Indústria brasileira perde espaço no mercado mundial

O Brasil vem perdendo importância dentro da economia global revela o estudo Desempenho da Indústria no Mundo feito pela CNI, Confederação Nacional da Indústria. Em dez anos, de acordo com o levantamento, a participação do Brasil caiu tanto na produção como nas exportações: a fatia das exportações brasileiras de produtos manufaturados no total mundial diminuiu 0,24 ponto percentual de 2005 a 2015 e ficou em 0,58%. A participação da China, no período, aumentou 8,83 pontos porcentuais e a da Coreia do Sul 0,55 ponto porcentual.

 

Nos últimos dez anos a participação brasileira na produção mundial de manufaturados caiu 0,9 ponto porcentual, e passou de 2,74% em 2006 para 1,84% em 2016. No mesmo período a fatia da indústria chinesa cresceu 11,80 pontos porcentuais e a da Coreia do Sul subiu 0,56 ponto porcentual.

 

O ritmo de queda da participação da indústria brasileira no total da produção mundial se acentuou, desde 2014, devido ao agravamento da crise econômica interna. Com base nos dados da Unido, organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, a CNI informa que a participação da indústria brasileira na produção mundial caiu 0,24 ponto porcentual de 2015 a 2016, período em que a da China aumentou 0,9 ponto porcentual.

 

O Brasil não perde espaço apenas para China e Coreia do Sul, pois também está atrás do México, um dos seus principais concorrentes na América Latina: de 2005 a 2015 a fatia do México nas exportações de produtos manufaturados aumentou 0,45 ponto porcentual e a do Brasil encolheu 0,24 ponto porcentual.

 

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MAN vende 32 urbanos para Movebuss, de São Paulo

A Man Latin America anunciou na terça-feira, 31, a venda de 32 ônibus urbanos modelo Volksbus 17.230 OD para a  Movebuss, operadora de transporte na cidade de São Paulo. Segundo seu presidente, Antônio Alves de Oliveira, a empresa fez estudo comparativo ao longo de quatro anos para determinar a padronização da frota da empresa com ônibus MAN.

 

O modelo é indicado para operações de transporte urbano e para fretamento. Possui polia adicional para a instalação de ar-condicionado e é equipado com caixa de transmissão ZF 6S 1010 BO de seis velocidades com servo-assistência e troca de marchas acionada por cabos:

 

“Os ônibus Volkswagen são robustos nos trajetos de subida forte, comuns na área em que trafegamos, o torque do motor é excelente e o fato de seguirmos a manutenção preventiva à risca evita, realmente, a manutenção corretiva. Meus veículos não param e eu garanto uma boa economia nesse aspecto, além de dispensarmos o Arla”.

 

Cada ônibus da frota da Movebuss roda em média 7 mil quilômetros por mês nas regiões Leste e Sul da cidade e, segundo Alves de Oliveira, conta com o atendimento da concessionária Tietê, responsável pelo treinamentos para os motoristas para potencializar a operação dos veículos:  

 

“Tenho o apoio total do pós-vendas, tanto no esclarecimento rápido de dúvidas quanto na reposição de peças. A assistência da Tietê e o suporte da própria fábrica são um diferencial: trata-se de uma parceria que deu certo”.

 

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Mercado de híbridos avaliado em US$ 40,9 bilhões. Em 2022.

O mercado de veículos híbridos valerá aproximadamente US$ 40,9 bilhões até 2022, segundo o relatório divulgado pela Markets and Markets. Em 2016 esse mercado encerrou o ano valendo US$ 18,8 milhões.

 

No mesmo período os analistas da empresa acreditam que as vendas de veículos híbridos cresçam de 1,8 milhão de unidades para 4,6 milhões em 2022. Esse aumento será impulsionado por maior demanda de eficiência de combustível e regulamentos rigorosos de emissões em diversos países.

Ford tem receita de US$ 1,5 bilhão na região

O faturamento global da Ford, no terceiro trimestre, alcançou US$ 36 bilhões 451 milhões, resultado da venda de veículos e de serviços financeiros, resultado 1,4% maior do que o registrado no mesmo período em 2016. Na América do Sul a melhora nas condições macroeconômicas, segundo a empresa, gerou o quarto trimestre consecutivo de melhora dos lucros antes de impostos: US$ 1,5 bilhão, que correspondeu à venda de 103 mil veículos, 14 mil a mais do que no mesmo trimestre de 2016.

 

No acumulado do ano, período janeiro-setembro, a companhia também colheu desempenho positivo, US$ 115 bilhões 450 milhões, valor 2% maior do que o obtido no mesmo período do ano passado.

 

Jim Hackett, presidente mundial da companhia, disse que o trimestre demonstrou que a Ford está se adequando para manter a projeções estabelecidas e que a empresa traçou planos para colher os resultados agora: “Também sabemos que devemos acelerar o progresso no curto prazo, ao mesmo tempo em que tomamos as medidas necessárias para redirecionar fundamentalmente nossas operações de negócios para serem mais adequadas ao longo prazo”.

 

Na América do Norte, maior mercado Ford para receita e volume de vendas, foi gerada receita de US$ 20,9 bilhões no terceiro trimestre, US$ 900 milhões a menos do que o valor obtido no mesmo período de 2016. Foram vendidas na região, nos três meses, 650 mil unidades, 37 mil a menos do que as vendas do terceiro trimestre de 2016. Apesar das quedas o desempenho foi considerado equilibrado: “Neste trimestre conseguimos resultados mais equilibrados, com melhorias no crescimento, rentabilidade e fluxo de caixa”.

 

No mercado asiático o lucro antes dos impostos foi recorde para o terceiro trimestre, US$ 289 milhões ante US$ 158 milhões registrados em igual período em 2016. O faturamento na região foi de US$ 3,7 bilhões contra US$ 3,1 bilhões em 2016. Foram vendidos na região 379 mil veículos, 19 mil a menos do que o volume vendido em igual trimestre do ano passado.

 

Na Europa foram vendidos 342 mil veículos Ford de julho a setembro, 22 mil a mais do que o volume de 2016. O faturamento na região foi de US$ 6,9 bilhões, US$ 600 milhões a mais do que o registrado no terceiro trimestre do ano passado.

 

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Exportações da América Latina já crescem 10%

A América Latina e o Caribe deixarão para trás, em 2017, meia década de queda dos preços de sua cesta de exportação e, ain da, alcançarão crescimento de 10% no valor de suas vendas de bens para o Exterior, de acordo com novas estimativas apresentadas na segunda-feira, 30, pela Cepal, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, em Santiago, Chile.

 

Os dados fazem parte do relatório anual Perspectivas do Comércio Internacional da América Latina e do Caribe, que indica que as importações da região também se recuperarão. A entidade projeta alta de 7% nas importações em 2017 após quatro anos de queda. 

 

“Embora se observe uma grande incerteza nos âmbitos macroeconômico, tecnológico e geopolítico em nível internacional, contribuíram para o aumento do comércio da América Latina e do Caribe o maior dinamismo da demanda agregada em alguns de seus principais parceiros comerciais, a recuperação do crescimento na própria região — que se espera cresça 1,2% em 2017 e 2,2% em 2018, após dois anos de recessão —, o maior preço de vários de seus produtos básicos de exportação e o desmantelamento das restrições alfandegárias e não alfandegárias em alguns de seus países.”

 

A recuperação das exportações regionais será liderada pelas vendas para a China e para o restante da Ásia, com aumento em valor de 23% e 17%, respectivamente. As vendas aos Estados Unidos e para a própria região terão expansão de 9% e 10%, respectivamente. Já para a União Europeia a alta será de 6%.

 

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Renault Oroch brasileira chega ao Chile

A Renault apresentou a picape Oroch para o mercado chileno na segunda-feira, 30, marcando a sua entrada no segmento de picapes do Chile, que representa 17% do total, segundo o site Flash de Motor.

 

A Oroch será vendida em duas versões: a de entrada tem motor 1.6 de 110 cv de potência e torque de 14,9 kgfm, e a mais completa é dotada de 2.0 de 145 cv e torque de 20 kgfm — sempre com câmbio manual de cinco marchas.

 

As duas versões serão produzidas no Brasil e exportadas para o Chile, com uma pequena diferença com relação às que são vendidas no País: aqui os motores são flex.

 

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Randon emitirá debêntures

O conselho de administração da Empresas Randon, de Caxias do Sul, RS, aprovou a realização da quinta emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, totalizando R$ 300 milhões. A decisão foi tomada em assembleia realizada na sexta-feira, 27, e tornada pública na segunda, 30, por meio de comunicado ao mercado e aos acionistas. Por se encontrar em período de silêncio até 9 de novembro, quando divulgará os resultados do terceiro trimestre, a diretoria da companhia não acrescenta mais informações ao que está apresentado no comunicado.

 

De acordo com o documento, assinado pelo diretor de relações com investidores, Geraldo Santa Catharina, serão emitidas 30 mil debêntures no valor nominal de R$ 10 mil. O vencimento das debêntures se dará no prazo de cinco anos, ressalvadas as hipóteses de resgate antecipado e/ou de vencimento antecipado das obrigações delas decorrentes. A emissão é destinada exclusivamente a investidores profissionais.

 

A remuneração será de 116% da variação acumulada das taxas médias diárias dos depósitos interfinanceiros de um dia, calculadas e divulgadas diariamente pela B3, Brasil, Bolsa, Balcão. A remuneração terá pagamento semestral. Os recursos líquidos captados serão utilizados para reforço de capital de giro da companhia.

 

Desempenho – Os dados preliminares dos resultados do terceiro trimestre indicam que a Empresas Randon totalizou R$ 2,1 bilhões, de receita líquido, alta de 4,1% sobre igual período do ano passado. A receita bruta, por sua vez, somou R$ 3 bilhões, crescimento de 6,4%.

 

Em setembro a receita líquida consolidada atingiu R$ 253,6 milhões, 44,7% maior do que a registrada no mesmo mês do ano passado. O valor bruto chegou a R$ 363,9 milhões, incremento de 45,6%.

 

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GM tem trimestre de lucro na região: US$ 52 milhões.

No balanço financeiro trimestral divulgado na terça-feira, 24, a General Motors destacou que o terceiro trimestre foi o primeiro em que a empresa fechou no azul no Brasil desde o último trimestre de 2014. As causas, aparentemente, passam pela recuperação do mercado, no qual a empresa é líder, com 17,97% de participação e 282 mil 826 unidades vendidas, segundo dados da Fenabrave. Os números finais da operação brasileira não foram divulgados. 

 

Na América do Sul a companhia conseguiu reduzir o prejuízo em US$ 210 milhões de janeiro a setembro, com US$ 90 milhões de perdas, contra US$ 300 milhões no mesmo período do ano passado. Avaliando apenas o terceiro trimestre a empresa lucrou US$ 52 milhões contra US$ 118 milhões de prejuízo na mesma base de comparação.

 

De janeiro a setembro a GM lucrou US$ 10,7 bilhões com suas operações no mundo todo, contra US$ 10,8 bilhões no mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre o rendimento foi de US$ 2,7 bilhões contra US$ 3,8 bilhões na mesma base de comparação. 

 

As vendas na América do Sul nos nove primeiros meses do ano registraram 487 mil 466 unidades, crescimento de 15,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. No trimestre também houve aumento, de 17,6%, e 179 mil 421 veículos foram comercializados.

 

Globalmente a companhia vendeu 7 milhões de unidades no acumulado do ano, queda de 2,2% na comparação com período igual do ano passado. No terceiro trimestre a queda é de 3,1%, com 2,3 milhões de veículos emplacados, no mesmo padrão de comparação.

 

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Greve na Chery termina após 32 dias

Os funcionários da fábrica da Chery de Jacareí, SP, encerraram na segunda-feira, 30, greve que interrompeu a produção dos modelos QQ e Celer: foram 32 dias de greve ou vinte dias úteis de produção. De acordo com a empresa setecentos carros deixaram de ser produzidos no período. Em assembleia os trabalhadores aceitaram a proposta oferecida: 1,73% de reajuste salarial e manutenção do acordo coletivo.

 

A proposta aceita foi menor do que a desejada pelos funcionários. Os trabalhadores reivindicavam 3,73% de aumento salarial, renovação de todas as cláusulas do acordo coletivo, plano de cargos e salários e melhorias no convênio médico. Em negociação na quinta-feira, 26, a empresa propôs, afora o reajuste de 1,73%, o fim da estabilidade no emprego para lesionados e a liberação da terceirização em todos os setores da fábrica — termos que não foram aceitos.

 

Não foi a primeira paralisação ocorrida este ano. Em junho os funcionários cobraram melhor valor no pagamento da PLR, Participação nos Lucros e Resultados, oferecida pela empresa. Após um dia de paralisação todos entraram em acordo e a produção foi retomada.

 

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FPT Industrial tem novo motor movido a gás natural

A FPT Industrial mostrou seu novo motor a gás natural, o Cursor 13 Natural Gas, na segunda-feira, 30, durante o Tech Day feito pela empresa em Turim, Itália. Segundo comunicado distribuído pela FPT esse motor é o mais potente do mercado e tem a missão de fortalecer a liderança no segmento.

 

O novo motor tem 466 cv de potência disponíveis a 1,9 mil rpm, e o torque é de 203,8 kgfm a 1,1 mil rpm, sendo 15% mais potente e entregando 18% a mais de torque com relação ao motor 8,7 litros NG. A empresa destaca que o Cursor 13 NG é para ser usado em diversas aplicações, pois existem três opções de abastecimento: GNC ou gás natural comprimido, GNL ou gás natural liquefeito, e biometano — o último pode reduzir as emissões de CO2 a quase zero.

 

O consumo do novo motor pode ser até 40% menor do que o de um motor movido a diesel do mesmo tamanho, diz o comunicado da FPT.

 

Suas emissões de CO2 são 9% menores na comparação com motor igual movido a diesel, segue o comunicado, mas o Cursor 13 NG tem a opção de utilizar biometano e quase eliminar as emissões. No caso das emissões de material particulado o Cursor entrega “uma redução de 98% e de 48% nas emissões de NOX, na mesma base de comparação”.

 

Segundo a FPT Industrial esse motor opera em trabalhos de longas distâncias, pois foi desenvolvido para atender altas demandas de desempenho com baixo custo operacional sem comprometer a durabilidade.

 

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