Fras-le avança no terceiro trimestre

Após um terceiro trimestre com volume de vendas de materiais de fricção com alta de 14,1% em todos os mercados e segmentos, e apesar dos impactos negativos da oscilação do dólar, a Fras-le alcançou receita líquida consolidada de R$ 218,9 milhões. Foi desempenho superior aos trimestres anteriores e 11,4% maior do que o de mesmo período do ano passado. A receita líquida em nove meses chegou a R$ 611,3 milhões.

 

O volume vendido de material de fricção nos nove primeiros meses do ano chegou a 65,2 milhões de unidades, crescimento de 7,5% na comparação com igual período de 2016. Já o grupo de produtos relacionados a freios, como cilindros mestre, de roda e de embreagem, e servo freio, destaca-se com evolução próxima a 50% no período.

 

As exportações da companhia a partir do Brasil cresceram no terceiro trimestre e somaram US$ 20 milhões. No acumulado do ano, no entanto, registraram queda de 15,3% devido, segundo a empresa, a problemas conjunturais em mercados como África e Europa e aos níveis elevados de estoque nos Estados Unidos. Sérgio de Carvalho, diretor presidente e de relações com investidores da Fras-le e COO da Randon, revela que mais de 50% das receitas da companhia advêm de mercados fora do Brasil. Melhoraram no ranking de vendas México, Oceania, Oriente Médio e alguns países na América do Sul.

 

Carvalho disse que “continuamos caminhando a passos largos no mercado internacional”. A empresa tem unidades nos Estados Unidos e na Ásia e armazéns de estoque na Argentina e na Alemanha. A rede internacional da Fras-le crescerá em novembro com a inauguração de uma nova planta na China e de uma operação comercial na Colômbia.

 

O Ebtida – O lucro da Fras-le antes de juros, impostos, depreciação e amortização no terceiro trimestre foi de R$ 29,2 milhões, 13,6% menor do que o obtido no trimestre anterior. A queda, segundo a Fras-le, “reflete efeitos do menor nível de receitas e lucro bruto decorrente, principalmente, de política cambial sobre exportações”. O índice, no entanto, foi 24,4% superior ao do terceiro trimestre do ano passado.

 

O lucro líquido consolidado do terceiro trimestre somou R$ 15,9 milhões, 29,6% inferior ao do mesmo período do ano passado. Já no acumulado de janeiro a setembro o lucro líquido consolidado somou R$ 53,7 milhões, crescimento de 0,6% comparado aos nove primeiros meses de 2016. No período acumulado o lucro líquido conta com efeito do benefício fiscal de R$ 9 milhões, pelo pagamento de juros sobre capital.

 

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Argentina e México têm cenários distintos nas suas vendas

Argentina e México, principais parceiros comerciais do Brasil no setor automotivo, vivem realidades distintas no mercado de automóveis este ano: os argentinos registram crescimento em todos os indicadores – produção, exportação e vendas –, com expectativa de somarem o maior volume de sua história em dezembro, e os mexicanos observam despencar aos poucos seu desempenho comercial no fim de cada mês, reflexo de incertezas provocadas por questões econômicas e climáticas.

 

Até outubro saíram das fábricas argentinas 393 mil 650 veículos, uma produção que foi 2,1% maior do que a verificada em igual período em 2016, segundo a Adefa, entidade que reúne e representa as empresas fabricantes. O resultado foi tornado realidade pelo comportamento do setor nas exportações e pelo aumento das vendas nas concessionárias, o que vem acontecendo devido à oferta de crédito dos bancos, que passaram a olhar o mercado com otimismo a partir do caráter reformista que caracteriza o governo atual.

 

Nas exportações a alta foi de 15,1% no volume acumulado nos dez primeiros meses do ano na comparação com igual período ano passado. Foram exportados 172 mil 263 veículos, principalmente para mercados da América Latina. Em ordem de participação a fatia que corresponde ao Brasil foi de 63,8%, chegando aqui 109 mil 819 veículos de origem argentina.

 

Afora o mercado brasileiro a indústria argentina parece ter focado na busca por novos mercados para seus veículos. Prova disso foram os embarques de veículos para a região do Caribe, segundo destino das exportações argentinas em termos de volume: 14 mil 979 unidades no acumulado do ano foram enviados para El Salvador, Costa Rica, Nicarágua e Panamá, o que configura uma fatia de 8,7% das exportações. Peru, Chile e México, fecham o grupo dos cinco principais destinos dos veículos argentinos em volume.

 

No México o cenário de queda nas vendas internas vem se acentuando ao longo dos meses e não foi diferente em outubro, quando foram emplacados 123 mil 318 unidades, 10,2% a menos na comparação com as vendas realizadas em setembro: foi o quinto mês resultado negativo consecutivo. No acumulado do ano os emplacamentos somam 1 milhão 230 mil 166 veículos, queda de 2,1% na comparação com os dez primeiros meses de 2016, segundo dados divulgados pela Amia, a associação dos fabricantes mexicanos. O endividamento público estreitou o acesso ao crédito para a compra de novos veículos e a economia local vem sofrendo forte pressão da valorização do dólar frente ao peso mexicano.

 

Os dados da Amia apontam a Nissan como detentora da maior fatia de participação no mercado mexicano, 24,1%. General Motors vem em segundo, com 16,5%, e Volkswagen, a terceira, detém 15,5%.

 

A entidade não divulgou os dados referentes à produção até a terça-feira, 7, mas o que se espera para o primeiro mês do trimestre é a manutenção do ritmo observado em setembro, quando as fábricas produziram 307 mil 174 veículos, 7,7% a mais do que em setembro do ano passado, um resultado explicado pela alta das exportações para Estados Unidos e Canadá. No acumulado do ano foram produzidas 2 milhões 829 mil 761 unidades, 9,8% a mais do que nos sete meses de 2016.

 

Neste ponto, a indústria automobilística mexicana vive certa tensão provocada pelas diretrizes de comércio exterior impostas pelo governo dos Estados Unidos, que podem afetar o volume de veículos exportados. O atual governo estadunidense sinalizou para a possibilidade de modificar as regras de exportação de veículos nos países da América do Norte – a principal mudança seria elevar a porcentagem de peças produzidas nos Estados Unidos nos veículos fabricados no México, o que, em tese, elevaria o preço dos veículos, medida vista como prejudicial aos interesses mexicanos e das fabricantes que atuam no país. Foi formada uma coalisão de montadoras para negociar a manutenção das regras vigentes do acordo bilateral do qual os países são signatários.

 

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Saíram os vencedores do Prêmio AutoData 2017

O recorde histórico de mais de 7 mil votos registrados no novo site de AutoData, além dos quase quatrocentos participantes do Congresso Perspectivas que também puderam votar nos cases eleitos pelos jornalistas da editora fizeram desta edição uma das mais emocionantes dos 18 anos em que é realizado a premiação. Veja os vencedores na tabela abaixo.

 

O sistema de votação mais uma vez se mostrou acertado na medida em que todos os cases tiveram votação expressiva. Em muitas categorias a diferença entre o vencedor e os outros dois ou três finalistas foi de poucos votos. Inclusive na categoria Veículo Importado houve empate. Relembrando: só era possível votar em uma categoria elegendo três dos quatro cases. Ou em categorias com três finalistas, votando apenas em dois deles.

 

O evento de entrega dos troféus aos vencedores coincidirá com a festa de 25 anos de AutoData, em 22 de novembro, no auditório da Universidade Senac Santo Amaro [Av. Eng. Eusébio Stevaux, 82].

 

Na oportunidade serão anunciados os vencedores em duas categorias: Personalidade do Ano e Empresa do Ano.  A Empresa do Ano será escolhida dentre os cases empresariais, ou seja, excluindo os cases de produtos, além da categoria personalidade. Essa eleição será feita por um comitê de notáveis, gente com conhecimento e realizações no setor automotivo.

BMW facilita financiamento

O BMW Group Serviços Financeiros criou um site exclusivo para o Easy Plan, o plano de financiamento de veículos seminovos com até três anos de uso. Na nova página é possível financiar não apenas veículos das marcas BMW e Mini, mas também de outras fabricantes. O site oferece um simulador e um buscador de concessionárias que oferecem o plano. Pelo Easy Plan, a entrada varia de 0% a 60% do valor do veículo, sendo que a parcela final deve ser o equivalente a 40% do valor do bem. O prazo de financiamento pode ser de 24 ou 36 meses. Segundo a empresa, o custo das parcelas fica até 45% menor quando comparado a outros planos de financiamento.

Unidas compra 1 mil 250 Renault Kwid

A Unidas, empresa de locação e também venda de seminovos, concluiu a compra de lote de 1 mil 250 unidades do Renault Kwid para expandir a oferta de veículos compactos, a qual conta ainda com o modelo Fiat Mobi. A fabricante já entregou os veículos e, segundo a locadora, é a primeira frota do modelo em circulação no País.

 

A Renault é uma das principais parceiras da Unidas no fornecimento de veículos negociados diretamente entre as partes, modalidade de negócio que vem crescendo no segmento de locação. O sedã Logan e o hatch Sandero são parte expressiva da frota da companhia, que agora aposta em um grupo novo de locação composto por veículos compactos.

 

Segundo Levi Fonseca, diretor executivo da Unidas, a escolha pelo modelo se deu pela disponibilidade de entrega ainda este ano e o fato da empresa considerar que o carro possui interessante custo total de propriedade quando analisados fatores como consumo, manutenção e depreciação:

 

“Temos parceria com as maiores montadoras do País e sempre avaliamos as opções no momento de expandir a frota. O Kwid é um modelo novo, que tem tido grande destaque no mercado. Ele faz parte do mesmo grupo de veículos que o Fiat Mobi. Não os consideramos concorrentes, mas duas ótimas opções para quem busca uma opção econômica para alugar um carro”.

 

O anúncio da aquisição surge após a Unidas, que tem capital aberto na bolsa de valores de São Paulo, captar R$ 500 milhões no mercado financeiro para refinanciar a dívida que havia contraído com a compra de veículos para sua frota nos últimos anos. O valor captado, acima do esperado pela companhia, aliviou a pressão dos juros sobre a dívida e criou um cenário favorável a novos investimentos.

 

De acordo com dados da Fenabrave, as vendas diretas de automóveis até outubro representaram 35,29% das vendas totais praticadas no mercado brasileiro. Desde agosto, quando foi lançado no País, o Kwid teve 4 mil 634 unidades vendidas de maneira direta. As vendas do modelo no varejo chegaram a 12 mil 894 unidades. O Fiat Mobi, lançado bem antes, em abril, alcançou as 19 mil 604 unidades em vendas diretas e 24 mil 701 unidades no varejo.

 

Um eventual avanço do Kwid no segmento das locadoras pode fazer com que a Renault ganhe força na disputa com Volkswagen e Fiat pelo mercado. Até outubro, de acordo com a Fenabrave, a Renault deteve 12,71% das vendas diretas, fatia levemente menor que a da Fiat, 13,09%, e a da VW, 13,47%, no período. A líder do segmento, General Motors, teve uma participação de 19,61% das vendas diretas no País até outubro.

 

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Montadoras se unem por estações de recarga para elétricos

Um tema que costuma ser discutido quando o assunto é carro elétrico é a estrutura de pontos de recarga que eles precisam para percorrer distâncias maiores, por causa da autonomia das baterias que não são muito grandes. Segundo o site Flash de Motor, BMW AG, Daimler AG, Ford e Volkswagen com suas marcas Audi e Porsche criaram a joint venture, Ionity, para acelerar o desenvolvimento dos pontos de recarga na Europa, em parceria com a German Tank & Rast e a empresa petrolífera OMV.

 

A expectativa da Ionity é entregar os 20 primeiros pontos de recarga até o fim deste ano, na Alemanha, Noruega e Áustria, em uma distância de 120 quilômetros de um para o outro e 400 novos postos até 2020. As novas estações usarão tecnologia HPC, com alta potência de recarga, receberão pagamentos digitais e terão capacidade para carregar mais de um carro de empresas diferentes ao mesmo tempo.

 

A joint venture não revelou o total do investimento que será feito até 2020, mas há negociação de parcerias com alguns fornecedores e a expectativa é que o valor seja alto, pois um ponto de recarga com a tecnologia usada pode custar até € 200 mil.

 

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PSA finaliza compra das financeiras Opel e Vauxhall

O Grupo PSA e o Banco BNP divulgaram, na quarta-feira, 1, a conclusão da aquisição conjunta das sociedades cativas de financiamento da Opel e da Vauxhall, divulgadas em 6 de março.

 

Com isso uma nova organização foi criada, agrupando as marcas Opel Bank, Opel Financial Services e Vauxhall Finance, que se beneficiarão da experiência do Banco PSA Finance e do BNP Paribas Personal Finance, para melhorar os serviços oferecidos às concessionárias e aos clientes. A nova organização será dirigida por Alexandre Sorel, CEO, e os seus vice, Pascal Brasseur e Erhard Paulat.

 

As atividades de financiamento da Opel Vauxhall são consideradas alavanca essencial para o desempenho comercial de 1,8 mil concessionárias em onze países europeus, oferecendo créditos ao consumo, contratos de locação e de serviço, produtos de financiamento e de seguro.

 

A nova direção apresentará dentro de cem dias seu plano estratégico para acelerar o desenvolvimento dos negócios e propor ofertas mais competitivas.

 

3 milhões de motores M-B feitos no Brasil

A Mercedes-Benz do Brasil alcançou, no fim de outubro, o marco histórico da produção, no Brasil, de seus primeiros 3 milhões de motores para caminhões e ônibus. Esse número refere-se ao volume acumulado desde 1956, quando foi fabricado o primeiro deles, sempre movido a diesel. O motor que simboliza esse marco é o pesado OM 457 LA, fabricado na planta de São Bernardo do Campo, SP, mesmo local onde foi produzida a primeira unidade.

 

Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina, comemorou a conquista: “Nenhum outro fabricante de veículos comerciais chegou a esse volume de produção no País. É com muito orgulho, satisfação e emoção que compartilho esse momento histórico e especial com toda a nossa equipe de colaboradores e com os fornecedores”.

 

De acordo com ele também no que se refere ao desenvolvimento e produção de motores a empresa tem papel relevante na consolidação do produto nacional e das indústrias do setor: “De forma pioneira nossa marca introduziu o conceito diesel no Brasil, há 61 anos, quando inaugurou sua fábrica de caminhões e ônibus. Desde então não parou de aprimorar seus produtos e de inovar, como fez quando lançou o primeiro motor eletrônico de veículos comerciais e introduziu a tecnologia BlueTec 5”.

 

A unidade da empresa em São Bernardo é a maior planta da Daimler fora da Alemanha para veículos comerciais Mercedes-Benz. É também a única planta da Daimler a produzir, numa mesma unidade, caminhões, chassis de ônibus e agregados, como motores, câmbios e eixos.

 

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Puig é o novo VP para RH da VW

Marcellus Puig assumiu a vice-presidência de recursos humanos da Volkswagen para a Região da América do Sul e Brasil, na quarta-feira, 1, em sucessão a Nilton Junior, que trabalha há mais de 30 anos na empresa e assumirá outra posição no grupo. Em seu novo cargo, Puig fará a gestão de recursos humanos de mais de 21 mil colaboradores em seis unidades da empresa no Brasil e na Argentina.

 

Puig começou sua carreira na empresa em 1998 e de 2013 a fevereiro deste ano foi vice-presidente da área de recursos humanos na Argentina. O executivo também trabalhou em diferentes áreas de recursos humanos no Brasil até 2007, quando foi transferido para a matriz, em Wolfsburg, Alemanha, para atuar no mesmo setor.