Prazo para Rota 2030 nem é tão importante, diz Ioschpe

O presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe, disse, durante evento realizado na quarta-feira, 13, que o prazo para aprovação do Rota 2030, novo regime do setor automotivo que estava previsto para ser aprovado até o fim do ano, não é o mais importante: “O bom é fazer algo bem-feito, independentemente do tempo”.

 

Para ele um ponto importante é o incentivo à realização de pesquisa e desenvolvimento também para o setor.: “Nossa sugestão é de crédito tributário para aqueles que realizarem investimento em P&D”.

 

Dan Ioschpe acredita não ser correto deixar as empresas produtoras de autopeças fora de eventuais incentivos à pesquisa e ao desenvolvimento, como ocorreu no InovarAuto, programa que se manterá em vigor até o dia 31 de dezembro. Quanto ao porcentual que seria destinado em crédito tributário ele disse que algo semelhante ao destinado pelo InovarAuto seria interessante, coisa de até 4%: “Acho que algo em torno de 2% seria muito bom”.

 

Outra reivindicação das empresas do setor é o estabelecimento de regras relativas às emissões, segurança e eficiência energética dos veículos comercializados no Brasil: “Aos poucos algumas das contribuições ao Rota estão saindo de outra forma”.

 

Neste sentido ele lembrou de resoluções do Contran para o aprimoramento da segurança do trânsito, como a que prevê inspeção veicular obrigatória em todo o País.

 

Acordos comerciais – Com relação a acordos comerciais com outros países Dan Ioschpe recordou que as negociações com a União Europeia devem ficar para o ano que vem. Além desse a entidade destacou a importância de “ajustes nas regras de origem do Mercosul e México, negociações com demais países da América do Sul e Central e, na sequência, Japão e demais países e regiões relevantes”.

 

Entraves à competitividade – Quanto aos entraves à competitividade a entidade elencou a insegurança jurídica nas áreas trabalhista, tributária e ambiental: “A reforma trabalhista está na direção adequada para retirar a insegurança jurídica, mas para ter o resultado esperado ainda depende da jurisprudência que será formada”.

 

Carga tributária elevada, burocracia, logística deficiente e juro real extremamente elevado na maior parte do tempo completam a lista apresentada pela entidade.

 

Foto: Divulgação. 

Francesas investem 320 bilhões de euro contra mudanças climáticas

Durante a Cúpula do Planeta Único, encontro organizado na terça-feira, 12, pelo presidente da França, 89 empresas francesas, dentre elas o Grupo Renault, assinaram compromisso em favor do clima que contará com investimento de € 320 bilhões em financiamento, pesquisa e desenvolvimento e inovação até 2020.

 

O Grupo Renault, no âmbito do seu novo plano estratégico, se comprometeu a reduzir sua pegada de carbono em 25% até 2022.

 

Em 2015, em antecipação à COP21 em Paris, 39 grandes empresas francesas se comprometeram a lutar contra as mudanças climáticas. 

 

Por ocasião da Cúpula do Planeta Único essas empresas anunciaram reforço aos seus compromissos para os próximos três anos e outras cinquenta empresas se juntaram a essa mobilização, trazendo o número de empresas signatárias do Pacto de Negócios Empresariais Franceses para 89.

Brasil e Argentina se comprometem a padronizar seus veículos

Os governos de Brasil e Argentina se comprometeram, no domingo, 10, durante evento da OMC, Organização Mundial do Comércio, em Buenos Aires, a criar conjuntamente uma legislação que tem como objetivo padronizar os veículos que são exportados de um país para outro e adotar medidas que eliminem entraves no comércio bilateral em outros setores.

 

Na prática as fabricantes deixariam de adaptar seus modelos às exigências do vizinho, procedimento conhecido no mercado nacional como tropicalização. De acordo com o MDIC, ambas as partes tratarão de formalizar documento, em 2018, que marque o início dos trabalhos técnicos.

 

A intenção dos parceiros, afora reduzir obstáculos e custos no comércio bilateral, é incrementar a competitividade de seus produtos e facilitar seus acessos em mercados globais. Com a medida os países sinalizam para uma caminhada de mãos dadas rumo aos negócios em blocos que interessam ao Mercosul, como a Europa, por exemplo. O ministério informou, por meio de nota, que “os trabalhos demandarão um cronograma extenso de atuação de técnicos dos dois países, não havendo prazo definido para execução da convergência regulatória”.

 

Compartilharem os mesmo veículos facilitará sua aceitação em países que possuem normas mais rígidas no campo da segurança, de acordo com Antônio Jorge Martins, professor da FGV, Fundação Getúlio Vargas, e especialista em cadeia automotiva: “Mais do que adequarem seus produtos de forma a tornar menos complexo o comércio bilateral que desempenham, Brasil e Argentina deverão adequar seus veículos, em um segundo momento, às necessidades de mercados avançados. Agindo em bloco são mais competitivos”.

 

Uma atuação conjunta é algo almejado pela indústria dos dois lados e não foi raro, este ano, presidentes de companhias e a Anfavea apontarem para a unificação como forma de aumentar a competitividade local. A General Motors, maior fabricante do mercado brasileiro, consolidou a operação dos dois países e nomeou o argentino Carlos Zarlenga para dirigir os negócios da companhia na região. Em junho, durante seminário AutoData Tendências e Negócios, o executivo já sinalizava para os benefícios que seriam conquistados caso os países atuassem em conjunto: “É preciso ver Brasil e Argentina como um mercado único. Com uma política única se melhora a eficiência”.

 

A construção do Rota 2030, a nova política para o setor automotivo que substituirá ao Inovar-Auto, tinha em conta quando de sua concepção a criação de mecanismos que estreitassem as relações de empresas brasileiras e argentinas. Em agosto, conforme antecipou AutoData, Antonio Megale, presidente da Anfavea, afirmou que os dois lados discutiam a harmonização das legislações técnicas para o setor de cada país: “Pensar uma indústria regional é importante até para as negociações de livre-comércio do Mercosul com a União Europeia”.

 

Do lado argentino a reciprocidade das intenções brasileiras se deu, talvez de forma indireta, nas medidas do seu governo em aumentar a quantidade de álcool na nafta que move a maioria dos automóveis argentinos. Com este cenário a FCA se mostrou confiante na possibilidade de aumentar as vendas de seus veículos flex ali, incrementando o volume de suas exportações. De acordo com João Irineu Medeiros, diretor de assuntos regulatórios da FCA, em julho, “nossos motores flex conseguem trabalhar com uma mistura que varia de 22% a 90% de etanol. Com 20% já é possível embarcar veículos que dispensam calibração”.

 

Foto: Marcos Corrêa/PR.

Renault fornece vinte novos veículos elétricos para Itaipu

A Itaipu Binacional recebeu na terça-feira, 12, no seu Centro de Inovação em Mobilidade Elétrica Sustentável, vinte novos veículos que farão parte da sua frota de elétricos. Os veículos são modelo Zoe, produzidos pela Renault. A entrega foi feita pelo diretor de relações institucionais e governamentais da Renault, Marcus Vinícius Aguiar, ao diretor administrativo da Itaipu, Marcos Antônio Baumgärtner.

 

Os novos veículos são da segunda geração do modelo Zoe, com autonomia de até 400 quilômetros, duas vezes superior à da primeira geração, lançada em 2012. O novo modelo também permite a recarga total da bateria em 100 minutos.

 

Marcos Baumgärtner afirmou que a intenção da empresa é fazer com que, nos próximos anos, toda a frota da Itaipu seja composta por veículos sustentáveis, especialmente modelos com motor elétrico e e movido a biometano.

 

A Itaipu mantém cerca de cem veículos elétricos circulando na empresa, carros de passeio, caminhão, ônibus, utilitário e até um avião. Da parceria com a Renault também tem compactos elétricos Twizy, montados na própria Itaipu e utilizados no serviço de compartilhamento pelos empregados.

 

Foto: Divulgação.

 

Ford inicia pré-venda do Mustang no Brasil

A Ford iniciou na segunda-feira, 11, a pré-venda do Mustang no Brasil, que chega com o preço de R$ 299,9 mil. A pré-venda será feita por meio de processo exclusivo com inscrição pelo site www.mustangford.com.br ou diretamente nos distribuidores da marca.

 

Para a confirmação da reserva é necessário o pagamento de um sinal correspondente a 10% do valor do carro. A previsão de entrega das primeiras unidades aos proprietários é o fim de março.

 

O novo Mustang é oferecido em versão única, a topo de linha GT premium com motor V8 5.0, nova transmissão automática de dez velocidades e pacote de alto desempenho.

 

Foto: Divulgação. 

Fórum destaca média diária de vendas de caminhões como variável importante

A média diária de vendas de caminhões, que dobrou ao longo do ano — saiu de 153 unidades, em janeiro, para 319, em novembro, número que tende a se manter em dezembro –, é uma das principais variáveis para que executivos de vendas das empresas fabricantes passem a ter uma visão ainda mais otimista sobre os resultados de 2018. As projeções, expostas durante painel realizado no Fórum AutoData de Veículos Comerciais, em Caxias do Sul, RS, na terça-feira, 12, são de crescimento de 15% a 20%.

 

O painel reuniu George Carlotto, gerente regional Sul da MAN, Osvaldo Ramos, gerente de vendas e marketing da Ford, Bernardo Brandão, gerente de marketing da Iveco, Marco Domingues, gerente de negócios de caminhões Scania e Alcides Braga, presidente da Anfir. O evento reuniu pouco mais de cem participantes.

 

Braga estimou vendas em torno de 70 mil unidades para 2018, divididas em 29 mil a 30 mil veículos rebocados e 40 mil a 45 mil de carrocerias sobre chassis, em alta de 20% sobre os números de 2017, que devem ser semelhantes aos do ano passado. O segmento de pesados, que já opera com números positivos, deve crescer em torno de 5% já este ano, enquanto a linha leve, ainda muito dependente da recuperação da economia urbana, fechará com queda de 11%.

 

O presidente da Anfir acredita em algumas medidas, necessárias para sustentar a retomada das vendas, como a maior presença do Finame no financiamento do setor, a existência de programa de renovação da frota por meio da inspeção veicular e o incentivo ao uso da suspensão automática. Também cobrou maior engajamento do setor na aprovação de medidas em discussão no Congresso Nacional, como a reforma da previdência: “Não podemos mais trabalhar num ambiente tão hostil”.

 

Carloto, da MAN, que também manifestou apoio à aprovação das reformas política e tributária, considerou preocupante a atual ociosidade de 75% na capacidade instalada do setor, estimada em 400 mil unidades. Ainda registrou a defasagem de 20% a 30% nos preços atuais dos produtos com os aumentos de custos dos últimos anos: “Desde 2012, quando se incorporou a tecnologia Euro 5, não se consegue mais atualizar os preços em linha com os aumentos dos custos em geral”.

 

Ele estima alta de dois dígitos nas vendas internas em 2018 sobre os números deste ano.

 

Osvaldo Ramos, da Ford, acredita em crescimento de 18%, tomando por base projeção do sistema financeiro de alta de 6% nos investimentos no ano que vem. Para ele as vendas internas devem ficar em 60 mil unidades, sustentadas principalmente por modelos pesados em função do agronegócio. Os segmentos de leves e médios dependerão da retomada mais efetiva da economia urbana:

 

“A redução nas taxas de juros estão ajudando muito na volta da confiança do empresário em investir. Com juros menores é possível que o setor seja menos dependente dos financiamentos do BNDES. Acredito que os clientes passarão a usar mais o CDC, operação mais enxuta e menos burocrática”.

 

Brandão, da Iveco, citou que os indicadores mostram a volta da confiança dos clientes, como o aumento no fluxo de veículos pelas estradas concedidas, favorecido pela baixa da inflação e dos juros. Projetou dificuldades para a retomada da construção civil, mas destacou os números positivos na agricultura, indústria e no varejo. A estimativa da Iveco é de crescimento de 5% a 10%, mas já há movimento para revisar para 15% a 20%. Projeta média diária de vendas de trezentas unidades no ano que vem.

 

O executivo também destacou a defasagem dos custos de produção com o repasse de preços. Segundo ele no período de 2011 a 2016 houve aumento nos custos de 10% por conta da adoção do Euro 5, de 40% pela inflação e de 74% pela flutuação cambial. Já os reajustes se limitaram a 18% nos modelos leves, 2% nos semipesados e 6% nos pesados: “Há um represamento muito forte nos preços”.

 

Domingues, da Scania, indicou vendas de 38 mil unidades nos modelos acima de 16 toneladas, segmentos em que a montadora atua. O número representa alta de 10% a 15% sobre o estimado para este ano. Informou que tem crescido a procura por cotações de preços por frotistas, enquanto o varejo permanece ainda estagnado.

 

Foto: Ícaro de Campos.

Abraciclo espera por retomada em breve

O setor de motocicletas, que já produziu mais de 2 milhões de unidades no Brasil em um só ano, segue com dificuldades para recuperar o volume perdido durante a crise. De janeiro a novembro saíram das linhas de produção 813 mil 868 unidades, contra 854 mil 839 em igual período do ano passado, queda de 4,8%, segundo os dados divulgados na terça-feira, 12, pela Abraciclo. Em novembro foram 83 mil 106 motos fabricadas, aumento de 5,6% na comparação com o mês anterior e de 18,2% contra o mesmo mês do ano passado, quando foram produzidas 70 mil 320 unidades.

 

Com menos de um mês para acabar o ano, a Abraciclo divulgou a expectativa para encerrar 2017, com a produção de 890 mil motos, leve alta de 0,3%, vendas de 847 mil, queda de 5,9%, e exportações de 83 mil unidades, crescimento de 40,6%.

 

Em 2018 a Abraciclo espera por aumento de 5,1% na produção, chegando a 935 mil unidades, por crescimento de 2,1% nas vendas, com 865 mil unidades, e de 2,4% nas exportações, para 85 mil unidades.

 

O presidente Marcos Fermanian, disse que “o avanço da disponibilidade do crédito melhorou e, quando o consumidor precisar, estará disponível. Isso nos deixa otimista para o ano que vem, pois antes a oferta estava mais tímida. A aprovação ainda não aumentou, mas já percebemos que existe uma vontade maior na hora de aprovar o financiamento”.

 

Fermanian também comentou sobre a geração de empregos, que pode ser retomada em 2018: “Temos capacidade para aumentar a produção sem novas contratações, mas se o mercado responder de acordo com as nossas expectativas é possível que, no segundo semestre, criemos novas vagas”.

 

Balanço – Os emplacamentos seguem em queda, com 773 mil 576 motos vendidas no acumulado, contra 818 mil 597 no mesmo período do ano passado, queda de 5,5%. No mês de novembro foram vendidas 65 mil 277 unidades, recuo de 5,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado e de 4,3% com relação a outubro.

 

Mesmo com a queda nas vendas, um segmento foi destacado pela Abraciclo, o de Scooters, que atingiu recorde histórico de 53 mil 284 unidades vendidas no ano, superando as 42 mil 491 unidades vendidas em igual período de 2014.

 

As vendas para outros países estão em alta. Foram de 74 mil 682 motos, contra 52 mil 620 em igual período do ano passado, aumento de 41,9%. Já no mês de novembro foram exportadas 7 mil 677 unidades, queda de 1,1% na comparação com o mês passado e crescimento de 94% com relação ao mesmo mês do ano anterior.

 

Com grande crescimento este ano, a previsão para as exportações em 2018 é baixa: “A nossa expectativa de aumento poderia ser maior, mas dependemos de vários fatores, como produto atrativo e competitivo. Uma das dificuldades é competir com as motos que são importadas da Ásia, pois os preços são mais baixos e fica difícil competir”, avaliou Fermanian.

 

Foto: Divulgação.

Groupe PSA premia melhores gerentes de serviço

Com a ideia de atuar mais fortemente na qualidade de seus serviços de pós-venda o Groupe PSA decidiu, este ano, homenagear pela primeira vez os gerentes de serviços de suas redes. O programa faz parte do PSA Aftermarket, que organiza “uma copa do mundo para valorizar a excelência do conhecimento de pós-venda nas redes de suas marcas”. Peugeot, Citroën e DS têm mais 14 mil gerentes de serviço e empregam 100 mil pessoas no pós-venda.

 

As provas práticas foram realizadas durante dois dias nos centros de produção de Carrières e Poissy, França, um centro piloto para testes das motorizações do grupo, e focaram nas áreas de competência associadas à função de gerentes de serviço: qualidade do serviço e aplicação dos padrões do grupo, vendas, marketing, animação da equipe e gerenciamento, gestão e painéis de avaliação do pós-venda e aplicação das regras de garantia.

 

Ao término das provas, as oito equipes se reuniram na PSA Motorsport, em Versailles Satory, para a cerimônia de premiação, na presença de Jean-Philippe Imparato, CEO Peugeot, Christophe Musy, diretor mundial da PSA Aftermarket, Arnaud Belloni, diretor de marketing, comunicação e esportes Citroën e Jean-Marc Finot, diretor da PSA Motorsport. Cada uma das oito equipes finalistas, das redes Citroën e Peugeot, era composta pelos dois melhores gerentes de serviço de seu país. Participaram profissionais de todos os países onde o grupo atua.

 

A equipe Citroën da França obteve o primeiro lugar, seguida pela Citroën da Rússia e pela Peugeot da Argentina.

 

Foto: Divulgação.

Dekra Brasil estabelece Riscômetro no Brasil

O Grupo Dekra Brasil lançou na quinta-feira, 7, o Riscômetro, um painel eletrônico que apresenta em tempo real os prejuízos evitados por meio das vistorias e demais serviços realizados pela empresa. A iniciativa tem o objetivo de conscientizar os proprietários sobre os riscos na hora de comprar ou vender um carro, evitando fraudes e, consequentemente, preservando vidas e aumentando a segurança.

Como ferramentas de conscientização foram criados painéis físicos e eletrônicos. O primeiro painel físico fica na sede da empresa, em Atibaia, SP, e o outro em São Paulo. O painel eletrônico está disponível no portal http://dekra.com.br.

A estimativa da empresa é que o Riscômetro ultrapasse a marca de R$ 13 bilhões em riscos evitados até o fim de dezembro. O indicador é calculado com base no volume de restrições e fraudes detectadas nos milhares de vistorias e serviços realizados diariamente pela companhia.