Renault cria divisão focada apenas em energia elétrica

O Grupo Renault criou uma nova subsidiária, a Renault Energy Services, com foco exclusivo no setor de energia e smart grids, componente que considera fundamental para a mobilidade elétrica. O informe foi feito na quarta-feira, 25.

 

A empresa investirá em projetos com foco básico e exclusivo em redes elétricas inteligentes, que são smart grids, com a intenção de estabelecer parcerias ainda mais estreitas com outras empresas igualmente desenvolvedoras do setor de energia para criar projetos de recarga inteligente e de segunda vida para as suas baterias.

 

Gilles Normand, diretor mundial de veículos elétricos da Renault, disse que “com a criação da Renault Energy Services estamos dando um grande passo hoje. Investir em smart grids é um fator determinante para fortalecer nossa liderança em veículos elétricos na Europa e acelerar a mudança de escala deste segmento”.

Fras-le anuncia venda de peças pela internet

A fabricante de autopeças Fras-le anunciou na quinta-feira, 26, que venderá componentes pelo Canal da Peça, uma plataforma digital de comercialização de peças automotivas com quem a fabricante costurou parceria. A empresa informou que decidiu investir numa solução digital mais completa para estreitar o relacionamento com o cliente por meio de informações sobre manutenção. Segundo Felipe de Carvalho, gerente de marketing da empresa, a plataforma possibilitará o reforço da imagem da marca e o compartilhamento de informações sobre a empresa e os produtos. Por meio dela poderá ser acessado o catálogo eletrônico dos componentes.

Grupo Renault cresce no Brasil e no mundo

O Grupo Renault divulgou na quarta-feira, 25, balanço de vendas e resultados no terceiro trimestre, no qual as vendas globais cresceram 9,4%, para 866 mil 233 unidades, assim como sua participação de mercado avançou para 3,8%, com crescimento de 0,2% na comparação com o mesmo período de 2016. O faturamento também cresceu, com avanço de 9,8%, para 11,6 milhões de euro. Na região das Américas, que engloba o Brasil, as vendas cresceram 14%, enquanto o mercado total cresceu 7,1%, e sua participação de mercado cresceu 0,4 ponto porcentual, para 7,3%.

 

O grupo destaca que está aproveitando a plena recuperação do mercado brasileiro, onde as vendas cresceram 24,8% e a participação de mercado chegou a 8,5%, alta de 0,7 ponto porcentual, graças ao bom desempenho do SUV Captur e do subcompacto Kwid. O crescimento na Argentina também ajudou o grupo a aumentar as vendas em 7,7% no país.

 

Na Europa as vendas cresceram 4,9%, e o mercado progrediu 1,4% no terceiro trimestre. A participação de mercado da Renault chegou a 9,9%, aumentando 0,3 ponto porcentual: o grupo credita esse crescimento ao lançamento do Koleos e o sucesso do elétrico ZOE, que emplacou 6 mil 665 unidades e cresceu 67%.

 

A expectativa para o Brasil é de crescimento de até 8% este ano, enquanto que para o mercado mundial projeta aumento de 2% a 3%, fazendo crescer a previsão anterior, que era de 1,5% a 2,5%. Avaliando apenas a Europa o crescimento poderá chegar a 3%, com previsão anterior de 2%.

Grupo JSL investe R$ 11 milhões em revenda MAN

A MAN Latin America inaugurou concessionária, em Caxias do Sul, RS, para atender ao polo metalmecânico e aos setores moveleiro e de logística da região. A Transrio, que tem 4 mil m² de área construída e está localizada às margens da rodovia RSC-453, demandou investimento de R$ 11 milhões, informou a fabricante na quinta-feira, 26.

 

A nova loja foi projetada para atender a 47 municípios do Rio Grande do Sul. A empresa destacou como principais novidade do espaço o box passante para a circulação e o atendimento de caminhões tratores sem necessidade de desatrelar o implemento rodoviário.

 

A Transrio faz parte do Grupo JSL, que tem matriz no Rio de Janeiro, RJ, e filiais em catorze municípios no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo e Tocantins. No território gaúcho, além de Caxias do Sul, a rede tem operações em Eldorado do Sul, Pelotas e São Leopoldo.

 

Foto: Divulgação

Compartilhamento de carros já é realidade

O mercado de compartilhamento de carros ainda está engatinhando, no Brasil, mas algumas empresas já apostam nessa prestação de serviço, caso da Urbano Car Sharing, que faz parte do LDS Group, que tem investimento programado de R$ 25 milhões até março para a compra de novos veículos. A empresa já tem o aplicativo disponível para smartphones e começou a colocar sua frota na rua este mês.

 

A tecnologia usada pela Urbano Car Sharing é da Vulog, empresa que atua no segmento de compartilhamento de veículos há mais de dez anos, na França. O sistema permite o monitoramento dos carros à distância, desde onde estão circulando até o modo de dirigir do motorista, como a velocidade. Essa tecnologia foi instalada em todos os carros da empresa, disse o diretor de marketing Vinicius Romano:

 

“Nossos veículos já foram testados por algumas empresas que fecharam pacotes de minutos e agora podem ser usados por qualquer usuário”.

 

A Urbano tem 77 carros disponíveis, sendo 67 Smart e dez BMW i3 — o primeiro é dotado de motor a combustão interna e o segundo é elétrico –, e está negociando a compra de mais cem carros elétricos com duas montadoras.

 

Para usar o serviço é necessário baixar o aplicativo, preencher cadastro, concordar com os termos de uso, enviar imagem da CNH válida e cadastrar um cartão de crédito para que a cobrança seja feita. Os usuários pagarão R$ 1,20 por minuto de uso do carro.

 

O aplicativo mostrará num mapa a localização do cliente e a dos carros mais próximos. Depois é só clicar no carro desejado e ele ficará reservado nos próximos 15 minutos, tempo que o usuário terá para chegar até o carro e, com mais um clique no aplicativo, destravá-lo. Ao entrar basta pegar a chave, que fica no porta-luvas, dar a partida e sair. Se por acaso o nível de combustível estiver baixo e o motorista se dispuser a abastecê-lo utilizará um cartão de crédito, que também fica no porta-luvas — e ganhará minutos de uso do carro como bâonus pelo serviço que prestou. A Urbano conta com equipe de rua para limpar os carros quando necessário e para levá-los ao abastececimento.

 

Depois de utilizar o carro o cliente deixa-o estacionado em uma das oito zonas de 1 km² que a empresa já tem disponível, espalhadas por bairros como Moema, Brooklin, Vila Madalena, Chácara Santo Antonio, Pinheiros, Vila Olímpia  e na avenida Paulista, com uma luz verde interna indicando que ele está dentro da zona demarcada. O carro pode ficar parado em qualquer área de Zona Azul e está fora do rodízio semanal.

 

Carro estacionado e chaves no porta-luvas, ao cliente resta finalizar a corrida no aplicativo, travando novamente o carro.

 

Para Romano esse sistema de zonas para deixar o carro é um dos diferenciais do seu projeto: “Outras empresas oferecem serviços parecidos, mas você não pode deixar em qualquer lugar, tem que pegar no ponto A e devolver no mesmo ponto A, enquanto o nosso sistema permite que o usuário deixe o carro na rua, em diversos bairros”.

 

A empresa também acredita que o Brasil tenha capacidade para receber 20 mil carros elétricos em muito pouco tempo e espera que novos concorrentes apareçam no mercado: “Novos concorrentes nos ajudarão a crescer, mostrando ao público a vantagem de sair de casa e usar todo tipo de transporte disponível, deixando o carro em casa. Para cada carro compartilhando circulando nós acreditamos que seja possível tirar das ruas de treze a quinze veículos”.

 

O LDS Group, responsável pela criação da Urbano Car Sharing, está no mercado há mais de dez anos, oferecendo serviços de locação de veículos de luxo, com e sem motorista, para consulados, embaixadas e traslado de músicos e de pilotos da Fórmula 1.

MAN vende 70 caminhões à transportadora de MG

A MAN Latin America anunciou na quarta-feira, 25, a venda de setenta caminhões TGX 28.440 para a transportadora Lenarge, de Sabará, MG. Quarenta veículos já estão em operação para transportar insumos siderúrgicos nas regiões sudeste e centro-oeste. A empresa decidiu expandir a frota após observar crescimento do faturamento nos últimos três anos.

 

De acordo com Marcio Afonso de Moraes, sócio-proprietário da transportadora, a decisão pelo investimento se deve aos resultados atingidos com os modelos TGX em sua frota ao longo dos últimos anos. Hoje com 300 mil quilômetros rodados, as unidades mantém o desempenho, sem paradas para manutenções corretivas, afirmou o executivo.

 

Os veículos carregam cerca de 35 toneladas de granéis para insumos siderúrgicos e de mineração, mas também para a indústria de celulose. São de 200 a 1,5 mil quilômetros por viagem. O contrato firmado com a Lenarge contempla os serviços MAN Service Prev e a ferramenta de telemetria MANGuard.

 

Foto: Divulgação

Abre as portas espaço dedicado à história do jornalismo automotivo

Um espaço dedicado exclusivamente ao jornalismo. Mais especificamente ao jornalismo automotivo. Este é o MIAU, sigla sugestiva para Museu da Imprensa Automotiva, uma realização do jornalista Marcos Rozen, ex-editor e colaborador frequente de AutoData, que se tornou verdadeira na quarta-feira, 25. Aberto ao público o MIAU tem a humilde pretensão de reunir uma história que estava perdida nos porões das editoras, nas casas de jornalistas especializados e de entusiastas pelo mundo automóvel, todos doadores do seu acervo.

 

O primeiro, e histórico, apoio é da Audi.

 

Organizado em dois andares na Vila Romana [rua Marcelina, 108], em São Paulo, a visita é uma viagem no tempo da indústria automotiva retratada por diversos veículos de comunicação. Ali estão a primeira revista automotiva do País, a Revista de Automóveis, lançada no Rio de Janeiro, RJ, em 1911, a primeira edição de Quatro Rodas, de agosto de 1960, o primeiro exemplar de AutoData, de outubro de 1992, dentre muitas outras raridades.

 

O museu reúne grande acervo de fotos e conteúdos produzidos por jornalistas em rádio e TV e veículos impressos, além de campanhas publicitárias de veículos das principais marcas, com destaque para o Chevrolet Opala. Aliás, um Opala – que está em perfeitas condições – é usado como cinema apresentando os vídeos deste que foi um dos ícones da indústria automotiva nacional: o visitante senta-se no banco do motorista e assiste a filme de pouco mais de 20 minutos.

 

Há espaço para fazer consultas dos modelos lançados no Brasil por meio dos press releases utilizados pelos jornalistas na apresentação desses produtos. Máquinas de escrever, vídeos e câmeras do século passado e diversos objetos como canetas, bonés e presentinhos oferecidos pelas fabricantes aos jornalistas durante eventos também compõem o acervo do MIAU.

 

Rozen sintetiza bem o espírito desse espaço em um post no Facebook no momento da inauguração para a imprensa, na terça-feira, 24 – claro, os próprios jornalistas automotivos tiveram o privilégio, assim como é nos lançamentos dos veículos, de ser os primeiros a visitar o espaço:

 

“Só o que podemos fazer é humildemente agradecer a todos que ajudaram e ajudam essa ideia a se concretizar. Ao contrário do que possa parecer o MIAU não é uma iniciativa individual, mas sim uma conjunção de iniciativas de quem se preocupou em preservar a história e a contar essa história. 75% do nosso acervo vieram de doações, de jornalistas e não jornalistas, e sem elas o MIAU sequer sonharia em existir. E a isso se soma as doações de tempo, energia, esforços e trabalho de todos, um pouquinho de cada um, que transbordaram nessa realidade. O MIAU é de todos os que atuam, atuaram ou admiram o jornalismo automotivo, que justamente fizeram e ainda fazem a história que hoje temos a honra de contar e mostrar”.

 

Fotos: MIAU

Copom reduz 0,75 ponto da Selic para 7,5% ao ano

O Copom, Comitê de Política Monetária do Banco Central, decidiu por unanimidade a redução da taxa Selic em 0,75 ponto porcentual, caindo de 8,25% ao ano para 7,5%. A decisão considerou o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis.

 

O Comitê destaca que o processo de reformas e ajustes necessários para a economia nacional ajudaram na queda da sua taxa de juros estrutural. As estimativas dessas taxas serão continuamente reavaliadas.

BMW mostra versão final do inédito X2

A BMW divulgou na quarta-feira, 25, a versão final do seu modelo X2, carro que deverá chegar ao mercado em março. A empresa não informou versões, nem seus preços, elegíveis para o Brasil. Conceito do X2 foi mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo no ano passado.

 

O X2 tem motor turbo movido a gasolina de 192 cv e diesel de 190 cv e 231 cv, conectados a transmissões de sete ou oito marchas e está sendo tratado pela BMW como um Sport Activity Coupé, SAC.

Cresce faturamento da FCA na América Latina

A FCA registrou faturamento de € 2 bilhões 115 milhões na América Latina no terceiro trimestre, crescimento de 42% frente ao realizado em igual período ano passado. O desempenho positivo na região, segundo a fabricante, se deu em função do volume de exportações dos automóveis fabricados no Brasil para a Argentina e e pelo crescimento das vendas internas ali, onde a empresa deteve 12% do mercado no trimestre. Foram vendidos na região 140 mil veículos Fiat e Jeep, 26% a mais do que no trimestre do ano passado.

 

Na região denominada Nafta, que engloba Canadá, Estados Unidos e México, a receita de julho a setembro chegou a € 16,1 bilhões, a maior receita regional da empresa, ainda que o valor seja menor do que o obtido no mesmo período do ano passado, € 16,8 bilhões. Lá a fabricante atua no mercado com veículos Chrysler, Dodge, Jeep e RAM. Na região foram vendidos 592 mil veículos, volume 6% menor do que o registrado nos mesmos três meses de 2016.

 

No mercado europeu, o segundo mais importante em termos de receita, o faturamento chegou a € 4,9 bilhões, queda de 2%. Lá foram vendidos 285 mil unidades, 3% a menos do que em idêntico período do ano passado.

 

De acordo com balanço divulgado na terça-feira, 24, o desempenho obtido nas principais regiões onde a companhia atua manteve as projeções para sua operação global em 2017. O cenário traçado é de receita de € 115 bilhões a € 120 bilhões e de lucro líquido de cerca de € 3 bilhões. O faturamento total no terceiro trimestre foi de € 26,4 bilhões, queda de 2% na comparação com o obtido no mesmo trimestre de 2016. As vendas totais foram de 1 milhão 51 mil unidades. 

 

Com o fechamento dos números do terceiro trimestre o desempenho da FCA de janeiro a setembro foi positivo em receita e vendas. Nos nove meses a empresa registrou faturamento de € 82 bilhões 58 milhões, crescimento de 1% frente ao obtido no janeiro-setembro de 2016. Nas vendas a alta foi de 2%: 3 milhões 267 mil veículos.

 

Foto: Rafael Neddermeyer