Mitsubishi retoma negociação, mas greve continua

A greve que paralisou a produção da fábrica da Mitsubishi em Catalão, GO, seguirá pelo menos até a próxima segunda-feira, 23, informou o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade. Na sexta-feira, 20, a empresa chamou à mesa representantes da entidade para retomar as negociações. Os funcionários pedem participação maior nos lucros da companhia, reajuste salarial e vale-refeição.

 

A paralisação começou na segunda-feira, 16, e de acordo com Thiago Cândido Ferreira, secretário geral do sindicato, 90% dos funcionários aderiram à paralisação. De acordo com o representante, haverá assembleia no dia 23 para formular uma proposta à montadora. Em Catalão são produzidos os modelos da linha L200, Lancer, ASX, Pajero e também o Suzuki Jimny.

 

A fábrica tem capacidade instalada para 110 mil unidades por ano. Atualmente, por dia, são fabricados por volta de 140 veículos, informou o sindicato. De acordo com dados da Anfavea, de janeiro a setembro, foram emplacados 9 mil 157 veículos Mitsubishi, queda de 19,9% na comparação com o volume registrado no mesmo período do ano passado: 11 mil 442 veículos. Os emplacamentos dos veículos Suzuki chegaram a 3 mil 242 unidades nos nove meses do ano, 23,5% mais do que em 2016.

 

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Empresas colombianas fecham negócios na Fenatran

A Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, em parceria com a Apex, Agência Nacional de Promoção de Exportações e Investimentos, promoveu durante a Fenatran uma rodada de negócios com compradores de empresas de diversos países, como Colômbia, Bolívia, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.

 

Maria Claudia Mendoza, gerente geral da Juannas, sediada em Bogotá, Colômbia, e que atua nas áreas de mineração, eletricidade, infraestrutura viária e construção civil, revelou a compra de sistemas hidráulicos da Hidromas e de implementos da Rossetti. “Também abrimos negociação com a Grimaldi”, disse a executiva. “O evento é muito importante para conhecer melhor o mercado brasileiro e sua indústria. É a minha segunda participação na Fenatran. Na primeira, aproveitamos para nos aproximar dos fornecedores.” Antes do evento, a Juannas já tinha importado um caminhão Scania, com implemento da Rossetti.

 

A Transportes Montejo, também de Bogotá, enviou para o evento o gerente de manutenção, Javier Lara. “Somos especializados no transporte de carga seca e pesada. É a minha primeira vez na Fenatran. Está sendo muito importante para nos aproximarmos de algumas empresas, como a Random, de quem já somos clientes”.

 

A exportação do Brasil para outros países da América do Sul também causa interesse nas empresas colombianas. “A expectativa é de que o volume continue a crescer, mesmo com a recuperação da economia nacional”, disse Maria Claudia Mendoza. “Não pode ser apenas uma oportunidade de negócio por causa do mercado em queda. Espero que com a recuperação do mercado nacional esse assunto seja tratado com a mesma importância, pois é necessário manter esse bom relacionamento entre os países. Um acordo bilateral Brasil-Colômbia também ajudará a fortalecer nossa relação”.

 

Vendas atingiram R$ 17,5 milhões 

As 23 empresas associadas à Anfir encerraram a Fenatran satisfeitas e acreditando na consolidação da recuperação do mercado. De acordo com Alcides Braga, presidente da Anfir, o evento consolidou o movimento de recuperação que a indústria está experimentando nos últimos meses. “Desde o primeiro dia, percebemos um ambiente de negócios mais forte.”

 

Durante os cinco dias, foram negociadas aproximadamente 150 unidades no segmento Leve, de carroceria sobre chassis. Já nos pesados, reboque e semirreboque, foram aproximadamente 2 mil produtos negociados, com expectativa de vender mais 1,2 mil nos próximos meses.

 

As fabricantes acreditam que o volume de negócios chegou a R$ 17,5 milhões, correspondendo aos pedidos tirados ao longo do evento e que serão consolidados nos próximos meses.

Librelato projeta crescimento de 15%

Após a forte retração nas suas produção e receita em 2015 e 2016 a Librelato, fabricante de implementos rodoviários de Içara, SC, projeta crescimento de 15% para o ano que vem. Para seu CEO, José Carlos Spricigo, o emplacamento de veículos rebocados girará de 28 mil a 30 mil unidades. Para ele haverá liquidez no mercado, resultado da queda de juros, que também influenciará na busca de outras formas de financiamento, como CDC e leasing.

 

“Estes produtos estarão, em 2018, ainda mais competitivos.”

 

Ele também confirmou, durante encontro com jornalistas na Fenatran, aporte de US$ 15 milhões até 2022. No curto prazo serão investidos US$ 2,5 milhões na ampliação da fábrica de Içara 2 em mais 7,5 mil m². Também há investimento para a aquisição de gabaritos automatizados e robôs para solda mig, medida que repercutirá em ganhos de produtividade. Spricigo anunciou para 1º de novembro a reabertura da unidade de Içara 1, fechada em função da reestruturação do grupo para fazer frente à crise. A medida deverá resultar na contratação de cem funcionários.

 

Os recursos visam a dar suporte ao plano de desenvolvimento de novos produtos e de fortalecimento de ações no mercado externo, que deverá responder por 15% a 20% da receita da empresa – atualmente a participação é de 10%. Paraguai, Chile, Bolívia e Uruguai, hoje os principais mercados da marca, deverão ganhar a companhia, no futuro, de Argentina, Peru e países do continente africano.

 

Em razão da crise a Librelato concentrou suas operações na cidade de Içara, agora também matriz do grupo. Em Orleans, onde ficava a sede central, a estrutura é ocupada quase que exclusivamente pela Libremac, joint-venture da empresa com a italiana Themac, fabricante de equipamentos para coleta de lixo.

 

Na Fenatran a empresa apresenta o contêiner metálico para resíduos de 3,2 m³, o coletor compactador Optimus e a plataforma auto-socorro.

 

Spricigo disse que este segmento, embora de grande potencial, passa por momento de dificuldades. A principal é a alta inadimplência das prefeituras com as empresas que atendem à atividade de coleta e compactação do lixo. Levantamento da entidade que representa o setor aponta dívida das prefeituras de R$ 15 bilhões.

 

Dentre as novidades expostas pela Librelato o diretor comercial Pedro Bolzoni citou o modelo graneleiro, totalmente remodelado e que ganhou características premium. Com caixa mais leve e resistente o equipamento tem peso 7% menor: 7,7 mil quilos. A Librelato ainda lançou rodotrem canavieiro com capacidade de carga de 91 toneladas, produto que faltava em seu mix.

 

Também ingressou na linha de equipamentos para cargas frigorificadas, com os modelos paleteiro e gancheiro. A meta é entregar cerca de vinte unidades mensais a partir de 2018. O quarto lançamento é o tanque inox com tecnologia embarcada: segundo Bolzoni é o mais leve do mercado, mas com maior capacidade de transporte, de 47 mil litros, 5% a mais do que os concorrentes.

 

Fotos: Divulgação

BMW: Novo X3 chegará no primeiro semestre de 2018

Apresentada mundialmente há pouco mais de um mês, durante o Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt, na Alemanha, a terceira geração do BMW X3 desembarcará no Brasil no primeiro semestre de 2018, informou a empresa. Desde o lançamento da primeira geração, em 2003, o modelo acumula mais de 1,5 milhão de unidades vendidas no mundo até o momento.

 

Foto: Divulgação

 

Volare vende 16 ônibus para Exclusiva Turismo

A Volare, empresa de micro-ônibus da Marcopolo, vendeu 16 ônibus para a Exclusiva Turismo, operadora de transporte de Campinas, SP. São nove unidades do modelo W9 e sete do DW9, todas na versão executivo com capacidade para 31 passageiros.

 

Os veículos são equipados com faróis e lanternas em LED, poltronas revestidas com espuma visco-elástica, que se molda ao corpo do passageiro, e piso amadeirado. Eles também possuem sistema de ar-condicionado de teto e atendem ao padrão Artesp/EMTU.

 

Segundo João Paulo Ledur, gestor do negócio da companhia, a parceria com a Exclusiva ocorreu no início de atividades da fabricante. Em 1998, foi a primeira empresa a adquirir um veículo da marca na região e, desde então, já foram entregues mais de 100 veículos para a empresa de Campinas. Atualmente, possui na frota 64 Volare.

 

Foto: Divulgação/Fernando Camargo

Kia investirá R$ 165 milhões em seu revival no Brasil

Nos últimos cinco anos a Kia Motors encolheu por aqui. Em 2011, seu melhor momento de mercado, comercializou 80 mil veículos para uma rede de 180 concessionárias e este ano, com rede reduzida pela metade, as vendas ficarão na faixa das 8 mil unidades. A crise econômica certamente tem sua parcela de culpa na queda mas, segundo José Luiz Gandini, presidente da Kia Motors do Brasil, o maior vilão atende pelo nome de Inovar-Auto. O programa, lançado em 2012, obrigou cada importadora ao limite de 4,8 mil veículos por ano. Acima desta cota pagava-se IPI extra de 30 pontos porcentuais, além dos 35% regulamentares.

 

O fim do Inovar-Auto, marcado para 31 de dezembro, é, portanto, motivo de fogos e d artifícios para Gandini. O Rota 2030, programa que o sucederá, não terá cotas e poderá dispor de IPI extra de, no máximo, 10 pontos porcentuais – e não apenas para importados. Com as novas regras o empresário projeta crescimento de 250% nas vendas: de 8 mil unidades, previstas para 2017, para 20 mil no ano que vem. A Kia vende no Brasil veículos fabricados na Coreia do Sul, no México e no Uruguai.

 

Gandini anunciou na quinta-feira, 19, investimento de R$ 165 milhões no Brasil. Deste total R$ 50 milhões serão para o estabelecimento de novas concessionárias, R$ 45 milhões para publicidade e marketing, R$ 35 milhões para o centro tecnológico em construção em Salto, SP. E R$ 30 milhões para softwares e equipamentos e R$ 5 milhões para adequação dos estoques de peças originais de reposição e treinamento de funcionários.

 

Gandini também desabafou: “Tivemos que desmontar muitas partes da empresa. É hora de reconstruir, de fazer minha empresa renascer”.

 

O número de concessionárias deve crescer, de noventa para 115 até o fim do ano que vem. As dez primeiras serão inauguradas já em janeiro em São Paulo, Campinas, SP, Campo Grande, MS, Campos de Goytacazes e Cabo Frio, RJ, Juiz de Fora, MG, Salvador, BA, e Vila Velha, ES. De acordo com ele a  nova realidade da Kia no Brasil criará 1,3 mil novos empregos e pode gerar para os cofres públicos impostos de até R$ 1,2 bilhão.

 

Dos 20 mil veículos a serem comercializados no ano que vem o Sportage, que deverá responder por 40% do volume, receberá mais opções de versões. A Kia também anunciou que, finalmente, começará a importação do Rio, um hatch com motor 1.6 16V produzido no México, que deve começar a ser vendido em março. Outra novidade é o esportivo Stinger, seu lançamento mundial: uma das versões terá motor biturbo de 370 cv, e sua chegada está prevista para abril. O Picanto, já reestilizado, passará a ser importado da Coréia a partir de janeiro apenas em uma versão topo de linha — “Não queremos brigar no mercado de entrada. A ideia é vender cem carros por mês”.

 

O Cadenza também deve voltar ao rol de produtos da empresa em abri, com motor 3.3 com tecnologia GDi e 290 cv.

 

Fonte: Divulgação

FCA investe R$ 18 milhões em simulador que reduzirá custos

A FCA lançou na quarta-feira, 18, o SIMCenter, primeiro centro de simulação de dinâmica veicular da América Latina, sendo também um dos únicos com essa tecnologia no mundo, segundo a empresa, como parte de seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento, P&D, dentro do Inovar-Auto, investindo mais de R$ 18 milhões, financiado pelo BNDES. De acordo com Leandro Quadros, seu engenheiro de produto, o simulador é mais uma prova dos benefícios do Inovar-Auto: “Sem o apoio do programa, provavelmente não teríamos instalado o simulador no Brasil neste momento”.

 

O simulador ficará na sede da PUC-MG ao longo do período de testes, que aceitou a parceria oferecida pela empresa, com 50% das horas de uso destinados à FCA e a outra metade aos alunos de engenharia da universidade, pois acredita que lá é um dos melhores lugares para manter o equipamento: “Desenvolveremos nossas tecnologias, mas também deixaremos que os alunos trabalhem em outras áreas e participaremos do que for interessante para a FCA que seja desenvolvido pelos estudantes. Este projeto também ajudará no desenvolvimento de pessoas que, no futuro, poderão integrar o nosso time”.

 

A expectativa da fabricante é reduzir os custos de desenvolvimento de produto com o simulador, que tem potencial para melhorar a realidade dos testes e reduzir tempo de trabalho da empresa. Inicialmente, eles são voltados para as áreas de suspensão, amortecedores, direção e frenagem, mas no futuro será possível testar diversas outras partes.

 

O SIMCenter é formado por uma tela, na qual um ambiente urbano é simulado, e a carroceria de um Renegade 1.8 Flex adaptada – não tem rodas e eixo traseiro e capta as informações do desempenho do motorista para, depois, enviá-las a um computador para serem processadas. Nesta central, são analisados o comportamento do motorista e todas as informações testadas do veículo. Antes do simulador, os testes eram feito em ambiente  off-line, sem participação do motorista. No futuro, outros modelos terão suas informações executadas no simulador. Para trazer o aparato para o Brasil, a FCA visitou outros instalados em diversos países para avaliar as tecnologias disponíveis: “Fomos conhecer os simuladores mais modernos pelo mundo e trouxemos para cá um dos mais realistas que existe no mercado”.

 

Para realizar os testes, a FCA digitalizou o circuito de Hockenheim, que existe na Alemanha, e também a pista de testes de Balocco, Itália. A digitalização é feita por meio de veículos equipados com sensores a laser que armazenam todas as informações da pista e do que tem ao redor, para transformar essas informações em uma pista digital. Para ter novas pistas disponíveis no equipamento, a empresa buscará parcerias no mercado, pois o custo de digitalização é considerado alto.

 

Primeiro contato. A sensação ao dirigir o simulador é bem próxima da real, pois reproduz até os sons do motor e dos pneus em contato com a pista. Apenas o freio precisa receber uma calibração melhor, pois demora a responder e não transmite a sensação de uma frenagem real, mas a FCA trabalhará nessas melhorias. Internamente, todas as informações do veículo e do motorista são captadas pela central, onde engenheiros da empresa acompanham todos os testes. No futuro, caso seja necessário, a empresa poderá testar veículos 24 horas por dia, adiantando o processo, pois o simulador é capaz de criar todo o tipo de condição para teste.

 

Foto: Leo Lara

GM: Pamela Fletcher assume área de veículos elétricos.

A General Motors indicou, na quinta-feira, 19, Pamela Fletcher como vice-presidente de programas de veículos elétrico globais. Com 51 anos ela era a engenheira chefe de carros eletrificados.

 

Em seu novo cargo Fletcher liderará o programa de desenvolvimento do portfólio de veículos elétricos da companhia, que pretende lançar mais devinte modelos movidos a energia elétrica e a célula de hidrogênio até 2023, sendo que os dois primeiros serão lançados no próximo ano e meio, segundo o site GuiaMotor.

 

Durante sua carreira na GM a executiva teve papel importante na engenharia de veículos elétricos, supervisionando o desenvolvimento do Chevrolet Volt híbrido plug-in e do Chevrolet Bolt EV, que foi indicado como Carro do Ano na América do Norte.

 

Foto: divulgação

Marcopolo vende 25 ônibus urbanos para a Coesa

A Marcopolo vendeu 25 unidades do ônibus urbano Torino para a Coesa Transportes, operadora de transporte público em São Gonçalo, RJ. Os veículos fazem parte do programa de renovação de frota da empresa e serão utilizados no transporte de passageiros em cidades da região.

 

O veículo é montado sobre o chassi Mercedes-Benz OF 1721, dotado de suspensão a ar, duas portas de acesso e comprimento total de 12 m 20. Os modelos desenvolvidos para a Coesa possuem, ainda, sistema de ar-condicionado, câmaras de monitoramento, rádio com MP3, catraca e elevador.

 

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Iniciada produção do Ford Ecosport na Romênia

A Ford iniciou a produção do modelo Ecosport em Craiova, na Romênia, para atender o mercado europeu, que até então era abastecido pela Índia. O objetivo é acompanhar o avanço dos utilitários esportivos compactos, o segmento que mais cresce no continente. Segundo a fabricante, as vendas de utilitários esportivos cresceram 27% em 2016 nos vinte principais mercados europeus e responderam por mais de um quarto dos emplacamentos de automóveis de passageiros.

 

A fábrica romena será a única a fornecer o modelo para a Europa, exceto a Rússia, que produz o modelo para o seu próprio mercado. A linha vai atender 56 diferentes mercados em quatro continentes, como Reino Unido, Nova Caledônia, na Oceania, Turcomenistão, na Ásia Central, e África do Sul. No total, a Ford investiu mais de € 1 bilhão na fábrica da Romênia desde a sua incorporação em março de 2008. A unidade também produz o motor Ecoboost 1.0.

 

Steven Armstrong, presidente da Ford na Europa, Oriente Médio e África, disse durante solenidade que marcou a produção da primeira unidade do modelo: “O Ecosport é um exemplo de como a Ford está impulsionando os negócios com base nos pontos fortes da marca, incluindo SUVs de classe mundial. Este é o momento certo de localizar a produção na Europa para atender às necessidades dos consumidores”. As vendas de SUVs da Ford cresceram mais de 30% em 2016 e já avançaram 27% nos primeiros oito meses de 2017 na região, informou a companhia.

 

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