Produção industrial cresce 4% em agosto

A produção industrial brasileira cresceu 4% em agosto na comparação com o mesmo período do ano passado, o quarto mês seguido de expansão, o que não acontecia desde 2013, segundo dados divulgados pelo IBGE. O setor que mais influenciou a indústria foi o de veículos, reboques e carrocerias, com aumento de 28,2%. André Macedo, gerente de coordenação de indústria do instituto disse que “esse segmento apresenta saldo positivo em todas as comparações e as exportações ajudaram bastante no crescimento, com o mercado interno consumindo parte desse aumento da produção”.

 

O crescimento da produção de veículos, reboques e carrocerias foi um dos responsáveis pelo aumento da produção de bens duráveis, 18,5% na comparação com mesmo mês do ano passado e 4,1% ante julho. De janeiro a agosto houve crescimento de 11,1% com relação ao mesmo período de 2016.

 

“Liberação das contas inativas do FGTS, melhora gradual do mercado de trabalho, assim como a da expectativa das famílias com relação ao mercado e queda na taxa de juros são variáveis do mercado que levaram a esse crescimento. Vale ressaltar que o crescimento ocorreu depois de o mercado ter caído bastante e estamos diminuindo o volume perdido, mas o comportamento que ocorreu nos últimos dois anos, de perda sobre perda, ficou para trás”.

 

Outro segmento que também influenciou esse crescimento foi o de eletrodomésticos.

 

A produção de bens de capital, que está diretamente ligada ao setor de caminhões e máquinas agrícolas, cresceu 9,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, 4,4% de janeiro a agosto na mesma base de comparação e 0,5% com relação a julho, tendo influência direta dos dois segmentos citados: “O aumento da produção de bens de capital foi auxiliado pelo crescimento no volume de caminhões produzidos, assim como a safra recorde e a produção de máquinas agrícolas. As exportações têm grande participação nesse aumento, pois são uma saída para o mercado interno”.

 

Comparando a produção geral da indústria de agosto com julho houve queda de 0,8%, mas isso não reflete o desempenho do ano: “Ao longo do ano foram seis meses de resultados positivos e dois negativos. Houve uma melhora gradativa no volume de produção e, se compararmos com o último mês do ano passado, a indústria está produzindo 1,2% a mais. Mas ainda temos longo caminho para percorrer até voltarmos ao patamar que existia antes da crise”.

 

No oito primeiros meses desse ano a produção industrial nacional registrou crescimento de 1,5%.

Scania indicou novo diretor de vendas de caminhões

A Scania nomeou Ricardo Vitorasso para o cargo de diretor de vendas de caminhões para as operações comerciais no Brasil. Ele assume o papel a partir da segunda-feira, 2. Ele assume no lugar de Victor Carvalho, que deixou a companhia para se dedicar a projetos pessoais. O sucessor de Vitorasso, na função de diretor de vendas do consórcio Scania, é Rodrigo Clemente, ex-gerente comercial do Grupo Mevepi, uma das concessões da marca no estado de Santa Catarina.

 

Formado em administração de empresas e pós-graduado em gestão de negócios, Vitorasso atua na Scania há 17 anos. Neste período, acumulou experiência na área comercial como líder de equipes de vendas, gestor de concessionária e, em 2016, como diretor de vendas do Consórcio Scania.

 

Já Rodrigo Clemente, formado em engenharia de produção e pós-graduado em marketing, iniciou sua carreira na Scania em 2005 como gerente de negócios de vendas de caminhões seminovos e usados. Em 2008, passou a atuar na área de vendas de caminhões novos. Nos últimos seis anos, o executivo permaneceu à frente da gestão comercial do Grupo Mevepi. Ricardo Vitorasso passa a se reportar a Roberto Barral, diretor-geral da Scania no Brasil, e Rodrigo Clemente para Suzana Soncin, diretora-geral do Consórcio Scania.

 

Foto: Divulgação

Nissan anuncia recall de carros vendidos desde 2014

A Nissan informou na segunda-feira, 2, que fará recall de todos os 1,2 milhão de novos carros de passageiros vendidos no Japão nos últimos três anos, após descobrir que inspeções finais dos veículos não foram feitas por técnicos autorizados. O recall é o segundo incidente recente envolvendo má conduta de uma montadora japonesa, após a Mitsubishi admitir em abril de 2016 que falsificou a economia de combustível para alguns no mercado doméstico.

 

Segunda maior montadora do Japão, a Nissan convocará veículos de passageiros produzidos para o mercado doméstico entre outubro de 2014 e setembro de 2017, incluindo a minivan Serena e o hatch compacto Note, que estão entre os mais vendidos da companhia naquele país. Todos os veículos revistos serão submetidos a novas inspeções para verificações finais em funções como raio de direção, capacidade de frenagem e aceleração. O recall custará cerca de 25 bilhões de ienes à fabricante.

 

Foto: Divulgação

Confiança empresarial em crescimento

A confiança no meio empresarial, com relação ao futuro dos negócios, cresceu pelo terceiro mês consecutivo, para 87,3 pontos, a melhor marca desde dezembro de 2014 — na comparação com o mesmo período do ano passado houve crescimento, de 6,6 pontos, enquanto na comparação com o mês anterior o aumento foi de 1,3 ponto, segundo dados do ICE, Índice de Confiança Empresarial, divulgado pela FGV.

 

O estudo considera quatro macrosetores: indústria e construção, que cresceram 0,1 ponto, e comércio e serviços, que aumentaram 0,6 ponto e 0,5 ponto, respectivamente.

 

A melhora na confiança dos empresários poderá ser sentida pelo setor automotivo, disse o superintendente de estatísticas públicas da FGV, Aloísio Campelo: “O Índice de Confiança Empresarial está na retomada do crescimento, assim como o setor automotivo, que poderá esperar por números melhores no último trimestre deste ano e em 2018. A boa fase da economia ajuda no crescimento da confiança em diversos setores”.

 

No caso dos automóveis, além da estabilidade econômica e politica, existem alguns fatores que levam a indústria a esperar por melhores números nas vendas: “Redução da inflação, queda dos juros e a liberação do FGTS são fatores que aumentaram a confiança no segmento de bens duráveis. O fato de as famílias estarem menos endividadas, pois muitas usaram o FGTS para quitar dívidas, faz com que elas possam pensar em investir em bens duráveis mais caros, como automóveis, deixando o pessimismo com o mercado de lado”.

 

Porém, para que o setor possa aproveitar a estabilidade deste cenário, é necessário que a geração de empregos continue crescendo, pois esse é um fator determinante e a indústria automotiva tem participação nesta área: “O setor já está demitindo bem menos e algumas empresas estão trazendo de volta alguns funcionários, pois a expectativa é de crescimento para 2018. Outros setores da indústria estão até contratando”.

 

Já o segmento de caminhões e máquinas, que tem recuperado o volume de vendas perdido ao longo do ano, poderia ser influenciado pelo crescimento da confiança empresarial no setor de construção, que avançou 0,1, porém, isso não deve acontecer: “O índice no setor de construção é o mais baixo dentre os quatro avaliados e não deve receber grandes investimentos na compra de novos caminhões e máquinas a curto prazo. Isso poderá acontecer nos próximos anos, caso esse cenário estável de crescimento seja mantido”.

General Motors: vinte modelos elétricos até 2023

A General Motors anunciou na segunda-feira, 2, que terá em sua oferta global, até 2023, vinte modelos de veículos elétricos. Os dois primeiro serão lançados no mercado nos próximos dezoito meses, segundo o plano da fabricante que tem como meta reduzir as emissões nos próximos anos. A empresa também anunciou na segunda-feira, em Detroit, nos Estados Unidos, o veículo conceito chamado Surus, equipado com dois motores movidos pelo hidrogênio contido em uma célula de combustível.

Vendas de veículos cresceram 24,5% em setembro

Em setembro foram emplacados 199 mil 225 veículos no País, volume de vendas 24,5% maior do que o registrado em setembro do ano passado, segundo dados do Renavam obtidos por AutoData. Considerando o número de dias úteis do período, a média diária de licenciamentos foi de 9 mil 961 veículos, o que confirma as expectativas da Anfavea sobre vendas próximas às dez mil unidades por dia até o final do ano.

 

De janeiro a setembro, foram emplacados 1 milhão 619 mil 887 veículos no mercado nacional. O volume foi 7,36% maior do que o obtido no acumulado dos nove meses do ano passado, quando o setor vendeu 1 milhão 508 mil 739 unidades, de acordo com dados da Fenabrave.

 

Foto: Divulgação.

Continental terá sistema de partida do motor pelo celular

A Continental é a nova proprietária da OTA Keys, empresa que desenvolve soluções digitais para o destravamento e partida do motor do carro sem o uso de chave.

 

A solução desenvolvida permite que frotistas e empresas de aluguel e compartilhamento de veículos usem apenas o celular de funcionários e clientes como chave, oferecendo também algumas informações como localização, consumo de combustível, quilometragem e bateria.

 

A intenção é usar essa tecnologia para os carros autônomos do futuro, que poderão ser compartilhados e alugados, necessitando de uma tecnologia que não seja a chave padrão.

BorgWarner localiza produção de correntes e mira carros 1.0

Contratos firmados localmente com as fabricantes Fiat e Renault viabilizaram a produção no País de correntes de sincronismo da Morse Systems, divisão da BorgWarner especialista no componente, na fábrica da companhia instalada em Itatiba, SP, desde o final de abril. A empresa projeta um volume de produção de 150 mil peças até o final deste ano. O mercado mantendo a estimativa de crescimento, o volume sobe para 550 mil unidades ano que vem.

 

O cronograma leva em consideração um cenário de manutenção das vendas de automóveis leves no mercado brasileiro, o qual, acredita a companhia, manterá o desempenho apresentado este ano, devendo fechar 2018 próximo da marca de 2 milhões 150 unidades negociadas. Atrelado a isso, há crença de que os modelos compactos 1.0 e 1.3, para os quais se destina a produção atual de correntes, vá se sobressair diante dos demais. Outro flanco explorado comercialmente pela BorgWarner é ser parceira das fabricantes que estudam substituir tecnologia: sai a correia dentada, entra a corrente BW.

 

De janeiro a junho, o mercado se mostrou mais propenso às vendas de carros de motorização na faixa superior ao 1.0, o que denota um largo caminho a ser percorrido pelas fabricantes no sentido de massificar os veículos de entrada. Foram 751 mil 941 unidades dos modelos mais potentes contra 406 mil 407 unidades de carros 1.0. “Os lançamentos do Kwid e do Mobi são promissores, de certa forma puxarão os números das vendas por cilindrada”, disse Wilson Lentini, gerente geral da unidade Morse.

 

No segmento de veículos equipados com esta motorização, os Fiat Uno, Mobi e Argo, e também o Renault Kwid já saem de fábrica com correntes de sincronismo da Morse. A área comercial da empresa trabalha para aumentar a participação no mercado de OEM brasileiro com o componente localizado. Há conversas com as demais montadoras instaladas aqui, confirmou o executivo, sem entrar em pormenores sobre quais: “As correntes têm uma forte aderência em motores de veículos premium”.

 

O componente produzido pela Morse em uma unidade instalada dentro da BorgWarner, a qual o executivo se refere como campus, tem sido aplicado pelas montadoras nos projetos dos novos compactos como medida de redução de ruído do motor: “Em motores de três cilindros, por exemplo, o uso da corrente diminui a vibração no equipamento que, em função do número impar de cilindros, tende a vibrar mais e isso provoca ruído”. Afora esta característica, ele disse que as correntes tornam o conjunto de transmissão mais durável, e este fator é visto como um diferencial competitivo em motores turbinados como o do Volkswagen up! TSI, equipado com turbina da companhia.

 

Foto: Reprodução/BorgWarner

Grupo VW quer reduzir impacto ambiental até 2025

O Grupo Volkswagen quer ser líder de sustentabilidade na indústria automotiva e pretende reduzir o impacto ambiental da empresa em 45% até 2025, considerando uma meta ambiciosa e mais um passo para recuperar a confiança perdida com o dieselgate.

 

Para atingir essa meta, a Volkswagen focará no desenvolvimento de carros elétricos e em plataformas mais eficientes. A empresa pretender reduzir o impacto ambiental da sua produção em 20% até 2025. Caso isso aconteça, a empresa consumirá 45% menos água, energia, deixando de emitir o mesmo volume de gases poluentes.

 

Matthias Müller, diretor executivo do Grupo Volkswagen, comentou o foco da fabricante: “Durante muito tempo a Volkswagen esteve no topo dos índices de sustentabilidade e prestígio. Queremos reivindicar esta posição”.

 

Foto: Divulgação

Peugeot não abrirá novas concessionárias até 2019

A Peugeot abriu 28 novas concessionárias desde 2015, chegando a 106 pontos de venda no Brasil, mas o plano de expansão da rede ficará parado até 2019, disse o diretor de vendas corporativas, Luiz Eduardo Pacheco: “Para o segundo semestre deste ano e 2018 manteremos o mesmo número de concessionárias”.

 

A fabricante espera crescer no período que não abrirá novas concessionárias: “Entendemos que o número de revendas é suficiente para suportar a ofensiva ao mercado de utilitários, o crescimento de vendas do 208 e 2008 com câmbio AT6 e o lançamento do 3008”, disse o executivo.

 

E a expectativa de crescer no segundo semestre deste ano já está acontecendo. O hatch 208 vendeu 1 mil 120 unidades em agosto, contra 1 mil 41 em junho, enquanto o SUV 2008 registrou 1 mil 119 emplacamentos, contra 866 no mesmo período.

 

No caso da ofensiva ao segmento de comercias leves o renovado Partner quase dobrou suas vendas: 101 emplacamentos em agosto, contra 54 em junho. O furgão Expert já foi mostrado para a imprensa e o lançamento comercial será em outubro, na Fenatran, que marcará a volta da empresa para o segmento de furgões e ajudará no crescimento.

 

Mesmo com aumento das vendas no começo do segundo semestre, a Peugeot perdeu participação de mercado no acumulado do ano, caindo de 1,33% nos oito primeiros meses do ano passado, contra 1,21% este ano. As vendas caíram de 17 mil 393 para 16 mil 714. A fabricante acredita que terá volume melhor de vendas no segundo semestre, aumentando sua participação de mercado.

 

Foto: Divulgação