Fiat divulga recall para 198 veículos

A FCA convocou os proprietários de oito modelos para um recall porque existe a possibilidade de quebrar a trava de segurança responsável pela fixação do pino de sustentação das engrenagens satélites no diferencial e, com isso, comprometer a dirigibilidade e estabilidade dos veículos, causando danos físicos e materiais ao condutor, passageiros e terceiros.

 

No total são 195 unidades envolvidas, dos seguintes modelos: Palio Fire 1.0, novo Palio Attractive 1.0, Palio Weekend Attractive 1.4, Uno  Way e Attractive 1.0 e Uno Sporting 1.3, Grand Siena Attractive 1.0 e 1.4, Fiorino 1.4, Strada Working 1.4 e Mobi Easy e Like  1.0. Todos são ano/modelo 2017.

 

Os proprietários dos veículos envolvidos no recall devem ligar para o 0800 707 1000 e agendar o comparecimento a uma concessionária, para trocar a caixa de marchas.

Produção mantém emprego estável em setembro

A produção de veículos mantém o ritmo para atingir as projeções que dão conta de 2,7 milhões de unidades este ano segundo a Anfavea, que divulgou os números do setor em setembro na quinta-feira, 5. Nos nove meses do ano foram fabricados 1 milhão 986 mil 654 unidades, alta de 27% no comparativo com o mesmo período do ano passado. O que puxou o desempenho foram novamente as exportações, cujo volume no acumulado do ano bateu mais um recorde este ano.

 

Rogelio Golfarb, vice-presidente da Anfavea, disse que com as exportações em alta e os licenciamentos mantendo um ritmo médio maior que nove mil unidades por dia, como vem acontecendo desde agosto, a tendência é que o mercado atenda às expectativas das fabricantes: “Nossa estimativa é de uma produção de veículos de 2,6 milhões a 2,8 milhões de unidades. Isso vai nos levar a reduzir a ociosidade na indústria. Deveremos chegar a um nível menor que 50%. Hoje, estamos em 52% de ociosidade. Mas, o volume de caminhões e ônibus ainda é preocupante”. Em média, as fabricantes de veículos pesados produzem cerca de 30% de sua capacidade.

 

Em setembro, a produção também cresceu com relação ao mesmo mês do ano passado. Foram fabricadas 236 mil 944 unidades ante 170 mil 304 veículos em setembro de 2016: “Na comparação 2016 o desempenho das fábricas foi melhor porque voltou a confiança do consumidor, e o momento se mostra propício à aquisição de veículos novos, sobretudo os de entrada e lançamentos”.

 

No mês passado, de acordo com os dados, os estoques somaram 224,1 mil unidades, o que equivale a 34 dias de vendas. Com esse volume, Golfarb disse que “o mercado está em um bom nível, os estoques estão normalizados e não há nenhum tipo de preocupação com relação a isto”. O executivo também destacou a reintegração de funcionários que estavam em lay-off ou participando de PSE, Programa Seguro Emprego:

 

“A demanda crescente nos permitiu trazer para as fábricas os funcionários que estavam afastados. É importante porque demonstra estabilidade do emprego no setor”. O nível de emprego na indústria em setembro se manteve estável na comparação com o de agosto: são 126,3 mil funcionários produzindo no setor, apontam os dados mais recentes da Anfavea, o maior nível desde julho do ano passado. O número de pessoas em lay-off foi reduzido de 3 mil 432 para 2 mil 964 de agosto para setembro, e o de trabalhadores no PSE de 2 mil 888 para 2 mil 867.

 

Na projeção revisada, a Anfavea espera produzir 2,7 milhões de veículos em 2017, o que representaria aumento de mais de 25% sobre o total fabricado no ano passado, que foi de 2,15 milhões. O volume esperado pela entidade também será maior que a média de produção dos últimos 10 anos, 2,3 milhões.

 

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Shell apresenta nova gasolina V-Power

A Shell lançou nesta quinta-feira, 5, a nova gasolina V-Power no Brasil e em mais 25 países, com a tecnologia Dynaflex, que pode ser usada em todo tipo de carro, mas foi criada para os motores menores, como os três cilindros, que costumam usar injeção direta e turbo compressor e para os SUV’s, que são mais pesados que os carros de passeio, por causa do seu alto poder de limpeza e proteção, segundo a Raízen, representante da Shell no Brasil.

 

A tecnologia Dynaflex é exclusiva da Shell e reduz o atrito entre as peças do motor, como válvulas, anéis de pistões, bomba e bicos injetores de combustível, entregando maior limpeza e proteção do motor, segundo a empresa. A Nova Shell V-Power tem 40% mais moléculas de limpeza do que a geração anterior.

 

O uso da nova gasolina ajuda a manter por mais tempo as características originais do motor: “Com o uso contínuo da nova Shell V-Power, o motor mantém por mais tempo as características originais de desempenho, rendimento e baixas emissões”, explica Gilberto Pose, engenheiro de combustíveis da Raízen.

 

A Shell também destacou que mais de 170 técnicos e cientistas trabalharam no projeto em todo o mundo, com a meta de desenvolver a melhor gasolina V-Power da história, que levou mais de cinco anos para alcançar essa evolução tecnológica.

 

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Tudo azul em máquinas agrícolas

Assim como em meses anteriores, a produção de máquinas e equipamentos agrícolas cresceu no acumulado do ano, puxada pelo grande aumento no volume exportado e por causa da leve alta no consumo do mercado interno motivada pela supersafra. De janeiro a setembro foram produzidas 43 mil 993 unidades, contra 36 mil 562 no mesmo período do ano passado, crescimento de 20,3%.

 

Porém, a produção de setembro foi de 4 mil 440 máquinas e equipamentos, enquanto no mesmo mês de 2016 saíram das fábricas 5 mil 174 unidades, caindo 14,2%. Na comparação com agosto deste ano, quando foram produzidas 5 mil 135 unidades, a queda é de 13,5%. Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da Anfavea, está confiante para o fechamento da produção este ano: “Estamos otimistas para os últimos meses de produção, assim como o mercado está mais confiante com relação a situação geral do País”.

 

As exportações no acumulado do ano cresceram 39,4%, pois foram vendidas para outros países 9 mil 940 máquinas e equipamentos agrícolas contra 7 mil 130 nos nove primeiros meses do ano passado. “Também estamos otimistas para o fechamento do ano das exportações, já que a estabilidade política e econômica da Argentina, nosso principal mercado, estimula a compra de novos equipamentos e máquinas na região”. Depois da Argentina, os principais mercados para exportação de máquinas e equipamentos são: Chile, Peru e México.

 

Em setembro foram exportadas 1 mil 421 unidades, enquanto no mesmo período do ano passado o volume foi de 988, crescendo 43,8%. Na comparação com agosto, o crescimento foi de 15%, pois o volume vendido foi de 1 mil 236 unidades.

 

O mercado interno cresceu 8,5% no acumulado do ano, com 33 mil 594 unidades comercializadas, contra 30 mil 975 no mesmo período do ano passado. Considerando apenas o mês de setembro, foram vendidas 4 mil 358 unidades, contra 4 mil 035 em agosto, alta de 7,7%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve queda de 10,2%, com vendas de 4 mil 835 unidades.

 

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Segmento caminhões mantém trajetória de recuperação

A redução das perdas no mercado interno de caminhões, em termos de vendas, segue em ritmo acelerado. O mercado começou o ano 33,3% menor que em janeiro de 2016. A partir daí, a diminuição se acentuou mensalmente e, em setembro, chegou a 9% menos, apontaram dados da Anfavea divulgados na quinta-feira, 5. Ainda que o ano passado constitua uma base de comparação baixa, o setor comemora a evolução e projeta um quarto trimestre de vendas maiores em função de um eventual movimento de renovação de frota até dezembro. 

 

De janeiro a setembro foram vendidos 35 mil 364 caminhões, sendo a categoria de pesados a que mais cresceu em volume no período – 12 mil 545 unidades, 5,8% maior que a vendida de janeiro a setembro do ano passado. Para Rogério Rezende, vice-presidente da Anfavea e diretor de assuntos institucionais da Scania, a demanda nesse segmento é crescente em função da melhoria do desempenho econômico em alguns setores, como o agronegócio e a mineração: “Se a economia cresce, reflete positivamente no segmento de caminhões. A projeção de safra para 2018 é interessante e empresas que atuam com mineração voltaram a investir”.

 

Outro movimento que pode permitir ainda mais a redução das perdas no mercado é a antecipação da renovação de frota por parte de empresas que procuram se blindar de uma eventual volatilidade da taxa de juros em 2018. Alguns frotistas têm esta preocupação, ainda que o número de caminhões parados no País gire em torno de 110 mil veículos, e visualizam o último trimestre do ano como favorável aos financiamentos: “O setor como um todo projeta uma taxa de juros para o ano que vem parecida com a praticada atualmente, mas o cenário pode mudar dependendo de quem esteja liderando as pesquisas de voto, por exemplo. De qualquer forma, são esperados mais financiamentos, muitas empresas se prepararam para comprar agora”, disse Rezende.

 

Com o mercado interno ainda operando no negativo, a produção segue voltada às exportações nas fábricas configuradas para serem plataformas exportadoras, como é o caso das unidades de Scania, Volvo, MAN e Mercedes-Benz. A produção de caminhões até setembro totalizou 59 mil 44 unidades, 27,3% mais que no mesmo período ano passado. Olhando para os números por segmento, a produção de veículos pesados nos nove meses do ano totalizou 22 mil 647 unidades, volume que representou alta de 41% na comparação com o mesmo período de 2016. A de semipesados chegou a 17 mil 654 unidades, 33,9% mais, e a de caminhões médios, que somou 5 mil 69 unidades, cresceu 79,9%. Nos leves, 11 mil 750, queda de 5,6%, e nos semileves, 1 mil 924 unidades, alta de 2,9%.

 

A produção de ônibus até setembro foi de 16 mil 155 unidades, alta de 11,6% na comparação com o desempenho de 2016. A produção de veículos para aplicação urbana cresceu 15,7%, ao passo que a de veículos para uso rodoviário caiu 0,3%.

 

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Exportações registram outro recorde histórico

As exportações de veículos seguem quebrando recordes: foram 566 mil 266 unidades de janeiro a setembro, superando o maior volume da história nesse período, que foi em 2005, quando o Brasil exportou 547 mil veículos, segundo dados divulgados pela Anfavea, nesta quinta-feira, 5. Comparando o acumulado do ano com o mesmo período de 2016, quando foram exportadas 363 mil 684 unidades, houve crescimento de 55,7%.

 

Em setembro foram exportadas 60 mil 49 unidades contra 39 mil 461 no mesmo mês do ano passado, aumento de 52,2%. Na comparação com agosto, queda de 10,1%, quando foram negociados 66 mil 792 veículos com outros países.

 

Rogelio Golfarb, vice-presidente da Anfavea, creditou o aumento das exportações ao crescimento dos países que compram do veículos do Brasil e a estabilidade cambial: “Tivemos uma combinação de fatores que levaram a esse aumento, como o crescimento das vendas nos países que estamos presentes, principalmente na Argentina, que corresponde por 70% das exportações, a estabilidade cambial que o Banco Central tem mantido e o câmbio favorável”.

 

Com relação aos principais mercados compradores de veículos do Brasil no acumulado do ano, a Argentina é a maior cliente, com 395 mil unidades negociadas, contra 279 mil no acumulado de 2016. O México é o segundo da lista com 69 mil unidades compradas este ano, contra 53 mil no ano passado, seguido pelo Chile, que importou 26 mil unidades em 2017 e 12 mil no mesmo período de 2016.

 

O quarto maior mercado de exportação brasileira é o Uruguai, que comprou 23 mil unidades este ano, contra 11 mil no ano passado, enquanto a Colômbia importou 16 mil veículos de janeiro a setembro, contra 12 mil em 2016. Vale lembrar que os veículos exportados para a Colômbia ainda pagam, aproximadamente, 16% de imposto pois o acordo comercial com o Brasil ainda não está valendo: “Está assinado, porém, por conta do processo de internalização ainda não tem previsão para entrar em vigor”, disse Golfarb. As exportações para o Peru saíram de 3,9 mil veículos de janeiro a setembro do ano passado, para 12 mil unidades este ano.

 

Sobre o futuro das exportações, um dos desafios do Rota 2030 será aumentar o nível de tecnologia das fábricas no Brasil, a fim de tornar os veículos nacionais competitivos em novos mercados, como Estados Unidos e Europa.

 

Foto: divulgação

Nova Peugeot trocou 60% das concessionárias

Desde 2015 60% dos grupos que tomam conta das concessionárias Peugeot no Brasil foram descredenciados, e o motivo maior foi a mudança da imagem da empresa no País e no mundo. “É um realinhamento internacional”, disse a diretora geral no Brasil, Ana Theresa Borsari [foto abaixo]. “Trouxemos parceiros adequados às ambições da marca de tratar o cliente da maneira mais premium possível.”

 

No período o número de revendas da empresa caiu de 140 para 106:

 

“Mudamos nosso modelo e as concessionárias, enfraquecidas, antigas ou com perfis familiares que não se adequavam à qualidade de serviços de pós-venda que a gente queria, não embarcaram com a gente nesse novo momento”.

 

Produto maior dessa nova posição é o SUV 3008, lançado no Salão de Paris do ano passado e considerado um dos veículos mais modernos já feitos pela Peugeot em sua história: “Nossa subida de gama está se concretizando mundialmente”, afirmou Jean-Philippe Imparato, presidente mundial da empresa, que está em visita ao Brasil. O carro tornou-se um sucesso de vendas: 250 mil unidades vendidas desde o lançamento – 110 mil acima da capacidade de produção da Peugeot em Sochaux, França.

 

Na Europa, onde 70% das vendas do 3008 são das duas versões mais equipadas, a fila de espera chega a sete meses. No mercado brasileiro o prazo de entrega é apenas um pouco menor. Conforme números divulgados por Ana Thereza Borsari, foram comercializadas 250 unidades por mês em 2017 e há novecentos pedidos pendurados, uma fila de quase quatro meses. De acordo com Imparato o SUV também teve a capacidade de puxar a venda dos outros carros da empresa: “Nunca tínhamos vendido tantos 2008 até a chegada do 3008”.

 

A Peugeot, diga-se, almeja fechar 2017 com seu recorde histórico de vendas. Em 2010, recorde, vendeu no mundo 2 milhões 128 mil veículos. A projeção, com alta probabilidade de se confirmar, para este ano, é de 2,2 milhões de unidades. Imparato mostrou-se radiante com o recorde iminente, mas deixou claro que volume não é o mais importante para a Peugeot no momento:

 

“Prefiro dizer que cresceu a porcentagem das nossas vendas fora da Europa: de 38% em 2015 para 42% em 2016. Queremos chegar a 50% em 2020”.

 

O bom desempenho do 3008 antecipou o lançamento do 5008, um SUV de maior porte, com capacidade para sete pessoas, tanto na Europa quanto – ainda não oficialmente – no Brasil. Imparato deixou escapar que em dois meses o veículo desembarca por aqui: “Não há motivo para nossa gama aqui não ser igual à vendida na Europa. Para a Peugeot não existe pequena região, pequeno país e pequeno cliente. Nossa meta é alcançar a convergência total de modelos”.

 

TRAVELLER A CAMINHO – A estratégia vale – e aparentemente com mais pressa – para o segmento dos comerciais, no qual a empresa é líder na Europa e também está prestes a bater seu recorde histórico de vendas, contou Imparato: “Em alguns meses teremos aqui, no Brasil, a gama completa dos utilitários vendidos na Europa”.

 

Depois de apresentar o furgão Expert, com produção já iniciada em planta no Uruguai, a Peugeot deve mostrar na Fenatran, de 16 a 20 de outubro, em São Paulo, a Traveller, versão de passeio da Expert, e também o Boxer, um furgão maior.

 

O executivo contou, ainda, que há duas semanas a empresa lançou na Tunísia o que ele chamou da “primeira picape de verdade” da Peugeot. Com capacidade para 1 tonelada o modelo não deve chegar ao Brasil. Mas há a possibilidade de uma versão menos robusta, mais adequada ao gosto do brasileiro, entrar na linha de montagem da empresa na Argentina, em El Palomar, na Grande Buenos Aires.

 

Nessa ofensiva no mercado de utilitários a Peugeot anunciará, durante a Fenatran, o Total Care Pro. Trata-se do programa já existente para seus veículos de passeio, mas voltado para o segmento de comerciais e que, de acordo com a diretora geral, “representa nossa busca pela excelência no pós-venda”.

 

Na lista de benefícios do programa está, por exemplo, a oferta de 1 mil carros reservas à disposição do cliente que precisar deixar seu carro nas oficinas das concessionárias.

 

Foto: Divulgação

Impasse com Ministério da Fazenda adia Rota 2030

Passado o dia 3 de outubro, data marcada para seu anúncio, o programa Rota 2030, que contém a política industrial que substituirá o Inovar Auto, segue à sombra da incerteza. Juridicamente não há mais tempo hábil para que sua vigência tenha início no começo de janeiro, como previsto pelo governo federal e o setor automotivo – a Constituição ordena a passagem de noventa dias do anúncio de alterações em leis fiscais e a aplicação das novas regras no mercado. Expirado o prazo pairam sobre o setor dúvidas a respeito dos caminhos que serão escolhidos por Brasília para que a nova política se torne uma realidade em 2018.

 

De acordo com fonte ligada ao MDIC, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, afora as questões fiscais o documento que constitui o Rota 2030 já estaria pronto. Governo e Fazenda estariam discutindo os modelos da tributação que incidirão sobre os negócios do setor automotivo. Há o temor de que a nova política implique a queda de arrecadação, um cenário antagônico às pretensões do governo e da Fazenda – alegam não ter orçamento para mais incentivo – para o ano que vem. O mercado dá como certa a escolha por um modelo derivado do Inovar Auto: em vez de 30, sobretaxa do IPI em 10 pontos porcentuais aplicada sobre a tributação de todos os veículos vendidos, importados e nacionais, sendo concedidos descontos às empresas que cumprirem metas de eficiência.

 

Em caso de redução de tributação a legislação brasileira não estipula prazo mínimo para a vigência das novas regras. Segundo Jerry Levers de Abreu, advogado especialista em direito tributário do escritório TozziniFreire, o governo poderia trabalhar com essa hipótese para postergar o anúncio do Rota 2030 e ganhar mais tempo para acertar pormenores do programa e contar com sua vigência em inícios de janeiro. Há, porém, um risco nesta trilha: “O movimento pode ser invalidado caso haja interpretação das autoridades jurídicas de que, nesse caso, não haverá redução de 30 para 10, mas aumento de zero para 10 pontos, o que demandaria a noventena”.

 

Ele conta que, vencida a vigência do Inovar Auto, em 31 de dezembro, o mercado de veículos pode enfrentar período carregado do que se chama de vácuo regulatório, ou uma ausência de regulamentação para o setor: “Com a chegada do Rota 2030 e os 10 pontos sobre o IPI, isso configuraria virtualmente um aumento de zero para 10 pontos na tributação. A interpretação ness sentido enquadraria o programa como uma alteração de impostos, daí a necessidade dos noventa dias”.

 

Segundo Abreu há a possibilidade de se prorrogar o prazo de vigência do Inovar Auto por meio de uma MP, medida provisória, embora seja a alternativa menos provável em términos práticos: “Pode significar um retrocesso, e o governo corre contra isso”.

 

O governo não se pronuncia sobre o tema, mas há também urgência em tornar o Rota 2030 vigente por causa da pressão exercida pela OMC, Organização Mundial do Comércio, que condenou o Inovar-Auto pela aplicação de 30 pontos ao IPI de veículos importados de fora do Mercosul ou acima de cota de importação limitada a 4,8 mil unidades por ano. Pelas regras internacionais é vedada a discriminação de produtos importados e nacionais em impostos domésticos, cenário que, segundo a organização, configura protecionismo. Para escapar de sanções, a sobretaxação do Rota 2030 seria aplicada sobre o IPI de todos os veículos vendidos no Brasil, sejam eles importados ou nacionais.

 

Contudo importadores sem fábrica no País ou sem pesquisa e desenvolvimento local não teriam como descontar 3 dos 10 pontos adicionais de IPI. A formulação da proposta, hoje, poderia dar margem a novas reclamações na OMC pela aplicação discricionária de um imposto doméstico.

 

Fonte: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Vendas no México superam 1 milhão

As vendas de automóveis no México, segundo maior parceiro comercial do Brasil no segmento de veículos, apresentaram leve queda no acumulado de janeiro a setembro na comparação com mesmo período de 2016. Segundo balanço divulgado na terça-feira, 3, pela Amia, a associação das fabricantes, foram emplacadas 1 milhão 106 mil 848 unidades, 1,1% a menos. Em setembro as vendas somaram 116 mil 356 unidades, resultado 11,5% menor com relação ao mesmo período em 2016.

 

Segundo o governo mexicano as intempéries climáticas pelas quais passaram México e Caribe, em setembro, prejudicaram a economia, afetando as transações internacionais e as vendas ao mercado interno. Os veículos Nissan foram os mais vendidos no país nos nove meses do ano, 268 mil 999 automóveis, queda de 3,8% na comparação com o mesmo período ano passado

 

A General Motors é a segunda do ranking, com 181 mil 687 unidades, queda de 12,8%, e a Volkswagen a terceira, com 172 mil 296 veículos, 4,9% a menos do que em 2016. A participação de mercado foi a seguinte: Nissan deteve 24,3% no período, General Motors 16,4% e Volkswagen 15,6%.

 

Foto; Divulgação

MWM premia nove fornecedores nacionais

O Supplier Award da MWM reconheceu seus melhores fornecedores do ano em cerimônia realizada na terça-feira, 3, em São Paulo. A premiação avaliou itens como qualidade, desempenho de entrega e flexibilidade, capacidade tecnológica e desempenho no desenvolvimento de novos produtos, postura comercial e contribuição para a redução de custos, por meio do GSRS, Global Supplier Rating System.

 

Também foram premiados fornecedores indiretos, das áreas de logística e serviços de alimentação corporativa.

 

Paulo Rolin, diretor de supply chain, contou que a equipe se sentia “muito honrada em reconhecer, por meio de sólidas métricas de desempenho, os fornecedores com o melhor resultado. O processo é meritocrático e transparente, e toda a cadeia se engaja nele, fazendo com que o cliente final dos nossos produtos seja o grande beneficiado”.

 

Presidente e CEO da Navistar Mercosul, José Eduardo Luzzi, disse que a premiação é para incentivar e fortalecer a cadeia produtiva da empresa: ”Identificamos e homenageamos os parceiros de negócios que tiveram o melhor desempenho, pois desejamos incentivá-los a, juntos, buscarmos continuamente a excelência em nossos produtos e serviço”.

 

Confira os ganhadores do prêmio:

 

Bleistahl Brasil

 

Cargolift Logística e Transporte

 

Companhia Industrial de Peças

 

GR Serviços e Alimentação

 

Indústria Brasileira de Artefatos Técnicos

 

Melco Automotivo

 

Metalac SPS

 

Robert Bosch

 

thyssenkrupp Campo Limpo

 

Foto: divulgação