CAOA faz parceria com SAE Brasil

A CAOA passa a integrar, a partir de dezembro, o quadro de empresas associadas à SAE Brasil, honorável entidade dedicada à engenharia da mobilidade. O objetivo da empresa é se tornar ainda mais atuante no desenvolvimento e no debate de tendências de novas tecnologias de mobilidade no Brasil.

 

A SAE Brasil foi inaugurada em 1991 e é filiada a SAE Internacional, Society of Automotive Engineers International. No País tem como principal objetivo “fomentar o estudo, o aperfeiçoamento e a difusão de informações técnicas para mais de 6 mil engenheiros, estudantes, técnicos e executivos da área de engenharia, relacionados com a indústria e com a tecnologia da mobilidade, seja automotivo, ferroviário, naval e aeroespacia”.

 

Com a parceria a CAOA passa a ser uma das empresas mantenedoras da entidade e também poderá contar com um representante no seu conselho, no qual “são debatidos temas técnicos relacionados à mobilidade, terrestre, naval e aeroespacial, e definidas diretrizes para o desenvolvimento, intercâmbio, implementação e divulgação de informações e de novas tecnologias”.

Goiás anuncia fábrica da JAC em Itumbiara

A JAC Motors e o governo de Goiás assinarão na segunda-feira, 18, na sede do governo, o protocolo de intenções para a instalação de uma fábrica de veículos em Itumbiara. A empresa adquiriu a planta desativada da Suzuki, que teve sua produção interrompida em maio de 2015 antes de se mudar para Catalão, também em Goiás. O investimento previsto na linha de montagem é de R$ 120 milhões.

 

As informações são do secretário de Desenvolvimento do Estado, Francisco Pontes, que estará presente na assinatura do documento ao lado de autoridades locais e representantes da JAC. A negociação que será formalizada no dia 18 teve a duração de quatro meses, segundo Pontes.

 

Procurada pela reportagem, a JAC Motors não confirmou a informação, embora afirme que procura lugar para se instalar. Sua assessoria de imprensa disse que a empresa mantém o compromisso com Camaçari, BA, onde chegou a lançar pedra fundamental em 2012, quando as vendas no mercado brasileiro ainda estavam em alta. À época, a fabricante anunciou investimento de R$ 1 bilhão para produzir 100 mil carros por ano.

 

No entanto, no final de 2011, com o anúncio do governo brasileiro de aumentar em 30 pontos porcentuais o IPI para carros importados, por meio do Inovar-Auto, e com o mercado entrando em declínio nos anos seguintes, os planos da JAC na região encolheram – em 2016, o objetivo era investir na região R$ 200 milhões para produzir 20 mil carros por ano a partir de 2017, o que não aconteceu. O terreno cedido pelo governo baiano foi devolvido.

 

Com o anúncio da nova fábrica, termina uma briga entre Estados pela instalação da JAC. Goiás venceu a disputa que também tinha no páreo Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, além da Bahia. O governo goiano não revelou se foram oferecidos benefícios fiscais para que a região fosse escolhida, mas afirmou que pesou na decisão da montadora o fato de Goiás ter se tornado um polo automobilístico nos últimos anos.

 

O Estado terá ao todo quatro fabricantes: JAC, Suzuki, Mitsubishi e a CAOA, que monta alguns modelos da Hyundai e que, a partir de 2018, também fabricará veículos Chery. A negociação da CAOA com a empresa chinesa envolveu investimento de US$ 2 bilhões, como antecipou AutoData em novembro.

 

Entraves – O anúncio da nova fábrica surge em meio a uma discussão envolvendo JAC e o governo federal sobre os benefícios fiscais concedidos à empresa por meio Inovar-Auto entre 2013 e 2014. Por não ter tirado do papel a construção da unidade em Camaçari, o governo cobrou a devolução dos benefícios e o MDIC, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, chegou a cancelar a habilitação da empresa no programa industrial.

 

Por ter sido uma das primeiras empresas a aderir ao Inovar-Auto, sob o comando da Sérgio Habib Corporation, a SHC, foi contemplada com a possibilidade de isentar até 4,8 mil veículos por ano dos 30 pontos de IPI, um bônus já usado. Caso não instale uma fábrica até 2017, a empresa terá de pagar a conta por cada veículo que vendeu no período.

 

Foto: Divulgação.

Ford firma parceria com o Alibaba

A Ford e o Alibaba Group, empresa de comércio eletrônico da China, firmaram uma parceria estratégica para desenvolver novas experiências de varejo e soluções de mobilidade sustentável para os consumidores. Jim Hackett, presidente da Ford mundial, e Daniel Zhang, presidente do Grupo Alibaba, participaram do evento em Hangzhou, na China, onde viram Jason Luo, presidente da Ford China, e Simon Hu, vice-presidente do Alibaba, assinarem a carta de intenções.

 

No acordo de três anos, as empresas atuarão conjuntamente em áreas que estão redefinindo a indústria automotiva na China e em todo o mundo. A Ford trabalhará em parceria com quatro unidades de negócios do Alibaba: Aliás, sistemas operacionais, Alibaba Cloud, computação em nuvem, Alimama, marketing digital, e Tmall, varejo on-line, explorando várias áreas, como serviços de mobilidade, conectividade, computação em nuvem, inteligência artificial e marketing digital.

 

Na primeira fase, a Ford e o Alibaba realizarão um estudo piloto sobre soluções digitais e novas oportunidades de varejo em várias etapas do ciclo de propriedade automotiva, desde pré-venda e test-drive até opções de locação.

 

Foto: Divulgação.

Caxias perdeu 25 mil empregos com a crise. Número não será recuperado.

A crise dos últimos três anos gerou uma situação até então sem precedentes na economia de Caxias do Sul, RS, segundo maior polo metalmecânico do País. Foram fechados 25 mil postos de trabalho, a maioria na indústria metalúrgica, onde o segmento automotivo participa com 75% do faturamento e 40% da mão de obra empregada. O estoque geral de empregos na cidade caiu de 183 mil, em 2013, para 158 mil em dezembro passado. Neste ano houve pequena melhora, atingindo 160 mil em outubro. A indústria em geral responde por cerca de 50% dos números.

 

Em painel sobre o futuro da economia de Caxias do Sul, que tem forte dependência da indústria automotiva pesada, realizado no Fórum AutoData de Veículos Comerciais, na terça, 12, o presidente das Empresas Randon, David Randon, alertou que, dificilmente, a cidade voltará a ter os mesmos números de empregos do passado. Até porque, de acordo com ele, volumes de produção como os de 2013 também não se repetirão no curto prazo. Afirmou que a crise forçou a adoção de medidas para tornar as empresas mais competitivas, o que inclui maior uso da automação. “Só assim vamos ganhar produtividade e, consequentemente, competitividade para conquistar mercados no exterior”, argumentou.

 

Francisco Gomes Neto, CEO da Marcopolo, reforçou a visão de Randon defendendo investimentos expressivos em inovação, produtividade e qualidade para garantir seu crescimento. Afirmou que a fabricante de carrocerias de ônibus intensificou ações nestas áreas e conseguiu ganhos em eficiência e redução de custos. “Com isto, aliado a estratégias comerciais fortes, retomamos mercados no exterior que havíamos perdido para concorrentes de outros países e conquistamos novos”, sustentou. O executivo salientou que, em razão da crise, a empresa reduziu o quadro em 4 mil pessoas. Neste ano já recontratou em torno de quatrocentos. Também destacou que, mesmo com a crise, não houve o corte de nenhum benefício social aos funcionários.

 

Leandro Mantovani, presidente da Keko Acessórios, de Flores da Cunha, comentou que a empresa reduziu seu quadro de 470 para 320 funcionários, mas já iniciou as recontratações. Assinalou que a organização sempre aportou recursos em inovação, medida que amenizou os impactos da crise. A Keko já tem em torno de 30% de sua receita associada a novos produtos. “Sofremos como todas as empresas, mas pela adoção de ações inovadoras anteriores e forte atuação no mercado de SUV’s, que não apresentou queda como nos veículos pesados, foi possível controlar a situação”.

 

Confiança em ano melhor – O presidente das Empresas Randon, David Randon, projeta crescimento de 15% a 20% no próximo ano, em linha com a visão das montadoras de caminhões. Referiu, no entanto, ser imprescindível a aprovação de reformas, como a da Previdência, para que o País tenha um desenvolvimento sustentável. “Espera-se que a classe política comece a pensar no País e deixe de lado somente os seus interesses”, cobrou.

 

Ponderou, no entanto, que o setor empresarial precisa fazer sua parte, em especial os fornecedores da cadeia automotiva. Segundo ele, é preciso explorar novos mercados. “Independente de tamanho, devem investir nas exportações. Os chineses são um bom exemplo: começaram copiando os japoneses, mas investiram no aprimoramento e hoje têm presença mundial, com produtos de qualidade e competitivos”, exemplificou.

 

Francisco Gomes Neto confirmou que a Marcopolo tem uma boa carteira de pedidos para o primeiro trimestre do ano, o que não ocorria nos últimos anos. Acredita que todo o semestre se comporte de forma positiva. Já o segundo, em razão das eleições, ainda é uma incógnita. Ainda assim estima alta de 10% a 15% em 2018. Mantovani, da Keko Acessórios, não crê mais em avanços de 20%, como a empresa teve em anos anteriores. Projeta alta sustentável, na ordem de 3% a 4%.

 

Luciano Beltrame, diretor da planta de Eaton de Caxias do Sul, lembrou que a empresa está na cidade há 12 anos após ter adquirido a operação da Pigozzi Cipolla, especializada no atendimento do setor agrícola. Ressaltou que a unidade está recebendo atenção especial da companhia para, inclusive, ampliar seus nichos de mercado. “Além da concorrência com o mercado, também disputamos projetos com as demais unidades do grupo”, ressaltou. Em área de 40 mil m² construídos, a planta produz transmissões e componentes agrícolas para tratores, colheitadeiras e pulverizadores.

 

Foto: Ícaro de Campos.

Sindipeças revisa projeção e crescimento deve ser de 22%

A melhora no desempenho da economia fez o Sindipeças revisar para cima a projeção de crescimento da receita do setor este ano, que projeta, agora, faturamento de R$ 76,9 bilhões, alta de 22% na comparação com o ano passado. O Sindipeças iniciou 2017 com perspectiva de faturamento de R$ 69 bilhões, alta de 6% com relação a 2016. Os dados foram apresentados na quarta-feira, 13, pelo presidente Dan Ioschpe:

 

“Iniciamos o ano com visão mais conservadora e fomos revendo ao longo dos meses. Em meados do ano projetávamos crescimento de 10%, depois falamos em 19% até chegar à projeção atual, de 22%”.

 

Para o ano que vem ele afirmou que a projeção é um pouco melhor do que a do início deste ano, com expectativa de alta de 7,4% na comparação com 2017: “Devemos superar a marca de R$ 82,6 bilhões em faturamento”.

 

Os dados apresentados mostram, ainda, aumento nos investimentos feitos pelas empresas. A perspectiva é a de fechar o ano com R$ 1 bilhão 870 milhões de investimentos, alta de 19,1% na comparação com o ano passado. Para 2018 a projeção é de alta de 34,4%  atingindo R$ 2 bilhões 520 milhões.

 

Com relação aos postos de trabalho Dan Ioschpe observou que a recuperação foi inferior ao nível da atividade. Isso seria reflexo “da maior automação, produtividade e tecnologia nas empresas”. O número consolidado de trabalhadores é 164,6 mil, alta de 1,5% este ano na comparação com 2016. A projeção é que em 2018 o número de postos de trabalho chegará a 172,8 mil, expansão de 5% na comparação com este ano.

 

A balança comercial segue com saldo negativo de R$ 5,4 bilhões, mas um dado positivo foi o avanço nas exportações este ano: “Qualitativamente estamos indo na direção correta”.

 

Este ano as exportações cresceram 12,8% na comparação com o ano passado. Para o ano que vem a projeção é de aumento de 6,5% diante dos resultados de 2017. Já as importações deste ano avançaram 8,4% com relação ao ano passado e a expectativa é de alta de 20,9% em 2018 contra 2017.

 

“Estamos avançando também em outros mercados, com exportações para países árabes, europeus, além dos destinos tradicionais, como o Mercosul e Estados Unidos. Essa diversificação é muito importante.”

 

O principal destino das exportações de autopeças brasileiras é a Argentina, com 30% do total, seguido por Estados Unidos, México, Holanda, Alemanha, Chile e Colômbia.

 

A utilização da capacidade instalada ainda está bem abaixo do período pré-crise: “Há uma melhora mas há uma capacidade ociosa relevante, com 32%”.

 

Em outubro de 2013 melhor momento para o setor, a capacidade ociosa das empresas era de 24,5%.

 

Foto: Divulgação.

 

FPT inaugura seu primeiro distribuidor no Brasil

A FPT Industrial, fabricantes de motores, acaba de consolidar uma importante aliança para reforçar seu plano estratégico de crescimento da marca no mercado latino-americano. A Brasif Máquinas se tornou, desde setembro, o primeiro distribuidor master FPT no Brasil e atende inicialmente demandas dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal e Tocantins também terão distribuidores FPT Industrial.

 

Os clientes passam a contar com as soluções FPT que incluem a oferta de peças genuínas, serviços e assistência técnica de qualidade para as máquinas, veículos, embarcações e geradores de energia que são movidos pela fabricante de motores.

 

Marco Rangel, presidente da FPT Industrial para a América Latina, disse: “Depois do lançamento da Euro Torque, primeiro distribuidor master FPT na Argentina, chegou a vez do Brasil se aproximar ainda mais dos seus clientes. A Brasif será a principal referência de pós-venda da FPT Industrial na região de atuação. É a extensão da fábrica mais próxima do cliente final”.

 

Foto: Divulgação.

MWM fornece novos motores à Pulverjet

A MWM, fabricante independente de motores diesel, expandiu acordo com a Pulverjet,  fabricante de máquinas e equipamentos para pulverização agrícola. As empresas são parceiras há cinco anos e a expansão do acordo se dá pelo lançamento da linha de pulverizadores autopropelidos Pulverjet.

 

Os novos motores já em versões compatíveis com a legislação de emissões MAR-I, vigente para máquinas agrícolas a partir deste ano, contam com mais potência, redução no consumo de combustível, aumento no intervalo de troca de óleo e elevação do torque backup. O primeiro lote de motores será fornecido à Pulverjet ainda este ano.

 

Segundo a fabricante, neste novo projeto a Pulverjet contou com o fornecimento da eletrônica Verion que possibilitou a integração das informações do motor e tarefas de controle de aplicação dentro de um mesmo equipamento. O computador acessa os dados do motor por meio da rede Canbus e J1939 e apresenta as informações em forma gráfica e colorida, também leva um registro das ações de manutenção e permite diagnostico de falhas.

 

Foto: Divulgação.

Saint-Gobain Autover inaugura centro de distribuição em Porto Alegre

A Saint-Gobain Autover, responsável pelo atendimento ao mercado de reposição de vidros automotivos, inaugurou na terça-feira, 12,  Centro de Distribuição de Porto Alegre, o primeiro da região Sul do País. O novo centro está focado no abastecimento de toda a região Sul e proporcionará mais agilidade para o fornecimento de peças a lojas, empresas frotistas e distribuidores locais.

 

A unidade de Porto Alegre é a quarta da empresa no Brasil e a sua instalação faz parte do plano de expansão do atendimento ao mercado de reposição, com forte crescimento no País. Os três primeiros centros de distribuição da empresa estão em Mauá, Grande ABC paulista, para atendimento de peças às lojas de São Paulo e parte de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Região Centro-Oeste e Espírito Santo; em Betim está o centro de distribuição para cobertura do Estado de Minas Gerais, e o terceiro está instalado em Jaboatão dos Guararapes, PE, para o fornecimento aos Estados do Norte e Nordeste brasileiro.

Brasileiros esperam veículos autônomos em cinco anos, aponta pesquisa

Os brasileiros estão ávidos pela chegada dos veículos autônomos ao País, ainda que a tecnologia esteja em teste nos mercados desenvolvidos. De acordo com pesquisa realizada pela Qualcomm em parceria com a consultoria IDC, divulgada na quarta-feira, 13, a expectativa de 53% dos entrevistados para o estudo é de que os modelos desembarquem aqui em até cinco anos.

 

A pesquisa, chamada Índice de Inovação da Sociedade QuISI 2017, apontou também que há consciência por parte dos entrevistados de que a chegada dos veículos autônomos está diretamente atrelada à velocidade com a qual amadurecerá a infraestrutura local de telecomunicações. Sendo que 52,5% dos entrevistados mencionaram o desenvolvimento das redes 4G e 5G como ponto crucial para chegada dos autônomos.

 

Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para a América Latina, defendeu que no Brasil é preciso avançar para tecnologias que aumentem a velocidade da internet de forma a facilitar a adoção de novos serviços. O executivo cita o desligamento da rede 2G como forma de incluir as pessoas a uma nova realidade digital: “No Brasil ainda temos 45 milhões de assinaturas de 2G, isso é muito ruim. Lembremos que 2G é uma tecnologia de 1990 que funciona para falar, mas não nos dá acesso a Internet. Estamos excluindo todas essas pessoas que tem 2G de um direito”.

 

Quando perguntados sobre quais fatores motivariam a compra de um veículo autônomo, os entrevistados apontaram a segurança como o principal deles. Diminuição de acidentes foi o temor mais lembrado – 65,6% do total de entrevistados disseram que a redução de acidentes é o benefício mais evidente na aquisição de um carro autônomo. Aumento de produtividade e a possibilidade de não dirigir foram os dois termos menos lembrados.

 

Conectados – A pesquisa abordou também as expectativas dos entrevistados a respeito dos carros conectados. Sobre o tema, 68,6% afirmaram que as tecnologias de segurança para veículos são o benefício mais esperado na aquisição de um smart car. O controle de navegação é o único benefício mais esperado que segurança pelos entrevistados, mencionado por 69,8% das pessoas.

 

Dentre outros fatores atraentes apontados para determinar a compra de um carro conectado foram citados também manutenção preventiva, 58,3%, monitoramento da saúde do motor, 60,4%, e assistência para estacionar, 51,1%.

 

Foto: Divulgação.

Rota 2030: meta de eficiência energética será de até 12% em cinco anos

A AEA, Associação de Engenharia Automotiva, foi convidada pelo governo brasileiro para ser o braço técnico de apoio no Rota 2030, programa que sucederá o Inovar-Auto, previsto para acabar em 31 de dezembro. O papel de entidade foi de mostrar visões diferentes e agregar conhecimento durante as mais de 130 reuniões que foram feitas até agora para discutir os caminhos que o programa seguirá em questões como eficiência energética, emissões, segurança veicular, cadeia de fornecedores e indústria 4.0.

 

Durante coletiva de imprensa realizada na quarta-feira, 13, para comentar sobre avanços técnicos relacionados ao Rota 2030, Edson Orikassa, presidente da AEA, disse que “as metas de eficiência energética para os primeiros cinco anos do Rota 2030 estão próximas de serem definidas, mas a ideia é que fique de 10% a 12% para cada montadora, partindo dos 12% que foram alcançados ao longo do Inovar-Auto”.

 

“Se aprovada, essa meta é desafiadora, pois mudanças mais simples como o uso de pneus verdes já foram feitas. Agora, as montadoras terão que investir em tecnologias mais caras, como o uso do start-stop em mais modelos”.

 

Outra proposta que está sendo discutido pelo Rota 2030 é a criação de três grupos que serão avaliados separadamente pelo governo, sendo que no primeiro ficariam os carros, no segundo picapes e SUV’s com motores a gasolina e no terceiro os mesmos modelos mas com motorização a diesel e cada grupo terá sua meta individual para alcançar. “Não dá para falar qual seria a meta de cada grupo, pois não sabemos qual a evolução de cada categoria durante o Inovar-Auto, esse levantamento precisa ser feito para que as metas sejam traçadas”.

 

“A previsibilidade que o Rota 2030 trará para o setor automotivo também deve ser destacada e esse é um dos fatores que faz a AEA acreditar no programa”. Com relação à parte fiscal, a AEA não tem participação durante as reuniões, mas fontes ligadas à entidade afirmam que a possibilidade de existir uma taxa extra de IPI quase não existe, pois muitas montadoras são contra essa questão que existia no Inovar-Auto e também por causa da condenação do programa pela OMC, Organização Mundial do Comércio, com isso, o Rota 2030 não teria uma barreira fiscal.

 

Também foram abordados outros temas, como a cadeia de fornecedores, que precisa ser incentivada e desenvolvida nos próximos anos, pois isso não ocorreu durante o Inovar-Auto. “Não existe montadora forte sem uma cadeia de fornecedores forte também”. A evolução da indústria é outra questão que a AEA espera ver avançar durante o Rota 2030, se aproximando cada vez mais da 4.0, a quarta revolução industrial.

 

Na visão da AEA, esses dois temas serão muito importantes no futuro, pois acreditam no livre comércio entre Mercosul e União Europeia e, com isso, os veículos produzidos no Brasil deverão atender às exigências do mercado europeu para serem exportados.

 

Foto: Divulgação.