SsangYong está de volta

A Venko Motors, operadora nacional de importação, exportação e gestão para o setor automotivo, fechou contrato com a SsangYong e torna-se a responsável pela venda e atendimento pós-venda de produtos da marca sul-coreana. A prioridade, hoje, é estruturar a operação e resgatar o prestígio com os proprietários antigos oferecendo atendimento de marca premium. O segundo passo, em novembro, será a chegada de frota de quatro modelos para apresentação ao público.

 

As vendas terão início no primeiro trimestre de 2018.

 

A SsangYong teve dois momentos no Brasil: de 1995 a 1998 e, depois, presença de mais tempo, 2001 a 2015. Nesses períodos foram negociadas 16 mil 511 unidades, justamente para clientes que voltarão a ter atendimento pela agora constituída SsangYong Motors do Brasil. De acordo com o presidente Gérson Pitorri “esses clientes passam a ser responsabilidade nossa. Estamos importando peças e ofereceremos atendimento premium a eles, inclusive reavaliando a garantia caso a caso, pois acreditamos que a partir da satisfação deles damos um passo importante na recuperação da imagem da marca”.

 

A construção da marca teve início em fevereiro, com a assinatura do contrato com a montadora sul-coreana, os processos de homologação de produtos e com a formação da rede. Hoje a SsangYong do Brasil tem quinze concessionárias, em grande parte de representantes que já atuaram no passado. O objetivo é o de que até o fim do ano sejam trinta – e em 2018 espera ter cinquenta pontos de vendas e de atendimento ao cliente.

 

“Priorizamos o trabalho de qualidade com a rede autorizada, pois o novo padrão dos produtos, e do nosso posicionamento no País, será da categoria superior”.

 

Novos produtos – O portfólio será formado por quatro modelos: a picape Actyon Sports e o Korando, já conhecidos por aqui, e os novos Tivoli e XLV, todos reestilizados: “São produtos renovados e que estão posicionados nos segmentos que mais crescem no mercado nacional, os de SUVs e de picapes”.

 

Ainda sem muita informação sobre produtos e plano de preços a importadora acredita que poderá competir com os líderes desses segmentos justamente pela boa aceitação em outros mercados, como a Europa e Chile, contou o diretor de operações Marcelo Fevereiro:

 

“Os SUVs Tivoli e XLV foram recentemente premiados no mercado europeu. Na região temos uma boa aceitação no Chile, onde vendemos 7 mil unidades no ano passado”.

 

Sua expectativa para o primeiro ano de vendas no Brasil é de 3 mil unidades.

 

A SsangYong passa por momento de crescimento no mundo. Em 2016 foram negociadas 116 mil unidades e a projeção para este ano é de 169 mil. Jong Dee Lee, diretor de exportação da matriz, destaca a Europa como principal destino dos produtos coreanos, com 24 mil unidades no ano passado – e 11 mil veículos vieram para a América Latina em 2016.

 

“Temos, na Coreia do Sul, capacidade para atender à demanda crescente que esperamos no mercado brasileiro, pois viemos para ficar por muito tempo.”

 

O contrato da Venko com a SsangYong é de dez anos, renovável por períodos de cinco.

DAF estuda produzir nova cabine

Os indícios de que o mercado de pesados deixou de cair, visíveis no desempenho do setor de janeiro a agosto em termos de vendas, situaram a fabricante de caminhões DAF diante de um impasse: aproveitar o momento para trazer da Europa uma nova cabine para seus veículos e buscar mais mercado com a novidade em sua oferta, ou esperar a adoção da norma Euro 6 no País para modernizar o portfólio.

 

Para Luís Gambim, diretor comercial da empresa, o cenário mais provável é o de que a cabine desembarque configurada para receber o motor que atende a legislação atual, a Euro 5. O executivo não precisou quando ocorrerá o lançamento por aqui, mas estipulou um prazo mínimo de preparo para a nacionalização do componente: “Precisamos de, no mínimo, dois anos para desenvolver a produção da nova cabine no País. Demanda homologação de fornecedor e aprovação de modificações para o mercado brasileiro, leva esse tempo”.

 

A empresa considera o risco que envolve a operação de nacionalizar a cabine com motor Euro 5. Projeções do mercado indicam que a norma Euro 6 deverá entrar em vigência até 2022, ou dois anos após uma eventual chegada da cabine nova: “Há esse risco, mas a falta de previsibilidade nos leva a crer que Euro 6 em 2022 é uma hipótese. Não podemos interromper nosso crescimento em função desse tipo de cenário”.

 

Gambim acredita que a chegada da cabine europeia consolidará plano que já está em curso no Brasil. A empresa almeja aumentar sua participação de mercado dos atuais 4% para 7%, até 2019, e ocupar a fábrica de Ponta Grossa, PR, que hoje funciona com 25% de sua capacidade instalada: em um turno a empresa produz 5 caminhões por dia, quando poderia produzir vinte em três turnos. Gambim disse que o mercado oferece, hoje, condições em termos de demanda para que sejam produzidos 7 caminhões/dia até dezembro.

 

É um primeiro passo, segundo o executivo, em busca de mais mercado após um período no qual a empresa esteve focada em construir uma rede de concessionários no País e apresentar seus produtos ao mercado. Até agosto os esforços comerciais renderam contratos com treze grupos de investidores, que geraram malha composta por 21 concessionárias e sete postos de serviço autorizado.

 

Esse esforço representou sensível melhora nas vendas internas da companhia este ano: nos oito primeiros meses foram vendidos 536 caminhões, 30,3% a mais do que o volume obtido no mesmo período em 2016, apontam dados da Anfavea.

 

De acordo com Adcley Souza, diretor de desenvolvimento de concessionárias, o sistema deu à luz a vigésima-segundo loja, em Uberlândia, MG, na quinta-feira, 21, empreendimento que demandou aporte de R$ 2 milhões: “A expansão faz parte do nosso plano de negócios, que tem como objetivo estar presente nas rotas dos nossos clientes”.

 

Mais três postos autorizados foram adicionados recentemente à rede DAF: Ji-Paraná, RO, Recife, PE, e Rio de Janeiro, RJ.

 

A meta da empresa é contar com 45 lojas na rede até 2022 para atender a uma frota de caminhões DAF que deverá ser maior do que os atuais 2 mil caminhões em circulação. Isso porque há planos para que a média de vendas por ano chegue a 20 mil unidades nos próximos cinco anos. Atualmente a média de emplacamentos por ano gira em torno de 1,2 mil: “Queremos achegar até o fim do ano com uma média de venda de 120 caminhões mensais”.

 

Foto: Divulgação

Cresce taxa de emprego no setor

A indústria metalúrgica, na qual se insere o setor automotivo, contratou 17 mil 749 trabalhadores em agosto e demitiu 15 mil 768, garantindo 1 mil 981 novos postos de trabalho e crescendo 0,32% em agosto. No acumulado do ano o saldo não é positivo: 133 mil 201 contratações ante 134 mil 331 demissões, fechando 1 mil 130 postos de trabalho e caindo 0,18%.

Considerando apenas o setor automotivo, que mostra sinais de recuperação, 126 mil 279 pessoas estão empregadas, contra 125 mil 172 em julho, alta de 0,9%. Na comparação com o mesmo período do ano passado houve crescimento de 0,2%. As informações são do Caged, Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados, divulgadas na quinta-feira, 21.

Mas o mercado de trabalho nacional registrou a abertura de 35 mil 457 vagas de emprego com carteira assinada em agosto — foi o melhor agosto desde 2014 e maior 0,09% com relação a julho. No acumulado do ano os números também são positivos: 1 milhão 254 mil 951 postos de trabalho abertos, contra 1 milhão 219 mil 494 no mesmo período de  2016, 0,43% a mais.

 

 

Foto: Fotos Públicas/Valdecir Galor/SMCS

Case IH apresenta trator autônomo

A Case IH apresentou seu trator autônomo na Digital Agro na quinta-feira, 21 — ainda é um conceito mas, se vier a ser produzido, poderá ajudar a aumentar a produtividade agrícola, conta comunicado da empresa.

 

Rob Zemenchik, responsável global por produtos agrícolas de precisão da Case IH, disse que “esse conceito pode funcionar 24 horas por dia, oferecendo maior eficiência operacional para tarefas como preparo do solo, plantio e pulverização”.

 

Com visual futurista o trator autônomo tem potência de 300 cv, sem cabine, e consegue realizar as mesmas tarefas de um trator convencional, sendo controlado remotamente por computador ou tablete.

 

Foto: Case IH

Nissan e seus primeiros 150 milhões de veículos produzidos

A Nissan anunciou que atingiu a marca de 150 milhões de veículos produzidos em toda sua história, iniciada em 1933. Há 11 anos a companhia anunciou a produção de seu veículo número 100 milhões e, em quase seis anos, produziu mais 50 milhões.

 

O Sentra, que em alguns mercados usa outro nome, foi o modelo mais produzido na história da Nissan, com 15,9 milhões de unidades.

 

Das 150 milhões de unidades 58,9% foram produzidas no Japão, seguido pelos Estados Unidos com 10,8%, China e México com 7,9%, Reino Unido com 6,2% e Espanha com 2,4%. Os outros países somam 5,8%, incluindo o Brasil.

Eletra mostra ônibus-conceito: elétrico ou híbrido?

A fabricante de ônibus elétricos Eletra mostrará uma nova versão do Dual Bus, conceito de ônibus elétrico desenvolvido pioneiramente no Brasil, durante o Salão Latino-Americano de Veículos Híbridos-Elétricos, Componentes e Novas Tecnologias, que é realizado até a sexta-feira, 22, no Expo Center Norte.

 

A grande novidade deste conceito é o sistema padronizado de tração, que pode ser alimentado por várias fontes de energia, isto é: ele pode circular como elétrico híbrido ou só com a carga das baterias por 20 quilômetros. Funcionando como híbrido o consumo é reduzido em 28%, enquanto o elétrico utiliza 33% menos energia, porque os veículos dispõem de frenagem regenerativa.

 

De acordo com Iêda Alves Oliveira, da Eletra, “a possibilidade de o mesmo ônibus operar como elétrico híbrido ou elétrico puro agrega vários benefícios para a operação, pois com a mesma frota é possível atender a vários sistemas”.

 

O Dual Bus tem capacidade para transportar 82 pessoas, sendo 27 sentadas, 54 em pé e um cadeirante.

 

Foto: divulgação

Volvo dobra investimento em construção de fábrica

A Volvo anunciou que dobrará o investimento na construção de sua fábrica na Carolina do Sul, no condado de Berkeley, ao Norte de Charleston, chegando a US$ 1 bilhão. O planejamento inicial era de gerar 2 mil empregos, mas com o investimento dobrado a expectativa é a de ter, lá, 4,5 mil pessoas empregadas.

 

O aumento do investimento surge no momento que a Volvo espera bater seu recorde de vendas mundiais em 2017, mas está perdendo mercado nos Estados Unidos por causa da falta de produtos disponíveis, segundo a empresa.

 

A produção na Carolina do Sul está programada para começar em 2018 e deverá ajudar a Volvo a retomar volumes maiores de vendas no mercado estadunidense.

 

Foto: divulgação

 

 

Com XC40 Volvo quer crescer 70% no Brasil

A Volvo apresentou o SUV XC40 na quinta-feira, 21, em Milão, Itália. O novo carro, espera a companhia, será responsável por grandes mudanças no seu volume de vendas pois será vendido no segmento de SUV compacto premium, no qual as vendas são maiores e do qual não participava. Outro fator para a fabricante apostar neste modelo é o crescimento mundial do segmento.

 

Luiz Rezende, presidente da Volvo Cars no Brasil, disse que “hoje participamos dos segmentos de SUV premium médio e grande com os modelos XC60 e XC90. Esses dois segmentos somam cerca de 10 mil unidades vendidas por ano, enquanto o de SUV premium compacto soma 14 mil unidades, aproximadamente, segmento no qual o XC40 será vendido”.

 

O novo SUV chegará ao Brasil no primeiro quadrimestre de 2018 e terá uma grande responsabilidade: vender mais de 2 mil unidades por ano, concorrendo com o Audi Q3, BMW X1 e Mercedes-Benz GLA.

 

Com a chegada do XC40 no mercado nacional a Volvo espera vender 6 mil carros em 2018, considerando todos os seus modelos. Caso isso aconteça o volume de vendas da empresa no Brasil crescerá mais de 70% em dois anos, pois encerrou 2016 com 3 mil 456 unidades comercializadas.  

 

XC40 será o carro-chefe da Volvo no Brasil

 

O novo SUV estreia a plataforma CMA, de Compact Modular Arquitecture, sendo a base para seus quarenta futuros modelos, incluindo carros elétricos e híbridos. Essa plataforma gerará a economia de escala necessária para participar deste segmento, segundo a Volvo.

 

Com relação às tecnologias o XC40 seguirá o padrão dos XC60 e XC90 para ser um dos modelos mais bem equipados da categoria, segundo a Volvo. Itens como City Safety, que pode evitar ou reduzir o impacto de uma colisão, alerta de tráfego cruzado na traseira com freio automático e câmara 360º farão parte da lista de equipamentos.

 

A produção do XC40 começará em novembro em Ghent, Bélgica e, sob o capô, o SUV terá motor diesel D4 e T5 Drive-E movido a gasolina na Europa. As motorizações para o Brasil e o pacote de equipamentos não foram definidos.  

German Penelas é novo diretor de compras do Grupo PSA

German Penelas é o novo diretor de compras do Grupo PSA para a América Latina, sucedendo  a Antônio Carlos Vischi, que deixou o grupo.

 

O novo executivo, nascido na Argentina, tem 43 anos, é formado em engenharia mecânica pela Universidade de Buenos Aires, e tem dezessete anos de experiência no setor automotivo — está no Grupo PSA desde 2007 e já atuou na área financeira e na de gestão de programas na América Latina e Europa.

Hyundai HB20 completa cinco anos de produção

Na quarta-feira, 20, completaram-se os cinco primeiros anos de produção do HB20 na fábrica da Hyundai instalada em Piracicaba, SP. Segundo a companhia já foram produzidas, ali, mais de 800 mil unidades do modelo.

 

Contando no início com uma capacidade de produção anual de 150 mil unidades, em dois turnos, o HB20 ganhou o terceiro turno um ano depois, em setembro de 2013, passando para uma capacidade de produção anual de 180 mil unidades.

 

A Hyundai afirmou que, durante esses cinco anos, a ocupação da fábrica permaneceu sempre em torno dos 90% da capacidade, sem paradas ou redução do quadro de funcionários, o que permitiu celebrar a marca de 500 mil unidades produzidas em agosto de 2015.

 

Para Cássio Pagliarini, diretor de marketing da empresa, o HB20 revolucionou o segmento de carros compactos no País por oferecer, segundo ele, níveis de qualidade, design e conforto acima do praticado cinco anos atrás pela indústria.

 

De acordo com números da Anfavea foram produzidos 26 mil 3 HB20 de setembro a dezembro de 2012, apenas na versão hatchback. No primeiro ano completo de produção, esse volume saltou para 166 mil 269 unidades, já com as três versões disponíveis: o hatch HB20, o sedã HB20S, e o aventureiro HB20X.

 

Em 2014 a produção atingiu seu pico, 173 mil 843 unidades. Nos anos seguintes os volumes corresponderam a 165 mil 934 unidades em 2015, e 147 mil 228 unidades em 2016, quando o HB20 começou a ser exportado para o Paraguai e o Uruguai.

 

A partir de 2017 o modelo passou a repartir a capacidade de produção com o SUV compacto Hyundai Creta.  Os volumes disponíveis para o HB20 foram, então, reduzidos em cerca de 20%, porção média destinada ao SUV. Dados da Anfavea apontam o HB20 como o segundo carro mais vendido de janeiro a agosto deste ano.

 

Foto: Divulgação