, a pausa também será de duas semanas, com a produção paralisada de Continental e Mustang. A fábrica americana que produz o Focus ficará parada por uma semana e a planta do Kansas não terá produção durante uma semana.

 

As fábricas envolvidas empregam mais de 15 mil pessoas, segundo a Ford, que não divulgou quantos funcionários serão afetados com a paralisação.

Acordo com a Colômbia não anda

O Brasil já assinou o Acordo de Complementação Econômica do Mercosul com a Colômbia. Porém, o fato de o acordo estar definido e assinado não significa que seja válido e que as empresas já podem se preparar para exportar. Após a definição de como acontecerão as vendas de um país para outro é necessário internalizar o acordo: os governantes devem criar decreto, que passará por algumas burocracias locais e que depois será entregue à Aladi, Associação Latino-Americana de Integração, para ser reconhecido e se tornar oficial.

 

Atualmente o acordo do Brasil com a Colômbia está nesse processo, de internalização, nos dois países, aguardando os processos necessários para que possa ser entregue à Aladi. Segundo a Anfavea, contudo, o processo não tem prazo para terminar e pode levar algum tempo, porque não tem tramitação simples: com isso não se sabe quando as exportações serão realizadas e começarão a beneficiar a indústria local.

 

Toyota mira a Colômbia

 

Em julho a Toyota se programava para começar a exportar o Corolla, sedã médio mais vendido no Brasil, para a Colômbia: de acordo com Miguel Fonseca, seu vice-presidente executivo, “as remessas começam no segundo semestre, mas precisamente em setembro”.

 

Com a internalização do acordo e a posição da Anfavea, de não ter prazo para começar as exportações, porém, os planos não saíram do papel.

 

Com o atraso no processo ainda não foi definido o volume e quais versões serão exportadas para a Colômbia, mas o assunto está sendo tratado internamente pelas áreas responsáveis, pois a empresa tem interesse no mercado colombiano e já pretendia estar exportando. Os planos para 2017 são de aumentar as vendas para outros países em 6,4%.

 

Atualmente o Corolla que é vendido na Colômbia é importado dos Estados Unidos.

Scania cresce no Chile

A Scania apostou no mercado do Chile e aumentou 5 pontos porcentuais sua participação nas vendas de caminhões de janeiro a agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado.

 

Segundo a companhia esse crescimento é resultado de soluções customizadas, inovações e relacionamento com o cliente para os segmento de transporte florestal, mineração e de longa distância. Outro fator que ajudou a empresa foi a modernização das unidades de negócios no Chile.

 

De acordo com Julian Modro, gerente de negócios da Scania América Latina, “estamos investindo e trabalhando para fortalecer a presença da Scania no Chile e, com nossa atual estratégia de negócios, temos ótimas expectativas para fechar o ano tendo o mercado local como um dos mais importantes da empresa na América Latina”.

BMC-Hyundai lança novas empilhadeiras no Brasil

A BMC-Hyundai se prepara para atuar em outros segmentos, como o de empilhadeiras que aguentam de 2,5 a 3,3 toneladas, ampliando sua oferta de equipamentos: atualmente a empresa vende, no Brasil, empilhadeiras com capacidade acima de 8 toneladas. 

Os modelos 25DT, 30DT e 33DT usam motor diesel, e os 25LF, 30LF e 33LF são movidos a gás, com tecnologias que podem aumentar a produtividade e a rentabilidade nas operações, segundo a fabricante.

  

Outra novidade serão as empilhadeiras elétricas retráteis da série 9, com capacidade de 1,6 a 2,5 toneladas, com elevação de até 12 metros e novo visual.

 

Os modelos já estão sendo vendidos no Brasil, mas o lançamento oficial será realizado na Movimat 2017, de 16 a 19 de outubro, na Expo São Paulo.

Marcopolo vende dez ônibus para Viação Galo Branco

A Marcopolo vendeu dez ônibus para a Viação Galo Branco, operadora de transporte urbano em São Gonçalo, RJ. Foram oito unidades do modelo Audace e duas do Torino.

 

Os novos veículos serão utilizados no transporte urbano de passageiros em linhas regulares e de serviços seletivos, de curta e média distância. O modelo Audace tem capacidade para 46 passageiros sentados e dispõe de ar-condicionado e câmaras de monitoramento.

 

O Torino tem capacidade para transportar 37 passageiros sentados e oferece equipamentos como ar-condicionado, iluminação interna de LED e portas eletropneumáticas.

Cortar o cordão umbilical. Enfim.

O colunista S. Stéfani aborda esta semana em seu blog Verso&Reverso um novo momento da indústria automotiva, que necessita “aprender a viver por conta própria, a partir do mérito exclusivo de seus produtos ou estratégias e da qualidade de seus engenheiros e dirigentes”.

 

Confira o artigo na íntegra:

http://versoereverso.blog.br/2017/09/18/cortar-o-cordao-umbilical-enfim/

 

Foto: Simão Salomão

Ford vende 150 picapes Ranger para governo do MA

A Ford forneceu 150 picapes do modelo Ranger ao governo do Maranhão. Os veículos serão aplicados no programa de modernização na área da segurança pública para reforçar o policiamento principalmente no interior do estado.

 

Os modelos entregues foram o Ranger 2.2 Diesel XLS com tração 4×4 e transmissão manual, implementadas como viatura policial, incluindo sinalização acústica e visual, rádio comunicador, compartimento para transporte de detidos e adesivação da Secretaria de Segurança do Maranhão. O veículo é equipado com motor de 160 cavalos de potência e transmissão de seis velocidades. 

Bosch e Nikola apresentam caminhão a hidrogênio

A Bosch e a Nikola Motor Company, fabricante de veículos elétricos, anunciaram o desenvolvimento em conjunto de uma linha de caminhões movidos a hidrogênio. Os modelos, Nikola One e Nikola Two, chegarão ao mercado em 2021, informaram as empresas na terça-feira, 19, na Alemanha.

 

No projeto, a Bosch participará fornecendo o powertrain elétrico baseado na plataforma eAxle – conjunto equipado com motor elétrico e transmissão. Afora os itens, a companhia também desenvolverá os controles eletrônicos do veículo. A Nikola será responsável pela concepção da cabine dos veículos.

 

No começo de setembro, nos Estados Unidos, outra empresa que atua no segmento de pesados, a Cummins, apresentou ao mercado um conceito de caminhão elétrico chamado Aeos, um cavalo mecânico rodoviário 4×2 que tem autonomia de 482 quilômetros e motor de 12 litros.

 

Para Markus Heyn, responsável pela divisão de veículos comerciais da Bosch, o momento é de acelerar o desenvolvimento de projetos no campo das energias renováveis: “A Bosch é uma incubadora de soluções de eletromobilidade”.

 

Foto: Divulgação