Mercedes-Benz contrata em Juiz de Fora

Depois de anunciar investimento de R$ 2,4 bilhões no Brasil de 2018 a 2022 a Mercedes-Benz providencia o aumento de seu quadro de funcionários: quarenta novos trabalhadores, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora e Região, para a linha de produção do caminhão Actros. Na semana passada, durante a Fenatran, o presidente Philipp Schiemer, já antecipava essas contratações: “Já estamos contratando trabalhadores para a fábrica de Juiz de Fora”.

 

Schiemer não confirmou o número de vagas, o que foi feito pelo presidente do sindicato, João César da Silva: “Contrataram quarenta funcionários para trabalhar na linha de produção do Actros, com prioridade para quem participou do curso do Senai dentro da fábrica e para ex-funcionários que têm interesse em voltar. Também existe a possibilidade de serem abertas mais vagas em 2019, mas a empresa ainda não confirmou”.

 

A Mercedes-Benz mantém uma unidade do Senai dentro da fábrica de Juiz de Fora, MG, onde o curso dura um ano com a possibilidade de os alunos, depois, trabalharem mais um ano como aprendizes e serem contratados.

 

Mas para a fábrica de São Bernardo do Camnpo, SP, não existe a expectativa de novos empregos, contou Schiemer: “Estamos trabalhando, lá, com quadro de funcionários muito bem ajustado, produzindo em um turno e com a possibilidade de abrir o segundo sem precisar de novas contratações. Mas se o mercado requerer nós contrataremos”.

 

Atualmente 740 funcionários estão empregados na fábrica de Juiz de Fora, que produz apenas caminhões, operando em turno único, enquanto a de São Bernardo do Campo tem 7,7 mil, produzindo chassis de ônibus e caminhões. A maior parte do investimento anunciado para 2018-2022 será usada na fábrica de São Bernardo — mas as duas serão modernizadas, assim como suas linhas de produtos. A Mercedes-Benz também se prepara para aumentar a conectividade de seus veículos e para se adequar às futuras mudanças nas normas de emissões de poluentes.

Mitsubishi: funcionários aceitam proposta e encerram greve

Funcionários da fábrica da Mitsubishi de Catalão, GO, encerraram na terça-feira, 24, a greve que paralisou a produção da empresa desde o dia 16. A proposta oferecida pela companhia e aprovada pelos funcionários oferece R$ 5,56 mil de PLR e R$ 2,5 mil de abono, vale alimentação de R$ 380, cesta de natal de R$ 800 e reajuste salarial de 2% a partir de janeiro, percentual superior à previsão de inflação para o período da data-base, em novembro.

 

O plano de cargos e salários da empresa, que atualmente está suspenso, será retomado a partir de junho de 2018. Todos os funcionários também terão estabilidade de emprego até o dia 31 de dezembro deste ano. Do total de dias parados, os trabalhadores vão repor apenas três. Além disso, o acordo fechado garante que a montadora deve discutir com o Sindicato de Catalão toda e qualquer mudança viabilizada pela reforma trabalhista antes de ser aplicada.

 

Em Catalão são produzidos os modelos da linha L200, Lancer, ASX, Pajero e também o Suzuki Jimny. A fábrica tem capacidade instalada para 110 mil unidades por ano. Atualmente, por dia, são fabricados por volta de 140 veículos, informou o sindicato. De acordo com dados da Anfavea, de janeiro a setembro, foram emplacados 9 mil 157 veículos Mitsubishi, queda de 19,9% na comparação com o volume registrado no mesmo período do ano passado: 11 mil 442 veículos. Os emplacamentos dos veículos Suzuki chegaram a 3 mil 242 unidades nos nove meses do ano, 23,5% mais do que em 2016.

 

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Classe B deve pautar indústria, diz consultor

A expectativa de um crescimento econômico por classes diferente do que aconteceu no passado recente brasileiro deverá causar uma mudança no perfil do mercado automotivo. Segundo o consultor João Morais, da Tendências Consultoria, a classe B tem maior possibilidade de crescimento em médio prazo, na comparação com a classe C. “O nível de desemprego começa a cair, mas em uma velocidade mais baixa do que no passado”, diz Morais. “Isso deixará o mercado de trabalho mais competitivo, afetando diretamente a classe C, que tende a crescer menos, assim como sua renda, enquanto as classes mais altas, principalmente a B, crescerão mais”.

 

De acordo com Morais isso trará uma demanda maior por veículos que não são, especificamente, os de entrada. Essa mudança no cenário econômico mudará também a busca do consumidor brasileiro por carros novos: “Com o crescimento maior da classe B, a demanda será por carros mais bem equipados, com mais tecnologia embarcada, fazendo com que outros segmentos cresçam mais do que o de entrada”, projeta o consultor. “Com a crise, o segmento que mais caiu foi o de entrada, pois o consumidor desses carros também foi o mais afetado. Com a retomada da economia, não acredito que eles ganhem o mesmo espaço do passado, principalmente pela dificuldade de acesso ao crédito que a classe C terá – entradas maiores e prazos menores para quitar as parcelas”.

 

Morais afirma que nos últimos anos, algumas empresas sofreram mais que outras. Segundo o consultor, isso é reflexo do posicionamento errado de alguns produtos: “Fiat e Volkswagen foram as que mais perderam durante a crise. Um dos fatores para isso ter acontecido foi o preço alto dos carros de entrada, com pouca oferta de equipamentos, enquanto outras montadoras perceberam as mudanças e ofereceram carros mais completos e com preços próximos aos de entrada”.

 

Mais recentemente, Fiat e Volkswagen começaram a tentar recuperar o tempo perdido e mostraram suas armas para enfrentar a nova tendência. A Fiat trouxe o hatch Argo, com a missão de substituir o Punto e o Bravo, seus extintos modelos hatches – sendo o segundo um médio premium. O preço do Argo varia de R$ 46,8 mil a R$ 70,6 mil, conforme a versão. O carro é vendido com três opções de motor e câmbio.

 

O lançamento mais importante da Volkswagen no ano foi o Polo, que chegará ao mercado para cobrir uma faixa de mercado que vai de R$ 49 mil 990 a R$ 69 mil 190, com boa lista de equipamentos desde a versão de entrada e três opções de motorização.Como o Argo, o Polo também quer brigar no segmentos dos hatches mais bem equipados, onde estão algumas versões do HB 20 e do Onix, dois sucesso de venda no Brasil.

 

Mitsubishi quer âEURoereconstruirâEUR confiança

A Mitsubishi divulgou na terça-feira, 24, o plano Drive For Growth, que visa um crescimento sustentável e lucrativo para os próximos três anos. Considerada “ousada” pela empresa, a estratégia prevê o lançamento de 11 modelos – seis completamente novos e cinco atualizações. É a primeira grande notícia da empresa japonesa desde que entrou no grupo Renault-Nissan.

 

Os lançamentos serão voltados para o segmento de SUVs e picapes com tração 4×4. A intenção é lançar duas novidades por ano e ganhar participação em mercados como China, Estados Unidos, Japão e Oceania.

“O Drive for Growth é um novo roteiro para a Mitsubishi Motors. Vamos reconstruir a confiança em nossa empresa”, disse o presidente Osamu Masuko.

 

A Mitsubishi pretende aumentar suas vendas globais para 1,3 milhão de veículos por ano, investindo US$ 5,3 bilhões nos futuros lançamentos. A expectativa da empresa é elevar a receita em 30%, com o lucro operacional passando de 0,3%, no ano fiscal de 2016, para 6%, em 2019.

 

Para atingir essas metas, a empresa vai inaugurar uma fábrica na Indonésia e abrir novas concessionárias nos Estados Unidos, onde a empresa quer aumentar suas vendas em 30% até 2019, e na China, onde a Mitsubishi pretende dobrar o número de concessionárias e mais que dobrar o volume vendido no mesmo período. A empresa também pretende reduzir seus custos de produção na ordem de 1,3% ao ano.

MWM quer economizar R$ 920 mil com embalagens

A MWM divulgou na terça-feira, 24, que a parceria com a Reciclapac, empresa focada no desenvolvimento de embalagens sustentáveis e reuso, deve gerar economia de R$ 920 mil ao ano a partir de 2018.

 

Com uso da tecnologia upcycling, o projeto visa aumentar o ciclo de vida das embalagens, dando a elas múltiplos usos. “Com a adoção total da proposta feita pela Reciclapac, que deve acontecer no próximo ano, a MWM vai evitar a derrubada de 22 mil árvores/ano”, diz Paulo Rolin, diretor de compras e logística da empresa.

 

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Transportes movimentam indústria do alumínio

O consumo de produtos transformados de alumínio no mercado doméstico cresceu 2,1% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2016, segundo os dados da Associação Brasileira de Alumínio, ABAL.

 

O uso do produto saltou de 588,4 mil toneladas para 600,9 mil toneladas nos primeiros seis meses do ano. Segundo a associação, o crescimento foi puxado, principalmente, pelo segmento de transportes, com aumento de 12,6%. Outro segmento que se destacou foi o de energia, por causa do mercado de energia solar fotovoltaica, considerado promissor pela ABAL.

 

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Vedação pode dar âEURoeOscarâEUR à Cooper Standard

A Cooper Standard é finalista da 24ª edição do Premier Automotive Suppliers Contribution to Execellence, A premiação, considerada uma das mais importantes da área de tecnologia, acontecerá nos Estados Unidos, em abril. A empresa foi indicada ao prêmio por causa do Fortrex, material de vedação que, segundo a Cooper Standard proporciona economia de peso de até 30% e evita problemas de compressão.

Mitsubishi: proposta rejeitada por funcionários

Funcionários da fábrica da Mitsubishi de Catalão, GO, em greve desde o dia 16, recusaram a proposta feita pela empresa em assembleia realizada na segunda-feira, 23. A fabricante ofereceu valores de participação dos lucros e reajuste salarial abaixo dos pleiteados pelos trabalhadores, informou o Sindicato de Catalão. Eles mantêm a greve até a terça-feira, 24, quando será realizada nova assembleia entre as partes.

 

A Mitsubishi ofereceu R$ 5,4 mil de PLR, enquanto que os funcionários pedem R$ 7 mil. De acordo com Thiago Cândido Ferreira, secretário geral do sindicato, 90% dos funcionários aderiram à paralisação. Em Catalão são produzidos os modelos da linha L200, Lancer, ASX, Pajero e também o Suzuki Jimny. A fábrica tem capacidade instalada para 110 mil unidades por ano. Atualmente, por dia, são fabricados por volta de 140 veículos, informou o sindicato.

 

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Produção de aço mantém crescimento

De janeiro a setembro saíram dos fornos das usinas brasileiras 25 milhões 468 mil toneladas de aço bruto, produção que supera em 9,1% o volume beneficiado no mesmo período no ano passado e indicador de que a atividade industrial manteve crescente o consumo do material já registrado em agosto, quando a produção atingiu o nível de 2015, superando as 20 milhões de toneladas, informou a Worldsteel na segunda-feira, 20. A produção de laminados, um dos principais insumos da indústria automotiva, foi de 16,6 milhões de toneladas no mesmo período, incremento de 4,7% frente ao acumulado nos nove primeiros meses de 2016.

 

A produção, em setembro, foi de 2 milhões 959 mil toneladas, alta de 7,6% na comparação com o volume de agosto. O consumo aparente foi de 1,8 milhão de toneladas em setembro, 9,1% a mais do que o registrado no mesmo mês de 2016. As vendas internas cresceram 5,4% na mesma base de comparação, totalizando 1,5 milhão de toneladas. O setor automotivo ajudou a puxar o consumo de aço no mês passado: foram produzidos 236,9 mil veículos.

 

Fato é que os bens de consumo estão mantendo a ocupação das usinas brasileiras acima dos 70% este ano: em setembro, por exemplo, a utilização da capacidade das usinas esteve em 73,5%. Afora o desempenho positivo de alguns setores da economia outro fator significativo para o bom resultado da indústria do aço foi a reativação da produção da CSP, Companhia Siderúrgica do Pecém, no segundo semestre de 2016

 

Por isso a inexistência de dados da CSP no primeiro semestre de 2016 mantém a base de comparação baixa ao mirar o mesmo período de 2017, criando distorções que desaparecerão a partir de janeiro, segundo informações do Instituto Aço Brasil. Ao retirar a CSP da base de comparação do acumulado janeiro-setembro frente ao mesmo período do ano anterior a produção de aço bruto cresce apenas 3,5%, e não 9,1%.

 

No contexto global a China segue como o maior produtor mundial de aço: de janeiro a agosto produziu 638 milhões 731 mil toneladas, 6,3% a mais do que o volume produzido no mesmo período do ano passado. O Japão vem na sequência, com 78 milhões 265 mil toneladas, queda de 0,2% sobre o mesmo período do ano anterior. Crescimento também foi verificado também na Índia, terceiro maior produtor global, 75 milhões 293 mil toneladas, mais 5,1%. Fecham o grupo dos cinco maiores produtores Estados Unidos, com 61 milhões 453 mil toneladas, e Coreia do Sul, com 52 milhões 819 mil.

 

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