Julia Boch assume cargo de diretora financeira da Porsche Brasil

Julia Boch é a nova diretora financeira da Porsche Brasil. Alemã nascida em Stuttgart, Julia é especialista em finanças, com mais de 15 anos de experiência nas áreas de consultoria, auditoria e indústria.

Graduada em administração na Holanda, iniciou sua carreira na área de auditoria na Ernest & Young, na Alemanha, onde desenvolveu alguns trabalhos no Brasil. Trabalhou seis anos na consultoria Accenture, em Londres, executando projetos com foco em Finance & Performance Management no Brasil e na América Latina.

Trabalhando no Brasil desde 2009, Julia Boch ocupou o cargo de diretora financeira da Siemens Gigaset por quatro anos e, em 2013, foi nomeada para o cargo de diretora administrativa e financeira da América Latina da Wacker Química.

A nova diretora financeira assume o departamento da Porsche Brasil em alta: a empresa já vendeu 1 mil e 83 veículos nos primeiros onze meses do ano, o que corresponde a uma alta de 20% em comparação ao mesmo período de 2016.

Goodyear de Americana, SP, completa 44 anos

A fábrica da Goodyear em Americana, SP, completou na quinta-feira, 7, 44 anos de operação.

 

Ao longo dos últimos anos, a unidade passou por diversos processos de expansão e modernização, que resultaram em crescimento significativo da produtividade, redução de desperdícios e incorporação de tecnologias. A fábrica também é reconhecida por seu processo de gestão participativa, baseado na construção de times de alta performance.

 

Entre os fatos que marcaram a história da fábrica, a empresa destaca a inauguração em 2001 do campo de provas, considerado um dos mais modernos centros de testes da Goodyear do mundo; o recebimento em 2011 do prêmio internacional Shingo Prize, que destaca as melhores empresas utilizando o conceito de manufatura de classe mundial; e o reconhecimento em 2016 e em 2017 como uma das três melhores empresas para trabalhar.

 

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Renault anuncia nova linha de motores na Europa

A Renault apresentou na quinta-feira, 7, a nova gama de motores que é fruto de uma parceira em desenvolvimento costurada pela aliança Renault-Nissan com a Daimler. A linha Energy TCe, que tem como novidade a aplicação de turbocompressor, equipará em um primeiro momento os modelos Scénic e Gran Scénic, com possibilidade de expansão, em 2018, para os demais veículos da fabricante.

 

O equipamento, segundo a empresa, oferece mais torque a baixas rotações, o que permite a redução do consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de CO2. Segundo Philippe Brunet, vice-presidente da unidade de powertrain e veículos elétricos da empresa, o motor foi testado por mais de 40 mil horas e tem injeção direta desenvolvida pela Nissan.

 

O novo bloco, afora as opções de transmissão manual e automática de dupla embreagem EDC, tem versões classificadas por potências de 115 hp a 160 hp. Ele incorpora várias inovações recentes desenvolvidas pela Aliança, incluindo a Bore Spray Coating, uma tecnologia de revestimento de cilindros do motor Nissan GT-R, que tem como objetivo reduzir o atrito e melhorar a transferência de calor.

 

O novo motor será produzido na fábrica da Renault em Valladolid, Espanha. As encomendas na França e na Europa estão abertas e as entregas aos clientes estão programadas para meados de janeiro de 2018.

 

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Lifan e Uruguai articulam produção de veículos elétricos

A fabricante Lifan articula com o governo do Uruguai a entrada de automóveis elétricos no país vizinho, plano que, além da montagem dos veículos em solo uruguaio, onde já possui uma fábrica instalada em San Jose, também tem como pilar a exportação dos modelos aos mercados da região, sobretudo o Brasil. Mu Gang, presidente do Grupo Lifan, esteve na semana passada no país para tratar do assunto durante a Cúpula Empresarial China-América Latina, realizada em Punta del Este.

 

No encontro o governo local apresentou esboço de um programa para viabilizar o uso do carro elétrico, o qual estabelece a construção de postos de carga nas estradas que ligam Colônia, Montevideo e Punta de Este, os principais destinos turísticos do país, e também a absorção de parte da frota produzida no sistema de táxi dos municípios e nos carros de uso do governo: “O governo promoverá políticas no campo da sustentabilidade. Ao mesmo tempo, esperamos que a Lifan expanda a capacidade de produção e lance a nova linha de produção de veículos elétricos”.

 

O presidente uruguaio também mostrou o país aos executivos chineses como um estado de que vive um quadro estável em sua política e sistema legal sólido, dois termos mágicos utilizados geralmente como argumento quando se tem como objetivo atrair investimento estrangeiro. No caso da Lifan no Uruguai seria um segundo aporte: Em 2012 os chineses investiram US$ 55 milhões na fábrica que emprega atualmente 440 funcionários, tem capacidade para produzir 20 mil veículos anualmente com dois turnos e que é responsável pela montagem do utilitário X60, o sedã LF530 e a picape Foison.

 

Com ou sem elétrico a Lifan mira expansão na América Latina e deve fazer isso por meio da operação no Uruguai. Depender do mercado brasileiro, no entanto, não deve ser a prioridade dos chineses, como deu a entender o presidente da companhia Mu Gang: “O comércio de exportação direta não resolve o problema do mercado em longo prazo. Vamos localizar componentes para os veículos elétricos, como módulos e baterias. Estamos dispostos a cooperar com governos e empresas para promover de forma incondicional a reconstrução da nova indústria automobilística na América Latina”.

 

Quando chegou ao Uruguai, a empresa via no acordo bilateral que o país mantém com o Brasil a oportunidade de inserir seus veículos no maior mercado da região. Porém, a queda nas vendas no mercado interno que se acentuaram nos anos seguintes à instalação de fábrica em San Jose interromperam a produção local e adiou lançamentos previstos. A empresa então passou a intensificar sua atuação em outros países, como Argentina e Venezuela, onde atua por meio de representantes comerciais.

 

A Lifan possui quatro modelos de veículos elétricos em sua oferta na China – o comercial leve 100E2, o compacto 320E, o sedã 620EV e a picape C3. No Brasil, a empresa vende o sedã 530, o SUV X60 e o VUC Foison. Até novembro, foram emplacados aqui 343 unidades do comercial leve da Lifan, segundo dados da Fenabrave. Os números da operação da matriz chinesa são mais expressivos. Dados de 2014, os mais recentes divulgados pela empresa, mostraram que a companhia é importante fabricante de veículos e motores: no mercado interno, vendeu 283 mil 100 automóveis e 3,6 milhões de motores. A receita com a exportação de veículos e componentes chegou a US$ 1 bilhão 33 millhões.

 

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Fras-le expande atuação para a Índia

Focada na produção de autopeças, tendo como carro-chefe materiais de fricção e com ações negociadas em bolsa, a Fras-le, uma das empresas Randon, e a ASK Automotive, fabricante indiano de materiais de fricção, assinaram, na terça-feira, 5, em Caxias do Sul, RS, acordo para a criação de uma joint venture.

 

Pelos termos do acordo, as companhias planejam formar uma parceria estratégica para a produção e fornecimento de lonas e pastilhas para veículos comerciais em mercados de reposição e OEM. Instalada em Manesar, no Estado de Haryana, a nova empresa operará com o nome de ASK Fras-le Friction Private Limited, que terá produtos fornecidos para os mercados da Índia, Bangladesh, Nepal e Sri Lanka — além de serem exportados para outros países por meio da Fras-le.

 

A joint venture se dará com o investimento de US$ 5,1 milhões da Fras-le na operação da ASK, que já produz para veículos comerciais. A Fras-le terá 51% do controle da empresa. As demais empresas do Grupo ASK voltadas a outros segmentos do mercado permanecerão sob seu próprio controle total. 

 

“O mercado de veículos comerciais na Índia é muito grande e com enormes perspectivas de crescimento”, disse Sérgio de Carvalho, CEO da Fras-le. “E a Fras-le tem que fazer parte desse mercado, alinhado com os planos de crescimento e internacionalização.”

 

A nova parceira atua na fabricação de autopeças no segmento de motos, produzindo sapatas de freio, pastilhas, embreagem. Com trinta anos de atividade tem seu próprio centro de pesquisa e desenvolvimento, design e instalações fabris. A empresa gera, hoje, volume de negócios de US$ 220 milhões/ano produzido em doze fáb ricas na Índia.

 

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MAN planeja dobrar as exportações

A MAN acelera seu projeto de tornar o Brasil base relevante de exportação de caminhões e ônibus. O trabalho já vem sendo feito há alguns anos e os resultados mostraram que a empresa está no “meio do caminho”, segundo Roberto Cortes, seu presidente e CEO para a América Latina.

 

“Somos muito fortes no Brasil, mas reconhecemos que temos espaço para crescer em outros mercados. Por isso desenvolvemos esse plano de internacionalização que já alcançou resultados expressivos.”

 

Ele se refere às 9 mil unidades que serão exportadas até o fim deste ano para mercados tradicionais, como a Argentina, e também para destinos pouco ortodoxos como a Nigéria e o México: “Nosso objetivo é alcançar 18 mil unidades exportadas nos próximos anos”.

 

Quase metade dos caminhões e ônibus exportados este ano foram para a Argentina. No total 3,9 mil unidades seguiram para o País vizinho, que registrou 60% de aumento das vendas de veículos comerciais: “É um crescimento importante. Fazendo um paralelo com o mercado brasileiro, esperamos que em 2018 alcancemos crescimento desse porte por aqui. Porque projetar aumento de vendas de 10%, 20% em uma base de comparação baixa é aceitar que teremos uma década perdida até atingirmos as 172 mil unidades de 2011. Sempre tive esse olhar otimista”.

 

Customização – Compreender as necessidades dos outros países “é um diferencial que a MAN tem”, de acordo com Marcos Vinícius Forgioni, vice-presidente de vendas e marketing internacional: “As características de robustez dos nossos produtos são reconhecidos em mercados da África, por exemplo. Mas podemos ir além configurando soluções necessárias para aplicações específicas nesses mercados”.

 

Ele cita o desenvolvimento do Uracan, um Volkbus 14.190 SCD desenvolvido especialmente para o mercado mexicano. O veículo tem o posto do motorista deslocado para o centro para que possa atuar também como cobrador ao lado da porta, uma prática comum ali. Com capacidade para 45 passageiros esse ônibus atua no segmento de 12 a 15 toneladas, que representa quase a metade das vendas de chassis urbanos.

 

Esse tipo de desenvolvimento será cada vez mais comum na MAN. Parte do novo ciclo de investimento de R$ 1,5 bilhão para o período de 2017 a 2021 será aplicado na customização dos produtos para atender necessidades específicas ou regulamentações de países onde atua.  E também em novas unidades produtivas na África e no Oriente Médio para montar kits de caminhões produzidos no Brasil. Mas essas novidades ainda estão para ser anunciadas. Talvez em 2018.

 

Dieselgate condena mais um: sete anos.

Oliver Schmidt, ex-executivo da Volkswagen, foi condenado a sete anos de prisão pelo envolvimento no escândalo de manipulação das emissões de motores a diesel, caso que ficou conhecido como dieselgate. A condenação ocorreu na quarta-feira, 6, em um tribunal dos Estados Unidos, conforme informações da agência France Press.

 

Schmidt também foi condenado pelo juiz federal Sean Cox, de Detroit, Michigan, a pagar multa de US$ 400 mil por ser considerado peça chave na fraude.

 

O executivo foi preso no aeroporto de Miami em janeiro, quando embarcava para a Alemanha. Em agosto ele confessou ser culpado das acusações de conspiração e violação da Lei do Ar Limpo.

 

Schmidt é o segundo executivo sentenciado nos Estados Unidos pelo dieselgate. O engenheiro James Liang cooperou com o FBI e recebeu pena menor, de quarenta meses. Outros seis executivos foram processados mas estão na Alemanha.

 

 

VW tem novo VP de finanças aqui

Oliver Schmidt é o novo vice-presidente de finanças da Volkswagen para a Região América do Sul e Brasil, sucedendo a Osmair Garcia, que se aposentou após 32 anos de trabalho na empresa. O anúncio foi feito por comunicado na quarta-feira, 6.

 

Schmidt é formado em administração de indústrias em Wolfsburg e Braunschweig, Alemanha, e iniciou sua carreira na Volkswagen em 1982. Como vice-presidente de finanças será responsável pela gestão do aporte de R$ 7 bilhões que a Volkswagen investirá no País até 2020, em linha com a criação da Nova Volkswagen, que promete ser uma empresa mais moderna, enxuta e eficiente.

 

A empresa planeja realizar maior ofensiva de produtos na sua história no Brasil, com o lançamento nos próximos três anos de vinte modelos, dos quais treze serão produzidos aqui.

 

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Anfir anuncia queda acumulada de 5,26%

A indústria de implementos rodoviários ainda sente os reflexos da crise financeira, apesar de o segmento de reboques e semirreboques dar sinais de recuperação. Acumulou resultado negativo de 5,26% de janeiro a novembro, com o emplacamento de 53 mil 768 unidades, ante 56 mil 755 unidades no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados na quinta-feira, 7, pela Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.

 

O segmento de reboques e semirreboques registrou desempenho positivo na quantidade de emplacamentos de janeiro a novembro. No período o segmento entregou ao mercado 22 mil 454 produtos contra 21 mil 492 em igual período de 2016, crescimento de 4,48%. Segundo o presidente Alcides Braga “o segmento está completando sua recuperação e deverá seguir em rota ascendente daqui para diante”.

 

No entanto o setor leve, carrocerias sobre chassis, ainda apresenta retração. De janeiro a novembro foram emplacados 31 mil 314 produtos ante 35 mil 263 no mesmo período do ano passado, queda de 11,2%. A expectativa da Anfir é a de que o segmento leve somente deverá reverter os resultados negativos após a virada do ano.

 

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Argentina: melhores vendas desde 2013.

As vendas na Argentina, principal parceiro comercial do Brasil na América Latina, atingiram a marca de 793 mil 495 veículos até novembro, volume que representa crescimento de 22% na comparação com o mesmo período ano passado. É o melhor resultado obtido desde 2013, quando foram emplacadas 963 mil 917 unidades, o recorde histórico local.

 

O desempenho do mercado local — cujo governo aqueceu o mercado de veículos baixando os juros e, assim, tornando os financiamentos amigáveis para os cidadãos — exerceu influência direta nas exportações dos veículos produzidos no Brasil: segundo dados da Anfavea até novembro foram exportados 700 mil 893 veículos, sendo 70% deles para a Argentina.

 

Do outro lado da via a Argentina exportou, até novembro, 191 mil 385 veículos, sendo o Brasil responsável pela absorção de 64,3% do volume, ou 123 mil 36, queda de 2% com relação aos primeiros onze meses do ano passado, de acordo com dados da Adefa, a associação das fabricantes locais, divulgados na quarta-feira, 6.

 

Sobre a produção, saíram das linhas argentinas, até novembro, 438 mil 878 veículos 1,4% mais do que o volume produzido no ano passado. A produção do mês passado, aliás, foi a maior do ano: 45 mil 228 unidades, um volume que supera em 3,1% a de mês de outubro, mas que foi 3,7% menor do que a registrada em novembro do ano passado.

 

A metade da produção argentina é destinada ao mercado interno, que em 2017 passou a contar, também, com a presença de mais veículos importados por causa do processo de abertura econômica promovida pela política governista. Isso tem provocado a queda das vendas de veículos nacionais. De acordo com a Adefa a participação de veículos nacionais nas vendas internas caiu 9% em novembro com relação ao mesmo mês ano passado, chegando a 234 mil 545 unidades, ou 29,5% das vendas totais feitas nos onze meses.

 

Com a diminuição da participação no mercado interno as fabricantes nacionais trataram de buscar volume em outros mercados além do brasileiro, com quem manter acordo bilateral. É o caso dos países da América Central, como Costa Rica, Guatemala, Honduras e Jamaica. A região recebeu até novembro 16 mil 137 veículos, o que representou 8,4% das exportações argentinas. Chile, México e Peru fecham o grupo dos cinco principais mercados para os veículos argentinos.

 

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