BMW cria conceito de mobilidade para duas rodas

O Grupo BMW apresentou na quinta-feira, 23, o projeto BMW Vision E³ Way. De acordo com a empresa trata-se de “um conceito de mobilidade visionária concebida não somente para enfrentar especificamente os desafios pelas megacidades, como congestionamentos de veículos e poluição do ar, mas para fornecer soluções simples e eficazes”.

Trata-se de um modelo de estrada elevada para veículos de duas rodas movidos a eletricidade, como as e-bikes, o BMW Motorrad Concept Link e o recém-lançado BMW Motorrad X2 City, que liga grandes centros urbanos. Desenvolvido pelo escritório de tecnologia do grupo em Xangai, China, o projeto prevê a utilização de vias suspensas sobre rodovias já existentes proporcionando capacidade adicional de tráfego.

Comunicado da empresa diz que o BMW Vision E³ Way – onde E³ significa elevado, elétrico e eficiente – “tem custo de construção reduzido e oferece uma alternativa ideal para usuários que se deslocam em trajetos de até 15 quilômetros de distância”. Utiliza sistema de rampas que ligam a malha rodoviária convencional a estações de metrô, a acessos de trânsito e a centros comerciais. O fato de ser utilizado exclusivamente por veículos de duas rodas significa que colisões envolvendo automóveis estão descartadas. O risco de acidentes é atenuado ainda mais por causa do limite de velocidade, estabelecido em 25 km/h.

Marcopolo é uma das quinhentas melhores empresas do Sul

Em classificação realizada pela PwC, PriceWaterhouseCoopers, a Marcopolo obteve o décimo-segundo lugar no ranking das quinhentas melhores empresas do Rio Grande do Sul e a trigésima-segunda colocação no das 500 maiores do Sul. A companhia foi reconhecida pelo desempenho alcançado com base no seu balanço financeiro. 

 

Para Paulo Corso, seu diretor de operações comerciais e marketing, “o desempenho alcançado pela empresa foi reflexo de importantes medidas para contornar o cenário brasileiro adverso, com o objetivo de mitigar o impacto de mais um ano de instabilidade econômica e política no País”.

 

Em 2016 a Marcopolo registrou desempenho praticamente estável com relação ao ano anterior, com receita líquida consolidada de R$ 2 bilhões e 574 milhões. Os destaques do ano foram o crescimento de 27,3% nas exportações, com valor recorde de R$ 950 milhões contra R$ 746 milhões, em 2015, e o aumento de 14,6% nas receitas das operações estrangeiras, com R$ 835,8 milhões em 2016 contra R$ 729,6 milhões em 2015.

 

Organizada pela revista Amanhã a premiação foi realizada na quarta-feira, 22, na Expo Unimed, em Curitiba, PR, e contou com a presença dos principais executivos da região Sul do Brasil.

Continental espera crescimento de até 3% para o mercado de pneus

Os sinais de recuperação da economia brasileira levam fabricantes de veículos e seus fornecedores a traçar cenário positivo para os negócios em 2018. Renato Sarzano, vice-presidente de pneus da Continental na América do Sul, por exemplo, engrossa o coro dos executivos otimistas:

 

“O mercado de pneus está muito ligado ao PIB. Isto é: historicamente, quando a economia cresce nosso mercado também aumenta. Esperamos que o segmento de pneus cresça de 2,5% a 3% no ano que vem, assim como o PIB”.

 

Ele abriu espaço para a expectativa de elevação nas vendas de pneus para montadoras, as OEM, amparada na potencial reação do mercado de veículos novos. E apontou para a estabilidade do mercado de reposição.

 

Sarzano acredita piamente no crescimento do mercado de automóveis em 2018. Sem cravar números ele destaca alguns segmentos: “A venda de SUVs e de picapes é a que deve ter mais crescimento. Já não acredito no crescimento do segmento de entrada: deve ficar como está”.

 

Para atingir essas expectativas ele observa que seu ponto de vista é formado por alguns fatores: “O mercado está represado, muitas empresas precisam comprar e renovar suas frotas, e isso deve aquecer as vendas. A taxa de juros baixa também ajuda nas promoções e, consequentemente, a atrair clientes”.

 

Rogério Sarzano também considera que haverá um descolamento da economia com relação à política, mesmo com as eleições do ano que vem, diferentemente do que ocorreu em 2014: “Ano de eleição traz uma imprevisibilidade natural, mas acho que o mercado será pouco afetado na comparação com 2014, pois a economia dá sinais de ter vida própria e a eleição será menos impactante. Mas os indicadores econômicos precisam ser bons como são hoje”.

 

Sarzano também falou sobre a expectativa para a liberação de crédito e a geração de empregos: “Se o PIB crescer mais gente voltará a trabalhar e, com isso, fica mais fácil obter crédito. Se tiver crédito disponível e as pessoas estiverem com a ficha limpa para adquirir a indústria andará para frente”.

 

Foto: Divulgação.

 

Polo e Virtus trazem o terceiro turno de produção para VW SBC

A Volkswagen confirmou na quinta-feira, 23, a retomada da produção em três turnos na sua fábrica de São Bernardo do Campo, SP, em função da produção dos modelos Polo e Virtus. A volta do terceiro turno foi prometida durante o anúncio dos novos modelos, em agosto, pelo então presidente da companhia, David Powels, que foi sucedido por Pablo Di Si em outubro. 

 

Segundo a empresa o retorno dos três turnos foi realizado gradualmente, acompanhando a curva de aceleração de produção do novo Polo. Em uma primeira etapa, em agosto, a fábrica voltou a operar cinco dias na semana, o que possibilitou encerrar a utilização do Programa Seguro Emprego, o PSE.

 

A produção dos novos modelos VW faz parte do investimento de R$ 2,6 bilhões anunciado em agosto, que foi aplicado no desenvolvimento, na produção e no lançamento. Foram construídas 214 ferramentas para a área de estamparia, instalados 373 robôs na área de soldagem e modernizadas as áreas de planejamento, infraestrutura, TI e logística.

 

Foto: Divulgação.

Presidente da República garante que Rota 2030 sairá do papel

A indústria automotiva não precisa se preocupar porque o Rota 2030 está bem encaminhado, afirmou o presidente da Anfavea, Antônio Megale, que se reuniu, junto com catorze presidentes de empresas fabricantes de veículos, com o presidente da República, ministros e representante da Receita Federal Brasília, DF. Megale referiu-se ao encontro durante a cerimônia de entrega do Prêmio AutoData 2017, na noite da quarta-feira, 22.

 

“Não há motivo para pânico. Tenho a convicção de que um novo marco regulatório para o setor sairá. O próprio presidente nos garantiu isso.”

 

De acordo com Megale o presidente da República não fez nenhum comentário sobre o possível condicionamento do Rota 2030 ao fechamento de acordo comercial com a União Europeia: “Não há condicionamento com a indústria automotiva até porque a questão com a União Europeia envolve o setor do agronegócio. Não há nenhuma ligação com as montadoras e em nenhum momento houve menção a isso em nossas tratativas com o governo”.

 

Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo na sexta-feira, 17, dizia que o governo federal queria priorizar o acordo comercial do Mercosul com a UE e, assim, teria decidido “não implementar o Rota 2030 até que o acordo entre os dois blocos seja fechado”.

 

Tributário – Apesar de o governo garantir ao setor que não haverá condicionamento ao acordo com a UE a questão tributária ainda está em discussão: “A estrutura do programa ainda não está definida. O que se fala hoje é que teremos um IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados, nos moldes do Inovar-Auto com alíquotas de 10 ou 15 pontos porcentuais e as empresas que se habilitarem terão que cumprir algumas obrigações, como investimentos em inovação, por exemplo. Mas vale destacar que as montadoras não querem isenção fiscal: o que queremos é previsibilidade maior para as empresas”.

 

Pelo Inovar-Auto, que vigora até 31 de dezembro, os fabricantes precisam atingir metas específicas em investimento em P&D, gastos em engenharia, tecnologia industrial e capacidade dos fornecedores, além da obrigatoriedade da produção de veículos mais econômicos e seguros para ter o benefício de abater 30 pontos de IPI. Com a proposta do Rota 2030 esse benefício cairia para 10 ou 15 pontos porcentuais.

 

Em tempo: as fabricantes continuam recolhendo normalmente o IPI por cilindrada, que é de 7% para veículos até 1.0, de 11% de 1.0 até 2.0 bicombustíveis, de 13% para 1.0 até 2.0 a gasolina, de 18% acima de 2.0 bicombustível e de 25% acima de 2.0 movido a gasolina.

 

“Temos que discutir a indústria que queremos. É de grande importância investir em desenvolvimento de tecnologia para atender às necessidades locais, como é o caso do etanol. Temos que investir em pesquisa e desenvolvimento adequado para o carro flex, por exemplo, porque o resto do mundo não vai fazer isso por nós e se não fizermos isso colocaremos em risco o próprio uso do etanol.”

 

Megale afirmou que o Inovar-Auto garantiu uma economia de R$ 7 bilhões no consumo de combustível porque as empresas passaram a investir mais em tecnologia: “Isso sem falar na redução extraordinária de CO2”.

 

Foto: Christian Castanho.

Fenabrave reelege Alarico Assumpção Júnior

Alarico Assumpção Júnior foi reeleito presidente da Fenabrave em assembleia geral realizada na quinta-feira, 23, na sede da entidade, com presidentes das associações de marca filiadas. A nova gestão compreenderá o próximo triênio, 2018 a 2020, e ele tomará posse em 1º de janeiro.

 

Empresário e concessionário, representante das marcas Volvo, Hyundai, Honda e Land Rover, Assumpção Júnior já desempenhou, na entidade, a função de presidente executivo e de presidente no último triênio, 2015-2017.

 

Após o anúncio do resultado da eleição ele agradeceu a renovação da confiança: “Reforço o meu comprometimento desse último mandato, traçando, para a Fenabrave, pilares que têm por objetivo fortalecer e preparar o nosso setor para as mudanças do mercado e assim continuar contribuindo para o crescimento econômico do País”.

 

A eleição foi chapa única. Fazem parte da nova diretoria executiva da Fenabrave o 1º vice-presidente, Luiz Romero C. Farias, e o 2º vice-presidente, João Batista Simão, além dos vice-presidentes, conforme lista abaixo:

 

Vice-presidência executiva:

Carlos Fernandes da Silva Porto
Luiz Carlos Bianchini
Marcelo Cyrino da Silva
Marcelo Nogueira Ferreira
Ricardo de Oliveira Lima
Sérgio Dante Zonta

 

Ad Hoc

Gláucio José Geara
José Maurício Andreta Jr.
Luciano Piana
Luiz Antônio Sebben
Samir Dahas Bittar
Waleska Cardoso

GM premia 69 fornecedores do Brasil e Argentina

A General Motors do Brasil promoveu na terça-feira, 21, a quinta edição do prêmio Supplier Quality Excellence Award, que premia os fornecedores que em 2016 mantiveram a excelência em desempenho e em qualidade. Foram premiados 69 fornecedores do Brasil e da Argentina.

 

Do total de premiados 29 foram vitoriosos pela primeira vez, 38 pela segunda, terceira ou quarta vez e duas empresas acumulam cinco premiações. As duas empresas mais premiadas foram a Cerâmica e Velas de Ignição NGK do Brasil e a Dayco Argentina.

Personalidade do Ano do Prêmio AutoData tem quatro vencedores

O setor automotivo brasileiro se reuniu na noite da quarta-feira, 22, para acompanhar a entrega do Prêmio AutoData 2017 na sua edição mais competitiva, conforme observou o publisher da AutoData Editora, Márcio Stéfani: “Atingimos recorde histórico de votos, com mais de 7 mil registrados no novo site da Agência AutoData”.

 

Uma das novidades desta edição é a escolha de quatro Personalidades do Ano no lugar da habitual escolha una: “No ano em que comemoramos 25 anos de AutoData, e diante da disputa acirrada, tomamos a decisão de escolher quatro personalidades do ano devido ao conjunto da obra desses profissionais”. Os quatro ganhadores foram:

 

Antônio Megale, presidente da Anfavea, por ser o grande condutor das necessidades das empresas diante da opinião pública e do governo. É também responsável por pensar o setor a longo prazo e tem atuado de maneira decisiva na negociação do Rota 2030;

 

Besaliel Botelho, presidente da Robert Bosch, tem se mostrado líder importante no setor de autopeças. Tem participação ativa e não se furta em ter opiniões e de dar voz ao setor;

 

Carlos Gomes, presidente da PSA, chegou em um momento em que o grupo tinha dúvidas sobre a manutenção de suas atividades no Brasil. Fez um trabalho de reestruturação e colocou a empresa de volta ao caminho da competitividade; e

 

Roberto Cortes, presidente da MAN, é a imagem do segmento de veículos comerciais, o qual consegue puxar para cima com suas atitudes corajosas e positivas.

 

“Os quatro são líderes e chegaram à eleição com uma obra incontestável de grande legado para o setor automotivo. É justo que todos fossem premiados.”

 

GM é escolhida Empresa do Ano do Prêmio AutoData

A General Motors foi escolhida a Empresa do Ano do Prêmio AutoData 2017 — escolha realizada no ambiente daquelas onze que venceram nas categorias empresariais.

 

O publisher da AutoData Editora, Márcio Stéfani, lembrou que a definição da Empresa do Ano é feita, sempre, por um comitê específico: “Esse comitê levou em consideração vários aspectos e concluiu que a General Motors reúne todas as características para ser a grande premiada desta noite”.

 

Mesmo diante de cenário adverso da crise econômica a companhia conseguiu manter-se firme na liderança do mercado brasileiro de veículos de passageiros e de comerciais leves ao longo dos últimos anos. Investe mais de R$ 1 bilhão na construção de sua segunda fábrica de motores em Santa Catarina.

 

O presidente da GM para o Mercosul, Carlos Zarlenga, recebeu a homenagem na noite da quarta-feira, 22. Na ocasião foi comemorado, também, os primeiros 25 anos da AutoData Editora.

 

 

CAOA-Chery define seus primeiros passos

A CAOA-Chery, empresa criada a partir da sociedade anunciada no começo de novembro, aproveitou a calmaria após o fechamento do negócio mais importante do setor automobilístico este ano para apresentar os pormenores da operação conjunta que começará em janeiro de 2018.

 

A oferta de modelos novos ainda não foi definida, mas já se sabe que as duas fábricas da companhia, em Anápolis, GO, e Jacareí, SP, trabalharão plataformas diferentes paralelamente com a atual produção. Em Goiás será mantida a fabricação dos Hyundai em meio aos novos produtos Chery, embora circule no mercado a informação de que a CAOA deixaria de produzir os carros coreanos. São Paulo deve concentrar a produção dos veículos compactos da Chery.

 

Os US$ 2 bilhões anunciados como investimento total do empreendimento para os próximos cinco anos sairão de caixas distintos, conforme a aplicação. Segundo o acordo firmado entre as empresas, melhorias na fábrica da Chery, como a adaptação para produzir novos modelos, serão custeadas do bolso das duas sócias, assim como os serviços demandados pelo marketing e pela expansão da rede. O mesmo critério não será utilizado na fábrica da CAOA.

 

Segundo Mauro Correia, presidente da CAOA, as fábricas continuam operando de forma independente. Haverá integração das operações, mas de forma descentralizada: “Cada unidade continuará com seu diretor. A operação de cada fábrica será dividida por plataforma”. Em uma unidade, serão produzidos veículos compactos. Na outra, os SUVs.

 

Sobre a manutenção dos modelos QQ e Celer nas linhas de Jacareí, o executivo disse que estão sendo avaliados os ciclos de ambos os modelos: “É o que estamos definindo agora. A princípio será mantida a produção que temos lá hoje. E teremos importados no portfólio também”. Apesar de ter todo o portfólio internacional da Chery à disposição, não está claro se a CAOA-Chery insistirá nas vendas destes dois modelos que não conseguiram decolar comercialmente por aqui ou se produzirá veículos novos.

 

No segmento de compactos, no qual a empresa concorre com o QQ, modelos de outras fabricantes lançados recentemente começam a se consolidar, tornando a briga mais acirrada. O QQ tem como trunfo seu preço – custa R$ 26 mil e é o carro mais barato do País. A partir de agora contará com a máquina de publicidade e marketing da CAOA e com uma rede de 180 concessionárias.

 

Luis Curi, presidente da Chery, acredita em um recomeço dos dois modelos a partir da parceria. Para ele, a empresa encontrou dificuldades para se adaptar ao mercado nacional: “No Brasil, as fabricantes deram certo depois de muito tempo ou contando com um parceiro local. O presidente da CAOA é conhecido como um fazedor de marcas. Era justamente disso que a Chery precisava”. O presidente citado, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, é o maior vendedor de veículos Ford na América Latina e ajudou Renault e Hyundai a criarem raízes no Brasil a ponto de as matrizes instalarem aqui suas fábricas.

 

As negociações da parceria começaram em abril de 2016, com a Chery tomando a iniciativa de bater na porta da CAOA. Não houve outros pretendentes, afirmam os executivos. Avaliada a sinergia, viu-se que o negócio seria viável por representar a oportunidade de ter uma rede mais abrangente no País, pelo lado chinês, e acesso a produtos com novas tecnologias, pelo lado dos brasileiros. No entanto, o que selou de fato o acordo foi a possibilidade de fazer da operação da CAOA-Chery uma base de exportação dos veículos na região das Américas.

 

De acordo com Curi, “há uma clara orientação do governo chinês de internacionalizar as empresas nas quais tem participação societária”. Segundo o executivo, atuando localmente, com uma fábrica, aumentam as chances de sucesso, mas é preciso que a empresa esteja adaptada ao mercado. “No nosso caso, é uma união de forças complementares. A Chery necessita decolar de vez no Brasil e em toda a América Latina.”

 

O CAOA também enxergou possibilidades de fincar bandeira na China com o fechamento do negócio com a Chery. Para Mauro Correia, o país asiático é visto como o novo centro global da indústria automotiva e sua base de produção é ponto focal de todas as fabricantes do planeta: “O doutor Carlos sempre foi um visionário, está na história dele. A Hyundai é uma marca que ele ajudou a transformar nessa potência. E foi isso que ele viu na Chery. Ele sabe que a China se mostra como a nova fronteira da indústria automobilística”.

 

Foto: Divulgação